PRIMEIRA EDIÇÃO DE HOJE DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
21 DE FEVEREIRO DE 2016
A presidente Dilma Rousseff reservou ao vice-presidente Michel Temer o pão que o diabo amassou, excluindo-o das reuniões mais relevantes do governo e até de colegiados como a coordenação política, nos quais tem acesso em razão do cargo que ocupa ou da condição de presidente nacional do PMDB. Dilma mudou de atitude em relação a Michel desde a carta em que ele, na prática, rompeu com o governo.
Irritou particularmente o Palácio do Planalto a simpatia de Michel Temer pela candidatura de Hugo Motta (PB) à Liderança do PMDB.
Em sua mais recente conversa com Dilma, Michel Temer divergiu da insistência na recriação da CPMF, avisando que isso não passará.
Temer foi excluído até do "Dia D" contra o mosquito. Jaques Wagner (Casa Civil) só o avisou por telefone em cima da hora, de propósito.
Ignorado pelo Planalto, Temer aproveita para fazer campanha no PMDB. Retomou as viagens da "caravana da unidade".
É o fim do sonho do primeiro automóvel da "classe média emergente", a conhecida por “classe C”. Muitos têm sido obrigados a devolver aos bancos o carro financiado ou deixa-los parados. Além das prestações intermináveis, os compradores de carros na classe C já não suportam o custo do combustível. O governo reduziu o IPI para melhorar as vendas e agora sufoca o comprador com os preços da gasolina e do álcool.
O governo Dilma fez o Brasil regredir 13 anos: a produção de automóveis, em janeiro de 2016, foi igual a de janeiro de 2003.
O objetivo do governo petista não era viabilizar carro novo para a nova classe C, mas ajudar a indústria automobilística a aquecer as vendas.
Do final do governo Lula à era Dilma, as montadoras de automóveis foram beneficiadas por 22 medidas, sobretudo de renúncia fiscal.
A situação de Dilma está tão deteriorada que a Presidência já reservou R$500 mil do orçamento para pagar pesquisas do Ibope, que apenas confirmarão que a coisa está muito feia mesmo para o lado dela.
O ex-presidente do DEM Jorge Bornhausen (SC) sabe tudo sobre as supostas remessas de dinheiro para a jornalista Mirian Dutra, na Espanha, a pedido de FHC. Ele é muito ligado à empresa Brasif.
Já lá se vão quase dois meses de 2016 e o Portal da Transparência não possui qualquer dado referente às transferências de recursos ou gastos diretos do governo liberados para o cidadão, que paga a conta.
Foi dada a largada da temporada de traição. O PMDB contabiliza a perda de cinco deputados federais na janela de transferências, que vai durar um mês. Três votaram em Hugo Motta para líder do PMDB.
A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) disparou telefonemas para convencer Dilma a não receber o governador Robinson Faria (PSD). Dilma recusou, alegando tratar-se de "encontro institucional".
"A agenda do governo não corresponde com a agenda de interesses da sociedade", afirma o presidente da CPI dos Fundos de Pensão, Efraim Filho (DEM-PB), sobre a prorrogação dos trabalhos da comissão.
Leonardo Picciani (RJ) busca unidade para evitar traições, como novas listas para destituí-lo: "Na eleição passada, ganhei por um único voto e tivemos um ano tranquilo". Mas não conversou com Eduardo Cunha.
A Câmara finge "moralizar" a farra das assinaturas de jornais e revistas, fazendo os deputados pagarem a despesa usando "cota parlamentar". Dá no mesmo: a fonte pagadora é o bolso do contribuinte.
...de volta da cadeia, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) tem todos os pré-requisitos para reassumir a liderança do governo Dilma.

NO DIÁRIO DO PODER
O SONHO TRANSFORMADO EM PESADELO
Carlos Chagas
Há pelo menos três anos o ex-presidente Lula anuncia imediatas viagens pelos Estados, iniciando ampla temporada de renovação do PT. Bem antes da blitz que se abateu sobre sua vida particular e antecedendo, mesmo, suas primeiras desavenças com a sucessora, vinha o primeiro companheiro alertando para a necessidade de balançar a roseira do partido, apagando a crescente imagem de que cada um preocupava-se mais em ocupar maiores espaços de poder, cargos, funções e até ministérios. Também começavam a empenhar-se em aumentar suas contas bancárias. Privilegiados proletários mudavam de classe, até permitindo-se essa facilidade ao mais importante deles, quem sabe por direito divino. O irônico é ter o Lula percebido a metamorfose, ainda que se julgasse no direito de estar acima e além da lei, como todo grande governante.
O diabo é que as viagens não saíram. As tais caravanas não deixavam os camelódromos. O máximo uma ou outra incursão ao Norte ou ao Nordeste. O resultado aí está: verdadeiro ou fictício, o alvo recebe flechas cada vez maiores de adversários, aliados e de indiferentes. O ex-presidente insurge-se, ainda que com certa educação, diante do modelo adotado por Madame diante da crise, ou seja, a volta da CPMF, a reforma da Previdência Social, a supressão de direitos sociais, o aumento de impostos e de preços, a desindexação e demais maldades.
Distancia-se, o Lula, do outrora caminho amplo e aberto do retorno ao palácio do Planalto em 2018, hoje premido por acusações verdadeiras, ou nem tanto, de proprietário de triplex, sítios de luxo, conferencista sem conferência e sucedâneos.
Faz muito já deveria ter iniciado o périplo da recuperação de sua base. Hesita. Apoiar-se na juventude ainda intocada pelos vícios do poder seria a salvação, ignorando-se se por pudor, desilusão ou descrença prefere perder tempo. Tem consciência de que a perda de popularidade não atinge apenas a sucessora. Só andando para a frente conseguirá recuperar o tempo perdido, se for possível.
Em pequenos arraiais petistas sente-se uma espécie de ânimo juvenil capaz de estimular o chefe maior não apenas a salvar-se, mas a salvar o partido, mesmo precisando atropelar parte do projeto agora adotado por Dilma. Se for preciso isolá-la ou mesmo sacrificá-la, outra alternativa não haverá, se o resultado final vier a ser a preservação do poder. Ou do sonho transformado em pesadelo.
O que positivamente não dá é ficar o Lula protestando em casa, Dilma aderindo aos adversários, no palácio, e o povão pagando mais impostos e praguejando contra o custo de vida...

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Domingo, fevereiro 21, 2016
O ex-presidente Lula atuou fortemente como lobista da Odebrecht no exterior, é o que diz reportagem da edição desta semana da revista Época. De acordo com a revista, centenas de documentos das empresas de Lula, da Odebrecht e até do BNDES foram analisadas por peritos na investigação sobre as suspeitas de tráfico de influência internacional do petista para favorecer a Odebrecht. Após analisar telegramas diplomáticos, cruzar dados de viagens de Lula e de executivos da empreiteira, os procuradores concluíram que o ex-presidente cometeu sim o crime de tráfico de influência.
Para os procuradores, havia um “modus operandi criminoso” na atuação de Lula, dos executivos da Odebrecht e dos diretores do BNDES para liberar dinheiro do banco à empreiteira. O ex-presidente praticou o crime de tráfico de influência em favor da Odebrecht, vendeu sua “influência política” por R$ 7 milhões e o contrato de palestras com uma uma empresa do petista serviu para “dar aparência de legalidade” ao crime.
Sobre o BNDES, a matéria afirma que o banco aprovava com "velocidade incomum" os financiamentos que envolviam gestões de Lula e interessavam à Odebrecht, além de liberar dinheiro indiretamente à construtora.
Os investigadores confirmaram que Lula viajava em jatinhos da Odebrecht para se encontrar com os presidentes amigos e o pagamento era feito por meio de “palestras”, justificando, em tese, a necessidade das viagens. Relatos de diplomatas que acompanhavam as reuniões confirmaram que Lula fazia lobby em favor da Odebrecht e ainda prometia aos chefes de Estado que convenceria a presidente Dilma Rousseff a “ajudar”. Isso aconteceu em Cuba, Venezuela e República Dominicana, para citar alguns exemplos.
Durante o "contrato" de Lula com a Odebrecht, a empreiteira recebeu US$ 7,4 bilhões em financiamentos do BNDES por meio de 52 contratos no exterior. Durante esse tempo, a construtora pagou R$ 4 milhões à L.I.L.S., empresa de Lula, além de bancar despesas no valor de US$ 1,2 milhão e mais de 40 mil fretamento de aeronaves, carros e hospedagens. Análise do MPF verificou que o BNDES leva em média 488 dias para aprovar um processo de financiamento de obra no exterior, mas 17 das 30 transações da Odebrecht periciadas ficaram abaixo do prazo. A obra do porto de Mariel em Cuba levou pouco mais de um terço desse tempo (176 dias).
AJUDA BILIONÁRIA
Uma das atuações mais rentáveis do ex-presidente petista foi junto à Venezuela, durante a presidência de Hugo Chávez. O BNDES liberou US$ 747,1 milhões em 2009 para a Odebrecht construir duas linhas de metrô na Venezuela, mas os pagamentos antecipados não correspondiam ao avanço do projeto, algo fora dos padrões de financiamentos do BNDES. Em meados de 2011, as dívidas do governo venezuelano com a Odebrecht chegavam a US$ 1 bilhão e, como num passe de mágica, Lula teve uma "palestra" contratada pela empreiteira a ser realizada na Venezuela e a dívida foi quitada. Resumo da reportagem de Época by Diário do Poder

Na última semana, veio à tona a informação de que o juiz Sérgio Moro enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em outubro, documentos relacionados à Operação Lava Jato a fim de subsidiar o processo na corte que investiga se dinheiro da corrupção na Petrobras abasteceu o caixa eleitoral da presidente Dilma Rousseff. É crime, se comprovada tal suspeita. E motivo suficiente para a cassação da chapa Dilma-Temer. Num ofício de três páginas, Moro destacou que, em uma de suas sentenças, ficou comprovado o repasse de propinas por meio de doações eleitorais registradas, o chamado caixa oficial. E apontou o caminho que o TSE deve trilhar para atestar o esquema, qual seja: ouvir os principais delatores. O que dá força e materialidade às assertivas de Moro são dez ações penais, anexas ao ofício enviado ao TSE, às quais ISTOÉ teve acesso. O calhamaço, com 1.971 páginas, reúne depoimentos, notas fiscais, recibos eleitorais e transferências bancárias. A documentação reforça que as propinas do Petrolão irrigaram a campanha de Dilma e que o dinheiro foi lavado na bacia das doações eleitorais oficiais. De acordo com as provas encaminhadas por Moro, a prática, adotada desde 2008, serviu para abastecer as campanhas de Dilma em 2010 e 2014
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O PETROLÃO E A CAMPANHA
Sobre a campanha de 2014, constam dos documentos em poder dos ministros do TSE uma troca de mensagens em que Ricardo Pessoa, da UTC, discute com Walmir Pinheiro, diretor financeiro da empreiteira, detalhes sobre a transferência de R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma. As mensagens indicam que as doações da UTC para a candidata à reeleição estavam diretamente associadas ao recebimento de valores desviados da Petrobras, estatal que é tratada por Pinheiro na conversa como “PB”. “RP (Ricardo Pessoa), posso resgatar o que fizemos de doações esta semana?? Ta pesado e não entrou um valor da PB que estava previsto para hj, +/- 5 mm”, questiona o executivo, que foi preso em novembro de 2014 durante a Operação Juízo Final. O dono da UTC concorda: “Ok. Pode”. Na papelada em exame pelo TSE, além das mensagens, há um registro à caneta confirmando os dois repasses de R$ 2,5 milhões à campanha de Dilma em 2014. Em depoimento à Justiça Federal, prestado no ano passado, Pessoa disse que foi persuadido a doar para a campanha à reeleição da presidente, sob pena de ver cancelados contratos milionários da UTC com a Petrobras. Segundo o empreiteiro, diante das pressões, as doações oficiais – via caixa um – para a campanha de Dilma foram acertados em R$ 10 milhões, mas apenas R$ 7,5 milhões foram pagos. A parte restante não foi depositada porque o empresário acabou preso pela Operação Lava Jato em novembro de 2014. Em setembro do ano passado, Pessoa esteve na Justiça Eleitoral para prestar depoimento, mas permaneceu em silêncio em razão das restrições impostas pelo acordo de colaboração firmado com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas em petição o PSDB, por meio de seus advogados, insiste para que este material, envolvendo o dono da UTC, seja considerado pelo TSE.
Houve condenação em três das dez ações penais encaminhadas por Moro à Justiça Eleitoral. Especialistas ouvidos por ISTOÉ fazem o seguinte raciocínio: as mesmas provas que serviram para condenar quem pagou propina, e quem intermediou o pagamento, também devem servir para condenar quem se favoreceu do propinoduto. Um dos processos encaminhados por Moro implica severamente a primeira campanha de Dilma e ilustra o funcionamento do esquema. Trata-se do processo em que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto foi condenado por organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a sentença assinada por Moro, comprovou-se que dinheiro ilícito foi lavado pelos acusados na forma de doação partidária. Entre 2008 e 2012, empresa ligada ao Grupo Setal, do delator Augusto Mendonça, repassou R$ 4,25 milhões ao diretório nacional do PT, dos quais R$ 1,6 milhão entre janeiro e julho de 2010, ano em que Dilma foi eleita presidente da República. Clique AQUI para ler na íntegra a reportagem de IstoÉ

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"O Encontro Folha de Jornalismo teve como patrocinadores a Fiesp e a Odebrecht. Como em outros conteúdos editoriais, a relação das empresas patrocinadoras com o jornal é comercial, sem qualquer interferência na parte editorial...
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