PRIMEIRA EDIÇÃO DE HOJE DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
13 DE JANEIRO DE 2016
O PMDB ligado ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) celebrou ontem o agravamento da situação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acusado pelo ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró de cobrar o pagamento de propinas em atraso, além de ameaçar seu cargo, com a retirada da chancela do PMDB. Cunha e sua turma avaliam que agora ele e Renan estão “no mesmo patamar”.
A cobrança que Renan teria feito da propina, segundo disse Cerveró à força-tarefa da Lava Jato, ocorreu em reunião no ano eleitoral de 2012.
Eduardo Cunha se queixava de ser vítima de “vazamentos seletivos” da procuradoria-geral de Rodrigo Janot. Agora já não está mais sozinho.
Sob fogo cerrado das denúncias, Cunha perdia terreno para Renan na disputa pelo controle do PMDB, na convenção do partido, em março.
Na convenção extraordinária de março, o PMDB discutirá temas como o rompimento do partido com o PT e o governo Dilma.
Nomeado em dezembro coordenador-geral de Saúde Mental do Ministério da Saúde, o psiquiatra Valencius Wurch ainda não conseguiu entrar na sua sala porque manifestantes invadiram o local há um mês. Wurch é acusado de “violação de direitos humanos” e “negligência” de pacientes da Casa de Saúde Dr. Eiras de Paracambi (RJ), onde foi diretor. Mas na verdade os manifestantes não se conformam porque pela primeira vez em muitos anos não indicarem o titular para o cargo.
Ligados ao PT, os manifestantes são contra Valencius Wurch e a quem o nomeou: o ministro e psiquiatra Marcelo Castro, do PMDB.
Valencius Wurch dirigiu o Dr. Eiras de 1993 a 1998 e, ao contrário do que dizem os opositores, seu trabalho de renovação foi destacado.
O Ministério da Saúde esclarece: Wurch participou da discussão sobre Reforma Psiquiátrica aprovada no Congresso, e não admite retrocesso.
A “MP da (falta de) Vergonha”, na calada do fim de ano, tornou mais demorado o exame dos “acordos de leniência” pelo Tribunal de Contas da União. É que só no final do processo, o TCU poderá ter acesso aos termos do acordo e à metodologia para calcular dano e a multa.
Deve ser horrível viver em um país como a Venezuela, cujo supremo tribunal presta vassalagem ao governo populista, rejeitado pela população, e anula atos do Poder Legislativo de maioria oposicionista.
A oposição se reunirá na próxima semana para discutir os rumos do impeachment de Dilma. “Vamos cumprir o rito definido pelo Supremo, apesar de não concordarmos”, afirma Nilson Leitão (PSDB-MT).
Projeto “dor de corno” do deputado pastor Franklin (PTdoB-MG) prevê indenização em caso de traição. E Gilberto Nascimento (PSC-SP) quer dois dias de folga para doador de sangue tipo O. Para os demais, um.
Cálculos da CPI dos Fundos de Pensão apontam déficit de R$ 30 bilhões no setor, considerando juros e correção monetária. Há um ano, o déficit era de R$ 20 bilhões.
Dilma sempre tratou o conselhão com desprezo, ela tem horror a empresários, mas recebeu de Jaques Wagner (Casa Civil) sugestão de 90 nomes para o órgão que não se reúne desde o início da Lava Jato.
Merece um prêmio o prefeito de Cabo Frio (RJ), Alair Corrêa (PP), que extinguiu 35 secretarias, transferindo suas decisões para um gabinete formado por dez pessoas. Vai economizar até R$ 700 mil por mês.
O senador Álvaro Dias (PR) é bombardeado nas redes sociais pela mudança do PSDB para o Partido Verde (PV). Os críticos lembram sua fama de mudar muito de partido e condenam seus interesses pessoais.
Piada de verão no Rio de Janeiro: se no Petrolão meteram a mão, na área da Saúde meteram o pezão.

NO DIÁRIO DO PODER
NEM UMA PALAVRA SOBRE A IMPUNIDADE
Carlos Chagas
Nunca se viu sujeira igual à que escorre das delações premiadas dos últimos meses, dentro da Operação Lava Jato e adjacências. Dos delatores mais recentes, não escapa a acusação sobre nenhum presidente da República, exceção dos anos em que Itamar Franco exerceu o cargo. Os maiores beneficiados dessa operação tem sido os delatores, por sinal os formadores de quadrilha, os mais ladrões, com raras exceções. O último exemplo é o tal Cerveró. Não dá para entender porque ele e o bando dos assaltantes dos cofres públicos gozam de tantas regalias, como prisão domiciliar, férias de Natal e Ano Novo e regime prisional especial para os que ainda não se livraram das grades.
A Polícia Federal, o Ministério Público e até certas instâncias do Poder Judiciário fazem o dever de casa, mas são tantas as brechas da lei que a maioria dos meliantes sob processo situa-se em patamar especial. Oldebretches e Dirceus ainda respondem pelo mal praticado, mas no mundo político sobram acusações óbvias de crimes sem punição para os autores denunciados. Pelo contrário, eles disputam ainda maiores espaços de poder, debaixo da complacência do poder que deveria abrir investigações e puni-los.
Essa seria a primeira mudança institucional de vulto a ser promovida para o País sair do lamaçal onde se encontra. A lei precisa não apenas ser dura, mas igual para todos. Do ladrão de galinha ao assaltante e o assassino, quem respondeu a processo e foi condenado costuma sofrer as penas correspondentes. Exceção, é claro, daqueles capazes de comprar a liberdade pelo dinheiro ou a influência.
Por que, então, essa nova classe de bandidos mantém-se à margem da correnteza? Porque são eles não apenas a fazer as leis, mas a valer-se de suas brechas que há muito precisariam ter sido vedadas. Encontram-se imunes até ex-presidentes da República, atuais presidentes do Senado, na Câmara, parlamentares, ministros e ex-ministros, sem esquecer antigos e atuais governadores. Seria constrangedor citá-los, mas basta ler os jornais do dia. Enquanto a impunidade continuar encontrando espaços para manter-se e até expandir-se, continuaremos uma nação dupla: a dos que pagam e a dos que se mantém imunes.
Agora que começam a ser antecipadamente discutidas as preliminares da sucessão presidencial de 2018, com tantas especulações vãs e inconsistentes, torna-se necessário indagar por que não apareceu, até agora, um pré-candidato disposto a sustentar que lugar de ladrão – qualquer ladrão – é na cadeia. Nenhum dos nomes sugeridos disse uma única palavra a respeito do que fazer para interromper a impunidade. Se a falha está na complacência da lei, que se mude a lei. De preferência pelo voto.
O que fará Aécio Neves se porventura eleito? Protegerá tucanos envolvidos nas tramoias do período em que Fernando Henrique governou o País? Geraldo Alckmin terá coragem para denunciar e mandar punir correligionários mergulhados em negociatas ainda hoje denunciadas em São Paulo? E José Serra, continuará preocupado em recuperar as finanças nacionais sem atingir políticos e empresários dispostos ao redor de sua candidatura? O Lula, ele mesmo arcabuzado na família e nos fiéis companheiros, permanecerá recomendando olhar o futuro e esquecer o passado? Michel Temer insistirá na proteção aos membros da quadrilha que forma ao seu lado? Ciro Gomes irá poupar líderes corruptos de seu novo partido empenhados em fazê-lo candidato? Marina Silva poupará os ambientalistas favoráveis à depredação da Natureza, desde que apoiando sua nova tentativa de levá-la ao Planalto? A relação parece não ter fim, quando se chega a Jair Bolsonaro, Ronaldo Caiado e outros pretendentes que se disponham a transformar o Brasil sem transformar suas concepções. Permanecem mudos. Uma palavra que seja para extirpar a impunidade bastaria para destacá-los dos demais, mas qual deles se dispõe?

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
12/01/2016 às 17:40 \ Direto ao Ponto
Augusto Nunes
As revelações de Nestor Cerveró sobre a participação de Lula na negociata que envolveu o grupo Schahin, o amigão José Carlos Bumlai e o comando do PT finalmente preencheram a grande lacuna do Petrolão: faltava incorporar ao elenco o chefe supremo do bando. Até ontem, o astro só havia interpretado personagens irrelevantes. Depoente convidado, por exemplo. Ou testemunha voluntária.
O que agora se sabe há de reparar a injustiça. O coadjuvante logo estará formalmente promovido a protagonista. O portador de mudez malandra será intimado a abrir o bico. As investigações nas catacumbas acabarão descobrindo as bandalheiras que esconde. Graças a Cerveró, consumou-se a anunciação da tempestade.
Entre outros espantos que já não surpreendem ninguém, ele contou que ganhou do então presidente um empregão na BR Distribuidora por ter facilitado o desvio de 12 milhões de reais para os cofres clandestinos do PT. A patifaria reitera que o Petrolão é um faroeste em mau Português cujos contornos épicos o credenciam a transformar-se na versão nativa do Poderoso Chefão ─ com Lula no papel do Don Corleone à brasileira.
Cada país tem o Marlon Brando que merece.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
GERAL  13-01-2016 ÀS 7:21
GERAL5:52
GERAL 12/01/2016 ÀS 20:19

NO O ANTAGONISTA
Economia 13.01.16 08:54 Comentários (4)
O corte no plano de investimentos da Petrobras vai criar um rombo no PIB de 260 bilhões de reais até 2019.
O cálculo foi feito por O Globo, levando em conta um estudo do Ministério da Fazenda...
Brasil 13.01.16 08:44 Comentários (39)
Dilma Rousseff disse a aliados, segundo O Globo, "que o ex-presidente Fernando Collor estaria fazendo uma 'interpretação' da conversa que teve com ela sobre a BR Distribuidora. E que se trata de um 'exagero' entender que ela estaria colocando a presidência e as diretorias da BR Distribuidora à disposição dele"...
Economia 13.01.16 08:41 Comentários (33)
A Petrobras, quebrada, vai vender a Braskem, segundo a Folha de S. Paulo.
Por favor, veja este vídeo:
Fernando Baiano disse que acertou com Antonio Palocci o pagamento de 2 milhões de reais em propina para a campanha de Dilma Rousseff, em 2010.
Antonio Palocci sempre negou o encontro com Fernando Baiano, assim como Paulo Roberto Costa e o outro intermediário do acerto, José Carlos Bumlai.
Na última quinta-feira, Fernando Baiano entregou à PF cópia dos registros de entrada e saída do hotel em que se hospedou em Brasília...ver mais
Brasil 13.01.16 07:57 Comentários (0)
Nestor Cerveró disse que Dilma Rousseff entregou a BR Distribuidora a Fernando Collor.
Hoje a Folha de S. Paulo revela que, segundo Rodrigo Janot, uma ORCRIM formada por Fernando Collor e o PT foi instalada na estatal entre 2010 e 2014 com o único propósito de saqueá-la...
Brasil 13.01.16 07:49 Comentários (8)
Lula concedeu a Fernando Collor “ascendência” sobre a BR Distribuidora.
Dilma Rousseff deu um passo além: ela institucionalizou a ORCRIM...
Brasil 13.01.16 07:34 Comentários (22)
Lula e Fernando Collor foram comparsas no saque à BR Distribuidora.
Rodrigo Janot, em sua denúncia contra o deputado petista Valder Loubet, obtida pela Folha de S. Paulo, disse que Lula concedeu a Fernando Collor "ascendência" sobre a BR Distribuidora...
Alguma dúvida?
Brasil 13.01.16 07:20 Comentários (4)
As mensagens apreendidas no celular de Léo Pinheiro, presidente da OAS, podem fornecer novas pistas sobre as propriedades de Lula.
A OAS, além de ter reformado o sítio de Lula, em 2011, reformou também seu triplex no Guarujá, em 2014...
Brasil 13.01.16 06:44 Comentários (15)
A OAS pagou a reforma do sítio de Lula.
A PF decidiu ouvir o agrimensor que trabalhou na obra. Mas a reportagem da Veja que denunciou o caso, quase um ano atrás, deu o nome de muitas outras testemunhas, que deveriam ser convocadas imediatamente...
O sítio de Lula, ou de Suassuna, ou de Bittar, ou da OAS
Brasil 13.01.16 06:33 Comentários (11)
Em 4 de janeiro, segundo o Estadão, a PF recebeu do CREA o nome do agrimensor que trabalhou na reforma do sítio de Lula, paga pela OAS.
O documento indica também o nome do proprietário das terras, Jonas Suassuna...
Brasil 13.01.16 06:08 Comentários (14)
Só agora a PF resolveu investigar seriamente o sítio de Lula, cuja reforma foi paga pela OAS.
O Estadão diz que “a Lava Jato identificou um dos responsáveis técnicos pelo estudo que antecedeu o projeto de reforma do Sítio Santa Bárbara, no bairro Portão, zona rural de Atibaia, o técnico de agrimensura Claudio Benatti”...
Brasil 12.01.16 21:44 Comentários (36)
A Justiça do Rio condenou o ex-diretor Jorge Zelada e o lobista João Augusto Henriques a quatro anos de prisão em regime semi-aberto por fraude em licitação da Petrobras para certificação em segurança, meio ambiente e saúde. A vencedora do contrato foi a Odebrecht...
Mundo 12.01.16 21:41 Comentários (8)
Dez marinheiros americanos, de dois barcos de patrulha, foram detidos pela marinha do Irã, no Golfo Pérsico, em águas territoriais daquele país.
O Irã, que afirma ter "resgatado" os "espiōes", prometeu soltá-los em breve.
O incidente ocorreu pouco antes de Obama fazer o discurso anual sobre o estado da nação.
Brasil 12.01.16 21:37 Comentários (55)
Dilma está com medo de que as manifestações da esquerda pirulito saiam do controle, como em 2013, e agreguem milhares de cidadãos descontentes.
Por que, Dilma, se tudo está indo tão bem no País?
Mundo 12.01.16 21:14 Comentários (45)
Depois que um professor de uma escola judaica foi esfaqueado por um adolescente muçulmano, o presidente do consistório israelista de Marselha aconselhou que, por enquanto, os judeus da cidade evitassem usar quipás em público.
A Civilização está perdendo a guerra.
Brasil 12.01.16 20:53 Comentários (42)
José Carlos Bumlai, o delator não premiado, contou a colegas de carceragem em Curitiba que dois desdobramentos da Lava Jato e da Zelotes teriam potencial para implodir o governo Dilma Rousseff e a carreira política de Lula, segundo a Veja online...
Brasil 12.01.16 20:23 Comentários (43)
A nova lei das TVs por assinatura, que tramitou no Congresso durante o governo Lula e foi sancionada por Dilma Rousseff em 2013, criou cotas para canais brasileiros na grade de programação das operadoras...
Brasil 12.01.16 20:00 Comentários (63)
A publicidade das marcas do Grupo Petrópolis na PlayTV, de Lulinha, se soma ao patrocínio do mesmo grupo ao Torneio Touchdown, de Luleco, e à contratação da palestra motivacional de Lula...
Brasil 12.01.16 19:34 Comentários (61)
Todo mundo sabe que Fábio Luís Lula da Silva é dono do canal PlayTV, controlado pela Gamecorp...
Mundo 12.01.16 19:01 Comentários (132)
O preço do barril do petróleo (Brent) chegou a menos de 30 dólares hoje, fechando em pouco mais de 31.
Quem precisa de Petrobras?
Brasil 12.01.16 18:22 Comentários (30)
A Veja.com noticia que "Advogados que cuidam das ações que podem levar à cassação dos mandatos da presidente Dilma Rousseff e do vice Michel Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral afirmaram nesta segunda-feira que eles devem elaborar uma estratégia de defesa conjunta contra a acusação de abuso do poder político e econômico na campanha da dupla de 2014"...
Mundo 12.01.16 18:19 Comentários (50)
Dos dez mortos no ataque terrorista em Istambul, nove eram alemães e um peruano.
Depois da barbaridade em Colônia, é tudo de que Angela Merkel precisava (atenção, isso é uma ironia).
Brasil 12.01.16 17:54 Comentários (87)
Os planos de Geraldo Alckmin esclarecem a sua aproximação com o MST e adjacências...
Brasil 12.01.16 17:30 Comentários (121)
Geraldo Alckmin não tem um nome seu dentro do PSDB para concorrer à prefeitura de São Paulo. João Doria Jr.? Geraldo Alckmin sabe que é uma piada.
Não tendo um nome seu, ele prefere explodir os tucanos em São Paulo a apoiar um candidato que, na sua visão, fortaleceria as candidaturas de José Serra ou Aécio Neves em 2018...
Brasil 12.01.16 17:10 Comentários (104)
O namoro entre o governador de São Paulo e Ciro Gomes explica o flerte de Gabriel Chalita com o PDT...
Economia 12.01.16 17:08
Em um país em que até o passado é imprevisível, é mais fácil ganhar na loteria do que acertar uma projeção de mercado. De qualquer modo, há analistas que conseguem. De acordo com os campões de estimativas do boletim Focus, do Banco Central, o dólar deve subir ainda mais e encerrar o ano em até R$ 4,40. Já a média dos investidores “comuns” espera uma taxa de R$ 4,25.
Brasil 12.01.16 16:54 Comentários (159)
Já foi publicado que Geraldo Alckmin poderá sair candidato a presidente da República pelo PSB, caso não consiga a legenda tucana em 2018.
Mas as negociações nesse sentido estão muito mais avançadas do que se imagina...

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Toda vez que a situação fica crítica e ameaçadora para o desgoverno do crime organizado, uma manobra tática se repete: o chamado quinto elemento, com intuito pré-revolucionário, aciona o mecanismo da radicalização violenta com o intuito de ganhar repercussão midiática. Seja na forma de arrastões em shoppings de luxo, explosões de caixas eletrônicos, invasões patrimoniais urbanas e rurais, assaltos ao comércio e indústria, sequestros relâmpagos em áreas nobres e aparentemente seguras, assassinatos brutais que causem comoção imediata ou estouros de vandalismo em manifestações públicas (com causas aparentemente justas). São Paulo voltou a ver ontem como esta banda toca...
O fenômeno do emprego tático da violência revolucionária, descambando para o terrorismo, é mais que manjado ao longo da História. No Brasil, existem agentes conscientemente treinados para cumprir o objetivo principal de gerar tensão social e, sobretudo, medo - que contamina a maioria das pessoas, abrindo caminho para a "coragem" criminosa/revolucionária. O ambiente fica favorável à explosão social violenta no Brasil onde já são assassinadas quase 60 mil pessoas por ano em uma "guerra civil" não-declarada. Tudo tende a se agravar quando a única saída para uma profunda crise estrutural é a mudança do esgotado modelo estatal. A insegurança também cresce com a crise econômica: falência de empresas, desemprego e alta do custo de vida ajudam a encher o barril de pólvora.
A profunda crise política também ajuda a tornar o ambiente ainda mais explosivo. As pessoas comuns não só perdem a paciência com a classe dirigente como também não confiam mais nela para resolver os problemas mais elementares. Os políticos corruptos não ligam o "desconfiômetro". No entanto, a ação criminosa ou inação deles por incompetência contribui para a completa descrença em soluções politicamente negociadas. Neste clima, quando as instituições (praticamente rompidas) não conseguem indicar e adotar soluções práticas ou alternativas, fica escancarado o caminho para "aventureiros revolucionários profissionais", alguns travestidos de "salvadores da pátria".
Enquanto profissionais da guerrilha revolucionária (com fins ideológicos, com verniz esquerdista) agem abertamente, os cidadãos comuns, interligados nas redes sociais, aumentam sua mobilização para combater e tentar neutralizar a ação criminosa do Estado Capimunista Rentista Corrupto - que serve mal à sociedade, porém se serve "muito bem" dela. O objetivo tático imediato da organização criminosa é impedir que o movimento de bem consiga prosperar. A tendência, infelizmente, é que este conflito, cada vez mais aberto e claro, descambe em confronto violento direto.
Vale repetir por 13 x 13. Crises econômicas, quando se agravam e saem de controle, costumam derrubar governos ou abrir um atalho, mais rápido ou imediato, para uma profunda (ou radical) mudança na ordem institucional. Será neste momento que ficará evidente e vai eclodir, violentamente, a guerra entre a estrutura estatal criminosa e aqueles cidadãos que não a suportam. O conturbado e inconfiável ambiente político alimentam o caos. No horizonte, o risco de um magnicídio nunca esteve tão provável como agora. Na hora em que o pau cantar mais alto (pois já está cantando, nem tão silenciosamente assim), será a hora do salve-se quem puder. O resultado é imprevisível.
As Forças Armadas brasileiras trabalham, claramente, com esse cenário de radical desestruturação social com muita probabilidade de descambar em guerra civil. Só neste momento os militares admitem que podem promover uma intervenção. Chegar a tal ponto sem retorno pode não ser o ideal para o Brasil, porque a explosão de violência pode ceifar muitos brasileiros, como nunca antes ocorreu em nossa História. Exatamente porque o País jamais enfrentou situação semelhante (já que golpes de estado sempre conseguiram promover uma forçada "conciliação" para evitar a guerra civil de resultado imprevisível), é fundamental ficar atento agora.
Se o pirão econômico desandar de vez, a politicagem perder a capacidade de conciliação via conchavos, e a irresponsabilidade revolucionária de esquerda falar mais alto, com a colaboração direta das organizações criminosas, o Brasil pode mergulhar no completo caos social e institucional, com risco até de ocorrer fragmentação do território nacional - que interessa ao grande capital transnacional que controla e explora o Brasil, com a ajuda dos corruptos estrategicamente colocados no poder estatal - federal, estadual ou municipal.
O pau não vai cantar! Já está cantando no Brasil. A Revolução Brasileira, provavelmente nada pacífica, está em andamento. Só não enxerga quem prefere a cegueira política. Quem não entender o processo, e se omitir por covardia ou conveniência, tem tudo para se dar muito mal, quando o pau cantar mais alto.
Cinicamente hilário é ver a politicagem tupiniquim posando, conchavando e roubando como se nada de grave estivesse acontecendo... 
(...)

NO ESTADÃO
Cerveró cita Dilma e Planalto já teme influência da Lava Jato no impeachment
FAUSTO MACEDO, JULIA AFFONSO, RICARDO BRANDT, ANDREZA MATAIS E TÂNIA MONTEIRO - O ESTADO DE S. PAULO
13 Janeiro 2016 | 03h 00 - Atualizado: 13 Janeiro 2016 | 03h 00
De acordo com delator, senador Fernando Collor (PTB-AL) negociou diretamente com a presidente da República as indicações para a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobrás
O conteúdo da delação do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró deixou em alerta o Palácio do Planalto, que teme a influência das denúncias no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, em curso na Câmara dos Deputados desde o final de dezembro de 2015. 
Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobrás, declarou à Procuradoria-Geral da República ter ouvido do senador Fernando Collor (PTB-AL) menção à presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, em setembro de 2013, Collor afirmou que suas negociações para indicar cargos de chefia na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobrás haviam sido conduzidas diretamente por Dilma.
Em depoimento prestado no dia 7 de dezembro de 2015, Cerveró relatou os bastidores das indicações para cargos estratégicos na Petrobrás, principalmente na BR Distribuidora, apontada pelos investigadores como “cota” pessoal do ex-presidente Collor (1990-1992).
Cerveró citou duas vezes a presidente. “Fernando Collor de Mello disse que havia falado com a presidente da República, Dilma Rousseff, a qual teria dito que estavam à disposição de Fernando Collor de Mello a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora. Collor de Mello disse que não tinha interesse em mexer na presidência, e nas diretorias da BR Distribuidora de indicação do PT”, declarou o ex-diretor, condenado na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro.
Cerveró disse ter ouvido o relato de Collor sobre suposto encontro com Dilma durante uma reunião em Brasília, que teria ocorrido, segundo o delator, em setembro de 2013. Na ocasião, Cerveró estava empenhado em se manter no cargo de diretor Financeiro e Serviços da BR Distribuidora – subsidiária da Petrobrás –, que assumiu após deixar a área Internacional da estatal petrolífera. Ele disse que Pedro Paulo Leoni o chamou para uma reunião com Collor na Casa da Dinda, residência do ex-presidente.
Segundo o ex-diretor, Collor disse na reunião “que não tinha interesse em mexer na presidência e nas diretorias da BR Distribuidora”. Cerveró afirmou que tais nomes eram indicação do PT – presidente José de Lima Andrade Neto; diretor de Mercado Consumidor Andurte de Barros Duarte Filho e ele próprio, como diretor Financeiro e de Serviços.
O ex-diretor da Petrobrás afirmou que “ironicamente agradeceu” a Collor por ter sido mantido na BR e citou um ex-ministro de Collor na Presidência, o empresário Pedro Paulo Leoni Ramos, o PP. “Depois, (Pedro Paulo Leoni) disse ao declarante que Fernando Collor havia ficado chateado com a ironia do declarante, uma vez que pareceu que o declarante estava duvidando de que Fernando Collor de Mello havia falado com Dilma Rousseff. Nessa ocasião, o declarante percebeu que Fernando Collor realmente tinha o controle de toda a BR Distribuidora.” Cerveró disse que, então, entendeu a força de Collor na BR. “Nessa ocasião o declarante percebeu que Fernando Collor de Mello realmente tinha o controle de toda a BR Distribuidora”, afirmou. “Fernando Collor de Mello e Pedro Paulo Leoni Ramos mantiveram o declarante no cargo para que não atrapalhasse os negócios conduzidos por ambos na BR Distribuidora; que esses negócios eram principalmente a base de distribuição de combustíveis de Rondonópolis/MT e o armazém de produtos químicos de Macaé/RJ.”
A defesa de Collor refutou as acusações e considerou “falsas” as alegações de que ele “tenha usado de influência política para obter favores ou exercer qualquer outro tipo de pressão sobre diretores ou funcionários da BR Distribuidora a fim de satisfazer interesses próprios ou de terceiros”.
O Planalto afirmou que não comentaria a menção a Dilma, assim como a assessoria de imprensa de Pedro Paulo Leoni.
Preocupação 
A citação à presidente da República preocupa o PT e os assessores diretos dela. A avaliação é de que Dilma havia encerrado o ano passado com relativa tranquilidade após o Supremo Tribunal Federal ter anulado a criação da Comissão Especial criada na Câmara dos Deputados a para analisar o impeachment e dar determinado que o Senado tem a palavra final sobre o processo de afastamento.
Grupos anti-Dilma prometem manifestações de rua pelo impeachment em fevereiro ou março. Os petistas temem que as menções a Dilma e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas delações possam engrossar os protestos, que ficaram abaixo do esperado em dezembro do ano passado.

Lula indicou WTorre para obra de prédio alugado pela Petrobrás, diz Cerveró
POR FAUSTO MACEDO, JULIA AFFONSO E RICARDO BRANDT
13/01/2016, 05h00
Edifício abriga 10 mil funcionários da área administrativa da estatal; obra foi orçada em R$ 1,2 bilhão
O ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, um dos delatores da Operação Lava Jato, afirmou à Procuradoria-Geral da República que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ‘indicou’ a empreiteira WTorre Engenharia para a construção de um edifício na rua do Senado, centro do Rio que, a partir de 2013, foi alugado pela estatal. O Centro Empresarial Senado Petrobrás abriga 10 mil funcionários da área administrativa. A obra – de 115 mil metros quadrados de área construída e 95 mil metros de área bruta locável – foi orçada em R$ 1,2 bilhão.
As declarações estão em um resumo entregue por Cerveró à Procuradoria, antes de o ex-diretor fechar acordo de delação premiada. Na delação, Cerveró citou o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, preso na Lava Jato desde fevereiro de 2015, por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.
“Sabe que a indicação de Walter Torre foi feita pelo Presidente Lula, porque Renato Duque comentou na reunião da Diretoria onde foi apresentado o projeto”, relatou o delator, em referência ao dono da WTorre.
O ex-diretor destacou que o plano original da empreiteira era construir um prédio colossal, ‘o maior prédio do mundo’, com 400 metros de altura e 150 andares, ‘maior que o Pão de Açúcar’.
“Destaque-se a sugestão do Walter Torre feita ao presidente Lula de construir o maior prédio do mundo da altura de 400 metros (150 andares) maior que o Pão de Açúcar, que não foi adiante pelo absurdo da obra e pelo impacto que causaria na cidade”, afirmou.
A Petrobrás é locatária até 2029. O contrato prevê aluguéis de cerca de R$ 100 milhões ao ano por esse período.
Segundo o ex-diretor, o então presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, se opôs a sugestões de uma Comissão criada para apresentar alternativas à construção. Cerveró afirmou que, em 2006, com o crescimento do número de funcionários na Petrobrás, ‘a Diretoria’ decidiu construir um novo prédio de grandes proporções para acomodar esse pessoal.
Foi então nomeada, afirmou o delator, uma comissão da Diretoria de Serviços que deveria sugerir a melhor alternativa, de preferência próxima a sede atual, no centro do Rio.
“Por 3 vezes esta comissão apresentou alternativas de aluguel de prédios próximos a Petrobrás e que foram recusadas por decisão de Gabrielli, que levantou uma série de questões para obstar a escolha. Até que foi finalmente aprovada a proposta da WTorre já construída e em operação na rua do Senado, no Rio de Janeiro”, declarou Cerveró.
Em setembro de 2015, Walter Torre declarou à CPI da Petrobrás e negou irregularidades em contratos com a Petrobrás. Segundo o dono da empreiteira, a WTorre mantém dois contratos de aluguel de edifícios com a estatal.
COM A PALAVRA, O INSTITUTO LULA
Não vai comentar.
COM A PALAVRA, O EX-PRESIDENTE DA PETROBRÁS JOSÉ SÉRGIO GABRIELLI
Todas as decisões sobre os prédios foram tomadas com base em pareceres técnicos sobre as condições de mercado, custos operacionais e financeiros, coletivamente pela Diretoria Executiva da Petrobras. Quanto ao prédio de 400 metros o projeto sequer foi objeto de decisão pelo Colegiado, sendo rejeitado preliminarmente.

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