PRIMEIRA EDIÇÃO DE HOJE DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
12 DE MARÇO DE 2016
O Planalto acredita que o presidente do Senado, Renan Calheiros, sente-se ameaçado pelas investigações das operações Lava Jato e Zelotes, e por isso resolveu “mandar recado” à presidente Dilma, ao conversar com a cúpula tucana, incluindo o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG). “O recado de Renan é claro: ou o governo me protege ou vou ajudar a oposição a derrubá-lo”, avalia ministro próximo a Dilma.
Durante jantar em Brasília, quinta-feira (10), convidados dizem ter ouvido de Renan o temor de “ser preso a qualquer momento”.
A afirmação de Renan pode ter sido feita para ilustrar o temor geral dos políticos ou, como acha o governo, a revelação de angústia pessoal.
Na conversa das cúpulas do PMDB e do PSDB, da qual Renan Calheiros participou, foi formado o consenso de que “Dilma acabou”.
Renan prega a mudança do sistema de governo, transformando Dilma em “rainha da Inglaterra”, com primeiro-ministro eleito pelo Congresso.
Ao determinar portas fechadas para a quarta reunião prévia do Conselho de Ética do Senado, seu presidente, João Alberto (PMDB-MA), sinalizou que alguma manobra estava em curso. Não deu outra: ele sugeriu que o caso Delcídio do Amaral (PT-MS) somente fosse apreciado após uma solução na Justiça. A reação indignada dos senadores foi imediata, e a manobra acabou liquidada a pau.
O “balão de ensaio” de João Alberto objetivava criar um precedente: afinal, ainda há 13 senadores (aliados) investigados na Lava Jato.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi o primeiro a reagir à manobra do presidente do Conselho de Ética, e os colegas o seguiram.
O senador Delcídio Amaral teve sua cassação recomendada pelo relator do seu caso. Ele é acusado de tentar obstruir a Justiça.
A Polícia Federal localizou um cofre forte, em São Paulo, onde a família Lula guarda objetos e joias de valor, que teriam sido presenteados ao ex-presidente. A revelação está na revista Época que circula neste fim de semana. São 132 objetos encontrados em 23 caixas lacradas.
Está acertado o cronograma de desembarque do governo. O PMDB decidiu que, neste sábado (12), Michel Temer será reconduzido à presidência e um documento com os sinais do divórcio será aprovado.
O PMDB não vai romper com Dilma na convenção para preservar Michel Temer. Pelo cronograma, a executiva nacional vai se reunir na primeira quinzena de abril com poderes para oficializar o rompimento.
Após intensas conversas com Michel Temer, o senador José Serra (PSDB-SP) prepara sua mudança para o PMDB. Ideia é transformá-lo em candidato a presidente, em 2018.
…é só começar. Enquanto o pai Jorge Picciani, presidente da Assembleia do Rio, previa a queda de Dilma em três meses, o filhão Leonardo, líder do PMDB na Câmara, anunciava que a bancada carioca desistiria da defesa do governo, na convenção deste sábado, 12.
Durante entrevista, nesta sexta-feira (11), a presidente Dilma Rousseff deu uma má notícia a quem tinha esperanças de uma solução negociada e sem traumas, no governo. Ela diz que não vai renunciar.
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) vem sendo hostilizado nas redes sociais porque teve a coragem de pedir cautela sobre o pedido de prisão do ex-presidente Lula. Para ele, um exagero.
O deputado federal Carlos Cadoca (PCdoB-PE) acredita que a crise brasileira não tem precedente. “Falta credibilidade e falta uma liderança nacional para acabar com a crise política”, lamenta.
...com dólar caindo e bolsa subindo a cada notícia ruim para Lula, já tem petista achando que sua prisão não seria mau negócio para o governo.

LAVA JATO
MANUSCRITO DE YOUSSEF TEM O NOME DE DILMA AO LADO DE VALORES
MANUSCRITO QUE IMPLICA DILMA FOI ENTREGUE POR CONTADORA A PF
Publicado: 12 de março de 2016 às 01:18
Manuscrito do mega-doleiro Alberto Youssef entre à Polícia Federal pela contadora Meire Poza, mostra o nome da presidente Dilma Roussef ao lado de valores. O documento foi entregue em abril de 2014, às vésperas da campanha de reeleição da presidente da Republica, mas, estranhamente, mantinha-se incógnito até agora. A revelação está na edição deste fim de semana da revista IstoÉ.
O manuscrito entregue por Meire Poza à PF é um bilhete escrito de próprio punho pelo doleiro e guardado a sete chaves pela Lava Jato. Esse documento é a principal revelação do livro Assassinato de Reputações II – muito além da Lava Jato – de autoria do delegado Romeu Tuma Jr, previsto para ser lançado nesta semana.
O MANUSCRITO COMPROMETE DILMA.
É a primeira prova ligando Dilma ao doleiro. No manuscrito, a referência à Dilma é o segundo item abaixo do registro “1.000.000 Bsb” (um milhão Brasília). Ao lado do nome da presidente aparece o número 17, a palavra viagem e ao que tudo indica ser um horário “16:30”.
No primeiro item, Youssef refere-se a um “novo embaixador”. Na sequência, ele sugere o desembolso de alguma quantia: “1.000 – Pagar 50”. Para a secretária do doleiro, conhecedora dos submundos do Petrolão, uma das explicações para o apontamento de Youssef seria “algum pagamento que deveria ser feito à Dilma”. 
A reportagem de Sérgio Pardellas, de IstoÉ, informa que de acordo com relato da contadora, ao receber o papel, em abril de 2014 na Superintendência da PF na Lapa, em São Paulo, o delegado Márcio Anselmo, da força-tarefa da Lava Jato, vibrou: “Que coisa maravilhosa”, teria dito, segundo testemunho dela que consta do livro Assassinato de Reputações II. Ao presenciar a cena, Meire pensou na hora: “Dilma estava no esquema”. Anselmo estava acompanhado do agente Rodrigo Prado. Tanto o manuscrito citando Dilma como os demais documentos entregues por Meire foram acondicionados no porta-malas de uma Range Rover Evoque, apreendida pela Lava Jato e agora a serviço da PF. 
No dia seguinte, o agente Prado enviou um email à contadora de Youssef: “Nossa conversa foi muito boa. Vamos mantendo contato por aqui”. Começava ali o trabalho de Meire Poza como uma espécie de agente infiltrada da PF. Ao longo de mais de um ano, até meados de setembro de 2015, a contadora municiou os policiais federais com uma série de informações relevantes. A maioria delas foi considerada pelos integrantes da Lava Jato na hora de produzir provas contra envolvidos no esquema de desvios na Petrobras. 
Os relatos se revelaram cruciais para a deflagração de operações que vieram a seguir. Estranhamente, o bilhete em que o doleiro menciona a presidente teve outro destino. Nunca foi incorporado às provas da Lava Jato. Além de não aparecer no e-Proc, sistema de consulta dos processos da força-tarefa, IstoÉ apurou que o documento nunca foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) – caminho obrigatório e formal de qualquer indício ou prova envolvendo um presidente da República. “Esse manuscrito nunca apareceu por aqui”, assegurou na semana passada um alto integrante da PGR que se debruçou sobre o material relativo ao doleiro Alberto Youssef. 
Para Romeu Tuma Jr, o episódio é um claro indicativo de que possa ter havido pressão do Planalto para abafar o caso. “É uma indicação forte de que houve uma tentativa de proteger Dilma”, afirmou Tuma Jr.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
12/03/2016 às 7:42 \ Opinião
Publicado na versão impressa de VEJA
O leitor provavelmente já ouviu falar em seu círculo de amigos, ou no ambiente de trabalho, ou na esfera familiar, de gente interessada em ir embora do Brasil; se ainda não teve contato com nenhuma história dessas até agora, há grande chance de que venha a ter uma hora qualquer, e logo. Para muita gente boa, está na moda, ao que parece, pensar em refazer a vida em países como Canadá, Austrália ou Estados Unidos, entre outros que se propõem a receber de braços abertos imigrantes com dinheiro. São países que não têm vergonha nenhuma de atrair gente financeiramente bem de vida, dentro da ideia geral de que problema de imigração, mesmo, só existe com pobre.» Clique para continuar lendo


11/03/2016 às 18:10 \ Direto ao Ponto
A batalha entre os brasileiros decentes e os adoradores do camelô de empreiteira terminou três dias antes de começar. Como aqui se previu, a seita lulopetista desistiu de dar as caras na Avenida Paulista, depois ameaçou celebrar outra missa negra na Praça Roosevelt e enfim se conformou com a capitulação sem luta. O que resta do partido que virou bando vai ver pela TV a irreversível mudança na direção dos ventos: agora, é o Brasil decente que manda nas ruas.
“Se quiserem me derrotar, terão de me enfrentar nas ruas”, desafiou Lula em duas discurseiras sucessivas. A bravata foi desmoralizada pela rendição desonrosa do exército que já não há. O País que presta está perto de ganhar a guerra do impeachment. O desfecho vitorioso ─ não custa insistir ─ depende do tamanho das manifestações que ocorrerão daqui a poucas horas, sobretudo da programada para o coração da maior cidade brasileira.
Se a onda de protestos alcançar dimensões semelhantes às registradas há exatamente um ano, o fim da Era da Canalhice virá em pouquíssimas semanas. Em 1992, em meio à crise que desembocou na queda de Fernando Collor, o deputado Ibsen Pinheiro, então presidente da Câmara, lembrou que o Congresso sempre faz o que o povo quer. Sempre foi assim. Assim sempre será.
Quem decreta o impeachment é a voz da rua. É o que pode acontecer neste 13 de março que tem tudo para eternizar-se nos livros de História. Dilma Rousseff só ficará no Planalto se os milhões de indignados se negarem a compreender que domingo, 13-3-2016, não é dia de ficar em casa.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
GERAL 12-3-2016 ÀS 7:14
GERAL 6:07
GERAL 6:05
GERAL 5:58
GERAL 5:33
GERAL 11/03/2016 ÀS 22:51
GERAL 11/03/2016 ÀS 22:43
GERAL 11/03/2016 ÀS 22:38
GERAL 11/03/2016 ÀS 22:23
GERAL 11/03/2016 ÀS 22:16


NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 12/03/2016 04:09
“Todos confiam muito no nosso taco”, disse, com um sorriso nos lábios, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, ao comentar o súbito interesse dos investigados da Lava Jato pela chamada prerrogativa de foro. Para fugir do juiz Sérgio Moro e da força-tarefa da Lava Jato, até Lula cogita trocar a condição de ex-presidente da República pela de “subordinado” da sucessora que ele fabricou.
Marco Aurélio insinua que esse tipo de manobra pode sair pela culatra. “Essa história de acreditar muito no taco do Supremo e abrir mão da passagem do tempo, de percorrer vários patamares do Judiciário, para corrigir eventuais erros, às vezes não dá certo. No mensalão, por exemplo, se os detentores de foro tivessem renunciado, o processo teria seguido para a primeira instância. Ficou no Supremo. E tivemos as condenações.”
O ministro explicou que, na hipótese de Lula tornar-se subordinado de Dilma, o STF não fará nenhum juízo de valor, limitando-se a receber os inquéritos que lhe serão remetidos. “Se acontecer, o tribunal reconhecerá o fato de ele ocupar uma pasta no ministério. Não indagará o objetivo, embora seja evidente.”
Marco Aurélio ainda descrê do que lê no noticiário. “Não creio que ele venha a optar pela chefia da Casa Civil, com o deslocamento de Jaques Wagner para a pasta da Justiça. A não ser que a presidente da República passe o bastão para ele.”
Além de Lula, o marqueteiro João Santana e sua mulher Mônica Moura pediram que seus inquéritos subam da escrivaninha de Sérgio Moro para a mesa do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF. Alegam que a investigação envolve a caixa registradora da campanha de Dilma Rousseff. Como a presidente dispõe do foro privilegiado, os dois sustentam que, por conexão, o processo em que são protagonistas deveria ser julgado no STF.
No caso de Eduardo Cunha, o procurador-geral da República Rodrigo Janot denunciou o deputado no Supremo e requereu o desmembramento do processo, para remeter a Curitiba, aos cuidados de Sérgio Moro, as partes que se referem à mulher de Cunha, Claudia Cruz, e à filha do casal, Danielle Cunha. O presidente da Câmara se insurgiu contra a pretensão de Janot. O relator Teori Zavascki ainda não se pronunciou.
Marco Aurélio disse que costuma votar “invariavelmente a favor do desmembramento”, mantendo no Supremo apenas os processos dos detentores de prerrogativa de foro. Mas reconhece que as decisões da Suprema Corte “têm variado muito e, às vezes, admite [julgar também réus sem mandato ou função executiva] por conta da conexão probatória.”
No julgamento do mensalão, quando ficou clara a tendência do Supremo pela condenação, os réus sem mandato tentaram bater em retirada. Mas o plenário do STF indeferiu, por maioria de votos, todos os pedidos de desmembramento e envio dos autos para a primeira instância.
No petrolão três fatores levam os investigados a cobiçar o crivo do STF: a celeridade da força-tarefa da Lava Jato, os rigores do juiz Moro e o fim da farra dos recursos judiciais. Em decisão recente, o Supremo determinou que as penas devem ser executadas a partir da confirmação das sentenças na segunda instância do Judiciário.
No caso de Curitiba, a segunda instância é o Tribunal Regional Federal da 4ª região, sediado em Porto Alegre. Ali, as decisões tomadas por Sérgio Moro têm sobrevivido a todos os recursos.
Josias de Souza - 11/03/2016 16:24
A pior maneira que uma autoridade pública tem de demonstrar sua força é alardear que não irá renunciar ao cargo. Pois Dilma Rousseff, uma presidente que se dedica a fazer o pior o melhor que pode, achegou-se à boca do palco nesta sexta-feira, 11, justamente para jurar que não renunciará. “Não tenho o menor interesse, a menor propensão. E não há nenhuma justificativa. Para mim isso inclusive é uma ofensa… Agora, por favor, pelo menos testemunhem que eu não estou com cara de quem vai renunciar.”
O objetivo de Dilma foi passar a impressão de que está forte e tem a situação sob controle. Se suprimirmos os detalhes que impedem Dilma de fazer uma avaliação isenta sobre si mesma, podemos ser objetivos e positivos sobre qualquer avaliação que venha da presidente.
Assim, fora a iminente conversão de Lula de investigado em primeiro-ministro, o risco de novas delações na Lava Jato, a ebulição no PMDB, o chamego de Renan com o PSDB, as ciladas do Cunha, a paralisia econômica, a aversão do PT à reforma fiscal, o derretimento da base congressual do governo, a ressurreição do pedido de impeachment, os processos de cassação da chapa presidencial no TSE e os protestos de rua de domingo, 13, afora tudo isso, nada faz supor que Dilma tenha se tornado uma presidente desmoralizada e fraca.
A essa altura, quem observa a trajetória de Dilma no poder federal já deve ter aprendido que o poder é implacável. Quem só ambiciona o poder erra o alvo. Quem obtém o poder e não o exerce, vira alvo. Fora isso, Dilma é a presidente mais forte que Dilma conhece.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Sábado, março 12, 2016
No dia 29 de abril de 2014, quando começou a atuar como informante da Polícia Federal, a contadora de Alberto Youssef, Meire Poza, forneceu à Lava Jato uma série de documentos recolhidos por ela nos escritórios do doleiro. Um deles, se divulgado à época, poderia ter efeito devastador sobre a campanha à reeleição de Dilma Rousseff. Trata-se de um bilhete escrito de próprio punho pelo doleiro em que ele menciona a presidente. No alfarrábio, o nome de Dilma aparece próximo a valores.
O bilhete fatídico: mistério intrigante. Clique sobre a imagem para vê o bilhete ampliado.
Guardado a sete chaves pela Lava Jato, o manuscrito de Alberto Youssef atravessou a campanha presidencial incógnito e assim permaneceu até agora. ISTOÉ teve acesso com exclusividade ao documento. Na atual circunstância política, – com a presidente cada vez mais isolada e impassível diante da crise e das denúncias envolvendo sua campanha, – a anotação do doleiro renova o seu potencial explosivo. O bilhete é a principal revelação do livro Assassinato de Reputações II – muito além da Lava Jato – de autoria do delegado Romeu Tuma Jr, previsto para ser lançado nesta semana.
É a primeira vez que surge uma prova ligando Dilma ao doleiro. No manuscrito, a referência à Dilma é o segundo item abaixo do registro “1.000.000 Bsb” (um milhão Brasília). Ao lado do nome da atual mandatária do País aparece o número 17, a palavra viagem e ao que tudo indica ser um horário “16:30”. No primeiro item, Youssef refere-se a um “novo embaixador”. Na sequência, ele sugere o desembolso de alguma quantia: “1.000 – Pagar 50”. Para a secretária do doleiro, profunda conhecedora dos submundos do Petrolão, uma das explicações para o apontamento de Youssef seria “algum pagamento que deveria ser feito à Dilma”. 
O novo livro-bomba de Romeu Tuma Jr. e Claudio Tognolli deve ser lançado nesta semana que se inicia. 
De acordo com relato da contadora, ao receber o papel, em abril de 2014 na Superintendência da PF na Lapa, em São Paulo, o delegado Márcio Anselmo, da força-tarefa da Lava Jato, vibrou: “Que coisa maravilhosa”, teria dito, segundo testemunho dela que consta do livro Assassinato de Reputações II. Ao presenciar a cena, Meire pensou na hora: “Dilma estava no esquema”. Anselmo estava acompanhado do agente Rodrigo Prado. Tanto o manuscrito citando Dilma como os demais documentos entregues por Meire foram acondicionados no porta-malas de uma Range Rover Evoque, apreendida pela Lava Jato e agora a serviço da PF. 
No dia seguinte, o agente Prado enviou um email à contadora de Youssef: “Nossa conversa foi muito boa. Vamos mantendo contato por aqui”. Começava ali o trabalho de Meire Poza como uma espécie de agente infiltrada da PF. Ao longo de mais de um ano, até meados de setembro de 2015, a contadora municiou os policiais federais com uma série de informações relevantes. A maioria delas foi considerada pelos integrantes da Lava Jato na hora de produzir provas contra envolvidos no esquema de desvios na Petrobras. 
Os relatos se revelaram cruciais para a deflagração de operações que vieram a seguir. Estranhamente, o bilhete em que o doleiro menciona a presidente teve outro destino. Nunca foi incorporado às provas da Lava Jato. Além de não aparecer no e-Proc, sistema de consulta dos processos da força-tarefa, ISTOÉ apurou que o documento nunca foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) – caminho obrigatório e formal de qualquer indício ou prova envolvendo um presidente da República. “Esse manuscrito nunca apareceu por aqui”, assegurou na semana passada à reportagem de ISTOÉ um alto integrante da PGR que se debruçou sobre o material relativo ao doleiro Alberto Youssef. 
Para Romeu Tuma Jr, Palácio do Planalto atuou para retardar início da Lava Jato. Foto: IstoÉ.
Para Romeu Tuma Jr, o episódio é um claro indicativo de que possa ter havido pressão do Planalto para abafar o caso. “É uma indicação forte de que houve uma tentativa de proteger Dilma”, afirmou Tuma Jr. à ISTOÉ. Hoje, no momento de maior fragilidade da presidente, desde a posse, em que as discussões sobre o impeachment ganham força e vigor, tanto a revelação do bilhete, escrito pelo doleiro, como as suspeitas de mais uma interferência do Planalto na Lava Jato contribuem para tornar a situação da petista ainda mais delicada. Clique AQUI para ler a íntegra desta reportagem que vale a pena

Segundo a reportagem exclusiva da revista IstoÉ que chega às bancas neste sábado, 12, a estarrecedora revelação da roubalheira para abastecer as campanhas eleitorais da Dilma e da turma do PMDB. As revelações de IstoÉ foram, segundo a revista, obtidas na delação do ex-líder e senador do PT, Delcídio do Amaral.
Aqui a parte inicial da reportagem com link ao final para leitura completa. Vale a pena conferir:
Além de fornecer um dossiê explosivo sobre as tentativas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff para tentar barrar as investigações da operação Lava Jato, o ex-líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), revela, em acordo de deleção premiada, um sofisticado esquema de corrupção nas obras da usina de Belo Monte. As informações estão dispostas no anexo sete da delação, obtido por ISTOÉ na quarta-feira 9. 
Segundo o senador, um “triunvirato”, formado pelos ex-ministros Erenice Guerra, Antônio Palocci e Silas Rondeau, movimentou cerca de R$ 25 bilhões e desviou pelo menos R$ 45 milhões dos cofres públicos diretamente para as campanhas eleitorais do PT e do PMDB em 2010 e 2014. Nas duas disputas presidenciais os partidos estavam coligados na chapa liderada por Dilma Rousseff. “A propina de Belo Monte serviu como contribuição decisiva para as campanhas eleitorais de 2010 e 1014”, afirmou o ex-líder do governo no Senado aos procuradores.
Denúncias sobre corrupção nas obras de Belo Monte já haviam sido feitas por outros delatores, mas é a primeira vez que uma testemunha revela com detalhes como funcionava o esquema, qual o destino do dinheiro desviado e aponta o nome dos coordenadores de toda a operação. A delação feita por Delcídio leva as investigações sobre o propinoduto petista nos setores de energia e de infraestrutura para as antessalas do gabinete presidencial. Desde 2003, Erenice é tida como uma escudeira da presidente Dilma e mesmo após deixar o governo, sob a acusação de favorecer lobistas ligados a seu filho, permanece como uma das poucas interlocutoras de Dilma. 
Triunvirato: Palocci, Erenice e Silas Rondeau (da esq. à dir.):
R$ 45 milhões para a a campanha. Foto: IstoÉ.
Depois de homologada pelo STF, a delação de Delcídio deverá ser encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral e engrossar o processo que pede a cassação da presidente. Os relatos feitos pelo senador mostram que a operação montada para desviar dinheiro público de Belo Monte foi complexa e contínua. Começou a ser arquitetada ainda no leilão para a escolha do consórcio que tocaria a empreitada, em 2010, e se desenrolou até pelo menos o início do ano passado, quando a Lava Jato já estava em andamento. Tida como obra prioritária do governo e carro chefe do PAC, Belo Monte era acompanhado de perto pela chefia da Casa Civil, onde estavam Dilma, então ministra, e Erenice Guerra, secretária executiva. 
“A atuação do triunvirato formado por Silas Rondeau (ex-ministro de Minas e Energia), Erenice Guerra (ex-ministra da Casa Civil) e Antônio Palocci (ex-ministro da Fazenda) foi fundamental para se chegar ao desenho corporativo e empresarial definitivo do projeto Belo Monte”, afirmou Delcídio aos procuradores da Lava Jato. Em sua delação, o senador explica que os desvios de recursos do projeto da usina vieram tanto do pacote de obras civis como da compra de equipamentos. “Antônio Palocci e Erenice Guerra, especialmente, foram fundamentais nessa definição”, revelou o senador. Leia AQUI a reportagem integral de ISTOÉ

NO BLOG ALERTA TOTAL
Sábado, 12 de março de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

NO O ANTAGONISTA
Brasil 12.03.16 08:55
Quanto mais gente, melhor.
Brasil 12.03.16 08:29
"Quem teve acesso à delação de Delcídio Amaral diz que Lula é a grande estrela dos depoimentos", diz Vera Magalhães, no site da Veja.
"Devido aos detalhes fornecidos por Delcídio sobre a operação para abafar a delação de Nestor Cerveró, envolvendo o filho de José Carlos Bumlai, a aposta é de que Lula terá que aumentar, e muito, sua banca de advogados...
Brasil 12.03.16 08:26
Hoje é dia de impeachment no PMDB.
Um dos receios de Michel Temer é que, depois de assumir a presidência, o TSE acabe cassando o seu mandato, por causa das ilegalidades cometidas por Dilma Rousseff...
Brasil 12.03.16 07:50
O juiz Nelson Augusto Bernardes, entrevistado pelo Estadão, defendeu a decisão do Ministério Público de pedir a prisão preventiva de Lula:
“Vejo que a posição do Ministério Público, que está sendo muito criticada, ela é coerente com o que Ministério Público sempre faz em qualquer caso grave...
Brasil 12.03.16 07:19
Edinho Silva e Giles Azevedo, durante a campanha de 2014, procuraram o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo.
Eles queriam dinheiro, muito dinheiro.
Segundo a Veja, “100 milhões de reais a mais do que a quantia que a empreiteira havia combinado doar à campanha”...
Brasil 12.03.16 07:11
“Integrantes da Lava Jato dizem ter nas mãos um áudio de um diálogo do hoje ministro Edinho Silva com o empreiteiro Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez”...
Brasil 12.03.16 07:08
O negociador de propinas do PT era Ricardo Berzoini.
Foi o que disseram os executivos da Andrade Gutierrez em seus depoimentos à Lava Jato...
Brasil 12.03.16 07:04
Um bilhete com o nome de Dilma foi encontrado com o doleiro Alberto Youssef.
O nome da presidente da República aparece associado a valores...
Brasil 12.03.16 06:46
Delfim Netto teve seu nome citado em delação premiada em poder da Lava Jato, disse o Estadão.
Seu nome foi envolvido em um recebimento de propina nas obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte...
Brasil 12.03.16 06:43
A Época diz que os procuradores da Lava Jato, “acusados de cometer abusos de poder nas investigações, preparam-se para contra-atacar com ainda mais provas – e avançam nas delações que devem desmontar o topo da corrupção no Brasil”...
Brasil 12.03.16 06:37
Delcídio Amaral entregou Gleisi Hoffmann.
Ele disse, de acordo com a IstoÉ, “que a empresa Consist sempre atuou como braço financeiro dela e do marido, Paulo Bernardo, como mantenedora das despesas do mandato da senadora nos últimos anos”...
Brasil 12.03.16 06:31
Aécio Neves foi citado no depoimento de Delcídio Amaral.
A Lava Jato pode até abrir um inquérito contra ele.
O trecho reproduzido pela IstoÉ, porém, é mais comprometedor para Lula do que para o próprio Aécio...
Brasil 12.03.16 06:18
O Antagonista, dois dias atrás, publicou que a Qualicorp contratou a G4, de Lulinha.
Não foi por acaso...
Brasil 12.03.16 06:08
Delcídio Amaral, em seus depoimentos à PGR, citou a fazenda Cristo Rei, vendida por José Carlos Bumlai a André Esteves, em 2012.
Ele disse, segundo a IstoÉ, que “os valores envolvidos na transação e a maneira que esta foi realizada apontam para a existência de ilicitudes”...
Brasil 11.03.16 23:15
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Brasil 11.03.16 22:52
A IstoÉ desta semana confirma o que havíamos dito. A delação de Delcídio do Amaral derrubará o PT, o seu chefão e a farsante que ocupa a Presidência da República.
Leiam um trecho da reportagem de capa da revista...
Brasil 11.03.16 21:09
O Antagonista reproduz mais alguns registros fotográficos dos "presentes" recebidos por Lula na Presidência da República...
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A Época traz uma reportagem sobre o pagamento de propina ao petista José Guimarães, o Capitão Cueca do partido...
Brasil 11.03.16 19:10
Ao impor sigilo ao processo contra Lula e afirmar que a aceitação da denúncia e do pedido de prisão preventiva demandará "algum tempo", a juíza Maria Priscilla Veiga Oliveira deu um chega para lá nos petistas que já tentavam intrometer-se onde não foram chamados...
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Eis o despacho de hoje da juíza Maria Priscilla Veiga Oliveira, que analisará a denúncia contra Lula e o pedido de prisão preventiva do petista...
Ao acessar o serviço de armazenamento em nuvem do Instituto Lula, a PF identificou mensagens eletrônicas, redes sociais, agenda, blogs criados com o endereço eletrônico do IL, contatos, troca de mensagens e vídeos...
Brasil 11.03.16 18:03
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Brasil 11.03.16 17:38
Em desabafo a amigos, a juíza Maria Priscilla Veiga Oliveira disse que a sua vida virou um inferno desde que foi sorteada para analisar a denúncia apresentada pelo MP de São Paulo contra Lula, assim como o pedido de prisão preventiva...
Brasil 11.03.16 17:27
O PT instaurou o vale tudo no Congresso com o mensalão.
O PT destruiu a Petrobras...
Brasil 11.03.16 17:21
Petistas estão implorando a Michel Temer para que o PMDB não rompa com o PT...
Economia 11.03.16 17:05
Nelson Barbosa é um ministro da Fazenda cada vez menos preocupado com a Economia e cada vez mais focado em impedir que sua chefe, a presidente Dilma Rousseff, seja retirada do Palácio do Planalto antes de 2018. A avaliação é da Rio Bravo, fundada pelo ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco. Segundo a gestora, Barbosa “fará o necessário” para salvar o pescoço de Dilma, “mesmo que seja por conta de ameaças que venham de assuntos totalmente alheiros à economia”.

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