1ª EDIÇÃO DE HOJE DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
10 DE DEZEMBRO DE 2015
A Polícia Federal realizou nesta quarta (9) uma devassa de sete horas no Hospital Universitário de Brasília (HUB), para investigar suspeita de roubo das ossadas de dois guerrilheiros do Araguaia, há dois anos. O caso tem contornos macabros: suspeita-se de sabotagem para impedir a localização das ossadas e aumentar a “bolada” da multa diária de R$10 mil, fixada em 2003 pela juíza federal Solange Salgado. A multa, acumulada, já soma R$48 milhões. Corrigida, passa de R$200 milhões.
Militantes da “causa”, familiares dos desaparecidos e até servidores da Secretaria de Direitos Humanos estariam por trás do sumiço dos ossos.
A multa diária foi imposta até que o Estado brasileiro dê conta dos 59 desaparecidos da guerrilha do Araguaia, no conflito com o Exército.
A juíza do caso ficou indignada com a tentativa de se usar a Justiça para lucrar, por isso ordenou a investigação da PF no HUB.
As ossadas sumidas podem ser dos guerrilheiros João Carlos Haas Sobrinho (“Dr. Juca”) e do italiano Giancarlo Castiglia, codinome “Joca”.
Após afastarem do Conselho de Ética o relator hostil a Eduardo Cunha, aliados do presidente da Câmara articulam a destituição do próprio presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA). Acusam-no de usar o conselho para “fazer média” com a mídia e perseguir Cunha. E de usar critérios diferentes para posse de suplente, quando considerou a composição dos blocos no início da legislatura, e adota outra regra para a escolha do relator, onde prioriza a composição atual dos blocos.
A estratégia dos aliados de Cunha é levantar a suspeição de José Carlos Araújo e forçar o seu afastamento da presidência do colegiado.
Até governistas no Conselho de Ética acham que Araújo é um baiano gente boa, mas “não tem pulso” e permite manobras protelatórias.
Para destituir o relator, o deputado Manoel Jr (PMDB-PB) alegou que Fausto Pinato (PRB-SP) integra o mesmo bloco parlamentar de Cunha.
A participação tucana em eventual governo Michel Temer provoca urticária em Aécio Neves (MG), enciumado com o inevitável convite ao senador José Serra (PSDB-SP) para virar super-ministro da Fazenda.
O chefão da Hemobrás, Rômulo Maciel Filho, é indicação do senador Humberto Costa (PT-PE). Foi da janela da diretoria que voaram os maços de dinheiro roubado, quando a Polícia Federal bateu à porta, ontem.
O senador Delcídio Amaral (PT-MS) passou a ser íntimo do poder na era Dilma, por isso a delação levou pânico ao Planalto. Ele sabe tudo. Se abrir a boca, como promete, o japonês da Federal terá trabalho.
A CPI do BNDES deve ser prorrogada por mais 30 dias, apesar da grande pressão do Palácio do Planalto. “Há consenso nesse sentido”, afirma o presidente da comissão, Marcos Rotta (PMDB-AM).
Vidro enorme, tipo blindex, espatifou sem motivo aparente, ontem, no Salão Verde da Câmara, provocando alguns gritos de susto. Houve quem imaginasse terrorismo, mas era só “energia pesada” mesmo.
Lula foi à Alemanha, no encontro nacional do Partido Social Democrata, o PSDB de lá, dizer que o impeachment de Dilma é “golpe” e “vingança de Eduardo Cunha”. Os alemães não engoliram a lorota.
O PMDB só pensa naquilo: o eventual governo Michel Temer. Na terça, Renan Calheiros recebeu para jantar Mailson Nóbrega, ex-ministro da Fazenda de José Sarney. O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), também recebeu políticos do partido para jantar.
O clima era de terra arrasada no gabinete de Leonardo Picciani, cuja destituição foi antecipada pelo portal Diário do Poder. O garotão pediu apoio do governo, por meio de distribuição de cargos, mas foi inútil.
Após confirmar ontem a condenação de Dilma pelos crimes citados na denúncia do impeachment, o Tribunal de Contas da União será também chamado de “golpista”?

NO DIÁRIO DO PODER
ROMPIMENTO
EM REUNIÃO COM DILMA, TEMER OFICIALIZA SEU DISTANCIAMENTO
ELE REITEROU QUE VAI APENAS CUMPRIR SEU PAPEL CONSTITUCIONAL
Publicado: 09 de dezembro de 2015 às 21:29
O encontro entre a presidente Dilma Rousseff e seu vice Michel Temer serviu apenas para confirmar o que ela já havia comunicado em sua carta-desabafo: daqui para a frente, ele exercerá apenas o papel constitucional que lhe cabe, sem qualquer participação nas atividades de governo, nem mesmo para atacar ou defender o impeachment.
Este é o resumo da reunião mantida entre ambos, esta noite, em Brasília, após o retorno de Dilma da viagem que fez a Boa Vista (RR) para inaugurar unidades habitacionais. O encontro foi realizado a pedido dela, com a intermediação do ministro Jaques Wagner (Casa Civil).
Em sua carta-desabafo a Dilma, vazada pelo Palácio do Planalto, Temer fez um histórico da atitude de desconfiança da presidente em relação a ele a ao PMDB, partido que ele preside, assim como dos episódios em que ficou claro o desprestígio do vice-presidente no governo.
Assessores de Temer garantiram que ele não vai criticar a proposta de impeachment de Dilma, que tramita na Câmara dos Deputados, tampouco trabalhar para viabilizá-lo.

LAVA JATO
INVESTIGADO HÁ 9 MESES, RENAN FICARÁ NA MIRA DA PF ATÉ FEVEREIRO
STF AMPLIA PRAZO PARA A POLÍCIA FEDERAL CONCLUIR SEU TRABALHO
Publicado: 09 de dezembro de 2015 às 19:28
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), investigado há 9 meses pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal no âmbito da Operação Lava Jato, será investigado por mais 60 dias, até 7 de fevereiro, segundo decisão do relator do caso no Supremo Tribunal Federa (STF), ministro Teori Zavascki.
O magistrado também atendeu ao pedido do MPF para prorrogar investigações de outros políticos, como senadores Edison Lobão (PMDB-MA), Valdir Raupp (PMDB-RO), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Humberto Costa (PT-PE), alem dos deputados Aníbal Gomes (PMDB-CE) e José Mentor (PT-SP) e o ex-deputado João Pizzolatti (PP-PR).
Os inquéritos fazem parte do primeiro lote de investigações da Lava Jato, iniciadas em março. São 68 pessoas investigadas, entre políticos, familiares, e supostos operadores e financiadores do esquema de corrupção na Petrobras.
Zavascki já havia prorrogado outros inquéritos iniciados em março: dois relativos a Pizzolatti, outro sobre Edison Lobão e a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB-MA), e mais dois sobre os deputados Simão Sessim (PP-RJ) e Dudu da Fonte (PP-PE).
Além de realizar diligências, a Polícia Federal poderá fazer interceptações telefônicas, quebras de sigilo fiscal e bancário, coleta de provas documentais e tomada de depoimentos.

CINCO DIAS PERDIDOS
Carlos Chagas
Faltava o Judiciário. Agora não falta mais. Também o Supremo Tribunal Federal, melhor dizendo, um de seus ministros, acaba de deixar dúvidas sobre suas obrigações constitucionais. Edson Fachin, alta noite de terça-feira, concedeu liminar para interromper o processo de impeachment da presidente Dilma. Claro que dependendo da concordância da maioria de seus companheiros, em sessão plenária marcada para a próxima quarta-feira. Se não havia certeza para sua decisão, por que mandou interromper tudo? Por que não sugeriu que as coisas se resolvessem na sessão de ontem, também quarta-feira? Adiou por cinco reuniões o início da questão que vem paralisando os demais trabalhos da Câmara e deixando o governo imobilizado para cumprir seu dever de governar.
Acresce a hipótese de a liminar ter caracterizado a interferência de um dos poderes da União sobre outro. No caso, o Judiciário atropelando o Legislativo. E sem a certeza de ter a iniciativa sido tomada de acordo com a Constituição e as leis, tanto que Edson Fachin submeteu sua sentença preliminar à opinião dos dez outros ministros. E em especial, não anulou a votação já realizada para compor a comissão encarregada de decidir se a presidente Dilma deve ou não responder a processo de impeachment. Se 272 deputados optaram que deve, e 199 que não, tratou-se de um ato da economia interna da Câmara. Os derrotados apelaram ao Supremo menos para dirimir a dúvida sobre voto secreto e voto aberto, mais para estender por mais tempo a tertúlia que pode atingir o mandato de Madame. Entenderam, esses derrotados, que muitos colegas deixariam de votar pela condenação caso obrigados a botar o pescoço de fora. Uma suposição não comprovada, mas suficiente para adiar por uma semana a decisão que imobiliza Brasília e pelo jeito o Brasil. 
Promover votações no âmbito de suas atribuições parece ser prerrogativa dos deputados, mesmo havendo verdadeira batalha campal entre eles, relativa ao voto secreto ou aberto.
Até a próxima quarta-feira todos os braços estarão cruzados, ainda que, vale repetir, a votação não tenha sido anulada, mesmo secreta. Salvo melhor juízo e com todo o respeito, o plenário da mais alta corte nacional de Justiça poderá contrariar a opinião do ministro Fachin. O resultado então ficará limitado à perda de cinco sessões, ou seja, cinco dias sem novos capítulos nessa novela de horror encenada na Praça dos Três Poderes.
Quanto ao péssimo espetáculo de violência explícita oferecido por razoável número de deputados e deputadas, entre socos, cabeçadas, palavrões e depredações, fica apenas a saudade de outros tempos. Também, fazer o quê os que aplaudiram Ulysses Guimarães e agora assistem Eduardo Cunha?

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
10/12/2015 às 8:09 \ O País quer Saber
A saudade de Campo Grande decerto figura entre os motivos que levaram o senador Delcídio do Amaral a optar pelo acordo de delação premiada que o livrará da cela de cadeia que o hospeda em Brasília. Também sentem falta do parlamentar presidiário os muitos amigos que tem na capital de Mato Grosso do Sul, sobretudo os que sempre estiveram na lista de convidados para as festas promovidas por Delcídio.
A julgar pela descrição empolgadíssima do colunista social Fernando Soares, nenhuma foi tão superlativamente refinada e majestosa quanto a que celebrou em 2011 o aniversário de Maria Eugênia, a caçula das três filhas do senador. Alguns trechos da narrativa de Fernando Soares permitem imaginar como foi aquela noite patrocinada pela Petrobras. Confira:
"Maria Eugênia Amaral, carinhosamente chamada de Gigi, celebrou seus 15 anos na casa que teria capacidade para abrigar os 700 amigos da família. Na noite de sábado, a caçula do senador Delcídio e de Maika do Amaral fez a noite mais vibrante e intensa dos últimos tempos. Noite que ficará marcada na memória social de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul. Não apenas pela natural suntuosidade que sugeria a atmosfera, mas pela singular energia que emanava em cada pedacinho da festa. Parecia mágica.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
10-12-2015 ÀS 5:28
GERAL0:08
09/12/2015 ÀS 23:51
09/12/2015 ÀS 23:02
09/12/2015 ÀS 22:54

NO O ANTAGONISTA
Brasil 10.12.15 08:30 Comentários (13)
O impeachment vai ficar parado até fevereiro.
Leia o que disse O Globo: "Em tese, na próxima quarta-feira o STF ditaria o ritual correto para tramitação legislativa do caso...
Brasil 10.12.15 08:43 Comentários (0)
O STF vai paralisar o impeachment até fevereiro.
José Casado, de O Globo, observa que, com isso, o processo contra Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados vai correr paralelamente àquele do TSE, que deve cassá-la por seus crimes eleitorais...
Brasil 10.12.15 08:21 Comentários (18)
Dilma Rousseff exonerou Fábio Cleto do cargo de vice-presidente da Caixa Econômica Federal, informa o Estadão.
Motivo?
Fábio Cleto foi indicado por Eduardo Cunha...
Brasil 10.12.15 07:49 Comentários (53)
Renan Calheiros disse que Eduardo Cunha vai ser preso.
A frase foi ouvida ontem à noite por uma repórter de O Globo, Maria Lima...
Brasil 10.12.15 07:47 Comentários (28)
A soltura de Marcelo Odebrecht pelo STJ é um golpe contra a Lava Jato.
Não é o único...
Brasil 10.12.15 07:23 Comentários (74)
O STJ vai soltar Marcelo Odebrecht.
Se os ministros não mudaram de opinião de ontem para hoje, será um dia dramático para o Brasil...
Brasil 10.12.15 07:06 Comentários (24)
O Antagonista noticiou o jantar entre Michel Temer e o presidente do PRB, Marcos Pereira, ocorrido antes de ontem.
O PRB tem 20 deputados. Se eles decidirem votar pelo impeachment, Dilma Rousseff está morta...
Brasil 10.12.15 06:31 Comentários (25)
O Valor publicou uma notinha importante sobre as artimanhas de Edson Fachin:
“Michel Temer e seu grupo comemoraram a decisão do Supremo de marcar uma data - a próxima quarta-feira - para definir as regras do impeachment...
Brasil 10.12.15 06:24 Comentários (13)
Michel Temer, antes de montar sua equipe de governo, tem de arrebanhar o maior número de votos dentro do PMDB para obter o impeachment.
É o que ele está fazendo...
Brasil 10.12.15 00:10 Comentários (29)
Michel Temer descreveu a senadores o estado de Dilma Rousseff no encontro de hoje:
"Ela estava muito emocional".
Brasil 09.12.15 23:59 Comentários (2)
Por falar em senadores, o encontro dos representantes do PMDB com Michel Temer, no Palácio do Jaburu, foi muito além do "ele está pronto para assumir a Presidência, mas não fará movimentos nesse sentido", como saíram dizendo os parlamentares.
Michel Temer começou a armar uma estratégia para o impeachment de Dilma Rousseff no Senado, onde o destino da petista será, de fato, definido.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 10/12/2015 03:29
Dilma Rousseff reagiu aos desaforos da carta do seu vice com respeito e compostura. Ou seja, está completamente fora de si. “Na nossa conversa, eu e o vice-presidente decidimos que teremos uma relação extremamente profícua, tanto pessoal quanto institucionalmente.”
Michel Temer respondeu à gentileza com ensaiada amabilidade. Quer dizer: voltou ao normal. “Combinamos, eu e a presidente Dilma, que nós teremos uma relação pessoal, institucional, que seja a mais fértil possível''.
Foi o primeiro encontro entre os dois desde a divulgação da carta-desabafo em que Temer disse ser tratado como “vice decorativo” por uma Dilma que “não tem confiança em mim e no 
PMDB, hoje, e não terá amanhã.”
Que conclusão extrair de uma desavença que evolui do cheiro de enxofre para a pseudo-reconciliação em 48 horas? Por um lado, é bom que Dilma e Temer continuem a se falar. Por outro lado…
O tipo de relacionamento que prometem manter entre si, “profícuo” e “fértil”, apenas reforça a convicção de que a política é o território da falsidade, da hipocrisia. É como se Dilma e Temer informassem à plateia que não convém levá-los a sério.

Josias de Souza - 09/12/2015 20:54
Em depoimento à força-tarefa da Lava Jato, o petrodelator Nestor Cerveró disse que Delcídio Amaral recebeu propinas de US$ 10 milhões quando era diretor de Óleo e Gás da Petrobras, no governo FHC. Incomodado, Fernando Henrique Cardoso subiu no caixote do Facebook para gritar: “Se houve algo durante o meu governo, foi conduta imprópria do Delcídio, não corrupção organizada, como agora.'' Hummm… Não é bem assim.
Os fatos demonstram que o petismo realmente exagerou. Enxergou o poder como um favo de mel. Enfiou os dedos. Lambeu-os com gosto. Por algum tempo, desfrutou de todas as dádivas do mundo. Hoje, foge das abelhas. Mas FHC sabe que a corrupção no seu governo não foi ocasionada pela conduta imprópria de personagens obscuros. Apenas para refrescar a memória do ex-presidente tucano, cabe citar o caso Sudam.
Sob FHC, quem dava as cartas na Sudam era Jader Barbalho (PMDB-PA), hoje um aliado do petismo. No auge do escândalo, que terminou com a cassação do mandato do personagem, Jader contratou a consultoria Boucinhas & Campos para provar que seu patrimônio pessoal não era de R$ 30 milhões, como se noticiava. Tinha razão. A Receita Federal descobriria depois que essa cifra correspondia apenas à multa devida por Jader. O patrimônio era maior.
À Receita, Jader alegou que sua prosperidade resultava sobretudo do suposto êxito que obtevera como agronegociante. Para o fisco, o sucesso estava escorado em informações falsas. Minuciosos, os auditores chegaram a bater à porta de supostos compradores de gado da Fazenda Rio Branco, de Jader.
Entre as imposturas corroboradas pelo Fisco estava a hipotética compra, em 1998, de uma fazenda no Pará. Pertencia a José Osmar Borges, a quem Jader teria pago R$ 600 mil, em três parcelas. Os auditores não encontraram vestígio do trânsito do dinheiro. Ou seja, Jader teria recebido a propriedade de presente. O mimo media 6 mil hectares.
Dono de três CPFs, controlador de seis empresas, Osmar Borges foi acusado de desviar mais de R$ 100 milhões em incentivos fiscais da Sudam. Boa parte liberada por afilhados de Jader, que FHC acomodora barbalhamente nos fundões da administração tucana.
Se a memória lhe falhar, FHC pode tocar o telefone para o governador do Mato Grosso, Pedro Taques. Recém-filiado ao PSDB, Taques era, na época da gestão tucana, procurador da República. Ajudou a varejar a Sudam. Jader, por Barbalho, chegou a ser algemado e preso. Passou poucas horas na cadeia. Eram tempos pré-Sérgio Moro. Até por isso, a corrupção organizou-se.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A farsa de manter a relação mais fértil possível, entre a Presidenta de mentira Dilma Rousseff e o vice decorativo Michel Temer atende a um único objetivo: sinalizar que não interessa ao PMDB uma declaração aberta de guerra com o PT, na provável eventualidade de Temer assumir o Palácio do Planalto, com o impeachment ou uma saída da Dilma por renúncia estratégica - para atender aos interesses de Luiz Inácio Lula da Silva. A separação menos tensa entre os partidos aliados é para evitar o risco de uma escancarada ruptura institucional que pode abrir caminho para uma Intervenção Constitucional.
A farsa é inacreditável. Depois da reunião com Dilma, Temer posou de bonzinho: "Combinamos, eu e a presidente Dilma, que nós teremos uma relação pessoal, institucional, que seja a mais fértil possível". Dilma até mandou a assessoria soltar uma notinha oficial por escrito, com declaração dela: "Na nossa conversa, eu e o vice-presidente Michel Temer decidimos que teremos uma relação extremamente profícua, tanto pessoal quanto institucionalmente, sempre considerando os maiores interesses do País". Ninguém, em sã consciência, consegue acreditar nas intenções verdadeiras contidas nas meras palavras do casal presidencial em escancarado litígio.
A carta dura de Temer, que Dilma deixou vazar, seguida da farsa de uma tentativa de recomposição no dia seguinte, é um sinal de que a conspiração para arrancar Dilma do poder ou forçá-la a sair ainda não está tão bem arranjada nos bastidores. O desgaste da Presidenta, sem previsão concreta de reversão, é um agravante da conjuntura. Existe um consenso na traidora base aliada de que uma saída de Dilma seria o ideal para redesenhar os esquemas afetados pelo desgoverno e pelas denúncias de corrupção que pipocam por todos os lados e tendem a se agravar nos desdobramentos de delações premiadas nas operações da Lava Jato. O problema é quando e como Dilma deve sair.
A novela do impeachment pode ampliar um desgaste de impopularidade e aumentar a revolta da opinião pública - o que não interessa aos políticos que preferem deixar tudo como sempre esteve. O temor é que protestos nas ruas, como os programados para domingo (dia 13, 13 horas, contra os 13 e demais comparsas), ganhem dimensão gigantesca e saiam do controle. Por isso, as lideranças do Congresso Nacional, sobretudo do lado governista, querem acelerar a decisão sobre o impedimento da Dilma (seja para ele acontecer ou não). O prolongamento de uma agonia, varando as festas de fim de ano e culminando com o começo do ano eleitoral de 2016, não interessa a eles.
Impeachment de Dilma pouco resolve. Trocá-la por Michel Temer é mais do mesmo. Ainda não dá para ter certeza se a saída dela vale como um prêmio de consolação. A permanência do PMDB no poder, com mais força ainda da caneta presidencial, é a ampliação da tragédia institucional brasileira. Neste sentido, a continuidade dos condutores da velha Nova República de 1985 é um grandioso e efetivo "golpe" contra o Brasil. A chance de algo de bom acontecer é se, na troca de comando presidencial entre PT e PMDB, não houver um acordo de paz. Caso seja deflagrada uma guerra - o que seria a normal reação imediata dos petistas temerosos de problemas judiciais se perderem os cargos poderosos -, o conflito pode gerar a ruptura institucional que serviria de pré-condição efetiva para a deflagração de mudanças efetivas pela pressão da cidadania organizada.
Infelizmente, a tendência para a crise é de um mega-acordão, pela via do conchavo, para que o Brasil fique do mesmo jeito, apenas com a saída (forçada ou nem tão espontânea) da Dilma. O desgoverno do crime organizado tentará uma nova conciliação. Este foi o recado simbólico da encenação de ontem entre Dilma e Temer. PT e PMDB têm muito a perder se a guerra sair do controle. Na regra do jogo atual, "vitória na guerra" pode representar uma derrota para ambos os lados e demais comparsas na ocupação e aparelhamento do Estado Capimunista Rentista tupiniquim.
A novelinha do impeachment vai longe - ao contrário do que deseja a turma da Dilma. O ministro Edson Fachin já avisou ontem que o Supremo Tribunal Federal será o guardião do procedimento de impedimento, propondo um rito do começo ao final do eventual processo. Já se cantou a bola que, na sessão da próxima quarta-feira, no STF, algum ministro pedirá vista do processo que paralisou o rito do impeachment na Câmara. Assim, alguma solução só será dada lá para fevereiro, depois do recesso do Judiciário. Para alegria dos parlamentares, em função disto, eles também poderão fazer o tradicional recesso - ameaçado pele pressa do governo em resolver o irresolvível...
Apesar da tentativa de "conciliação", o clima é de radicalização. O PT tem seus "exércitos" do MST, CUT e afins prontos para a batalha. O ensaio já é praticado em São Paulo no movimento dos estudantes contra a reforma escolar do governador Geraldo Alckmin. Os atos públicos, com violência explícita, foram aparelhados pelos tais "movimentos sociais". Este é o recado simbólico dado pela petelândia, diante do conflito apaziguado entre Dilma e seu "Amigo da Onça".
Como sempre, as Forças Armadas, amadas ou não pela classe política, acompanham tudo, como sempre... A tropa já está treinando na guerra ao mosquito da Dengue... Por isso, o lema geral é: "Abaixo a Picadura"... Mais pornográfico que isto só o desgoverno nazicomunopetralha...
(...)

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