PRIMEIRA EDIÇÃO DE 10-3-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
10 DE MARÇO DE 2016
Foi amargo o café da manhã oferecido ao ex-presidente Lula pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB). Estava depressivo e “muuuuito para baixo”, como acentuou um dos mais importantes senadores presentes ao encontro, que destacou o “clima de enterro”. Lula manifestou o temor de ser preso por ordem do juiz Sérgio Moro, que, segundo ele, “força a barra” para isso. Ele pediu a reunião para expor aos aliados sua versão sobre as acusações contra ele.
Lula permaneceu calado, durante a maior parte do café da manhã, e ao contrário de outros encontros do gênero, ele não sorriu uma só vez.
O rompimento do PMDB com Dilma não foi tema do café da manhã, até porque não havia quorum: só apareceram quatro senadores do partido.
Lula disse estar “muito preocupado” com a delação de Marcelo Odebrecht, antecipada nesta coluna, por insistência do pai dele, Emílio.
O ex-presidente acha que que Leo Pinheiro, da OAS, “foi obrigado” a fazer delação. E deixou claro que dessa ele também não sairá ileso.
O professor de Direito Marcelo Rebelo de Sousa, que derrotou os socialistas nas urnas, tomou posse como presidente de Portugal sem receber do governo do Brasil a saudação recomendada pela relação fraternal entre os dois países. Não mereceu nem mesmo cumprimentos protocolares devidos a qualquer novo governante. Dilma adiciona aos seus conhecidos caracteres antipáticos, mais este: a falta de educação.
Dilma tinha sido grosseira com Rebelo de Sousa: não o cumprimentou pela vitória, como é comum entre dignitários de ambos os países.
Salvou a Pátria o embaixador brasileiro Mário Vilalva, que não perderia a posse do amigo pessoal Marcelo Rebelo de Sousa.
O ex-presidente FHC também foi à posse do novo presidente português. Ficou ao lado de Felipe VIII, rei da Espanha.
Lula mostrou-se aos senadores muito pessimista com a sua situação de investigado. Ele espera o pior: a prisão. “E ainda tem a Zelotes”, murmurou. Ele não acredita na recuperação da economia, “tão cedo”.
O ex-presidente Lula não conversou sobre rompimento do PMDB com o governo, tampouco sobre impeachment e nem sequer se manifestou quando bajuladores presentes sugeriram que virasse ministro de Dilma.
É visível o declínio de Lula: nunca na História deste País senadores saíram de uma reunião antes dele. Lula reclamou: “Parece um monte de passarinhos numa árvore; um a um vai saindo até ficar só a árvore”.
Lula também reclamou do Líder do Governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), por ter sido o último a chegar ao café da manhã. E foi ele quem articulou a reunião, apelando à presença dos senadores.
Desolado, Lula disse a senadores que não conta com a testemunha da sua versão da compra do sítio. É que, segundo ele, Jacó Bittar, amigo e sindicalista, foi quem deu o dinheiro do negócio ao filho Fernando Bittar (sócio de Lulinha). Mas Jacó estaria com alzheimer avançado.
Após contar sua versão sobre o apartamento do Guarujá e o sítio de Atibaia, durante o café da manhã, um senador perguntou a Lula como está sua mulher, Marisa. Ele olhou para baixo e respondeu: “Está mal”.
O “exército de Sédile” chegou a Brasília em dezenas de ônibus pagos com dinheiro do contribuinte. Eles querem intimidar a manifestação pró-impeachment, domingo, 13. Se a Polícia Militar cumprir a obrigação de fazer abordagem, recolherá um enorme arsenal de armas brancas.
O deputado federal Valdir Rossoni (PSDB) anda pensativo, mas particularmente animado. Ele foi convidado a assumir a chefia da Casa Civil do governo de Beto Richa, no Paraná. Deve aceitar.
...o abatimento do ex-presidente Lula, no café da manhã com senadores, tinha a maior pinta de consciência pesada.

NO DIÁRIO DO PODER
DENÚNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO:
MINISTÉRIO PÚBLICO DENUNCIA LULA POR LAVAGEM DE DINHEIRO, ESTELIONATO E ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
DENÚNCIA POR DIVERSOS CRIMES SE ESTENDEM À MARISA E LULINHA
Publicado: 09 de março de 2016 às 18:57 - Atualizado às 20:32
O Ministério Público de São Paulo apresentou denúncia contra o ex-presidente Lula por lavagem de dinheiro, estelionato, organização criminosa e falsidade ideológica. A denúncia foi feita pelo promotor Cassio Conserino, da 4ª Vara Criminal do Fórum da Barra Funda, e se estende a outras 16 pessoas, incluindo a esposa de Lula, Marisa Letícia, e o filho Fábio Luis, o Lulinha.
A notícia caiu com uma bomba no PT e no Palácio do Planalto e explica o desespero da defesa do petista para tentar tirar Conserino do caso, além da atitude de Lula de se recusar a prestar depoimento ao promotor.
A força-tarefa do MP-SP investiga as circunstâncias suspeitas da compra de um tríplex no Guarujá e um sítio em Atibaia, ambos em São Paulo. Os investigadores ouviram mais de uma centena de pessoas, entre moradores, funcionários e ex-funcionários do edifício Solaris, e existem fortes indícios de que o empreendimento foi usado como forma de repasse de propina.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
09/03/2016 às 15:02 \ Feira Livre
Avenida Paulista, 15 de março de 2015


09/03/2016 às 9:42 \ Opinião
Inútil fechar os olhos para não ver o que de olhos fechados fica ainda mais nítido. Dilma Rousseff, Gilberto Carvalho e Rui Falcão dizem temer o que pode acontecer no dia 13, mas temem o que o dia 13 já é: o basta de uma nação tão pacífica quanto exaurida em contemplar a escória derramar a deformação na superfície do real.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
GERAL 10-3-2016 ÀS 6:55
GERAL 09/03/2016 ÀS 23:37
GERAL 09/03/2016 ÀS 23:16
GERAL 09/03/2016 ÀS 23:11
GERAL 09/03/2016 ÀS 23:04

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 10/03/2016 05:52
Num instante em que se encontra sob ataques de Lula e de Dilma Rousseff, o juiz Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos da Operação Lava Jato, declarou que há no Brasil “um quadro de corrupção sistêmica”. Ele avalia que esse quadro não será alterado por iniciativa do setor público. Numa palestra dirigida a empresários, o magistrado afirmou, na noite desta quarta-feira, 09:
“Não vai se mudar o nosso sistema e a nossa cultura se nós formos esperar essas mudanças dos nossos políticos e dos nossos governos. Não precisamos deles para que iniciemos uma mudança de iniciativa empresarial, que simplesmente diga não ao pagamento de propinas em contratos públicos.” Moro foi aplaudido por uma plateia de cerca de 200 empresários, reunidos em Curitiba num evento que teve como tema ‘Empresas e Corrupção.’
Para Moro, as empresas podem contribuir muito no combate à corrupção. “Não adianta ficar apenas reclamando de políticos e agentes públicos desonestos”, disse. “Tem que ter a coragem de dizer ‘não’ ao pagamento de corrupção ou de extorsão, em qualquer hipótese.”
O juiz disse que tem anotado em suas sentenças um conselho às empreiteiras cujos executivos foram condenados na Lava Jato. “A postura decente é vir a público, reconhecer que fizeram coisa errada, afastar os executivos comprometidos, indenizar o poder público e se comprometer com políticas novas de alteração desse padrão de conduta. Não precisa governo para isso, não precisa político, não precisa nada. Precisa iniciativa privada corajosa.”
Moro citou o exemplo da Volkswagen: “Gigante automotiva, uma das maiores empresas do mundo, foi surpreendida em um esquema que nem era de corrupção, mas de possível fraude em testes de mecanismos dos seus carros. O que foi feito pelo CEO da empresa? Veio publicamente reconhecer os erros e se comprometeu a indenizar os consumidores. Essa é a postura decente. É isso que os empresários podem fazer, preferivelmente antes que esses malfeitos sejam descobertos.”
Sem mencionar os nomes dos críticos da Lava Jato, Moro afirmou que “as investigações e as persecuções desse caso têm sofrido acirrados ataques. Até já houve quem atribuiu a essas investigações uma responsabilidade pela recessão atual.” Segundo o juiz, só há dois caminhos à disposição. E a “sociedade democrática brasileira” terá de optar por um deles.
“Podemos fazer como se fez muito: varrer esses problemas para debaixo do tapete, esquecer que eles existem” ou “enfrentar os problemas com seriedade e da forma que eles devem ser enfrentados.” Para Moro, “a primeira alternativa não é aceitável.” Sob pena de agravar a chaga da corrupção no longo prazo.
“O único caminho viável nesse caso é seguir em frente”, acrescentou Moro. “Dificuldades nós estamos vivenciando e não são poucas. Mas os ganhos futuros, se nós persistirmos no enfrentamento dessas questões com transparência e sem pretensão de varrer esses problemas para debaixo do tapete, teremos maiores ganhos no futuro.”
“Esse quadro de corrupção sistêmica nos envergonha como brasileiros”, disse Moro. “Muitas vezes o brasileiro, quando vai para fora do País, tem aquela imagem de desonesto, de malandro, quando a maioria das pessoas não tem nada a ver com esses problemas. Será que se nós enfrentarmos esses problemas não estaremos aumentando nossa dignidade, não só como país, mas a nossa autoestima pessoal?”
Sérgio Moro se disse “consternado com esse quadro econômico de recessão e de desemprego.” Mas não dá crédito à tese segundo a qual “a culpa não é da Lava Jato.” Mencionou os “movimentos favoráveis no mercado”, com oscilações positivas nos índices da Bolsa de Valores, quando há diligências policiais. “Para mim é um indicativo de que a Lava Jato não é exatamente um problema.” Reiterou: “Trabalhar contra um quadro de corrupção sistêmica é algo que só nos traz ganhos. Não tenho nenhuma dúvida quanto a isso.”
A despeito da conjuntura que combina “recessão profunda, desemprego crescente e corrupção sistêmica”, Moro diz ter “confiança” na capacidade dos brasileiros de superar os problemas. Escorou o otimismo em exemplos recolhidos da história do País.
“Já superamos crises econômicas pretéritas terríveis, vencemos duas ditaduras — a do Estado Novo e a ditadura militar— nós tivemos o triunfo contra a hiperinflação nos anos 90, tivemos a crise da dívida também, nos anos 80, superamos todos esses problemas.” Numa alusão à atmosfera pancadaria que opõe petistas e anti-petistas nas ruas, Moro lecionou: “Superamos os problemas juntos, pra frente, não para trás. Devemos vencer esses desafios também, diga-se aqui, sem violência e sem ódio contra ninguém.”
Encerrada a palestra, Moro se dispôs a responder perguntas da plateia. Instado a falar sobre as investigações que envolvem Lula, absteve-se de comentar. Limitou-se a dizer que “é preciso tolerância em relação ao outro e comportamento amigável, sem discurso de ódio de ambos os lados.”
Declarou-se aborrecido com uma notícia falsa veiculada sobre seu pai. Disseram que ele seria um dos fundadores do PSDB na cidade paranaense de Maringá. Moro acrescentou que suas sentenças não têm motivações partidárias. “Meu pai já é falecido, era professor de Geografia, talvez a pessoa mais honesta que eu conheci. Tenho zero ligação com partidos […]. O juízo trabalha com fatos. Interesses partidários não são o caso dentro da minha profissão”.

Josias de Souza -10/03/2016 04:29
Visto no Palácio do Planalto como o principal aliado do governo no Congresso, o presidente do Senado, Renan Calheiros, admitiu pela primeira vez participar de articulação política para encontrar uma saída constitucional que interrompa o mandato de Dilma Rousseff. Fez isso num jantar com o Aécio Neves e outros seis senadores do PSDB. O encontro ocorreu na residência do tucano Tasso Jereissati. Terminou no início da madrugada desta quinta-feira, 09.
Pela manhã, Renan estivera com Lula. À tarde, conversara com Dilma. À noite, foi recepcionado na casa de Tasso com ironias sobre sua disposição para o diálogo. E Renan, entrando no clima: “Pois é, estive com o Lula e a Dilma. No final, estou aqui, onde me sinto mais em casa.” Estava acompanhado de outros dois caciques do PMDB no Senado: o líder da bancada Eunício Oliveira e Romero Jucá. Pelo PSDB, além de Aécio e do anfitrião Tasso, participaram do repasto o líder Cássio Cunha Lima, José Serra, Aloysio Nunes Ferreira, Antonio Anastasia e Ricardo Ferraço.
Os tucanos disseram a Renan que não enxergam saídas para a crise com a permanência de Dilma na Presidência. Mencionaram uma obviedade: sem o PMDB, o pedido de impeachment não tem chance de prosperar. E perguntaram francamente ao presidente do Senado se ele cogita manter o apoio a Dilma.
De acordo com o relato de dois senadores que participaram da conversa, Renan concordou de maneira muito clara com a tese segundo a qual Dilma, isolada e sem esboçar capacidade de reação, já não reúne condições políticas para debelar a crise que deu um tombo de 3,8% no PIB de 2015 e deve produzir uma recessão próxima dos 4% também em 2016. Eunício e Jucá ecoaram o mesmo entendimento.
Embora houvesse entre os presentes uma aparente maioria a favor do impeachment como fórmula menos traumática para afastar Dilma, a reunião não foi conclusiva quanto ao caminho a ser seguido. Nem era essa a pretensão do tucanato ao organizar o jantar.
O objetivo era obter de Renan uma posição sobre a inviabilidade do governo Dilma. Admitida a premissa, novas conversas serão marcadas, incluindo outros interlocutores. Entre eles, lideranças da Câmara, a Casa legislativa que tem poderes para autorizar a abertura do processo de impedimento de Dilma.
Segundo relatou aos tucanos, Renan repassou a Lula e Dilma sua avaliação sobre a precariedade do governo. Disse a ambos que a gestão Dilma sofre uma espécie de apagão de comunicação. Não se comunica com o Congresso, com os empresários e com a sociedade. Por necessidade, mantém um diálogo frágil apenas com os movimentos sociais.
Durante o jantar, o alagoano Renan revelou um dado que diz ter retirado de pesquisa de opinião que mandou fazer na capital de Alagoas, Maceió. Dilma aparece na sondagem com uma taxa de 61% de péssimo. “Não é ruim e péssimo, é apenas péssimo”, Renan fez questão de enfatizar.
Se não for fogo de palha, a migração de Renan deixa Dilma em apuros. A presidente contava com a solidariedade do presidente do Senado para barrar eventual processo de impeachment aprovado na Câmara. Contava com ele também para se contrapor, dentro do PMDB, à ala que prega explicitamente a aprovação do impeachment. Em direção oposta, Renan vem estreitando sua inimizade com o vice-presidente Michel Temer, beneficiário direto de um eventual afastamento de Dilma.
Havia entre os presentes uma noção de que a causa do impeachment avançará mais facilmente quanto maior for o ronco que as ruas emitirão no domingo, 13.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quarta-feira, 9 de março de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

NO O ANTAGONISTA
Brasil 10.03.16 07:28
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Se quiser ser ministro, ele terá de deixar o Ministério Público.

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