PRIMEIRA EDIÇÃO DE HOJE DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
16 DE JANEIRO DE 2016
O comitê de campanha do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso por tentar melar as investigações da Operação Lava Jato, repassou mais de R$ 400 mil para a campanha do deputado federal Vander Loubet (PT-MS). A Procuradoria-Geral da República acusa Loubet de receber mais de R$ 1 milhão em propinas do Petrolão e o denunciou 11 vezes por corrupção passiva e outras 99 por lavagem de dinheiro.
Delcídio do Amaral se elegeu senador por Mato Grosso do Sul em 2010. Em 2014, montou comitê para disputar o governo do Estado.
Da grana bancada por Delcídio, ex-líder do governo Dilma, R$ 200 mil tiveram origem na Andrade Gutierrez, atolada no Petrolão.
Dinheiro da corretora do BTG Pactual, de André Esteves, outro preso no esquema, também foi parar na campanha de Loubet: R$ 250 mil.
A construtora Engevix, que viu seu vice-diretor, Gerson Almada, preso na Lava Jato, injetou diretamente R$ 125 mil na campanha de Loubet.
Atordoada com o impeachment batendo à porta, a presidente Dilma escorregou na lorota, outra vez, durante café da manhã com jornalistas, ontem. Ela defendeu aumento de impostos “para reequilibrar o País” e, claro, o retorno da CPMF. Nem sequer se desculpou pela própria declaração, em 11 de setembro de 2014, durante sua campanha à reeleição, sobre o imposto do cheque: “Eu sou contra a CPMF”.
Em 2014, Dilma atacou o tucano Aécio Neves, acusando o governo FHC de aumentar impostos e deixar uma dívida pública “muito maior”.
Dados do Tesouro mostram que a dívida pública atingiu R$ 2,7 trilhões em novembro passado. Em dezembro de 2002 era de R$ 893 bilhões.
Em janeiro de 2008, primeiro mês sem a CPMF, a arrecadação do governo foi de R$ 62,6 bilhões, uma expansão de 20%.
O ex-presidente Lula continua falando mal do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), obsessivamente. E voltou a culpar Cardozo pelas denúncias, no âmbito da Lava Jato, contra ele e Jaques Wagner.
Um certo Capitão Augusto (PR-SP) defende que o rodeio, criticado por torturar animais, vire “patrimônio cultural imaterial” do Brasil. Goulart (PSD-SP) quer liberar rojões para membros de torcidas organizadas.
Os tucanos não querem perder o apoio de peemedebistas insatisfeitos com o governo. “Vamos torcer para que haja nova mudança no PMDB, com eleição do novo líder”, afirma o deputado Nilson Leitão (MT).
Michel Temer pediu apoio de Eunício Oliveira (CE) para se manter na presidência do PMDB. A eleição ocorrerá em março. O senador não disse nem que sim, nem que não. Deve responder na próxima semana.
Dilma se especializou em descumprir promessas de campanha. Prometeu baixar tarifa de luz e os juros. Aconteceu o contrário. “Ela preferiu a agenda irresponsável”, acusa Arthur Maia (SD-BA).
Deputados do PMDB não acreditam em unidade da bancada na Câmara, “sobretudo por causa do distanciamento entre Eduardo Cunha e Leonardo Picciani”, avalia o deputado Marcos Rotta (AM).
Em Barra do Rio Azul (RS), o prefeito Ivonei Caovila (PDT) atinge o nirvana da gestão pública: começa o ano demitindo todo secretariado. Ele próprio e seu vice assumirão as tarefas dos cargos vagos.
Mesmo em recesso, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), tem batido ponto semanalmente em Brasília. Ele articula contra a candidatura de Leonardo Picciani (RJ) para liderança do PMDB.
Olhando bem, a cada entrevista, as pernas da presidente Dilma Rousseff parecem cada vez mais curtas.

NO DIÁRIO DO PODER
QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA
Carlos Chagas
Ao sancionar o Orçamento para o ano em curso, aprovado em dezembro pelo Congresso, a presidente Dilma manteve cortes profundos na saúde e na educação públicas, assim como em serviços essenciais, forças armadas e pesquisas científicas, além de programas como o “Minha Casa, Minha Vida” e o da “Aceleração do Crescimento”. Admite-se a gravidade do momento, a crise alcança níveis de desemprego e paralisação da atividade econômica como nunca.
O que não dá para entender, ou entendemos muito bem, é como Madame cedeu à pressão dos partidos, voltou atrás e aceitou a proposta de deputados e senadores para aumentar em 163% o valor do Fundo Partidário. Como estão proibidas doações de empresas para as campanhas eleitorais, inclusive deste ano, os políticos exigiram e convenceram Madame a destinar 819 milhões de reais para financiamento da disputa de votos em todos os municípios do país. Quer dizer: não tem dinheiro para escolas, creches, merenda escolar, hospitais, postos de saúde e remédios, mas para os candidatos a prefeito e vereador, não vai faltar.
A intromissão dos recursos do poder público na vida partidária é uma aberração que vem de longe. O festival de corrupção encenado pelas empresas privadas chegou ao limite máximo da distorção do processo eleitoral, tendo por isso sido proibido. Mas desafogar o caixa das empreiteiras e transferir seus encargos para o Tesouro Nacional fica muito pior, ainda mais com a multiplicação do valor do Fundo Partidário. Atenta-se contra a natureza das coisas, pois retira-se dinheiro de obras sociais e sucedâneos para beneficiar partidos, entidades de Direito Privado que deveriam ser sustentadas pelas próprias forças.
Grave na história é verificar a fraqueza do governo em ceder à pressão dos caciques partidários. Para conquistar votos e eleger seus candidatos, deveriam desdobrar-se no convencimento do eleitorado. Empenhar seus recursos pessoais e demonstrar quais as propostas, planos, programas e personagens melhor afinados com o sentimento popular. Jamais utilizar dinheiro público para executar funções de sua alçada.
O precipício se amplia quando se atenta para a existência de outro vergonhoso escoadouro de centenas de milhões de reais na forma de emendas individuais ao orçamento, agora impositivas por proposta de todo parlamentar. Pulveriza-se o que deveria integrar um projeto nacional definido nas esferas da alta administração. Qualquer pinguela, estrada desimportante ou dotação para entidades desnecessárias tem precedência sobre obras de vulto, imprescindíveis, visando prestigiar determinado deputado ou senador desligado do planejamento municipal. Em especial se for adversário político do prefeito.
A presidente Dilma revelou-se refém das tramoias e dos interesses partidários. Para ela, deve tratar-se de uma questão de sobrevivência, mas a pergunta que fica é se valerá tanto...

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
15/01/2016 às 16:51 \ Opinião
Publicado na revista EXAME
Há mais ou menos um ano, foi feita nesta página a seguinte pergunta: “o ministro Joaquim Levy vai ficar no governo até o final ou já está no corredor da morte, contando os dias que faltam para sua demissão?” Era uma indagação esquisita para fazer logo nos primeiros dias de uma administração — se o homem tinha acabado de ser escolhido pela presidente da República, por que diabos já estariam querendo que ele fosse embora? Mas o governo Dilma Rousseff é o governo Dilma Rousseff: qualquer disparate pode acontecer a qualquer momento em relação a qualquer assunto.

NO O ANTAGONISTA
Brasil 16.01.16 09:20 Comentários (27)
João Santana, o marqueteiro de Dilma Rousseff, é alvo de um inquérito sigiloso da Lava Jato.
A PF descobriu que sua mulher enviou dados de duas contas correntes no exterior a um operador do Petrolão, Zwi Skornicki, que teve sua casa vasculhada em fevereiro do ano passado...
Brasil 16.01.16 09:15 Comentários (0)
A suspeita de que João Santana recebeu em suas contas no exterior dinheiro sujo desviado da Petrobras para a campanha de Dilma Rousseff deve ser alvo, em breve, de mais uma etapa da Lava Jato...
Brasil 16.01.16 08:24 Comentários (12)
A reportagem da Veja sobre o dinheiro sujo doado à campanha de Dilma Rousseff, em 2014, cita outro empreiteiro:
"Essas doações foram feitas a partir da contratação de consultorias indicadas pelos políticos ou por meio de pagamentos a publicitários diretamente no exterior"...
Brasil 16.01.16 08:14 Comentários (23)
A campanha de Dilma Rousseff, em 2014, custou um bilhão de reais.
E quanto ela declarou?
300 milhões de reais...
Brasil 16.01.16 08:06 Comentários (11)
A convicção de que Lula tinha conhecimento da corrupção generalizada na Petrobras não é apenas dos procuradores da Lava Jato.
Segundo a IstoÉ, Rodrigo Janot concorda com eles...
Brasil 16.01.16 07:54 Comentários (21)
Dois integrantes da Lava Jato disseram à IstoÉ que a conexão entre Mensalão e Petrolão “poderá permitir a abertura de processo criminal contra Lula”.
O critério a ser seguido é o mesmo adotado pelo STF para condenar José Dirceu: a teoria do domínio do fato...
Brasil 16.01.16 07:39 Comentários (11)
Em sua reportagem sobre o marido de Dilma Rousseff e a Funerária Séria, a Época dá uma notícia muito séria para Dilma Rousseff: os donos da Engevix estão negociando um acordo de delação premiada com a Lava Jato...
Brasil 16.01.16 07:27 Comentários (37)
Carlos Araújo, ex-marido de Dilma Rousseff, foi procurado pela Engevix para ajudar a empreiteira na Lava Jato.
No mesmo período, segundo a Época, um intermediário da Engevix pagou 200 mil reais a um casal amigo de Dilma Rousseff e Carlos Araújo, donos da Funerária Séria.
Séria e honesta existe uma só em Porto Alegre...
Brasil 16.01.16 07:20 Comentários (1)
A propósito das denúncias de Nestor Cerveró, a coluna Radar, da Veja, informa que nos próximos dias a Lava Jato pretende tomar um depoimento só sobre Jaques Wagner, o compositor.
Vai dar samba...
Brasil 16.01.16 07:18 Comentários (23)
A imprensa petista fez um baita carnaval em torno da reportagem do Valor segundo a qual Nestor Cerveró teria mudado seu depoimento sobre a propina de Pasadena, paga pela Odebrecht para a campanha de Lula.
A Folha de S. Paulo, neste sábado, esclarece...
Brasil 16.01.16 06:56 Comentários (19)
Técio Lins e Silva, que comparou a Lava Jato ao DOI-CODI, advogou com Luciana Lóssio, a ministra do TSE que terá de julgar as denúncias da Lava Jato contra Dilma Rousseff, que foi torturada no DOI-CODI.
Técio Lins e Silva está certo: é pior do que nos tempos da ditadura...
Brasil 16.01.16 06:33 Comentários (41)
A Lava Jato, como o DOI-CODI, tortura os clientes de Técio Lins e Silva.
Com choques elétricos? Com espancamentos? Com afogamentos?...
Marcelo Odebrecht torturado pela ditadura
Brasil 16.01.16 06:15 Comentários (34)
Técio Lins e Silva está com saudade do pau-de-arara.
Ele disse à Folha de S. Paulo que a Lava Jato é pior do que a ditadura militar...
Brasil 15.01.16 21:37 Comentários (160)
Aécio Neves reagiu à fala de Dilma Rousseff sobre as pedaladas fiscais, mas o espaço dado à oposição está cada vez mais exíguo...
Brasil 15.01.16 21:17 Comentários (91)
A ofensiva dos lulistas para criminalizar a Justiça, a imprensa independente e a oposição, o "manifesto" dos causídicos, a mudança sancionada por Dilma Rousseff que confere superpoderes a advogados, a intensificação dos "embargos auriculares"...
Brasil 15.01.16 20:41 Comentários (110)
A Associação de Juízes Federais (Ajufe) divulgou uma longa e substantiva nota em reação à carta-manifesto dos advogados de defesa dos réus da Lava Jato. Na nota, os juízes afirmam que a Lava Jato coroa um "lento e gradual processo de amadurecimento das instituições"...
Brasil 15.01.16 20:22 Comentários (38)
O G1 informa que, nas denúncias que apresentou ao STF no ano passado, Rodrigo Janot pediu a perda de mandato dos senadores Fernando Collor e Delcídio do Amaral...
Brasil 15.01.16 19:41 Comentários (124)
Eliane Cantanhêde, no Estadão, levanta uma questão intrigante:
"Collor é de Alagoas, Estado pequeno com apenas nove dos 513 deputados federais, e é do PTB, partido que é o oitavo da Câmara, tinha 18 deputados em 2014 e elegeu 25. Detalhe: nenhum dos eleitos por Alagoas é do partido...
Brasil 15.01.16 19:32 Comentários (39)
A encomenda da cozinha da Kitchens para o sítio de Atibaia foi feita em abril de 2014, enquanto a dos armários do triplex no Guarujá data de alguns meses depois, setembro.
Foi mesmo o ano da copa...
Economia 15.01.16 19:31
O mundo assiste estupefato à incrível queda do petróleo para aquém dos US$ 30 o barril. A commodity, que até pouco tempo atrás valia mais de US$ 100, pode baixar ainda mais, a US$ 20, antes de voltar a subir, disse o investidor Jim Rogers, um dos maiores especialistas sobre o assunto, em entrevista a O Financista. Segundo ele, caso alguma grande petrolífera não aguente a pressão, aí o preço pode bater os US$ 10. Encara essa, Petrobras?
Economia 15.01.16 19:28
Ao mudar as regras do ICMS, o governo conseguiu piorar ainda mais o pesadelo que os pequenos empresários vivem para pagar os impostos no Brasil. O desespero é tão grande que tem gente fechando negócio ou torcendo para não vender.
Brasil 15.01.16 18:58 Comentários (88)
Se, para o sítio de Atibaia, a OAS encomendou apenas a cozinha da Kitchens, no caso do triplex do Guarujá, a empreiteira bancou todos os armários, inclusive guarda-roupas, toda a área de serviço e a cozinha gourmet...
Brasil 15.01.16 18:30 Comentários (73)
A cozinha do sítio de Atibaia custou cerca de R$ 200 mil, valor cheio, pago à vista, sem chororô. O orçamento foi aprovado por Fernando Bittar e quitado pelo representante da OAS, que levou o dinheiro numa maleta executiva...
Brasil 15.01.16 18:05 Comentários (46)
Diretor financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro negou que a companhia vá fazer uma operação de capitalização, como disse Dilma Rousseff no café da manhã com setoristas...
Economia 15.01.16 17:58 Comentários (71)
Nicolás Maduro decretou "estado de emergência econômica" por 60 dias.
Ele disse que tomou a medida para enfrentar a grave crise da Venezuela. Na verdade, ele está aumentando seus poderes para dar um golpe...
Brasil 15.01.16 17:49 Comentários (140)
O Antagonista confirmou com Gilson Dipp que ele não assinou a carta-manifesto contra a Lava Jato, embora sua assinatura apareça entre as de 105 advogados...
Brasil 15.01.16 17:19 Comentários (68)
A OAS designou para coordenar a compra da cozinha do sítio de Atibaia um diretor chamado Paulo Roberto Gordilho, que recebeu a equipe da Kitchens na sede da avenida Angélica...
Brasil 15.01.16 16:43 Comentários (61)
A cozinha do sítio de Atibaia foi encomendada por dois executivos da OAS, o projeto foi feito pela própria Kitchens com acompanhamento de uma estagiária da empreiteira...
Brasil 15.01.16 16:20 Comentários (135)
Quando o Ministério Público analisou as fotos do triplex de Lula no Guarujá - reformado pela OAS -, chamou a atenção a cozinha ainda com a proteção plástica da Kitchens, loja de luxo especializada em cozinhas planejadas...
Lula será pego pelo estômago
Brasil 15.01.16 15:39 Comentários (57)
Mauro Lopes, o nome costurado por Leonardo Picciani com Dilma Rousseff para a Aviação Civil, é da bancada mineira que tentou emplacar o lobista João Augusto Henriques na Diretoria Internacional da Petrobras...
Brasil 15.01.16 15:25 Comentários (82)
Ricardo Ferraço anunciou sua desfiliação do PMDB. Em nota, ele criticou duramente a aliança com o PT...
Brasil 15.01.16 15:12 Comentários (142)
O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, João Ricardo dos Santos Costa, em entrevista a O Globo, criminalizou a carta do Kakay:
"Faltou sinceridade, idoneidade nessa carta. É assinada por profissionais que têm interesse nas causas...

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 16/01/2016 04:07
A força-tarefa da Operação Lava Jato conduz em Curitiba um inquérito sigiloso que tem como protagonista o marqueteiro João Santana, que atuou em campanhas presidenciais de Lula e Dilma Rousseff. Os investigadores suspeitam que o personagem pode ter recebido em contas abertas no exterior dinheiro proveniente do petrolão, informa o repórter Rodrigo Rangel em notícia veiculada na edição mais recente de Veja.
A investigação originou-se numa batida da Polícia Federal realizada em 5 de fevereiro do ano passado, na nona fase da Lava Jato, batizada de My Way. Munidos de mandados judiciais, os agentes federais varejaram os endereços de onze operadores de propinas na Petrobras. Os nomes haviam sido repassados pelo delator Pedro Barusco.
Ex-gerente da diretoria de Serviços da Petrobras, controlada pelo PT, Barusco esmiuçou, em acordo de delação premiada, o funcionamento da esquema de pilhagem que integrou. Funcionário do terceiro escalão da estatal, ele próprio amealhou notáveis US$ 97 milhões por baixo da mesa. Confessou que escondera a fortuna em bancos na Suíça.
Chama-se Zwi Skornicki um dos operadores cujos nomes Barusco entregou à força-tarefa da Lava Jato. Engenheiro, Zwi representava no Brasil o estaleiro Keppel Fels, de Singapura, que detinha contratos bilionários com a Petrobras. Barusco contou que, entre 2003 e 2013, o engenheiro pagou a ele próprio, a outros funcionários da Petrobras e ao PT propinas providas pelo estaleiro asiático.
A residência de Zwi, assentada num condomínio da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, foi uma das que os agentes da PF visitaram naquele dia 2 de fevereiro. Buscavam-se as provas dos pagamentos indevidos. Ao analisar o material recolhido, os investigadores encontraram uma carta que conduziria a investigação até João Santana.
A carta foi remetida a Zwi no ano de 2013. Contém dados de duas contas no exterior — uma aberta nos Estados Unidos; outra, na Inglaterra. Manuscrita, a correspondência tem como remetente Mônica Moura, mulher e sócia de João Santana. O que os investigadores desejam esclarecer é que tipo de vinculação financeira poderia haver entre a cônjuge e sócia do marqueteiro petista e um operador de propinas pilhado no escândalo da Petrobras.
O caso faz lembrar uma passagem do mensalão, envolvendo o também marqueteiro Duda Mendonça e a sócia dele, Zilmar Fernandes. A dupla foi absolvida no célebre julgamento do STF da acusação da prática dos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Responsáveis pelo marketing da campanha presidencial de Lula em 2002, Duda e Zilmar receberam uma parte do pagamento pelos serviços prestados ao PT — R$ 10,4 milhões— numa conta batizada de Dusseldorf, aberta por Duda nas Bahamas. Os depósitos haviam sido providenciados pelo operador do mensalão, o publicitário Marcos Valério.
Quanto ao crime de evasão de divisas, a absolvição de Duda e Zilmar foi unânime. Em relação à lavagem de dinheiro, o relator do processo do mensalão, o então ministro Joaquim Barbosa, considerou que houve a deliberada intenção de ocultar a verba. E votou pela condenação da dupla. Acompanharam-no apenas dois colegas: Luiz Fux e Gilmar Mendes.
Os outros sete ministros divergiram. A começar pelo revisor do processo, Ricardo Lewandowski. No geral, a maioria dos ministros considerou que Duda e Zilmar mantinham um contrato com o PT e tinham o direito de receber o dinheiro referente aos serviços prestados na campanha presidencial. Avaliou-se, de resto, que eles não sabiam — ou talvez não soubessem — que os recursos provinham de origem ilícita. Na dúvida, pró-réus.
O ministro Dias Toffoli chegou a dizer que o objetivo de Duda e Zilmar não era lavar o dinheiro, mas sonegar os tributos. Entretanto, a Procuradoria não os acusara de sonegação. Nem poderia. Após a explosão do escândalo, Duda acertara-se com o fisco, quitando suas dívidas.
Os órgãos de controle não haviam sido informados sobre a abertura da conta de Dusseldorf, nas Bahamas. Mas vigorava na época uma portaria do Banco Central com regra salvadora. Previa que apenas as contas com saldo superior a US$ 100 mil deveriam ser informadas ao BC no último dia do ano fiscal. E Duda cuidou para que, em 31 de dezembro de 2003, ano do pagamento, a conta Dusseldorf guardasse uma mixaria —menos de US$ 600.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Sábado, 16 de janeiro de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Só com muito cinismo e cara de pau de uma pessoa pública incompetente e sem noção da realidade é que Dilma Rousseff pode falar de "golpe da oposição com o pedido de impeachment". Golpista, legítima, é quem sanciona um orçamento absolutamente falso da União, contando com 30% de recursos vindos de uma estupradora CMPF que sequer foi aprovada pelo Congresso. Só a certeza na impunidade e na capacidade de cooptar parlamentares corruptos viabiliza o golpe de contar com ovo de ouro na "barriga" da galinha. Se tal manobra não é um crime fiscal-orçamentário, tudo deve ser permitido na permissiva Bruzundanga.
O mesma idiotice de Dilma foi manifestada na "convicção" de que aumentar impostos é "solução" para reequilibrar o Brasil. Já temos 92 impostos, taxas ou contribuições, mas ela quer mais... Só pode ser doida ou burra demais... Na verdade, o foco prioritário dela é que o Congresso aprove a DRU (aumentando a taxação dos juros sobre capital próprio e ganhos de capital). Mas, para a galera, Dilma joga a "socializante" CPMF: "Acho que é fundamental para o país sair mais rápido da crise aprovar a CPMF, que é um imposto que se dissolve, se espalha por todos, de baixa intensidade, ao mesmo tempo que permite controle de evasão fiscal e ao mesmo tempo faz outra coisa, que é muito importante: tem um impacto pequeno na inflação, porque ele é dissolvido se você considerar os demais impactos".
Dilma e a petelândia têm planos para conseguir chegar, do jeito que der, até 2018. A aposta deles é em várias frentes, descaradamente previsíveis. Uma delas, por ironia, é o antigo sonho de legalizar a jogatina no Brasil, formando uma parceria entre o Estado ladrão, investidores estrangeiros e seus parceiros locais (claro, laranjas dos esquemas de poder atual). Uma outra é a enxurrada de grana chinesa que vem aqui, cheia de disposição, a comprar tudo que estiver à venda na bacia das almas - desde as estatais de economia mista, suas subsidiárias e até empresas brasileiras que perderam fôlego competitivo. "Laranjas" da politicagem também entrarão de sócios nestes negócios.
Tem uma terceira frente que deve gerar muita "prosperidade" e também vai aproveitar a crise como "oportunidade" para maravilhosos negócios para a oligarquia no poder. Trata-se da maior lavagem e esquentação legalizada de grana, nunca antes vista na História do Brasil, com a aprovação da lei que permite o retorno de dinheiro (a maior parte que fora roubada aqui) depositado no exterior. Uma pequena parte desta grana já voltava para cá, disfarçada nos tais "Investimentos Estrangeiros Diretos". Agora, um grande volume poderá retornar para viabilizar super negócios.
Não é à toa que tantos advogados classe A andam tão ouriçados e frenéticos. Eles sabem que este é o momento de faturar ainda mais alto. Não só dos "bandidos" políticos que defendem a peso de ouro, como também daqueles empresários que são vítimas dos rigores seletivos das variadas "gestapos" brasileiras, além dos que já estão prontos para firmar acordos para trazer para o País milhões que estavam escondidos no exterior. A conjuntura causa tanta euforia que os "causídicos de fino trato" resolveram até declarar uma guerrinha de mentirinha contra alguns segmentos do judiciário e do ministério público. A "batalha de Itararé" não é por convicção, mas por pura e cínica conveniência pragmática.
É neste cenário que Dilma e sua a turma apostam que conseguem aguentar o tranco, empurrando o desgoverno com a barriga até 2018, apesar do violentíssimo desgaste de imagem - nada que, na visão deles, muita grana que vem por aí não possa reverter. Politicamente, Dilminha já tratou de comprar os políticos, em um ano de magras vacas doadoras, seja pelo medo de escândalos ou pela proibição formal para empresas investirem nas caríssimas campanhas. Só isto explica que a grana do Fundo Partidário tenha sido quase triplicada (de R$ 311 para R$ 819 milhões) em tempos de ajuste fiscal, contenção de despesas e suposta queda de arrecadação com os efeitos da crise econômica.
Dilma e sua turma acreditam que conseguem impedir a onda do impeachment. Da mesma forma, também supõem que vão conseguir neutralizar os efeitos negativos da Lava Jato e seus desdobramentos. O grupo de Luiz Inácio Lula da Silva, aparentemente apertadinho, avalia que a blindagem do chefão permanecerá falando mais alto, permitindo até que, por falta de outras opções políticas, ele até consiga viabilizar o complicadíssimo retorno ao Palácio do Planalto em 2018.
É por tudo isso que os segmentos esclarecidos da sociedade não podem baixar a guarda e nem alimentar ilusões de que a salvação cairá do céu ou simplesmente do quartel. A pressão contra o desgoverno do crime organizado não pode parar e precisa aumentar em intensidade e, sobretudo, qualidade. É urgente uma reação focada e cirúrgica contra ações dos diferentes governos para atingir a cidadania e, principalmente, os bolsos dos contribuintes. Da mesma forma, é fundamental pensar, debater exaustivamente e propagar soluções viáveis para velhos problemas brasileiros, até que estejam criadas as pré-condições para a Intervenção Cívica Constitucional que pode mudar o Brasil, de verdade. 
(...)

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