1ª EDIÇÃO DE HOJE DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
09 DE DEZEMBRO DE 2015
A chapa de oposição eleita ontem aos gritos de “vai ter impeachment”, no plenário da Câmara, deixou claro que são remotas as chances de a presidente Dilma escapar de condenação na comissão processante que examinará a denúncia contra ela, acolhida pelo presidente da Câmara. Após divulgar que contava com o apoio de 280 deputados, o Palácio do Planalto se viu derrotado por 272 x 199 votos, na Câmara.
Caso a comissão recomende o impeachment ao plenário na Câmara, Dilma precisará de 171 votos. Poucos acreditam que conseguirá.
A oposição espera reverter muitos dos 199 votos obtidos pelo governo, ontem, de deputados de partidos como PMDB, PP, PSD, PTB e PR.
A derrota do governo Dilma foi uma tremenda demonstração de força de Eduardo Cunha, quando muitos o imaginavam morto.
O tempo conspira contra Dilma, com a perda progressiva de apoio, na Câmara. Contra ela conspira também Eduardo Cunha, o que é pior.
A repercussão da carta de rompimento de Michel Temer e a derrota do governo na Câmara não foram as únicas más notícias de Dilma, ontem. Ela já sabe que um oficial de Justiça baterá à sua porta, a qualquer momento, para notificá-la a se defender na ação que pode cancelar o registro da candidatura à reeleição, e a do vice Michel Temer, em 2014, e cassar o mandato. A ação tramita no Tribunal Superior Eleitoral.
Na hipótese de Dilma sofrer impeachment antes da conclusão da ação no TSE, o processo continua normalmente com Temer como réu.
Dilma e Temer terão 5 dias para se defender na Ação de Impugnação de Mandato Eletivo por abuso de poder politico e econômico.
Dono da UTC e “chefe” do cartel, o empreiteiro Ricardo Pessoa contou que a campanha de Dilma recebeu dinheiro roubado da Petrobras.
Se a carta do vice Michel Temer soou como uma bomba no Planalto, teve o efeito de tsunami a notícia do acordo de delação premiada de Delcídio do Amaral (PT-MS), líder encarcerado do governo Dilma.
O portal Diário do Poder publicou com exclusividade, uma hora e meia antes de qualquer outro, a notícia da negociação de delação premiada de Delcídio do Amaral, que levou aflição ao Palácio do Planalto.
Impressiona o despreparo de ministros como Miguel Rossetto (Trabalho). Ele disse que Michel Temer não poderia ter feito a carta-desabafo porque “prestou juramento à Constituição”. Que vexame.
No cafezinho da Câmara, ontem, ao esgotar os argumentos em defesa da posse de Michel Temer na presidência, um deputado ainda lembrou: “Além de todas as vantagens, teremos uma linda primeira-dama!”
Eleitores estranharam o carinho do deputado Wadih Damous (PT-RJ), afagando as bochechas do líder do PMDB na confusão da Câmara. Logo ele, um radical na denúncia de malfeitorias da família Picciani.
Levantamento do Instituto Paraná Pesquisa na terra de Delcídio Amaral (PT-MS), mostrou Lula em 3º, com pífios 11% das intenções de voto para presidente, e empatado com Jair Bolsonaro (PP-RJ). Aécio, Alckmin e Serra lideram quando listados e Marina (Rede) fica em 2º.
O necrotério do Hospital Universitário da UnB passará por devassa para identificar restos mortais dos desaparecidos do Araguaia. Desde 1991, só dois corpos foram identificados, mas sumiram do necrotério.
Lula ainda usa e abusa, como se fora autoridade, dos serviços da diplomacia brasileira. Exige tratamento (e mordomias) de presidente. Nesta quarta (9) chega a Berlim, antes de seguir para Madri.
A chapa da comissão do impeachment tinha 13 partidos. “É uma última homenagem (ao PT)", diz o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).

NO DIÁRIO DO PODER
IMPEACHMENT
MINISTRO DO STF SUSPENDE O IMPEACHMENT TEMPORARIAMENTE
TRAMITAÇÃO ESTÁ SUSPENSA ATÉ DECISÃO FINAL DO PLENÁRIO, DIA 16
Publicado: 08 de dezembro de 2015 às 23:40 - Atualizado às 00:16
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que antes de ser por ela nomeado liderou um grupo de advogados que declarou apoio à presidente Dilma, determinou na noite desta terça-feira (8) a suspensão do processo de impeachment até quarta (16), quando o plenário do STF decidirá o rito do caso.
Apesar de paralisar o processo, Fachin negou liminar que pretendia invalidar a sessão da Câmara dos Deputados que elegeu, por 272 x 199 a chapa de oposição e dissidentes da base governista para a Comissão do Impeachment.
A decisão de Fachin contraria a tendência já revelada pelos ministros do STF de não interferir nas questões internas do Poder Legislativo. Várias liminares de governistas foram rejeitadas por outros ministros.
Ele também suspendeu “eventuais prazos, inclusive aqueles, em tese, em curso, preservando-se , ao menos até a decisão do STF prevista para 16/12, todos os atos até o momento praticados".
A decisão foi adotada, com rara rapidez, horas depois de o PCdoB ingressar com a representação no STF.

MELHOR SE OS DOIS RENUNCIASSEM
Carlos Chagas
Pequenos detalhes costumam encobrir grandes entreveros. Quem divulgou os termos da carta de Michel a Dilma? A própria, num repente de indignação? Ou o vice, demonstrando mágoa e ressentimento? O lobisomem não foi, ou seja, um dos dois traiu os mais elementares postulados de educação cívica. Tanto faz se as cartas pessoais pertencem a quem enviou ou a quem recebe. Só falta mesmo culparem a imprensa pela divulgação.
Até agora Madame não respondeu aos lamentos de seu substituto, certamente para não vestir a carapuça expressa na evidência de que realmente, nos últimos cinco anos, tratou o vice como peça decorativa. Não é a primeira vez que um presidente despreza seu vice. Getúlio mal cumprimentava Café Filho. Jânio Quadros devolveu a única carta que João Goulart mandou. Mesmo entre os generais-presidentes, Castello Branco não permitiu que José Maria Alckmin dispusesse de um carro oficial. Ernesto Geisel jamais consultou Adalberto Pereira dos Santos e João Figueiredo deu as costas a Aureliano Chaves. Mesmo Fernando Collor ignorou Itamar Franco.
Teria Dilma Rousseff a obrigação de dividir seu governo em condomínio com Michel Temer? No reverso da medalha, o vice teria muitos motivos para agastar-se diante da autoria de conceitos e opiniões que jamais exarou.
Em suma, uma briga de comadres. Importa menos saber se foi dona Mariquinhas ou dona Maricota quem começou com a disputa. Ambas dão vexame na calçada do subúrbio onde farpas correm de um lado para outro. Merecem-se, as duas. Enquanto isso, o País segue em frangalhos, vivendo um de seus piores momentos. Para o cidadão que paga impostos, melhor se Dilma e Temer renunciassem.
Dessa luta plena de golpes dados abaixo da linha da cintura, a pergunta que fica refere-se ao dia seguinte. Escapando do impeachment, Dilma precisará encontrar-se muitas vezes com Temer. Solenidades existem onde a presença dos dois é imprescindível. Cumprimentos, sorrisos, beijinhos? Mas se a presidente vier a ser afastada, deverão despedir-se? Naquele monte de decisões a tomar, pelo jeito sem ter tido informações dos temas de governo, ousará o sucessor informar-se com a antecessora?
O Brasil oferece ao mundo um espetáculo digno das maiores reprimendas. Qualquer que seja o desenlace fornecido pelo Congresso, sua consequência colocará frente a frente PMDB e PT. Lutarão com paus e pedras, conforme antiga previsão de Albert Einstein a respeito de como seria a Quarta Guerra Mundial, depois de terminada a Terceira...

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
09/12/2015 às 0:38 \ Direto ao Ponto
Fachin entrou em campo para manter no cargo a mulher a quem deve o emprego

Por anos a fio, Luiz Fachin foi simultaneamente procuradorl do estado e advogado militante. A essa acumulação de funções, proibida pela Constituição paranaense e portanto ilegal, somou-se uma agravante só contornada por gente dotada do dom da ubiquidade: Fachin continuou a dar aulas na universidade. E o duplo emprego virou triplo.
Em numerosos artigos, entrevistas e discursos, o doutor em extravagâncias bacharelescas deixou claro seu menosprezo pelo preceito constitucional que garante a propriedade privada no Brasil. Nunca escondeu os laços afetivos com o MST, uma velharia comunista que não tem existência jurídica. E sempre defendeu enfaticamente a desapropriação de terras produtivas para fins de reforma agrária, sem o pagamento de indenização aos proprietários lesados.
Indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal por Dilma Rousseff, Fachin superou a sabatina no Senado com a ajuda militante do cabo eleitoral Álvaro Dias. Na discurseira em que se derramou em elogios e rapapés ao sabatinado, o parlamentar tucano advertiu os que lastimaram a deserção do até então combativo oposicionista: todos iriam arrepender-se quando Fachin começasse a agir no Supremo.
Nesta terça-feira, 08, em decisão monocrática, o magistrado dos sonhos de Álvaro Dias suspendeu a comissão do impeachment que a Câmara começou a montar horas antes. A palavra final caberá so plenário do tribunal, que examinará a pendência na próxima quarta-feira. Mas agora está claro que Fachin entrou em campo para manter no cargo a presidente a quem deve o emprego.
Na conversa gravada pelo filho de Nestor Cerveró, o senador Delcídio do Amaral e seus comparsas se mostram muito animados com a informação de que determinado caso seria julgado por Fachin. A interrupção do processo de impeachment ajuda a entender o entusiasmo da turma empenhada em desmoralizar a Operação Lava Jato.
Para devolver à condição humana ministros convencidos de que a toga transforma advogados em divindades, basta que os milhões de indignados retomem as ruas e mostrem claramente o que o País que presta pensa de gente assim. O Congresso fará a vontade do povo. O STF não ousará desafiá-la com atrevidas manifestações de gratidão ao padrinho. Ou madrinha.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
GERAL
09-12-2015 ÀS 4:17
GERAL0:54
08/12/2015 ÀS 22:37

NO O ANTAGONISTA
Mais um motivo para protestar no domingo
Brasil 09.12.15 07:03 Comentários (0)
O golpe do STF contra o Legislativo é mais um motivo para protestar no domingo, dia 13.
O Antagonista insiste: vá para a rua.
Veja a lista completa...
ver mais
Brasil 09.12.15 06:31 Comentários (14)
Leonardo Picciani, o Sibá Machado do PMDB, foi chutado por seus colegas de partido.
Disse Josias de Souza: “Convertido por Dilma Rousseff em interlocutor preferencial do governo no PMDB, o deputado Leonardo Picciani deixará de ser o líder da bancada do partido na Câmara. Ele será destituído por meio de um abaixo-assinado subscrito pela maioria dos deputados que imaginava liderar...
Brasil 09.12.15 06:09 Comentários (20)
O golpe de Edson Fachin contra o Legislativo é mais uma prova da insofismável burrice de Dilma Rousseff.
Além de retardar o processo de impeachment, não vai servir para reverter os votos do PMDB...
Brasil 09.12.15 06:03 Comentários (45)
Dilma Rousseff está com pressa para votar o impeachment, pois ela perde deputados a cada dia que passa.
E o que fez Edson Fachin?
Paralisou o processo até 16 de dezembro...

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 09/12/2015 04:57
De manobra em manobra, a infantaria de Eduardo Cunha no Conselho de Ética da Câmara já conseguiu empurrar para dentro do calendário de 2016 o desfecho do processo sobre a cassação do seu mandato. Ainda que seja aprovado o parecer que pede a continuidade das investigações contra Cunha, já não há mais tempo nem mesmo para exigir do acusado que apresente sua defesa antes do fim de 2015.
Nesta terça-feira, 08, o Conselho de Ética adiou pela quinta vez a votação que contraria Cunha. O colegiado reúne-se novamente nesta quarta-feira. Supondo que conseguisse transpor a barreira protelatória da tropa de Cunha, o Conselho de Ética teria de abrir prazo de dez dias úteis para a apresentação da defesa do deputado. E só há mais seis dias úteis disponíveis até o início do recesso parlamentar, marcado para 17 de dezembro.
“Quando começar o recesso, teremos de interromper a contagem do prazo”, disse ao blog o presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA). “O prazo só volta a ser contado a partir de 2 de fevereiro de 2016.” Em privado, Cunha celebra o êxito parcial de sua estratégia enquanto planeja com sua milícia parlamentar as próximas manobras protelatórias.
O repórter perguntou ao presidente do Conselho de Ética por que ele não ganha tempo marcando as sessões do colegiado para o período da manhã, já que é obrigado a encerrar os trabalhos sempre que Cunha abre a “Ordem do Dia” no plenário. E ele: “Não faço isso porque não há nenhum plenário disponível. Estão todos ocupados pelas comissões permanentes da Câmara.” Cunha desmente Araújo. Afirma que há, sim, espaço disponível na Câmara pela manhã.
Quer dizer: o Conselho de Ética não tem razões para reclamar do cinismo de Eduardo Cunha. Quando alguém faz de bobos os membros de um grupo de parlamentares experientes é porque encontrou material. A sessão desta quarta-feira começa às 13h30.


































































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