PRIMEIRA EDIÇÃO DE 13-3-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
13 DE MARÇO DE 2016
Cresce no Congresso a proposta de saída da crise por meio do parlamentarismo como sistema de governo. A ideia é preservar Dilma, sem submetê-la a impeachment, mas ficaria quietinha no Palácio da Alvorada recebendo visitantes estrangeiros, entregando comendas e distribuindo gritos a subalternos. Governaria o País o primeiro-ministro a ser eleito pelo Congresso. Lideranças importantes do PT já aceitam.
Já surgem os primeiros nomes para o cargo de primeiro-ministro: o atual vice Michel Temer e o senador José Serra, a caminho do PMDB.
A ideia de parlamentarismo vinha sendo debatida internamente no PMDB desde o ano passado, como revelou esta coluna em setembro.
O Supremo Tribunal Federal deverá decidir na próxima semana sobre a constitucionalidade de projetos instituindo o parlamentarismo no País.
Há diferentes projetos sobre parlamentarismo no Brasil. A proposta mais comentada é de autoria do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).
O Palácio do Planalto percebe a deterioração crescente da sustentação do governo. Um levantamento mostra que partidos aliados preparam o desembarque do governo após as manifestações deste domingo (13). O movimento de desembarque é coordenado pelo PMDB, maior aliado da presidente Dilma. Partidos aliados aguardam o fim da janela de transferência, sexta (18), para deixar Dilma falando sozinha.
De olho nas urnas, além do PMDB podem deixar o governo o PP e o PR. Juntos, os três partidos somam 145 deputados.
Os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) monitoram a movimentação. Com pessimismo.
A família Picciani fala mal de Dilma, para fazer média com os eleitores, mas levou uma claque de não peemedebistas para a convenção.
No Senado, a avaliação é que as definições políticas dependem do próximo passo do Delcídio do Amaral (PT-MS). Enquanto não sai a delação dele, todos ficam apavorados, sem saber o que acontecerá.
Uma repórter usava pingente com uma algema, quando um senador petista patrulhou: “Vocês estão mesmo obstinados a prender todo mundo!”. Mas a joia fazia alusão ao livro “Cinquenta Tons de Cinza”.
Empresários das telecomunicações avisaram Raul Jungmann (PPS-PE) que participarão das manifestações deste domingo (13). “Quando o empresariado vai para a rua, é sinal de que o fim está próximo”, diz.
Investigadores da Lava Jato não acreditam que, ao menos por ora, o marqueteiro João Santana aceite a delação premiada. Já em relação a Mônica Moura, são otimistas. Deu sinais que fala mesmo sem o marido.
Deputados do PP relatam mudanças na liderança de Aguinaldo Ribeiro (PB). Diferente de Eduardo da Fonte (PP-PE), o ex-ministro se reúne com os liderados toda terça-feira. E já se colocou contra a CPMF.
Experientes políticos do PCdoB lamentam a ingenuidade do partido em relação ao governo. Acreditam que os deputados comunistas são levados a defender ideias e propostas há muito abandonadas pelo PT.
O Conselho de Furnas nomeou Djair Fernandes diretor de Administração, em reunião extraordinária. Ele é apadrinhado de Sérgio Souza (PMDB-PR), suplente da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).
O PT trabalha para que a expulsão do senador Delcídio do Amaral (MS), ex-líder do governo Dilma flagrado tentando melar a Lava Jato, ocorra no máximo até o começo do próximo semestre.
Quando Dilma diz não ter cara de quem renuncia, é porque está maquiada para o impeachment?

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
12/03/2016 às 21:00 \ Opinião
Publicado na revista EXAME
Não é possível, pela lógica comum, esperar nada de bom no futuro próximo de um país que caminha para completar 15 meses sem governo. Dá para esperar menos ainda quando se considera que, por exigência da lei, alguém tem obrigatoriamente de ocupar o cargo de presidente da República — o que lhe dá a oportunidade diária de tomar decisões erradas, sem que haja a menor chance de fazer alguma coisa certa, mesmo sem querer.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
GERAL 13-3-2016 ÀS 7:17
GERAL 7:11
GERAL 7:05
GERAL 6:50

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 13/03/2016 04:42
Quando saíram de casa na célebre jornada de junho de 2013, as ruas informaram que ainda havia sociedade civil no Brasil. E ela estava muito irritada. A densidade do ronco passou a impressão de que o asfalto queria atear fogo na conjuntura, incinerando tudo e todos — partidos, pessoas, grupos e grupelhos políticos.
O tempo passou. No ciclo mais recente de manifestações, iniciado em março de 2015, o meio-fio conseguiu dizer, de maneira mais clara, o que não quer: Dilma, Lula e o PT no poder. Mas não informou direito o que desejava fazer para preencher a cadeira vazia no gabinete presidencial.
No protesto deste domingo, 13, a rua planejou a sua raiva. Fez isso em reuniões com representantes dos partidos de oposição. Pela primeira vez, políticos que se opõem ao governo participaram da organização das manifestações. Representante dos partidos no comitê organizador, Mendonça Filho (DEM-PE), explicou:
“Nós sabemos que o impeachment não acontecerá sem o povo na rua. E o povo desenvolve a consciência de que o impeachment não passará sem uma maioria parlamentar expressiva que o viabilize. Tem que haver uma cumplicidade entre os dois lados.”
Beleza. Mas, dependendo de como Dilma for impedida, o resultado será diferente. A cadeira pode ser ocupada pelo vice Michel Temer (Irrrc…) ou pelo eleito em novas eleições (Deus ajude o eleitorado!), depois de uma presidência interina de 90 dias do Eduardo Cunha (o diabo que o carregue!).
Não é só: se a Justiça Eleitoral cassar a chapa Dilma-Temer a partir de 2017, o novo presidente será escolhido, em eleição indireta, por um Congresso comandado pelo inaceitável Renan Calheiros e habitado por uma inacreditável legião de quatro dezenas de petrolões. Sem contar os mais de 150 processados no STF, que percorrem os corredores do Legislativo como se nada tivesse sido descoberto sobre eles.
Há mais e pior: corre por fora uma emboscada chamada “semipresidencialismo'', armada pelo inaceitável Renan em parceria com o impensável José Sarney. Destina-se a encolher os já inexistentes poderes de Dilma, mantendo-a no Planalto como fantoche de um marionete que eles indicariam para fazer as vezes de primeiro-ministro.
Quer dizer: agora que decidiu sentar à mesa em vez de virá-la, o asfalto precisa trabalhar com um mínimo de previsão. Deve saber que não são negligenciáveis as chances de reincidir no erro permanente, que conduz o Brasil ao seu destino-pastelão.

Josias de Souza - 12/03/2016 20:57
Num instante em que Dilma imagina que tudo está ruim — o Lula virando ex-Lula, o PT aderindo à oposição, o marqueteiro Santana na cadeia, o ex-líder Delcídio suando o dedo, a Andrade Gutierrez iluminando as arcas de 2014, a OAS costeando o alambrado, a Odebrechet coçando a língua — vem o PMDB à boca do palco para informar que o ruim ficará muito pior. Diante do esfarelamento do governo, o principal aliado do Planalto esclarece que, em vez de ajudar Dilma, prefere substitui-la, acomodando na cadeira dela o vice Michel Temer, reconduzido ao comando do partido.
Na convenção nacional do PMDB, realizada neste sábado, 12, Dilma apanhou indefesa. E o partido marcou data para deliberar sobre a proposta de rompimento com o governo: até 30 dias. A fixação do prazo de um mês impõe à cena uma certa ponderabilidade cômica. Como a do sujeito que diz que vai quebrar a cara do outro, mas leva tanto tempo para levantar da cadeira que acaba comprometendo a seriedade da ameaça.
Porém, o PMDB aprovou também uma moção proibindo seus filiados de aceitar cargos no governo, sob pena de expulsão. Fez isso numa hora em que Dilma promete enviar ao Diário Oficial a nomeação do deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) para a pasta da Aviação Civil. É como se o partido desejasse realçar que fala tão sério que, contrariando sua natureza fisiológica, passou a recursar cargos.
O PMDB já demonstrou que pode ser a favor de tudo e contra qualquer outra coisa. Mas, no momento, parece decidido a provar que está contra Dilma e a favor de si mesmo. Enxerga na crise a perspectiva de trocar as seis cadeiras que ocupa na Esplanada pela poltrona de presidente da República, à qual Michel Temer chegaria pela via do impeachment.
Se fosse possível ao brasileiro ficar sentado de frente para um ponto imóvel da política nacional por um tempo indeterminado, veria acontecer de tudo, além de perceber que o PMDB passaria várias vezes, em várias direções — todas elas conduzindo para um mesmo lugar: o poder.
Considerando-se o faro do PMDB, se a legenda toma distância da presidente da República, é porque passou a enxergar na impotência de madame uma oportunidade a ser aproveitada. Dilma ainda dispõe de dois anos e nove meses de mandato. Mas o PMDB trata sua gestão como um cadáver esperando na fila para acontecer.
Neste domingo, 13, o asfalto roncará. Se o ronco for alto, o PMDB, depois de usufruir de todas as benesses que o poder compartilhado lhe ofereceu, desembarcará da parceria com o PT em grande estilo, como um navio que abandona os ratos. Ninguém está prestando muita atenção. Mas personagens como Eduardo Cunha e Renan Calheiros continuam a bordo do PMDB. Ao discursar, Michel Temer disse que um dos objetivos do PMDB é “resgatar os valores da República.'' A promessa só vale até certo ponto. O ponto de interrogação.

NO O ANTAGONISTA
Brasil 13.03.16 08:47
O editorial do Estadão, hoje, pede o impeachment:
"A maioria dos brasileiros, conforme atestam há tempos as pesquisas de opinião, exige que a petista Dilma Rousseff deixe a Presidência da República...
Brasil 13.03.16 08:41
Nossa turma se prepara em Brasília...
Brasil 13.03.16 08:21
Um dirigente petista disse a O Globo:
"O partido tem noção de que Lula pode de fato não ser candidato, mas é preciso que ele esteja muito destroçado para isso, e, se tiver, o PT vai passar por uma reestruturação partidária. De qualquer maneira, não vai acabar bem para gente, vai acabar muito mal"...
Brasil 13.03.16 08:07
Há um clima golpista no ar.
São Paulo, neste momento:
Brasil 13.03.16 07:42
Se o que conta é o tamanho dos protestos, estamos bem.
A PM de São Paulo, segundo o Estadão, espera 1 milhão de pessoas na Avenida Paulista...
Brasil 13.03.16 07:32
O tamanho dos protestos será decisivo para o processo de impeachment, diz a Folha de S. Paulo.
A reportagem cita “os partidos governistas que travam um grande debate sobre permanecer ou não com a presidente...
Brasil 13.03.16 06:57
A expectativa do Palácio do Planalto é de que os protestos reúnam 135 mil pessoas na Paulista, segundo a Folha de S. Paulo.
Dilma Rousseff, até hoje, errou todos os seus cálculos...
Brasil 13.03.16 06:26
"Eu me renuncio... Eu renu... Eu re... Eu res... Eu me resi... Eu me resigno".
Danilo Gentili especialmente para O Antagonista:
Brasil 13.03.16 05:52
Clima ideal para protestos em São Paulo, tanto na capital quanto no interior, sobretudo Campinas e Ribeirão Preto.
Nublado com aberturas de sol à tarde. Pode garoar de manhã e à noite.
Clima ideal para protestos no Rio de Janeiro, em Brasília, em Belo Horizonte...
Brasil 13.03.16 05:49
Antagoclima informa:
Neste domingo, alta pressão em todo o Brasil.
Brasil 12.03.16 23:02
Veja.com:
"O Ministério Público Federal em Curitiba ajuizou neste sábado, 12, uma ação de improbidade administrativa contra as empresas Odebrecht S.A. e Construtora Norberto Odebrecht...
Brasil 12.03.16 22:12
Logo depois de discursar na convenção do PMDB, Marta Suplicy foi almoçar no Rubaiyat em Brasília...
Brasil 12.03.16 22:10
O desespero de Lula pode ser medido também pelo "direito de resposta" que ele e os seus advogados pediram ao Jornal Nacional, porque o telejornal fez uma reportagem sobre a denúncia e o pedido de prisão preventiva de Lula no caso Bancoop.
Alegaram que o JN não os procurou antes de colocar no ar a reportagem. Mentira...
Brasil 12.03.16 22:07
O PMDB estabeleceu prazo de 30 dias para tomar uma posição definitiva sobre a aliança com o PT...
Brasil 12.03.16 20:48
Atenção, Forças da Ordem: Jaciel Bueno, líder do MLT, ameaça "pegar em armas" para manter Dilma no poder.
O seu bando também está difamando Aécio Neves.
Leiam o que ele e os seus bandoleiros andam espalhando no WhatsApp:
Brasil 12.03.16 18:58
Cassio Conserino e José Carlos Blat, que denunciaram Lula e pediram a sua prisão preventiva, ganharam o apoio de 600 integrantes do MP brasileiro, entre procuradores e promotores...
Brasil 12.03.16 17:43
O Sul! Faltou o Sul!...
Brasil 12.03.16 17:08
Lauro Jardim:
"Dentre os caciques do PMDB do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral é o menos entusiasmado na defesa de Dilma Rousseff. Luiz Fernando Pezão, o primeiro soldado...

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