PRIMEIRA EDIÇÃO DE 09-4-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
09 DE ABRIL DE 2016
Novos fatos e provas recolhidos pela Lava Jato fizeram o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, firmar a convicção de que Lula e Dilma protagonizaram uma trama para obstruir a Justiça e tumultuar as investigações, a fim de impedir o juiz Sérgio Moro de adotar medidas coercitivas contra o ex-presidente. As novas provas foram enviadas ao Supremo Tribunal Federal por ordem do ministro Teori Zavascki.
A situação de Lula, o investigado, piorou tanto que ele pediu à PGR para manter seu depoimento de quinta (7) sob sigilo. Foi atendido.
De tão graves, as novas provas contra Lula, que incluiriam até vídeo, podem impactar na votação do impeachment de Dilma.
Em seu parecer, Janot sugere possível abertura de investigação contra a própria presidente Dilma, por crime de obstrução à Justiça.
Janot se convenceu de vez que o “termo de posse” enviado por Dilma a Lula era “salvo-conduto” contra eventual mandado do juiz Sérgio Moro.
Sem saber se ainda será presidente, Dilma cancelou sua ida a Olímpia, na Grécia, para a cerimônia de “acendimento da tocha olímpica”, no dia 21. O Planalto nega o cancelamento, alegando que a viagem não foi confirmada, mas esta coluna apurou que viajou para Atenas o “escalão precursor”, assessores e seguranças que planejam a visita nos mínimos detalhes. Sem visita confirmada, não há escalão precursor.
O ministro dos Esportes, Ricardo Leyser, será o Brasil na cerimônia de Olímpia. Em diplomacia, chamam isso de “downgrade de missão”.
Dilma também não sabe se vai receber a tocha, que chega a Brasília no início de maio, para “tour” de 100 dias antes do início dos Jogos.
O cerimonial prevê que Dilma desça a rampa do Planalto e receba a tocha, mas ela resiste. No fundo, porque não sabe se estará no cargo.
Apesar de apoiar o impeachment de Dilma, o relator do processo na comissão e líder do PTB, Jovair Arantes (GO), recomendou que o presidente da Conab, indicado pelo seu partido, “fique caladinho”. A ideia do PTB é: “vai ver Dilma esquece e ele fica no cargo...”
A 5ª Câmara do Ministério Público analisará pagamentos do governo federal ao líder porralouca do MST, João Pedro Stédile. Esta coluna revelou que ele recebeu dinheiro público ao menos 24 vezes.
“O Janot acabou de matar o governo”, afirma o deputado Danilo Fortes (PSB-CE), sobre a mudança de opinião do procurador Rodrigo Janot sobre a nomeação de Lula para a Casa Civil.
Líder do PMDB na Câmara, o deputado Leonardo Picciani nega que tenha oferecido apoio de 20 deputados contra o impeachment em troca de ministério. Mas não é o que afirmam pessoas próximas a ele.
Deputados favoráveis ao impeachment ganham apoio nas redes sociais. O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) ganhou 1000 novos seguidores por apoiar o impedimento de Dilma.
O PT está incomodado com a ideia de divulgação de quem é contra o impeachment. Na Câmara, o líder do PT, Afonso Florence (PT), disse que divulgará os defensores do processo. Virou motivo de deboche.
“Vamos derrotar a operação Tulipão”, afirma Carlos Marun (PMDB-MS), em referência ao bunker montado no hotel Royal Tulip pelo ex-presidente Lula para comprar apoio de deputados.
O ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário) ficou sem reação quando ruralistas mostraram dados sobre o plantio no país: só 8% das terras são usados para plantio. E Dilma não prioriza a reforma agrária.
... feliz é Joaquim Levy, que escapou do navio afundando, está no bem-bom de Washington, e seu algoz e sucessor é quem vai pagar o pato.

NO DIÁRIO DO PODER
MADRUGADA A DENTRO
REUNIÃO DA COMISSÃO DO IMPEACHMENT DUROU MAIS DE 13 HORAS
FORAM 61 PRONUNCIAMENTOS, SENDO 39 PRÓ, 21 CONTRA E UM INDECISO
Publicado: 09 de abril de 2016 às 08:22
Após mais de 13 horas de sessão, a Comissão Especial do Impeachment na Câmara dos Deputados encerrou às 4h42 deste sábado, 09, a primeira fase da discussão do parecer favorável ao impedimento da presidente Dilma Rousseff. Ao todo, discursaram 61 dos 116 deputados que haviam se inscrito para falar discursaram. Entre eles, 39 se posicionaram a favor e 21 contra o impeachment. Houve ainda um indeciso: o deputado Bebeto (PSB-BA).
Entre as principais legendas que compõem a comissão, o Partido da República (PR) foi o único em que nenhum representante discursou. Assim como PP e PSD, o PR tem negociado com o Palácio do Planalto mais espaço no governo em troca de apoio da bancada contra o impeachment. Tanto no PP quanto no PSD, apenas dois deputados discursam na sessão, todos a favor do afastamento da presidente Dilma Rousseff.
A sessão começou por volta das 15h30 de sexta-feira, 08, mas os discursos de fato só iniciaram cerca de uma hora depois. Governistas e oposicionistas se alternaram em suas falas contra e a favor do impeachment. Governo e oposição acabaram deixando em segundo plano o teor do parecer do relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável ao impeachment, e focaram seus discursos nas críticas um ao outro.
Governistas ressaltaram que partidos da oposição também são acusados de corrupção e acusaram opositores de não aceitar perder as últimas eleições e querem tirar Dilma por meio de um "golpe". Focaram ainda na estratégia de lembrar que a linha de sucessão presidencial é integrada por membros investigados por corrupção, como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo na linha de sucessão.
Já a oposição centrou suas críticas em outras acusações e suspeitas contra o governo Dilma, algumas alheias ao parecer de Arantes, bem como contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT. Opositores apostaram também na estratégia de dizer que aqueles que votarem contra o impeachment estarão concordando com os crimes de responsabilidade a que a petista é acusada na representação.
Tumultos
Durante toda a sessão, houve princípio de tumulto em apenas dois momentos. O primeiro foi quando, seguindo a linha adotada por governistas, o deputado Pepe Vargas (PT-RS) afirmou que PSDB e DEM são os partidos com maior número de políticos cassados no País. O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), e o deputado Mendonça Filho (PE) reagiram com gritos de "mentira".
O segundo bate-boca mais acalorado aconteceu durante o discurso do deputado Sílvio Costa (PT do B-PE), vice-líder do governo na Câmara. O parlamentar ironizou o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) pelo fato de ele ser pastor evangélico e chamou o deputado Danilo Forte (PSB-CE) de "merda", "corrupto" e "imbecil", o que gerou a reação imediata de parlamentares pró-impeachment.
Cansaço
O cansaço era visível nos rostos de deputados, assessores e jornalistas que participavam da sessão da comissão. Para amenizar a situação, o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) distribuiu energéticos para funcionários que estavam trabalhando, que se somou ao cafezinho servido pela Câmara. O presidente da comissão, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), também mandou fazer sanduíches de pão francês e queijo para distribuir.
Do lado de fora do plenário, manifestantes contrários ao impeachment distribuíam pão com mortadela. Diante da polarização política no País, convencionou-se relacionar mortadela aos apoiadores do governo e coxinha aos defensores do impeachment. Os sanduíches foram oferecidos tanto aos parlamentares governistas, que levaram o lanche para o plenário, quanto para os oposicionistas.
Para tentar evitar que o plenário não ficasse esvaziado durante a sessão, os parlamentares se revezavam, principalmente os da oposição. Por volta das 2 horas deste sábado, houve um momento em que havia somente um parlamentar governista, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS). Alguns deputados só chegaram na hora de falar e deixavam após o discurso, indo para casa ou reunir-se em restaurantes com colegas.
Fogo amigo
Durante os discursos, o governo recebeu críticas até de deputados aliados do Palácio do Planalto. Embora tenha dito ter convicção de que a presidente Dilma Rousseff não cometeu crime de responsabilidade que justifique seu afastamento, o líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), fez uma dura crítica à petista durante seu discurso, feito já na madrugada deste sábado.
Picciani afirmou que o Brasil chegou a atual situação, "porque quem ganhou a eleição não teve a humildade de reconhecer que ganhou uma eleição dividida e chamar o País a uma reconciliação e quem perdeu não teve a resignação de aceitar o resultado e pensar no País; preferiu contestar e pensar apenas na sua ambição política". "Essa página, sim, seja qual for o resultado, tem que ser virada", disse.
Votação
A discussão do parecer será retomada na segunda-feira, 11. Nessa fase, somente os líderes partidários poderão falar. A previsão é de que a votação aconteça no mesmo dia. Se aprovado, o parecer será publicado no Diário Oficial da Câmara. Após 48 horas da publicação, o presidente da Casa poderá levá-lo para votação em plenário. (AE)

RETALIAÇÃO
EDIFÍCIO SOLARIS DEMITE ZELADOR QUE CONFIRMOU VISITAS DE LULA AO DUPLEX
ELE AJUDOU MP A CONCLUIR QUE O APARTAMENTO NO GUARUJÁ É DE LULA
Publicado: 08 de abril de 2016 às 12:13 - Atualizado às 15:58
O zelador José Afonso Pinheiro, do Condomínio Solaris, no Guarujá (SP), e uma das testemunhas da investigação sobre o tríplex que seria do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi demitido na quinta-feira, 7, segundo a Promotoria de São Paulo.
Pinheiro depôs ao Ministério Público do Estado no inquérito que apura se Lula é o verdadeiro proprietário do apartamento 164-A, do Solaris, no litoral de São Paulo - o que é negado taxativamente pelos advogados do petista.
"Foi pura política por causa daquele depoimento", afirmou o zelador nesta sexta-feira, 8. "As pessoas nunca dão motivo (para a demissão). O motivo foi que estavam me dispensando porque não precisavam mais do meu serviço, mas a gente sabe o que está acontecendo aqui. Depois de eu ter dado o depoimento, a engenheira da OAS disse que eu tinha falado demais. O síndico mesmo disse que eu tinha falado demais. O pessoal deixa esfriar um pouquinho e acaba sobrando para a gente que é menos favorecido", afirmou.
Para o promotor Cássio Conserino, que investigou o petista, "há fortes indícios de represália diante do teor do testemunho absolutamente esclarecedor que ele prestou durante as investigações".
Em 9 de março, a Promotoria denunciou criminalmente Lula no caso do tríplex por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica ao supostamente ocultar a propriedade do imóvel - oficialmente registrado em nome da OAS. 
São acusados também a ex-primeira-dama Marisa Letícia, o filho mais velho do casal, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, e mais 13 investigados. Na lista estão o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o empresário Léo Pinheiro, da empreiteira OAS, amigo de Lula, e ex-dirigentes da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop).
José Afonso Pinheiro nasceu no Paraná está no Guarujá há 30 anos. O zelador afirma que há três anos trabalhava no Solaris.
As declarações de Pinheiro foram prestadas em 23 de outubro de 2015. O zelador disse aos promotores Cássio Conserino, Fernando Henrique Araujo e José Carlos Blat que a ex-primeira-dama Marisa Letícia, mulher de Lula, "chegou a frequentar o espaço comum do edifício indagando sobre o salão de festa, piscina, áreas comuns". 
A declaração do zelador dizia que, "os familiares do ex-Presidente chegavam com um Passat preto e um carro, prata" e que "eles chegavam com um corpo de seguranças, três ou quatro".
Em seu depoimento, Pinheiro narrou que os seguranças prendiam "o elevador enquanto a família presidencial estava acomodada no tríplex e isso, obviamente, gerava muitas reclamações". Relatou, ainda, que "o funcionário Igor, da OAS, pediu para que não falasse nada, ou seja, de que o apartamento seria do Lula e da esposa, mas, sim, deveria dizer que é pertencente a OAS". "Esse pedido aconteceu depois do carnaval de 2015", disse.
Na ocasião, Pinheiro afirmou ainda que "nenhuma outra pessoa diversa de integrantes da família Lula, ou do próprio casal presidencial, frequenta ou frequentou a unidade 164-A". O zelador não soube dizer se o tríplex esteve à venda, mas afirmou que a unidade, "diferente de outras, nunca foi visitada por qualquer pessoa acompanhada de corretor ou corretora de imóveis".
"As pessoas fazem o que fazem e nós trabalhadores, que somos verdadeiros, que falamos a verdade, somos punidos", reclamou o Pinheiro nesta sexta-feira, 08. "No fim, os únicos que acabam sendo prejudicados somos nós, que somos o lado do trabalhador e que falamos a verdade. Não pode falar a verdade das coisas. Fui chamado a atenção, porque falaram que eu falava demais", comentou.
"Em nenhum momento eu falei fatos que não tinham ocorrido. O pessoal acha que você não pode falar a verdade. Tem que omitir, mentir", disse. "Como eu vou falar depois que não sei, não vi? Não posso", continuou.
A reportagem entrou em contato com a OAS, que não havia retornou as ligações ata às 11h desta sexta-feira. O espaço está aberto para manifestação da empreiteira.(AE)

EMPRÉSTIMOS BOMBA
CAIXA VENDEU POR R$ 493 MILHÕES CRÉDITOS "PODRES" DE R$ 13 BILHÕES
PARA LIMPAR BALANÇO, BANCO REPASSA R$ 23 BILHÕES EM CRÉDITOS CONSIDERADOS DE DIFÍCIL RECUPERAÇÃO
Publicado: 08 de abril de 2016 às 18:27
Depois de ser usada pelo governo como locomotiva de crédito para impulsionar a economia nos últimos anos, a Caixa Econômica Federal recorreu à venda recorde de R$ 23 bilhões em “créditos podres” – débitos considerados de difícil recuperação – desde 2014 para limpar o balanço da instituição.
No ano passado, o banco estatal vendeu R$ 13,1 bilhões a empresas especializadas na recuperação de dívidas, quase o triplo da soma das operações do mesmo tipo feitas pelos três principais concorrentes – Banco do Brasil vendeu R$ 3 bilhões, Itaú Unibanco, R$ 2,2 bilhões, e Bradesco não efetuou esse tipo de negócio. Pelas transações feitas no ano passado, a Caixa recebeu apenas R$ 439,3 milhões.
O Estado apurou que neste ano, em fevereiro, o banco colocou à venda mais R$ 1,5 bilhão da carteira de empréstimos inadimplentes de micro e pequenas empresas. Em 2014, a Caixa já tinha desovado R$ 8,3 bilhões em créditos em atraso que estava carregando no balanço, ou mesmo já baixados para prejuízo. Por essa venda, recebeu R$ 1,6 bilhão.
Depois de ser protagonista na expansão de crédito no Brasil nos últimos anos, com crescimento da carteira até superior a 40% ao ano, a Caixa passa por brusca desaceleração na concessão de empréstimos e financiamentos. Fechou 2015 com aumento de 11,9%, ritmo bem menor do que os 22,4% de 2014 e os 36,8% de 2013.
Com a recessão prolongada, a inadimplência aumentou, o que obrigou o banco a fazer provisões maiores para cobrir eventuais calotes. A exigência diminuiu o lucro do banco, que não contará com novas injeções do governo e depende de lucros retidos para reforçar o capital.
“A Caixa entrou numa série de linhas que nunca tinha entrado antes, foi muito agressiva na oferta de crédito, viu a inadimplência subir e não tem a expertise na recuperação de inadimplentes”, afirma Guilherme Ferreira, da Jive, empresa de recuperação de dívidas.
O banco, seguindo recomendação do governo, seu controlador, entrou nas operações de crédito a empresas. Também foi obrigado a tocar o Minha Casa Melhor, linha de financiamento de até R$ 5 mil para compra de móveis e eletrodomésticos para os beneficiários do Minha Casa Minha Vida. A inadimplência do programa, rejeitado pela equipe técnica do banco, é de 35,2%, enquanto a taxa de calotes de linhas similares oferecidas pela rede bancária é de 10%.
Distorção 
O banco de investimento JP Morgan disse, na análise do balanço da Caixa de 2015, que a venda de carteiras “podres” distorceu o índice de inadimplência do banco. O índice fechou o ano passado em 3,55%, acima dos 3,26% registrados em setembro. Pelos cálculos do JP Morgan, se não fosse a venda de carteiras, o indicador teria sido de 3,89%.
Para especialistas do setor, a Caixa errou na forma como tornou pública a operação, sem dar detalhes do impacto da venda de créditos que ainda carregava no balanço do banco na taxa de inadimplência.
Do volume vendido no ano passado, 20% foram comprados pela Ativos, que pertence ao Banco do Brasil. Das vendas de 2014, 87% foram comprados pela Emgea, empresa pública criada pelo governo para absorver prejuízos dos bancos oficiais com devedores.
Em nota, o banco afirmou que a cessão de carteiras “não performadas ou de baixa possibilidade de recuperação” é uma boa prática de gestão bancária utilizada por bancos no Brasil e no mundo. “Possibilita a renovação dos ativos e a liberação de recursos para aplicação em novas operações”, disse.
A Caixa afirmou negociar com todas as empresas especialistas em recuperação antes de fechar a venda. “A contribuição dessas cessões para o resultado do banco é pequena e seu principal objetivo é renovar os ativos e ganhar eficiência operacional, mantendo o foco da administração e o uso do capital em operações de maior rentabilidade.” (AE)

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
8/04/2016 às 18:00 \ Direto ao Ponto
Há uma semana, a reportagem de capa de VEJA expôs o estreito parentesco que liga o Petrolão, o Mensalão e o assassinato de Celso Daniel, alvo da 27ª fase da Lava Jato, batizada de Carbono 14. Os três escândalos pertencem à mesma linhagem político-policial. Foram praticados pelo mesmo clã. E demonstram, somados, que a transformação do PT em organização fora da lei começou a desenhar-se em janeiro de 2002.
Na montanha de provas e evidências acumuladas durante o percurso do caminho da perdição, destaca-se uma preciosidade desconhecida por milhões de brasileiros: o lote de áudios que registram conversas de altíssimo teor explosivo grampeadas há mais de 14 anos. O palavrório parece avô do grampo, divulgado recentemente pelo juiz Sérgio Moro, que mostra Lula e seus devotos em ação.

08/04/2016 às 15:03 \ Opinião
Publicado na revista EXAME
À esta altura do jogo, ninguém precisa de mais esclarecimentos sobre a conduta de Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, sua capacidade de degenerar o próprio governo e a irresponsabilidade soberana com que toma, ou acha que toma, suas decisões. Em todo caso, é sempre útil manter em mente o potencial destrutivo que conserva enquanto estiver exercendo oficialmente as funções de presidente da República. Não é pouca coisa. Justo agora, em mais um episódio tenebroso de sua biografia, Dilma se empenha abertamente em transformar o serviço público num mercado indecente, onde vende cargos em troca de votos que a salvem do impeachment no Congresso. Não é mais o que se poderia chamar de negociação política – virou tráfico, puro e simples. São de 500 a 800 postos em oferta, ao que parece; há contas indicando que podem ser 1.000. Se precisasse, Dilma não conseguiria comprovar um único caso de interesse publico nas nomeações que se propõe a fazer – trata-se unicamente de compra e venda. “O PT é o partido da boquinha”, disse certa vez o ex-governador Anthony Garotinho. Mal imaginava que o PT acabaria não apenas como o campeão nacional da boquinha, tomando para si tudo quanto é emprego público que lhe passa pela frente; é também, no momento, o maior vendedor de boquinhas da praça.


NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 09/04/2016 05:32
Filiado ao PP, um dos partidos que trocam cargos e verbas por votos no balcão do impeachment, o deputado gaúcho Jerônimo Goergen insinuou que Dilma Rousseff compra gato por lebre.
Favorável ao impedimento da presidente, Goergen é um dos 32 filiados do PP investigados na Lava Jato. Discursou na comissão especial da Câmara na madrugada deste sábado (9). A certa altura, discorreu sobre o comportamento que os 46 deputados federais do PP devem exibir no plenário:
“Prometeram 40 votos do PP para o governo. Eles não têm 12 para entregar. E na hora da votação tenho certeza que a totalidade da bancada virá, porque basta andar nas ruas e ter sensibilidade…”
Quem negocia com o governo em nome do PP é o presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI). Se o deputado Goergen estiver certo, o interlocutor do Planalto corre o risco de ser desligado da tomada pela sua bancada na Câmara.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Sexta-feira, abril 08, 2016
A reportagem-bomba da revista Veja que vai para as bancas nas primeiras horas da manhã deste sábado, 09, aborda também, como a IstoÉ, a escandalosa compra de deputados levada a efeito por Lula, Dilma e seus sequazes na tentativa de implodir o impeachment que ganha corpo e velocidade refletindo desta forma uma exigência da esmagadora maioria dos brasileiros. 
E vejam só. Essa barbaridade que vem sendo cometida pelo governo do PT é tamanha que Veja faz no canto da capa, abaixo, uma chamada: "Atenção, Deputados: Só os senhores, com seu voto e sua consciência podem acabar com esta farra".
Só esta chamada de capa na nessa revista - fato inaudito, talvez, na história da imprensa brasileira, pois não lembro de algo semelhante - já é suficiente para se ter uma ideia desse roubo escandaloso e criminoso do dinheiro público para comprar a consciência de deputados vigaristas e, por isso mesmo, também criminosos.
Transcrevo do site de Veja, um aperitivo do conteúdo da reportagem-bomba. Leiam:
FAZENDO O DIABO
Quando era candidata à reeleição, Dilma Rousseff disse que poderia "fazer o diabo" para vencer a sucessão presidencial. Disse e fez, arruinando as finanças do país. Agora, com o mandato ameaçado, ela recorre outra vez ao tinhoso - o tinhoso do fisiologismo, aquele que mercadeja emendas e cargos em ministérios e estatais por um punhado de votos, ou um único voto. Para escapar do impeachment, a faxineira ética de outrora passou a assediar congressistas dispostos a colocar seu "sim" ou "não" no mercado. O baixo clero, formado pelos políticos mais inexpressivos do Congresso, está, naturalmente, em festa. É o caso do deputado José Maria Macedo Júnior, do PP do Ceará. Macedão, como é conhecido, é dono de uma empresa que fornece canos e tubulações para obras federais, inclusive para a transposição do Rio São Francisco, que lhe rendeu 50 milhões de reais em 2015. Apesar de exercer seu primeiro mandato na Câmara, ele foi alçado, na semana passada, à gloriosa condição de responsável pela indicação do novo diretor-geral do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), que tem orçamento anual de mais de 1 bilhão de reais e cujos projetos atiçam a cobiça da firma... da firma... do próprio Macedão!
É isso: em troca de um único voto, o governo colocou o deputado-empresário nos dois lados do balcão de negócios. Deu resultado. Macedão, antes indeciso, agora fechou contra o impeachment. Com o desembarque do PMDB do consórcio governista, Dilma e o ex-pre­si­den­te Lula passaram a cortejar partidos de médio e pequeno portes e oferecer as benesses do poder aos integrantes do baixo clero, que se preocupam menos com a opinião pública e, por isso, têm mais facilidade para mudar de lado, principalmente quando convidados a participar do rateio de um butim suculento. Calouro na Câmara, o deputado Francisco Chapadinha, do PTN, foi convidado a indicar o novo superintendente do Incra em Santarém, na região oeste do Pará, sua base eleitoral. De pronto, aceitou a proposta. De pronto, trocou a condição de indeciso e passou a entoar o coro "Não vai ter golpe". De pronto, justificou-se a um colega: "Nunca ganhei nada. Agora que me ofereceram, não posso deixar de aceitar". O esforço contra o impeachment conta com a ajuda de governadores amigos, que acertam com os deputados de seus respectivos estados a parte de cada um no queimão do governo.

Sem qualquer freio moral e com dinheiro do Orçamento, o Planalto volta a comprar apoio parlamentar num último esforço para livrar a presidente do impeachment. Dois parlamentares do PSB teriam recebido oferta de R$ 2 milhões em troca do voto pró-Dilma. 
Estas e outras revelações impressionantes constam da reportagem de capa da revista IstoÉ que chega às bancas neste sábado. Transcrevo os tópicos iniciais, que dão a ideia do que está rolando no breu das tocas, com link ao final para leitura completa. Leiam:
No derradeiro esforço para tentar salvar o mandato da presidente Dilma Rousseff, o governo reeditou nos últimos dias, sem qualquer pudor, uma prática já condenada pelo Supremo: a de usar dinheiro público para comprar apoio político no Congresso. De maneira escancarada, o Planalto passou a negociar emendas e cargos, e até dinheiro, com deputados que se dispuserem a votar contra o impeachment da petista. O modo de operar remete ao escândalo do mensalão, o esquema de compra de votos durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com uma diferença fundamental. O mensalão clássico consistiu no pagamento de parlamentares a partir do desvio de verbas públicas e da lavagem de dinheiro por meio de agências de publicidade. Agora, o dinheiro negociado com os deputados de forma escancarada vem direto do Orçamento – ou seja, do seu e dos nossos impostos. “São práticas terríveis e o PT repete tudo de novo”, lamentou o ex-deputado Roberto Jefferson, o principal delator do mensalão, em entrevista a ISTOÉ.
LULA COMANDA A CORRUPÇÃO
De tão ostensivos, o assédio aos parlamentares e as propostas indecentes formuladas por emissários do Planalto fizeram corar de vergonha parlamentares que nunca se notabilizaram propriamente pela probidade ou por suas reputações ilibadas, como o deputado Paulo Maluf e o ex-presidente Fernando Collor. Há outro componente agravante no feirão a céu aberto promovido pelo governo: ele mostra que o PT vira as costas para a sociedade no momento em que o País vive uma crise político-econômica sem precedentes na história recente. Enquanto a presidente Dilma determina o contigenciamento de verbas para a Educação, e paralisa programas como o financiamento estudantil no exterior, uma das bandeiras do segundo mandato de Dilma, R$ 50 bilhões em emendas são oferecidas para quem se dignar a votar contra o impeachment. O governo também não parece se preocupar com a existência de quatro surtos de doenças no País, como a gripe H1N1, que já fez 47 vítimas só este ano. Enquanto diretores do instituto Butantã reclamam de falta de recursos federais para a produção de vacinas contra o zika vírus, por exemplo, o critério de escolha do futuro ministro da Saúde e do presidente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) se orienta pelo número de votos contra o afastamento da presidente que os aspirantes às vagas são capazes de oferecer. Ou seja, no vale-tudo para se manter no poder, o Planalto não se constrange em comprometer o presente e o futuro do País.
R$ 2 MILHÕES, O PREÇO DO VOTO
Na quarta-feira 6, ao mesmo tempo em que o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) lia as 128 páginas do relatório que concluiu pela admissibilidade do pedido de impeachment contra a presidente, os defensores do Planalto tentavam conquistar votos pró-Dilma nos corredores da Câmara. Às claras. Assim se deu, por exemplo, quando o deputado André Abon (PP-AP) abordou o colega Sílvio Costa (PTdoB-PE), vice-líder do governo. “Tudo certo?”, perguntou Costa. “Falta assinar”, disse Abdon. “Então, está tudo resolvido”, afirmou o vice-líder. Costa é dos encarregados de negociar, no varejo, votos para tentar derrubar, no plenário, o pedido de impeachment da presidente. ISTOÉ perguntou a Costa se o assunto com Abdon era o voto contra o afastamento da chefe do Executivo. O parlamentar não titubeou. “É claro”, respondeu sem detalhar, no entanto, o que fora negociado. O pernambucano é quem anota as adesões e dissidências num papelzinho que carrega no bolso do paletó. “Posso ver o placar?”, indagou a reportagem. “Tá de brincadeira, meu líder?!” Em meio ao balcão de negócios que tomou conta dos corredores do poder em Brasília, há suspeitas de práticas nada republicanas. Ao longo da semana, circulou a informação de que os deputados Heitor Schuch e José Stédille, ambos do PSB do Rio Grande do Sul, teriam sido abordados por aliados do Palácio do Planalto com oferta de dinheiro para apoiar a presidente. A bancada do PSB se reuniu para cobrar explicações. Eles negaram. Um deputado de um partido da base aliada, no entanto, assegurou à ISTOÉ que a oferta foi feita. O valor: R$ 2 milhões pelo voto pró-Dilma. 


NO BLOG ALERTA TOTAL
Sábado, 9 de abril de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net


NO O ANTAGONISTA
Brasil 09.04.16 10:26
Em editorial, o Estadão mostra como o discurso do PT de "perseguição política" é uma farsa desmentida pela debandada de integrantes do partido.
Leiam um trecho...
Brasil 09.04.16 08:26
Lauro Jardim conta que, na conversa que teve com Renata Abreu, Lula tentou comprar 10 votos do PTN oferecendo-lhe o ministério dos Esportes ou do Turismo...
Brasil 09.04.16 08:24
O Palácio do Planalto usa a imprensa para intimidar a Lava Jato.
Leia o que publicou o Estadão:
“Interlocutores da presidente Dilma Rousseff apostam que o cenário político será mais uma vez embaralhado na próxima semana por causa de novas revelações da Lava Jato...
Brasil 09.04.16 08:00
O Palácio do Planalto, de acordo com a IstoÉ, tem um problema “de overbooking de cargos”.
Os deputados perceberam que “o governo estava oferecendo um mesmo cargo para vários políticos”...
Brasil 09.04.16 07:53
Ao longo da semana, segundo a IstoÉ, circularam relatos no Congresso Nacional de que os deputados Heitor Schuch e José Stédille, ambos do PSB do Rio Grande do Sul, “teriam sido abordados por aliados do Palácio do Planalto com oferta de dinheiro...
Brasil 09.04.16 07:48
O deputado André Abdon, do PP, negociou seu voto com Sílvio Costa, do PTdoB, representante do governo.
A IstoÉ registrou um diálogo entre os dois...
Brasil 09.04.16 07:34
Em sua reportagem sobre a compra de deputados para barrar o impeachment, a Veja trata de Macedão e Chapadinha.
Macedão, “dono de uma empresa que fornece canos e tubulações para obras federais, inclusive para a transposição do Rio São Francisco”, foi premiado por Dilma Rousseff com a indicação do novo diretor-geral do Dnocs...
Brasil 09.04.16 07:13
Marcos Valério ainda não decidiu se deve ou não colaborar com a Lava Jato para esclarecer o assassinato de Celso Daniel...
Brasil 09.04.16 07:10
Lula será investigado também pelo suborno a Nestor Cerveró.
De acordo com a coluna Radar, da Veja, "seu depoimento a procuradores da Lava Jato na quinta-feira, 07, sobre o anexo 2 da delação de Delcídio, intitulado 'Lula foi o mandante dos pagamentos à família Cerveró', não convenceu...
Brasil 09.04.16 07:07
Rodrigo Janot vai acusar formalmente Lula e Dilma Rousseff pela tentativa de sabotagem à Lava Jato.
A notícia foi publicada por Jorge Bastos Moreno...
Brasil 09.04.16 06:16
A PF e a PGR vão revelar o caminho do dinheiro clandestino da Andrade Gutierrez para a campanha de Dilma Rousseff.
A IstoÉ publicou uma nota sobre o assunto:
“Na delação da Andrade Gutierrez, executivos contaram uma história que ainda não entrou nessas delações homologadas pelo ministro Teori Zavascki...
Brasil 09.04.16 05:55
A Andrade Gutierrez deu 100 milhões de reais à campanha de Dilma Rousseff.
Mas só 20 milhões de reais foram declarados ao TSE...
Brasil 09.04.16 05:43
O Jornal Nacional e a Época confirmaram o que O Antagonista publicou em 27 de dezembro do ano passado: a Andrade Gutierrez deu 100 milhões de reais à campanha de Dilma Rousseff...
Brasil 09.04.16 05:42
700 milhões de reais.
O Jornal Nacional disse que Edinho Silva pediu às empreiteiras 700 milhões de reais em propinas para a campanha de Dilma Rousseff.
O número tem de ser estampado na primeira página de todos os jornais. Tem de ser entalhado na porta do STF e do TSE. Tem de ser pichado nos muros do Congresso Nacional...
Brasil 09.04.16 04:46
A comissão do impeachment encerrou às 4h43 o debate sobre o relatório do deputado Jovair Arantes.
O voto será na segunda-feira...
Brasil 08.04.16 21:55
O Antagonista republica o vídeo de Lula desembarcando dentro de um hangar em Brasília para dizer o seguinte...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 10/12/2023 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 05/8/2023 - SÁBADO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 08/4/2024 - SEGUNDA-FEIRA