PRIMEIRA EDIÇÃO DE HOJE DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
19 DE JANEIRO DE 2016
A denúncia é do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró: até R$ 50 milhões roubados da estatal ajudaram a financiar a reeleição do então presidente Lula, em 2006. O roubo foi assim: a Petrobras pagou US$ 300 milhões à estatal petrolífera angolana, a pretexto de compra de produtos, e a Sonangol cumpriu o compromisso de “devolver” até R$ 50 milhões por baixo dos panos para financiar a reeleição do petista.
Cerveró entrega a fonte da informação: Manoel Domingos Vicente, então presidente da Sonangol e atual vice-presidente de Angola.
O ex-ministro Antonio Palocci, segundo Nestor Cerveró, teria participado das tratativas do dinheiro sujo com os angolanos. Ele nega.
Do ponto de vista dos investigadores, Nestor Cerveró é insuspeito: afinal, ele ganhou de Lula o cargo de diretor como um “prêmio”.
A cada depoimento, na Lava Jato, cresce a dificuldade de Lula ser tido apenas como “testemunha”, “informante”, quase um inimputável.
Candidato à reeleição na chefia do PMDB, o vice-presidente Michel Temer encomendou pesquisa e concluiu, aliviado, que o principal rival, Renan Calheiros, não é páreo para ele na convenção do partido, em março. A estimativa é que o presidente do Senado nem sequer poderá chamar de seus 100 votos, em um total de 660. Temer ainda aposta na pacificação, mas adverte os aliados: “Não se pode subestimar Renan”.
O poder de Michel Temer no PMDB já foi desafiado antes por Renan, sem êxito. Os caciques do partido sempre deixam tudo como está.
Lula e o PT preferem negociar com adversários de Renan no PMDB, até porque o senador nunca reage. Foi assim que Temer virou vice.
Renan tentou derrubar Temer com Nelson Jobim, em 2007, mas Lula traiu o grupo e nomeou Geddel Vieira Lima ministro. Renan não reagiu.
O conselhão da Dilma tem tudo para acabar em mico. A Força Sindical declinou. O MTST também. Marcelo Odebrecht e José Carlos Bumlai, amigos de Dilma e de Lula, não poderão comparecer: estão presos.
Negociado à exaustão pelo Itamaraty, o Orçamento para 2016 sofreu corte no Congresso, sobrando insuficientes R$ 234,7 milhões para a diplomacia. O que era ruim ficará muito pior. Com o real virando farinha perante as moedas fortes, mal dará para pagar luz, gás e telefone.
Como se diz no Itamaraty, diplomata é pago para passar vergonha. Com os cortes do orçamento, eventuais recepções em embaixadas servirão, quando muito, sanduba de mortadela com água da bica.
O PT continua tentando ir à forra. O deputado federal Décio Lima (PT-SC) apresentou projeto proibindo que funcionários do Ministério Público e juízes publiquem coisas na internet. É a Lei da Mordaça Virtual.
A senadora Marta Suplicy (SP) será a estrela da próxima propaganda eleitoral do PMDB, no rádio e na tevê. Marta deixou o PT em 2015, e agora vai disputar a Prefeitura de São Paulo.
Mais de 1,6 mil já aderiram ao abaixo-assinado no Change.org pedindo ao Tribunal de Contas da União a redução dos salários de deputados (R$34 mil). Os autores nem sabem que o TCU é órgão do Legislativo, e que somente os próprios deputados podem cortar seus vencimentos.
Quem compra passagens Miami-Brasília da American Airlines tem sido surpreendido com “pit stop” inesperado em San Juan (Porto Rico), para reabastecer. Além de ganhar escala, a viagem fica 3 horas mais longa.
Aceitando atestados médicos que garantem mais de 1 milhão de folgas por ano, a Secretaria de Educação do DF administra a carência: 20% dos servidores da rede pública estão permanentemente “de atestado”.
...as ações da Petrobras chegaram à camada pré-sal. Valendo menos de R$ 5, menos do que em 2003, e já passam do fundo do poço.

NO DIÁRIO DO PODER
A NECESSIDADE DA REVOLTA
Carlos Chagas
Sobre o desemprego, tanto governo quanto empresários e a mídia ficam com os números oficiais, aliás distorcidos e incompletos. A cada dia mais atividades dispensam trabalhadores, como 40 mil na indústria automotiva, na terça-feira, e 80 mil na quarta, perfazendo mais de 200 mil no sábado. Amontoam-se demitidos na agroindústria, nas grandes, médias e pequenas empresas, no comércio e nos serviços de toda espécie, mas lá pelos lados do ministério do Trabalho divulga-se 9% da mão de obra mandada embora, mentira aceita pelas elites, pois já beira os 11%. Traduzindo, 10 milhões que há pouco eram 8 milhões e amanhã serão 12 ou 14 milhões estão desempregados. Tudo é divulgado sob a aparência de frias estatísticas, números registrados como numa prova de aritmética para pimpolhos do curso básico.
O diabo é que fora os sem trabalho, ninguém dá atenção ao drama de cada família posta da noite para o dia na indigência. Sem recursos para enfrentar a próxima semana e obrigada a desdobrar-se em bicos e paliativos sempre mais raros, caminham para o desespero. Essa é a verdadeira face do desemprego, ignorada pelo governo, elites e até a mídia: o desempregado, entregue à missão impossível de encontrar outro trabalho e desamparado sem alternativa para sustentar a família. Sem falar que os encarregados de zelar por eles acabam de restringir o salário-desemprego, mesmo tendo prometido que os direitos sociais seriam preservados.
Se cada cidadão ainda empregado dedicasse um minuto que fosse a imaginar como se arranjaria caso postado do lado de lá, a situação poderia começar a mudar. Mas não muda porque as agruras dos outros passam longe das nossas, até com certa razão.
O que falta nesses tempos bicudos é solidariedade. Mobilização do conjunto em favor do indivíduo. A revolta precisa ser organizada, pois potencial para mudar existe. O que não dá para seguir adiante é a acomodação. A passividade do condenado que segue no rumo da guilhotina imaginando apenas dever o pescoço do infeliz à sua frente cair antes do que o dele. 
Logo chegaremos à situação de só haver pescoços atrás de nós. Fracassou o modelo um dia apregoado pelo PT e penduricalhos, como continua vitorioso o exemplo dado pelos donos da guilhotina. A hora seria de a multidão de condenados insurgir-se diante desse determinismo milenar atingindo hoje níveis só superados pela revolta. Antes que seja tarde. Unidos, os trabalhadores conseguiriam dar a volta por cima, mas jamais com aqueles que dizem representar-nos. Pode ter sido por falta de um projeto acorde com as necessidades gerais, pode ter sido pela tentação do sucesso na corrupção. Tanto faz, se o resultado final apresentado pelos companheiros é o mesmo. No caso, o fracasso.

NO BLOG DO CORONEL
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JANEIRO DE 2016 ÀS 17:59:00
A exposição planetária da cidade durante as duas semanas de competições e o legado urbano modernizador compensam largamente o custo de sediar uma Olimpíada. O Rio de Janeiro, é claro, aposta nessas premissas. Há boa chance de ser isso mesmo,...
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NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
19/01/2016 às 6:30 \ Direto ao Ponto
Os mentores do manifesto dos advogados a favor da bandidagem do Petrolão deveriam ter promovido a primeiro signatário, in memoriam, o mestre Márcio Thomaz Bastos, morto em novembro de 2014. Todos sempre foram discípulos do jurista que transformou o gabinete de ministro da Justiça em fábrica de truques concebidos para eternizar a impunidade dos quadrilheiros do Mensalão. Todos são devotos do criminalista que, desde que o freguês topasse pagar os honorários cobrados em dólares por hora trabalhada, enxergava filhos extremosos até em parricidas juramentados.
Coerentemente, o manifesto dos bacharéis, na forma e no conteúdo, é uma sequência de exumações da fórmula aperfeiçoada por Márcio para defender o indefensável. À falta de munição jurídica, seu tresoitão retórico alvejava a verdade com tapeações, falácias e chicanas. Em artigos, entrevistas ou discurseiras, ele primeiro descrevia o calvário imposto a outro cidadão sem culpas por policiais perversos, promotores desalmados e juízes sem coração. Depois, fazia o diabo para absolver culpados e condenar à execração perpétua os defensores da lei. Foi o que fizeram os parteiros do manifesto abjeto.
Os pupilos hoje liderados por um codinome famoso ─ Kakay ─ certamente guardam cópias do texto do mestre publicado na Folha em junho de 2012. “Serei eu o juiz do meu cliente?”, perguntou Márcio no título do artigo que clamava pela imediata libertação do cliente Carlinhos Cachoeira (”Carlos Augusto Ramos, chamado de Cachoeira”, corrigiu o autor). “Não o conhecia, embora tivesse ouvido falar dele”, explicou. Ouviu o suficiente para cobrar R$15 milhões pela missão de garantir que o superbandido da vez envelhecesse em liberdade.
A pergunta do título foi reiterada no quinto parágrafo: “Serei eu o juiz do meu cliente?” Resposta: “Por princípio, creio que não. Sou advogado constituído num processo criminal. Como tantos, procuro defender com lealdade e vigor quem confiou a mim tal responsabilidade”. Conversa fiada, ensinara já em outubro de 1944 o grande Heráclito Fontoura Sobral Pinto, num trecho da carta endereçada ao amigo Augusto Frederico Schimidt e reproduzida pela coluna. Confira:
“O primeiro e mais fundamental dever do advogado é ser o juiz inicial da causa que lhe levam para patrocinar. Incumbe-lhe, antes de tudo, examinar minuciosamente a hipótese para ver se ela é realmente defensável em face dos preceitos da Justiça. Só depois de que eu me convenço de que a Justiça está com a parte que me procura é que me ponho à sua disposição”.
“Não há exagero na velha máxima: o acusado é sempre um oprimido”, derramou-se Márcio poucas linhas depois. “Ao zelar pela independência da defesa técnica, cumprimos não só um dever de consciência, mas princípios que garantem a dignidade do ser humano no processo. Assim nos mantemos fiéis aos valores que, ao longo da vida, professamos defender. Cremos ser a melhor maneira de servir ao povo brasileiro e à Constituição livre e democrática de nosso país”.
Com quase 70 anos de antecedência, sem imaginar como seria o Brasil da segunda década do século seguinte, Sobral Pinto desmoralizou esse blá-blá-blá de porta de delegacia com um parágrafo que coloca em frangalhos também a choradeira dos marcistas voluntariamente reduzidos a carpideiras de corruptos confessos. A continuação da aula ministrada por Sobral pulveriza a vigarice:
“A advocacia não se destina à defesa de quaisquer interesses. Não basta a amizade ou honorários de vulto para que um advogado se sinta justificado diante de sua consciência pelo patrocínio de uma causa. O advogado não é, assim, um técnico às ordens desta ou daquela pessoa que se dispõe a comparecer à Justiça. O advogado é, necessariamente, uma consciência escrupulosa ao serviço tão só dos interesses da Justiça, incumbindo-lhe, por isto, aconselhar àquelas partes que o procuram a que não discutam aqueles casos nos quais não lhes assiste nenhuma razão”. 
“A pródiga História brasileira dos abusos de poder jamais conheceu publicidade tão opressiva”, fantasiou o artigo na Folha. “Aconteceu o mais amplo e sistemático vazamento de escutas confidenciais. (…) Estranhamente, a violação de sigilo não causou indignação. (…) Trocou-se o valor constitucional da presunção de inocência pela intolerância do apedrejamento moral. Dia após dia, apareceram diálogos descontextualizados, compondo um quadro que lançou Carlos Augusto na fogueira do ódio generalizado”.
Muitos momentos do manifesto parecem psicografados por Márcio. Onde o mestre viu fogueiras do ódio, os discípulos enxergaram uma Inquisição à brasileira. Como o autor do artigo da Folha, os redatores do documento se proclamam grávidos de indignação com “o menoscabo à presunção de inocência (…), o vazamento seletivo de documentos e informações sigilosas, a sonegação de documentos às defesas dos acusados, a execração pública dos réus e a violação às prerrogativas da advocacia. 
Sempre que Márcio Thomaz Bastos triunfava num tribunal, a Justiça amargava outra derrota, a verdade morria outra vez, gente com culpa no cartório escapava da cadeia, crescia a multidão de brasileiros convencidos de que aqui o crime compensa e batia a sensação de que lutar pela aplicação rigorosa da lei é a luta mais vã. A Lava Jato mudou tudo. O juiz Sérgio Moro e a força-tarefa de procuradores federais desafiaram a arrogância dos poderosos inimputáveis ─ e venceram. O balanço da operação, divulgado no fim de 2015, prova que o Brasil mudou. E mudou para sempre.
Todo réu, insista-se, tem direito a um advogado de defesa. Mas doutor nenhum tem o direito de mentir para livrar o acusado que contratou seus serviços de ser punido por crimes que comprovadamente cometeu. O advogado é o juiz inicial da causa. Não pode agir como comparsa de cliente bandido.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
GERAL 19-01-2015 ÀS 7:57

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NO BLOG ALERTA TOTAL
Segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net


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