REFLEXÃO CRISTÃ

Quando as circunstâncias nos ofereçam incompreensões ou acusações, em torno do próximo, busquemos examinar acontecimentos e pessoas com os olhos do Cristo. Imaginemo-nos de posse do senso divino, sem perder a noção de nossa reconhecida pequenez e a incomensurável grandeza Daquele a quem nomeamos por nosso Mestre e Senhor.
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Como teria visto Jesus a estreita espiritualidade do Seu tempo, senão por gleba inculta que Lhe cabia arrotear e semear? Como teria apreciado as criticas que Lhe acompanharam a obra a não ser por tumulto necessário de opiniões, a fim de que a verdade prevalecesse? Fossem quais fossem as crises, jamais perdia o mais alto padrão de serenidade, aproveitando o tempo para construir e situando no futuro a concretização dos Seus luminosos objetivos.
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Muitos viam em Zaqueu o avarento incorrigível; Ele, no entanto, nele identificou o homem rico de nobre coração, capaz de transfigurar a riqueza em trabalho e beneficência. Em Bartolomeu, a multidão enxergava o infortúnio de um cego; Ele anotou os obstáculos de um doente, suscetível de ser curado para glorificar a Bondade de Deus. Em Maria de Magdala, cuja personalidade apresentava a mulher obsidiada por sete Espíritos infelizes, reconheceu a criatura decidida a renovar-se e que Lhe seria, mais tarde, a mensageira da própria ressurreição. Em Pedro, que o povo definia por discípulo frágil, a ponto de negá-Lo três vezes, descobriu o amigo sincero que, convenientemente amadurecido na fé, Lhe presidiria o apostolado em formação.
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Múltiplos os óbices que se agigantam no caminho da fé, mas não permitas que eles te venham conduzir ao desânimo ou à negação. Procura enumerá-los por fora, com as pupilas de Jesus, e encontrarás sublime compreensão a balsamizar-te por dentro. Feito isso, registraremos dificuldades e aflições, desgostos e contratempos, não ao modo de barreiras intransponíveis na senda de elevação espiritual e sim reconhecê-los-emos por necessidades justas e inevitáveis do campo de serviço em que fomos chamados a produzir, no bem da Humanidade e de nós mesmos, aí trabalhando e abençoando como Jesus abençoou e trabalhou.

Pelo Espírito Emmanuel
XAVIER, Francisco Cândido. Caridade. Espíritos Diversos. IDE. Capítulo 10.
Do http://www.reflexoesespiritas.org.

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