PRIMEIRA EDIÇÃO DE 13-4-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
13 DE ABRIL DE 2016
Após participar de manifestação que reuniu três mil pessoas no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, 11, o ex-presidente Lula teve uma conversa dramática com amigos e artistas que o acompanhavam. Entre um copo e outro, chegou a avaliar que “o governo Dilma chegou ao fim”. Mas ele estava mais interessado em saborear mais um resultado de pesquisa Datafolha que o agradou, situando-o bem na disputa presidencial.
Lula fez a avaliação sobre “o fim” do governo Dilma sob o impacto da votação da comissão do impeachment, duas horas antes.
Quando percebeu que fracassariam entendimentos com partidos como PP e PRB, já hostis a Dilma, Lula entregou os pontos.
“Se tivesse preocupado em reverter votos favoráveis ao impeachment, ele não estaria na parte profana”, ironiza o tucano Bruno Araújo (PE).
Até a oposição considera que a melhor chance de sobrevivência de Lula e o PT é voltarem à oposição após o impeachment de Dilma.
O governo jogou pesado para manter o apoio do Partido Progressista. Em troca dos votos do PP contra o impeachment, Dilma e o “ministro sub judice” Lula ofereceram primeiro o Ministério da Saúde, depois acrescentaram o Ministério da Integração Nacional e até incluíram a presidência da Caixa Econômica Federal. Mas, em vez de empolgar, a oferta provocou revolta nos deputados. Era tarde demais para eles.
Dilma e Lula queriam dar a posse simultânea, nos três novos cargos do PP, primeiro na quarta (6), depois nesta quarta (13). Ninguém aceitou.
Os deputados do PP colecionam histórias de desprezo e grosserias de Dilma, por isso as tentativas de entendimento foram inúteis.
Apesar de apoiar Dilma, o presidente do PP, Ciro Nogueira, disse que “não conduziria o partido à derrota”. E acatou a vontade da bancada.
A 28ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Vitória de Pirro deve chegar em Alagoas. A força-tarefa investiga a ligação do ex-senador Gim Argello ao financiamento de campanhas eleitorais no Estado.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, se recusa a dar prazo para análise do impeachment, se for aprovado na Câmara. Mas, a rigor, Renan não tem o que fazer porque está no regimento interno: ele deve instalar a comissão no dia seguinte à notificação da Câmara.
Os 15 minutos de fama do presidente da Comissão do Impeachment subiram à cabeça do deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que agora circula nas ruas de Brasília sob escolta de carro com 4 seguranças.
Deputados do PMDB ainda ministros do governo Dilma, Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) só lideram os próprios votos, dois, contra o impeachment.
Os partidos de oposição pediram ao governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), a autorização para carros de som e inflar bonecos como o Pixuleco e Dilma, com roupas de presidiários, no domingo 17.
Os ex-ministros Henrique Alves (Turismo) e Mauro Lopes (Secretaria de Aviação Civil), do PMDB, ainda aparecem como ministros no portal do Planalto. George Hilton (Esporte), do Pros, foi defenestrado do site.
O processo do impeachment serviu para desfazer mitos. Confirmou, por exemplo, que PSOL e Rede ainda não desencarnaram das origens, e, no Congresso, são apenas linhas auxiliares do PT de Dilma e Lula.
“Com o desembarque do PP, acabou para o governo”, garante o deputado Paulinho da Força (SD-SP), sobre o rompimento do PP com o governo Dilma, que deve ser anunciado nesta quarta-feira (13).
...“fora Cunha” não quer dizer “fica Dilma”.

NO DIÁRIO DO PODER
MAIS 40 VOTOS PELO IMPEACHMENT
PARTIDO PROGRESSISTA ROMPE E COMPLICA O GOVERNO DILMA
PP ROMPE COM DILMA POR ACLAMAÇÃO E DÁ 40 VOTOS AO IMPEACHMENT
Publicado: 12 de abril de 2016 às 18:45 - Atualizado às 22:34
A presidente Dilma Rousseff perdeu nesta quarta-feira (12) o apoio do Partido Progressista (PP) na luta contra o impeachment. Em uma carta considerada vital para a sobrevivência de Dilma, o Palácio do Planalto ofereceu a Caixa Econômica Federal e os ministérios da Integração Nacional e da Saúde ao presidente nacional do PP, Ciro Nogueira (PB). A negociação revoltou os deputados da bancada na Câmara, formada por 49 parlamentares.
Em reunião realizada há pouco, o partido decidiu, por aclamação, apoiar o impeachment, aumentando a pressão sobre Dilma. O governo acredita que a decisão facilita a abertura do processo, que será analisado pelo Senado caso seja aprovado no plenário da Câmara no domingo (17). "Será orientação da bancada favorável ao impeachment e isto nos dá cerca de 40 votos", afirma o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), um dos maiores articuladores do desembarque.
A oposição, que afirma ter 340 votos favoráveis ao impedimento, não acreditava que haveria adesão da maioria da bancada do PP. A notícia agrava a já delicada situação de Dilma.

CÂMARA E SENADO
PRB ANUNCIA UNANIMIDADE PRÓ-IMPEACHMENT NO CONGRESSO
BANCADA DO PARTIDO TEM 22 DEPUTADOS FEDERAIS E UM SENADOR
Publicado: 12 de abril de 2016 às 20:59
O PRB anunciou que sua bancada, tanto na Câmara quanto no Senado, votará integralmente a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O partido possui 22 deputados e um senador.
O anúncio foi feito no início da noite desta terça-feira, 12, pelo presidente do partido, Marcos Pereira, acompanhado de deputados do PRB e pelo senador Marcelo Crivella (RJ). Segundo Pereira, não haverá punição a dissidentes porque "todos os parlamentares concordaram com a decisão".
"Por unanimidade o partido decidiu votar favorável ao impeachment. Era um tema que vínhamos sendo questionados pela sociedade desde quando deixamos a base do governo para nos tornarmos independentes no Congresso", disse. O partido, que controlava o ministério do Esporte, compôs a base do governo até março deste ano, quando decidiu pela independência.
De acordo com Pereira, o partido tomou a decisão após analisar em detalhes o processo, tanto o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), quanto a defesa feita pelo Advogado Geral da União, José Eduardo Cardozo. Também pesou na decisão os planos do partido para as eleições municipais deste ano. O partido terá candidatos em oito capitais, entre elas São Paulo, com Celso Russomanno, e Rio de Janeiro, com Marcelo Crivella. (AE)

DOIS DERROTADOS
Carlos Chagas
A quem debitar a queda da presidente Dilma? Para começar, a ela mesma. Tanto pela arrogância, a prepotência, a presunção? Ou terá sido pelo despreparo? Há quem aposte no Lula? Afinal, o ex-presidente poderia ter escolhido melhor.
Madame deixou-se levar pelas falsas impressões. No seu primeiro mandato valeu-se da imagem do antecessor. Afinal, o Lula deu certo por conta da conjuntura nacional, internacional e de sua capacidade de absorver as más notícias em favor das boas. Dilma não apenas imaginou repetir a performance do torneiro-mecânico, mas pelo menos chegar ao seu discutível diploma de curso superior. Só que embaralhou muita coisa. Começou a perder pontos. Deixou de contar com fiéis seguidores do PMDB. Dos pequenos partidos, também. O resultado está aí, à vista de todos. Ainda mantém maioria na Câmara, mas caminha para a débâcle. Saberemos domingo, 17, ou seja, daqui a cinco dias.
É cedo para previsões, mas tudo indica que a presidente deixará de ser presidente. Uma reviravolta desse jeito só aconteceu com Fernando Collor, não faz tanto tempo assim.
Dos dois lados, a deterioração é comum, porque a oposição não anda melhor nas contas. Se conseguir afastar Dilma, terá que começar tudo do zero. Que governo comporá com Michel Temer? Para organizar que governo? Sensibilizar que forças?
A situação está de vaca não conhecer bezerro, ainda mais porque a queda não arrefeceu, do lado de Dilma. Em suma, os dois grupos em xeque podem dar-se por derrotados.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
12/04/2016 às 17:44 \ Direto ao Ponto
Um dia depois de começar a perder o mandato, Dilma Rousseff sofreu uma perda afetiva especialmente dolorosa: a Lava Jato prendeu o ex-senador Gim Argello. É provável que a presidente fique um bom tempo fisicamente distante do meliante engaiolado nesta terça-feira, 12, depois de pescado no pântano do Petrolão pela Polícia Federal, e transferido para a República de Curitiba.
Os investigadores da maior roubalheira da História descobriram que, quando ainda estava no Congresso, Argello foi recompensado com gordas propinas por livrar empreiteiros de depoimentos numa CPMI da Petrobras. Para limpar o dinheiro sujo, o ex-senador envolveu no esquema uma paróquia da Igreja Católica. Mas o pecador juramentado garante que nada fez de errado. É perseguição política.
Ao fracassar na tentativa de renovar o mandato no Senado, Argello foi excluído da turma com direito ao foro privilegiado ─ e à brandura dos juízes do Supremo. Mas permaneceu intocado o status de amigo íntimo e conselheiro de Dilma, que até tentou nomeá-lo ministro do Tribunal de Contas da União. O bandido de estimação só não chegou lá porque os integrantes da instituição entenderam que safadeza tem limite e vetaram a indicação presidencial.
Dilma chefia um governo infestado de prontuários. As relações especialíssimas que mantém com figuras como Erenice Guerra e Gim Argello informam que todos os melhores amigos da presidente são casos de polícia. Mas a pior governante de todos os tempos capricha na pose de aluna modelo do colégio de freiras. E continua jurando que tem muito apreço pela honestidade.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
GERAL 13-4-2016 ÀS 6:23

GERAL 5:16

GERAL 4:34


NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 13/04/2016 04:48
O festejado roteirista de cinema Billy Wilder enumerou 11 mandamentos que devem ser seguidos por quem deseja se dar bem no ofício. Diz o 6º mandamento: “Se você está tendo problemas com o terceiro ato, o verdadeiro problema está no primeiro ato.”
A quatro dias da fatídica votação do impeachment no plenário da Câmara, Lula, autoconvertido em herói da resistência, tropeçou no terceiro ato. Hoje, sua presença em cena leva mais votos para o cesto da oposição.
Se Wilder estiver certo, o real problema está no primeiro ato, aquele em que Dilma telefonou para Lula e avisou: “Eu tô mandando o ‘Bessias’, junto com um papel, pra gente ter ele. E só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse.”
Tomados em seu conjunto, os grampos que Sérgio Moro jogou no ventilador escancararam a manobra: Lula queria o foro privilegiado do STF, não a poltrona de ministro. Preocupava-se com o próprio pescoço, não com a pele de Dilma.
Lula tomou posse cercado pela claque do “não vai ter golpe”. Antes que pudesse sentar na cadeira, o ministro Gilmar Mendes, do STF, suspendeu sua nomeação. Desde então, exerce a atribuição de ministro-chefe do quarto de hotel.
Recebe os políticos no escurinho da suíte. Com medo de grampos, exige que os celulares fiquem do lado de fora. Em tenebrosas transações, oferece mundos e, sobretudo, fundos a interlocutores de qualificação precária.
Lula não entrega a recompensa a vista. Emite metafóricos cheques pré-datados. Ministérios? Emendas orçamentárias? Só depois da votação, quando o governo poderá jogar ao mar ministros do PMDB sem correr o risco de perder as duas dúzias de votos que imagina possuir no partido do “conspirador” Michel Temer.
O sujeito saía dos encontros clandestinos interrogando seus botões: se Lula não consegue garantir nem a própria posse na Casa Civil, como acreditar que entregará o que promete?
A desconfiança potencializou-se depois que o procurador-geral Rodrigo Janot recomendou ao STF que torne definitiva a liminar que proibiu Lula de tomar posse. Como se fosse pouco, o chefe do Ministério Público Federal insinuou que pode processar Dilma por criar embaraços à Lava Jato ao fornecer a Lula o escudo do STF.
O 11º mandamento de Billy Wilder anota: ‘That’s it. Don’t hang around’. Em tradução livre: ‘Pronto. Dê o fora’. No caso de Lula, dependendo do resultado de domingo, 17, pode significar algo assim: “Absorva o fiasco, convença-se de que você é um ex-Lula e vá brincar com os netos em São Bernardo. No mais, reze para estar solto em 2018.”

Josias de Souza - 12/04/2016 20:25
Encena-se nesta terça-feira, 12, em Brasília a coreografia mais melancólica do processo de impeachment de Dilma Rousseff. O PP, Partido Progressista, campeão no ranking de encrencados no petrolão, decidiu desembarcar do governo. O gesto pode significar o beijo da morte para o governo.
A portas fechadas, o PP contou seus votos. Dos 47 deputados da legenda, 37 informaram que estão fechados com o impedimento de Dilma. Nove gostariam de votar contra. Um se manteve em silêncio. Consumado o resultado, o líder Aguinaldo Ribeiro, que era contra a deposição da presidente, passou a costurar a unanimidade pró-impeachment.
A resistência da cúpula do PP funcionava como um dique. A posição majoritária dos deputados rompeu a barragem. Os próprios operadores políticos do governo admitem, em privado, que a enxurrada pode arrastar para o lado da oposição os votos que faltavam para ultrapassar a marca dos 342 necessários à abertura do processo de impeachment.
O governo receia perder o controle que ainda imaginava ter sobre o PR do mensaleiro condenado Valdemar Costa Neto e o PSD do ministro Gilberto Kassab. Saltam do barco governista também legendas menores, como o PRB (22 deputados) e o PTN (13 deputados).
Sucede com Dilma um fenômeno típico de governantes em fim de linha: as bases dos partidos desautorizam os acordos fechados pela cúpula. Fisiológicos até a alma, os deputados do PP, por exemplo, batem em retirada no instante em que Lula oferece aos dirigentes da legenda a pasta da Saúde e a presidência da Caixa Econômica Federal.
Deve-se o desapego a dois fatores. O primeiro é que os políticos já não confiam em Dilma. Duvidam até que ela vá entregar o que promete se sobreviver ao impeachment. O segundo fator é a voz do asfalto. Deputado é capaz de tudo, menos de se indispor com o seu eleitor. Sem o dinheiro fácil da Petrobras, o apoio a Dilma tornou-se um empreendimento falimentar.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quarta-feira, 13 de abril de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Com a temporada de traições escancarada na base aliada, Dilma Rousseff tem grandes chances de sofrer impeachment e terminar afastada do cargo, por 180 dias, até a decisão final pelo Senado. Já admitindo o concreto risco de perder na votação que começa domingo, 17, a partir das 14 horas, Lula e a petelândia estudam como o ainda fiel aliado peemedebista Renan Calheiros poderá salvá-los, mais adiante. A tendência é que o PT prove o gosto amargo de mais trairagem, com o alto risco da pragmática adesão do Presidente da Lava Jato a Michel Temer - vice que assumirá a o trono presidencial do Palácio do Planalto.
A grande pergunta é: de que maneira o PT e seus aliados mais radicais do PC do B pretendem reagir ao que insistentemente chamam de "golpe" do impeachment? Agirão no mero esperneio dos traídos politicamente por uma base de politicagem inconfiável? Ou vão partir para a truculência, apelando para a suicida violência dos pretensos movimentos sociais que escondem membros de facções criminosas? Fato concreto é que briga na obscuridade da politicagem está apenas começando... A grande torcida é que um engula o outro, na autofagia do desgoverno do crime organizado... O Brasil merece ser passado a limpo.. Se efetivamente será, é outra história...
A moribunda Dilma Rousseff tem reagido de forma patética ao risco cada vez maior de perder o cargo. Ontem, botou seus aspones para publicarem no Twitter (@dilmabr): "Gostaria de agradecer o inestimável apoio dos 27 deputados que votaram contra o Relatório da Comissão Especial do Impeachment". Na segunda twittada, complementou: "São 27 heróis da democracia, de 11 diferentes partidos, que tiveram a coragem de se voltar contra o relatório, instrumento de uma fraude". Teve mais dedada: "foram 41,5% dos votos da comissão. Precisávamos 33%. No plenário buscaremos fazer ainda mais. Humildade e confiança que vamos em frente"...
O ghost Writter (redator fantasma do Palhasso do Planalto) não parou de digitar no agradecimento, em mais cinco postagens de até 140 caracteres: "Deram o exemplo parlamentares do PT, PP, PMDB, PSD, PR, PDT, PC do B, PSOL, Rede, PT do B e PEN. Todos se posicionaram a favor da legalidade e contra um relatório frágil. Meu agradecimento pela solidariedade. Pela firmeza de atitude ao rejeitarem o afastamento de uma presidenta que não praticou crime de responsabilidade. Honraram a democracia e a Constituição". 
Depois, em cerimônia para claque favorável de estudantes, professores e puxa-sacos, no Salão Nobre do Palácio do Planalto, Dilma centrou fogo em seus dois principais inimigos íntimos e imediatos: Eduardo Cunha, presidente da Câmara, e Michel Temer, o vice-Presidente de olho na butique da Dilma. Seguindo ordens de Lula, sem citar nominalmente a dupla Cunha-Temer, Dilma escancarou, lendo o discurso arrumadinho de ataque contra o que chamou de "chefe e vice-chefe do golpe": "Um deles é a mão, não tão invisível assim, que conduz com desvios de poder e abusos inimagináveis o processo do impeachment. O outro esfrega as mãos e ensaia a farsa do vazamento de um pretenso discurso de posse. Cai a máscara dos conspiradores".
Fidelíssimo até outro dia ao desgoverno da aliança nazicomunopetralha com os peemedebostas, o presidente em exercício do PMDB, senador Romero Jucá, em defesa de Temer, foi impiedoso com Dilma: "Lamento que a presidente Dilma esteja perdendo o equilíbrio, colocando culpa em outras pessoas pelos erros do governo. E, mais do que isso, apelando para um enredo já ultrapassado: porque falar em golpe é o que falou o presidente Fernando Collor há muitos anos. Esse é um enredo batido, copiado e que não deu certo. Portanto, era melhor que a presidente tivesse um pouco mais de equilíbrio e análise dos seus próprios, das suas próprias limitações. Lamento que a presidente Dilma esteja perdendo a serenidade e esteja tentando culpar outras pessoas pelo desacerto do seu próprio governo. Se a presidente quer procurar pessoas que atrapalharam o governo, deve olhar para dentro do governo".
Ainda na ofensiva contra Dilma, Jucá defendeu o outro inimigo íntimo de Dilma: "O Eduardo Cunha, como presidente da Câmara, deu apenas prosseguimento ao fato. O processo foi definido pelo Supremo Tribunal Federal no seu trâmite. Portanto, há o aval do Supremo nesse procedimento de impeachment. O governo está pagando pelos erros que cometeu. Não é o presidente Michel Temer, não é nenhum membro do Congresso que está fazendo alguma ação deliberada. O governo devia fazer uma autocrítica e reconhecer a difícil situação que colocou o Estado brasileiro".
Romero Jucá também ironizou a proposta da petelândia para que Michel Temer abandone a vice-Presidência, se quiser fazer uma oposição ética ao governo do qual faz parte: "Querer propor a renúncia do presidente Michel Temer é querer imolar alguém que não tem culpa no cartório. Se o ministro Jaques Wagner tiver que propor a renuncia de alguém, o melhor para o Brasil seria que ele propusesse a renúncia da presidente Dilma. Não sei se ele vai conseguir convencê-la. Temer não tem nenhum motivo para renunciar, é um político experimentado e pode ser muito importante nesse momento em que o país precisa redefinir o seu rumo e o seu caminho".
Logo depois da contundente declaração, Romero Jucá usou o Twitter para dar uma explicação técnico-política. Alegou que chamou Michel Temer de "Presidente" porque ele é presidente eleito do PMDB - e não porque ele possa assumir o lugar de Dilma a partir de segunda-feira, 18. Na semana passada, Temer tirou licença do comando do partido e passou o cargo ao vice Romero Jucá - que agora se transformou em um grande espancador da petelândia e do desgoverno que liderava até outro dia...
Até domingo, vai rolar muita traição e desespero. É hora de muito conchavo e de corrida contra o relógio. Sem certeza absoluta de mais nada, os governistas espalham que contam com 200 do total de 513 votos para derrotar o que chamam de "golpe do impeachment". A "oposição" alega que já teria 340 votos, faltando apenas dois para detonar Dilma. Se o desgoverno não impedir que seja atingido o mínimo de 342 votos para o impeachment, Dilma será afastada, por 180 dias, para que o Senado siga com o processo.
A tendência previsível é de uma radicalização política sem precedentes. Seja com a vitória parcial ou a derrota de Dilma. Se ela não cair agora, Cunha promete fazer andar mais nove pedidos de impedimento contra ela oferecidos na Câmara... A grande dúvida continua: qual será a reação efetiva da petelândia, ganhando ou perdendo?
Vai fazer falta?
A juíza Luciana de Moura, da 7ª Vara Federal de Brasília, suspendeu a nomeação do procurador da República Eugênio Aragão no cargo de ministro da Justiça:
“Embora ao MP seja garantida autonomia funcional, é certo que a Constituição de 88 trouxe vedação expressa quanto à possibilidade de seus membros ocuparem outro cargo ou função, a não ser uma de magistério. Tal impedimento também se aplica, sim, aos membros do MP que tomaram posse antes da promulgação da CF/98, uma vez que permitir a esses agentes públicos a acumulação de outros cargos traduziria interpretação extensiva à exceção, dando a tais procuradores o privilégio, odioso, de violar a própria Constituição”.
A Advocacia-Geral da União vai recorrer, mas pode nem dar tempo, porque Nelson Jobim já está pronto para assumir o Ministério da Justiça, segunda-feira que vem, quando Michel Temer assumir o lugar da Dilma...
(...)

NO O ANTAGONISTA
Brasil 13.04.16 08:06
O Globo deu a dimensão da debandada governista:
“Até terça-feira, o PMDB contabilizava 26 indecisos entre os 66 deputados da bancada...
Brasil 13.04.16 07:58
A bancada do PSD se reúne nesta quarta-feira.
É a última chance que resta a Gilberto Kassab para não se enterrar na mesma tumba que Dilma Rousseff...
Brasil 13.04.16 07:34
Michel Temer deu uma entrevista a Eliane Cantanhêde, do Estadão.
Ele repetiu exatamente o que disse em seu discurso vazado...
Brasil 13.04.16 07:20
Quais foram os ministros que jogaram a toalha, dizendo a Monica Bergamo que o impeachment é inevitável?...
Brasil 13.04.16 07:00
A turma de Michel Temer, que avalia nome por nome, deputado por deputado, contabilizou ontem à noite 383 votos pelo impeachment...
Brasil 13.04.16 06:52
Depois de passar pela Câmara dos Deputados, o impeachment tem de ir para o Senado.
O Estadão fez um levantamento entre os senadores e ali já há maioria simples para abrir o processo contra Dilma Rousseff e afastá-la do Palácio do Planalto por 180 dias.
Brasil 13.04.16 06:50
O editorial do Estadão mostra que o impeachment é a única maneira de impedir o golpe: “A lista das afrontas de Dilma à Constituição é extensa. A esta altura, o País já sabe muito bem quem está atentando contra as instituições. Cabe ao Congresso não permitir que tal golpe triunfe...
Brasil 13.04.16 06:48
O Congresso Nacional vai se transformar no SUS.
Os oposicionistas, segundo O Globo, querem submeter a exame médico todos os deputados que faltarem à votação do impeachment alegando motivos de saúde...
Brasil 13.04.16 06:30
Em reunião marcada para amanhã, informa Lauro Jardim, a Executiva Nacional do PMDB vai fechar questão na votação do impeachment...
Brasil 13.04.16 06:16
Michel Temer recebeu ontem 70 deputados de 10 partidos.
Segundo a Veja, uma das reuniões foi organizada por Leonardo Picciani. Ele levou ao Jaburu alguns peemedebistas que, até agora, estavam com o governo, como José Priante, Fábio Reis e Alberto Filho...
Brasil 13.04.16 06:13
“Ministros do núcleo mais próximo de Dilma Rousseff”, de acordo com Monica Bergamo, “avaliavam ontem que a batalha do impeachment está virtualmente perdida”...
Brasil 13.04.16 06:09
Dilma Rousseff tem apenas 148 votos.
E esse é o cálculo do próprio governo, segundo a Folha de S. Paulo...
Brasil 13.04.16 04:38
“PMDB fecha os últimos acordos na Câmara e chega a 380 votos em favor do impeachment”...
Brasil 12.04.16 21:53
A bancada do PRB na Câmara decidiu que votará a favor do impeachment de Dilma Rousseff.
São mais 22 votos.
Brasil 12.04.16 21:32
Associado à escória petista, Renan Calheiros tenta dar sobrevida a Dilma Rousseff e, assim, evitar o impeachment.
O Antagonista soube que, depois de o impeachment ser votado na Câmara, ele planeja encaminhar ao Supremo Tribunal Federal um "pedido de esclarecimento" sobre o rito no Senado...
Brasil 12.04.16 20:39
O peemedebista João Arruda, sobrinho de Requião, mudou de posição e vai votar a favor do impeachment de Dilma...
Brasil 12.04.16 20:04
Eduardo Cunha deve decidir amanhã sobre a ordem de votação no dia do impeachment de Dilma...
Brasil 12.04.16 20:03
A decisão do PP de desembarcar do governo Dilma e votar pelo impeachment terá efeito cascata sobre os ainda aliados PR e PSD...
Brasil 12.04.16 19:13
Andréia Sadi informa que a bancada do PP na Câmara acaba de aprovar, por 37 a 9, posição favorável ao impeachment de Dilma Rousseff...
Brasil 12.04.16 18:53
O governo de Goiás colocou todas as forças policiais do estado de "sobreaviso", podendo os comandantes "suspender folgas, escalas e afastamentos para acompanhar possíveis delitos relacionados a conflitos urbanos e rurais"...
Brasil 12.04.16 18:37
O Estadão informa que a Câmara Legislativa do Distrito Federal exonerou há pouco o secretário-geral Valério Campos Neves, preso na Operação Vitório Pirro, como operador de Gim Argello...
Brasil 12.04.16 18:26
José Eduardo Cardozo continua usando a escolta da Polícia Federal a que tinha direito como ministro da Justiça...
Brasil 12.04.16 18:15
O fotógrafo Adriano Machado nos brinda com esse belo registro da cumplicidade de Dilma Rousseff com Gim Argello, num passeio matinal, em meados de 2009...
Brasil 12.04.16 17:52
A estreita relação do padre Moacir Anastácio com políticos provoca atritos na cúpula da Igreja desde a época em que o arcebispo de Brasília era o cardeal dom João Braz de Aviz...
Brasil 12.04.16 17:10
A Igreja de Brasília voltou atrás e soltou uma nota sobre a paróquia do Gim...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 26/02/2024 - SEGUNDA-FEIRA