PRIMEIRA EDIÇÃO DE 05-4-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
05 DE ABRIL DE 2016
O Palácio do Planalto mapeou os votos favoráveis ao impeachment na bancada do PMDB. Pelos cálculos tabulados pela própria presidente Dilma Rousseff, na projeção mais otimista, ao menos 58 dos 68 deputados federais do PMDB tendem a votar favoravelmente ao impeachment. Ela ainda mantém a esperança de contar com os votos de dez deputados do partido do vice-presidente Michel Temer.
Dilma conta nos dedos os seus apoiantes, como os ministros indicados pelo líder do PMDB, Leonardo Picciani, que só têm os próprios votos.
A situação de Dilma é delicada. No governista PP, quase metade da bancada, ou 22 dos 51 deputados, manifesta opção pelo impeachment.
No PRB, outro partido que era aliado de Dilma até há dez dias, os 21 deputados federais tendem a votar em favor da destituição de Dilma.
Hoje, 261 dos 513 deputados garantem que votam a favor da abertura do impeachment, enquanto 117 se dizem contrários.
Enrolada na maior crise da História, a Petrobras está prestes a fazer mais um negócio esquisito: a venda a preço de banana dos ativos que restaram na Argentina. Fechou negociação exclusiva com a Pampa Energia para vender, no mesmo pacote, 30 blocos exploratórios, uma refinaria, quase 300 postos de gasolina e participações em térmica, hidrelétrica e petroquímicas. Tudo por US$ 1,2 bilhão, o exato valor (superfaturado) que pagou só pela refinaria de Pasadena (EUA).
Analistas de mercado dizem que a Petrobras deveria vender os ativos na Argentina em seis meses, porque a expectativa é de valorização.
Este será o segundo mau negócio da Petrobras na Argentina: em 2010, vendeu por U$ 110 milhões uma refinaria e mais de 360 postos.
Dono de cassino, Cristóbal Lopes, hoje em declínio, foi o comprador da refinaria e dos 360 postos. Teria usado dinheiro sonegado de impostos.
Ao revelar em sua edição que está nas bancas que a presidente Dilma está fora da casinha e até toma remédio tarja preta, a revista IstoÉ deu força a governistas e oposicionistas que defendem parlamentarismo já.
Na Câmara, nesta segunda-feira, 04, tinha deputado parlamentarista, que gosta de História, chamando a presidente Dilma de “Rainha Dona Maria”, numa referencia à mãe de Dom João VI, a Tresloucada da Silva Xavier.
A Lei da Advocacia Geral da União (AGU) não prevê a defesa do presidente da República. Segundo o texto, a AGU tem como função defender a União. Crimes só podem ser cometidos por pessoas.
Citado entre “juristas” de Dilma contra o impeachment, o reverenciado constitucionalista Paulo Bonavides ficou sabendo da mentira pelos jornais. Naquele dia 22, ele estava em São João do Sabugi, alto sertão potiguar. E lembra que o impeachment consta da Constituição.
O ex-presidente Lula não concorda com o esforço do Planalto para manter Kátia Abreu no Ministério da Agricultura. Diz que ela não garante nem o voto do filho, o deputado Irajá Abreu (PSD-TO).
Único a presidir o Tribunal Superior Eleitoral por três vezes, o ministro Marco Aurélio será condecorado nesta terça-feira (5) pelo presidente da corte, ministro Dias Toffoli, e terá foto na galeria de ex-presidentes.
O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) entrará na Justiça, nesta terça-feira, 05, para garantir a convenção do PP que definirá o rompimento do partido antes da votação do impeachment no plenário da Câmara.
O ministro Gilberto Occhi (Integração Nacional), indicado pelo PP, já se prepara para deixar o cargo. O governo pretendia dispensá-lo há tempos. O ministro ocupará um cargo na Caixa Econômica Federal.
Advogado Geral da União pode ser acusado por quebra de decoro, no caso de contar lorotas na comissão do impeachment?

NO DIÁRIO DO PODER
CORRUPÇÃO
JUSTIÇA PORTUGUESA QUE INTERROGAR LULA POR CASO DE CORRUPÇÃO
TAMBÉM É SUSPEITO SEU AMIGO EX-PRIMEIRO-MINISTRO, QUE FOI PRESO
Publicado: 04 de abril de 2016 às 23:28 - Atualizado às 00:21
A Justiça de Portugal enviou carta rogatória ao Brasil para que haja troca de informações sobre a negociação entre as empresas de telecomunicações e que envolveu, entre outros, o ex-presidente Lula e o ex-primeiro-ministro socialista José Sócrates, chegou a ser preso sob a acusação de corrupção.
Segundo o jornal lisboeta Correio da Manhã, a investigação é sobre crimes de corrupção e pagamentos de “prêmios” (como os portugueses chamam as propinas) milionários pela intermediação do negócio. 
A relação entre Lula e Sócrates, que se declaram amigos, é descrita no inquérito com mais de 60 volumes integrante da Operação Marquês, responsável pela prisão do ex-primeiro-ministro em novembro de 2014. Apesar de fazer parte da Operação Marquês, o caso envolve as empresas brasileiras Oi e e Portugal Telecom.
O ex-presidente jamais se explica nem dá declarações sobre denúncias de corrupção que pesam contra ele, mas o Instituto Lula informou que ele “não foi notificado da carta rogatória, nem comunicado oficialmente da investigação”. E citou uma notícia sobre o assunto na qual é informado que foi pedido o “arquivamento de investigação sobre esse tema no fim de setembro de 2015”.
“Investigação do Ministério Público brasileiro sobre o mesmo tema também tem pedido de arquivamento, que aliás foi o destino de todos os inquéritos abertos a partir do depoimento de Marcos Valério em 2012”.

NADA FEITO
CUNHA RECUSA PEDIDO DE IMPEACHMENT DE TEMER FEITO POR CID GOMES
FORAM NOVE PEDIDOS NEGADOS - 7 CONTRA DILMA E 2 CONTRA TEMER
Publicado: 04 de abril de 2016 às 21:00
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu rejeitar nove pedidos de impeachment nesta segunda (4) - sete contra a presidente Dilma Rousseff e dois contra o vice Michel Temer. Entre eles estava o pedido de impedimento de Temer protocolado na última sexta (1º), pelo ex-ministro da Educação e ex-governador do Ceará, Cid Gomes (PDT). O documento é baseado em citações incorporadas às investigações da Operação Lava Jato que envolvem suposto pagamento de propina no esquema de corrupção na Petrobras e favorecimento ao PMDB.
Hoje, a Câmara enviou ao ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma manifestação em que defende o arquivamento do pedido de impeachment de Temer. De acordo com o documento, apenas o presidente da República pode ser impedido pelo Congresso Nacional, e ministros do Supremo não podem intervir em ato do Legislativo.
O ofício foi protocolado após o vazamento, há três dias, de um rascunho de voto do ministro para que, em caráter liminar, Cunha aceite o pedido contra Temer e instaure uma comissão para analisar a denúncia. Cunha afirmou que buscou se antecipar à decisão com informações que teria que esclarecer no futuro.
O presidente da Câmara revelou que o voto do ministro o pegou de surpresa, mas que nenhum decisão foi tomada até o momento. "Se ele proferir essa decisão, que eu não creio que ele irá proferir, mas tem todo direito de fazê-lo, nós vamos agravar, recorrer e o plenário não vai mudar o entendimento sobre o tema."
O parlamentar argumentou ainda que, caso Marco Aurélio seguisse com o voto, ele teria de abrir 47 comissões especiais contra Dilma, fazendo referência ao número de pedidos de impeachment contra a presidente rejeitados por ele até hoje.
Sobre o processo de impeachment da presidente Dilma que deverá ser votado em plenário ainda neste mês, Cunha disse que irá exercer o seu direto de votar. Adversário declarado do governo, ele votará pela abertura do processo.
O presidente da Câmara usou como referência o deputado estadual Ibsen Pinheiro, líder do PMDB gaúcho, que, em 1992, comandou o processo que culminou na queda do ex-presidente Fernando Collor (PTC-AL). Como presidente da Câmara dos Deputados, Pinheiro votou ao final da sessão pela destituição do então presidente. (AE)

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
04/04/2016 às 17:24 \ Opinião
VLADY OLIVER
Há diversas firulas jurídicas e interpretações da lei para deixar escapar o cerne da questão que está sendo esmiuçado nas últimas manifestações do poder judiciário brasileiro. Acredito que o Reinaldo Azevedo foi o articulista que melhor descreveu o sistema excessivamente legalista em que vivemos por aqui. Por ele, há leis que regem até o ato de respirar do pobre incauto cidadão brasileiro, mas não há efetivamente punição alguma pelos atos e delitos aqui cometidos. De nada adiante termos leis em excesso e nenhuma vontade de punir nossos agressores.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
GERAL 05-4-2016 ÀS 6:53

GERAL 3:17

GERAL 1:55

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 05/04/2016 06:23
Ao terceirizar a Lula a operação de salvamento do seu mandato, Dilma compôs uma versão particular do mito de Fausto. Hipotecou a alma ao Tinhoso por um prazo estipulado. Em troca da perspectiva de continuar usufruindo da sensação de poder pelos dois anos e nove meses que lhe restam de mandato, a pseudo-presidente paga adiantado o alto preço da desmoralização.
Nesta sua fase, digamos, desinibida o governo democrático e popular de madame escandalizaria o ex-deputado Roberto Cardoso Alves, que formulou no governo Sarney a doutrina político-teológica baseada no princípio franciscano do “é dando que se recebe”.
O Planalto acena com a hipótese de dar ao PP, partido com 32 filiados enrolados na Lava Jato, a pasta da Educação. E negocia com o mensaleiro Valdemar Costa Neto, em prisão domiciliar, a entrega ao PR da pasta da Agricultura ou equivalente.
Não é só: escancaram-se para as duas legendas as portas de acesso às diretorias, vice-presidências e presidências de instituições como Banco do Brasil, Caixa Econômica e Banco do Nordeste. O PSD do ministro Gilberto Kassab (SP) vai na rabeira, recolhendo as sobras.
No instante em que confiou a gerência do balcão a Lula, Dilma lavou as mãos. Ao permitir que o ex-presidente, agora na pele de ex-quase-talvez-quem-sabe-futuro-ministro, ofereça aos ratos os queijos finos do organograma estatal, Dilma parece decidida a fazer sumir o sabonete.
Lula e os demais operadores do governo executam seus papeis com tamanha competência e probidade que Dilma merece ser condenada à perda do mandato. Perdeu-se ao longo dos 13 anos de poder petista um elemento essencial na política: o recato.

NA VEJA.COM
NYT: Teia de corrupção enredou o Brasil
Jornal levou a crise política brasileira a um passo além nas comparações com seriados. Para o NYT, o enredo político nacional se parece com a violenta “Game of Thrones”
04/04/2016 às 13:04 - Atualizado em 04/04/2016 às 14:21
Presidente Dilma Rousseff na capa do jornal The New York Times(VEJA.com/Reprodução)
O jornal The New York Times (NYT) traz em sua manchete nesta segunda-feira, 04, uma reportagem especial sobre a crise política brasileira. Os textos, assinados pelo correspondente Simon Romero, descrevem a Operação Lava Jato e relacionam os escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras e figuras centrais do governo com a crise política que afeta a governabilidade. Abaixo da chamada principal (Como a teia de corrupção enredou o Brasil, em tradução literal), ilustrada com uma grande foto da presidente Dilma Rousseff, há ainda imagens do senador Delcídio do Amaral (sem partido - MS) e do ex-presidente Lula.
O jornal americano entrevistou o senador e explicou seu papel como um dos protagonistas da crise política. Delcídio, ex-líder do governo no Senado, foi preso acusado de obstrução da Justiça e fez um acordo de delação premiada para diminuir sua pena. Em seu depoimento, ele implicou a presidente Dilma e outros políticos do PT nos desmandos na Petrobras. O texto do NYT cita que as delações de Delcídio atingiram não apenas figuras do PT como também de outros partidos, como o vice-presidente Michel Meter (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG)
LEIA TAMBÉM
Uma das reportagens relata a sensação de "pânico no Partido dos Trabalhadores", mencionando gravações de políticos da legenda, como o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o ministro-chefe do gabinete pessoal de Dilma, Jaques Wagner. Os casos envolvendo o ex-presidente Lula, como as reformas pagas por empreiteiras em um sítio em Atibaia e a compra de um tríplex no Guarujá também são citados.
Seriado - O jornal americano levou a crise política brasileira a um passo além nas comparações com seriados. O atual quadro político brasileiro é frequentemente comparado às tramas do seriado House of Cards, que narra os bastidores sórdidos de Washington. Para o NYT, porém, o enredo político nacional se parece mais com Game of Thrones - série que narra a violenta disputa pelo poder em um mundo fictício.
(Da redação)

NO BLOG ALERTA TOTAL
Terça-feira, 5 de abril de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

NO O ANTAGONISTA
Brasil 05.04.16 07:13
O PT está comprando o PP, o PR e o PSD.
Mas um desconfia do outro.
O Globo informa que, "diante do temor de que novos aliados que assumam ministérios traiam a presidente Dilma Rousseff na votação do impeachment, o governo estuda entregar os cargos só após a votação no plenário da Câmara...
Brasil 05.04.16 07:08
Lula compra deputados para impedir o impeachment.
Se o escambo der resultado, o Estadão pergunta:
“Quem será efetivamente o chefe do governo? Dilma ou Lula?”...
Brasil 05.04.16 06:49
Lula comprou o apoio de Jader Barbalho para barrar o impeachment.
Além de conservar o ministério dos Portos, Jader Barbalho ganhou também a diretoria da ANTAQ...
Brasil 05.04.16 06:26
Raymundo Costa, do Valor, diz que “outras propostas de última hora devem aparecer até a votação do impeachment, como a de convocação de eleições gerais, feita ontem, não por acaso, no Senado”...
Brasil 05.04.16 06:06
Valdir Raupp ganhou as primeiras páginas dos jornais ao propor a antecipação das eleições presidenciais.
Em geral, o senador só ocupa as páginas policiais...
Brasil 05.04.16 00:25
Lula voltou a atacar Temer em mais um discurso com cara de comício, desta vez em São Bernardo do Campo...
Brasil 04.04.16 23:48
Em entrevista ao Roda Viva, há pouco, Marco Aurélio Mello questionou o fato de Marcelo Odebrecht ainda estar preso...
Brasil 04.04.16 22:10
Eduardo Cunha tinha de rejeitar mesmo o pedido de impeachment de Michel Temer -- aquele protocolado pelo irmão de Ciro Gomes.
Palhaçada tem limite.
Brasil 04.04.16 21:13
O Estadão informa que a PGR abriu um procedimento de cooperação internacional para requisitar ao Panamá acesso aos documentos sobre a criação de offshores pelo escritório Mossack e Fonseca...

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