PRIMEIRA EDIÇÃO DE 03-4-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
03 DE ABRIL DE 2016
Os comícios de apoio a Dilma realizados no Palácio do Planalto sob o pretexto de lançar programa social ou empossar ministros podem configurar crime de improbidade administrativa. A Lei veda “vantagens indevidas” a agentes públicos, como o presidente da República, utilizando-se de prédios públicos, como o Palácio do Planalto, e até do trabalho de servidores, comissionados ou até mesmo terceirizados.
Os crimes dos quais Dilma pode ser acusada estão previstos nos artigos 9°, 10 e 11 da Lei de Improbidade Administrativa, nº 8.429/92.
Segundo a lei, o uso indevido da estrutura pública pode gerar a cassação dos direitos políticos e o impeachment da presidente Dilma.
Em uma semana, o Palácio sediou três eventos que se transformaram em ruidoso comícios contra o impeachment, até com militantes pró-PT.
Caso se configure a improbidade administrativa, uma das penas às quais Dilma está sujeita é pagar multa de até 100 vezes seu salário.
O Palácio do Planalto não aposta um tostão furado na sinceridade das declarações do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), insinuando que não apoia o impeachment. Assessores desconfiados, com acesso aos ouvidos de Dilma Rousseff, acham que Renan combinou o script com o vice Michel Temer, para, na hora agá, dar as costas à presidente alegando o seu “dever de lealdade” ao partido.
“Dependendo do interlocutor”, diz um aspone com sala no 3º andar do Planalto, Renan anima ou desaponta quem é a favor ou contra Dilma.
Após receber a oposição, dias atrás, Renan afirmou que o Senado não mudaria eventual decisão dos deputados aprovando o impeachment.
Ao sair de encontro com Lula, o mesmo Renan desdenhou do impeachment e disse esperar que o tema não chegue ao Senado.
Sem esperança de escapar da mão pesada da Justiça, governistas enrolados na gatunagem do petrolão espalham a “estratégia” de tentar anular a Operação Lava Jato, como aconteceu com a Operação Satiagraha.
Partidos aliados de Dilma, como PP, PR e PSD, reclamam da falta de conversa com o vice Michel Temer. Querem tratar de impeachment, mas Temer pede calma. Prefere aguardar os acontecimentos.
O deputado Ricardo Barros (PP-PR), que chegou a ser citado como eventual ministro da Saúde, acha que o vice-presidente precisa conversar com os partidos: “A presidência não cairá no colo dele”.
O Planalto não vê a hora de se livrar do ministro Marcelo Castro (Saúde) para negociar oficialmente a pasta. Ele não quer largar o osso, e alega o combate ao zika vírus para justificar sua permanência.
Desesperado para tentar barrar o processo de impeachment, o Planalto chegou a oferecer dois ministérios para o nanico PTN. A história vazou e a deputada Renata Abreu (SP), dona do partido, desconversou.
Deputados peemedebistas acreditam que o rompimento com o governo é uma questão de sobrevivência. “Se ficarmos com o governo, morreremos abraçados”, diz o deputado Osmar Terra (PMDB-RS).
Michel Temer está irado com o senador José Serra (PSDB-SP). Não perdoa o tucano por ter revelado que os dois confabulavam sobre um possível governo do vice. Temer não quer ser taxado de traidor.
O PMDB anda tão seguro do impeachment de Dilma que já reforma a parte econômica do “Plano Temer”. O novo pacote está sendo forjado pela fundação Ulysses Guimarães, com digitais do PSDB.
…na Esplanada, amigos, amigos, rompimentos à parte.

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Partindo dessa constatação, o seu plano é transparente...

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