1ª EDIÇÃO DE HOJE DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
03 DE NOVEMBRO DE 2015
Telegramas trocados entre o Itamaraty e a embaixada do Brasil em Luanda (Angola), mostram a atuação de Marco Aurélio “Top Top” Garcia, assessor da Presidência da República, pressionando o BNDES a agilizar empréstimos a ditaduras africanas. Os documentos, obtidos pela coluna, mostram por que a ação do aspone Garcia reforçou no Ministério Público a convicção de que houve tráfico de influência.
Os documentos constam de investigação criminal contra Lula, em tramitação na Justiça Federal (nº 1.16.000.000991/2015-8).
Em um dos telegramas, Top Top Garcia tranquiliza o ministro angolano Georges Chikoti, dizendo que Dilma continuará com a política de Lula.
O telegrama do assessor Marco Aurélio Garcia a Georges Chikoti, fazendo pose de chanceler, é datado de 4 de dezembro de 2012.
Entre 2013 e 2014, o BNDES repassou R$ 3,2 bilhões para a Angola e outros R$ 3 bilhões para a Venezuela.
Órgãos de inteligência já advertem o governo para os efeitos sociais da “rápida deterioração” da economia, com o aumento do desemprego fazendo aumentar os riscos de desordem, “com saques a lojas e supermercados”, conforme informe ao qual esta coluna teve acesso. O índice de desemprego em setembro continua inédito, mas analistas de inteligência e informações estimam que já superou a barreira dos 10%.
Arapongas observam que o “arrastão”, crime típico de delinquentes juvenis, já tem sido praticado por adultos sem passagens na polícia.
Para os órgãos de inteligência, os arrastões de adultos sem histórico criminoso são coisa de pessoas desesperadas, e não de criminosos.
Com o agravamento da recessão, o mês de outubro poderá registrar um recorde no número de desempregados.
A CPI dos Fundos de Pensão já concluiu que o “modus operandi” do Mensalão e do Petrolão se repete nos fundos de pensão da era petista: aparelhamento, tráfico de influência e direcionamento político.
Funcionários da ApexBrasil, agência de promoção do País no exterior, reclamavam do ex-presidente Maurício Borges. Agora dizem que eram felizes e não sabiam: o atual, David Barioni, ex-TAM, é ruim de serviço.
O deputado Jovair Arantes (PTB-GO) estranha a calmaria na Câmara, mas tem a receita na ponta da língua. “Quando Eduardo Cunha decidir sobre o impeachment, o bicho volta a pegar na Câmara”, diz.
O deputado Alberto Fraga (DEM-DF) ironiza o governo de Rodrigo Rollemberg (PSB), no Distrito Federal. Considera-o muito fraco: “É tão ruim que Rollemberg já faz a população sentir saudades do Agnelo”.
O deputado Jair Bolsonaro (PTB-RJ) surfa na crise de credibilidade de Dilma. Na Câmara, ele foi ovacionado por manifestantes do Movimento Brasil Livre, que defende o impeachment. “Fora, Dilma”, gritavam.
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) define como esquizofrênica a permanência de Eduardo Cunha no comando da Câmara. “Ninguém fala sobre o assunto, mas todos pensam”, garante.
A revista mensal da Fecomércio-DF serve sobretudo à vaidade do presidente da entidade, Adelmir Santana: em sua última edição o posudo dirigente aparece em inúmeras fotografias. O recorde são 27.
Nesta terça (3), o ex-ministro da Casa Civil de Lula José Dirceu completa três meses de prisão, após a 17ª fase da operação Lava Jato, a Pixuleco. Dirceu já cumpria pena pela condenação no Mensalão.
... a primeira semana de novembro mal começou e tem gente na Esplanada contando os minutos para o fim do ano.

NO DIÁRIO DO PODER
O ANO POLÍTICO TERMINOU?
Carlos Chagas
03-11-2015
Prevista para hoje uma reunião do Conselho de Ética da Câmara deverá examinar o pedido de deputados da oposição para abertura de processo contra Eduardo Cunha, por quebra do decoro parlamentar. A acusação é dupla: manter contas bancárias na Suíça sem participação à Receita Federal e haver mentido numa CPI, dizendo não possuir dinheiro fora do país.
No Conselho de Ética as opiniões se dividem. Metade de seus integrantes entendem haver motivo para a cassação do mandato de Cunha. A outra metade rejeitará o pedido. Até que os trabalhos se iniciem, à tarde, mudanças na composição do colegiado poderão acontecer. O Presidente da Câmara tenta formar maioria em seu favor, para livrar-se liminarmente da acusação. Como são os partidos que indicam seus representantes, pressões vem sendo feitas sobre suas bancadas e seus líderes.
Parece certo que se o processo for iniciado, jamais se terá algum resultado antes do segundo semestre do próximo ano. A tramitação é demorada, com prazos para o relator a ser escolhido e a defesa.
Eduardo Cunha controla a maior parte do plenário, instância decisória final para a sorte de seu mandato. A impressão é de que escapará, caso não surjam fatos novos, como as manifestações do Procurador Geral da República e do Supremo Tribunal Federal. O provável é que nenhuma solução venha a ser adotada antes do final de 2016, quando vence o período do deputado na presidência da Câmara. Seu mandato parlamentar encerra-se em fevereiro de 2019.
Inegável tem sido seu desgaste, mas daí até à cassação a distância surge razoável. Atuando como verdadeiro líder da oposição, responsável pela defecção de boa parte da bancada do PMDB, o deputado fluminense tem na manga carta de reconhecido valor, o pedido de impeachment da Presidente Dilma. Vem protelando sua decisão de aceitar e dar seguimento ao processo, ou arquivá-lo. Corre no Congresso a existência de um acordo de preservação mútua entre o Palácio do Planalto e o Presidente da Câmara. O Governo influenciaria deputados da base oficial para posicionarem-se contra a cassação de Cunha, enquanto este congelaria o pedido de afastamento de Dilma. Um conluio à margem do conteúdo das acusações de um lado e de outro, muito comum entre nós, apesar de podre.
Em suma, salvo inusitados, o ano político parece haver terminado. A menos, é claro, que a crise econômica se torne pior do que já está, transformando-se em crise social. Nessa hipótese, poderia não sobrar ninguém. Nem Dilma nem Cunha. E nem nós...
TUDO TEM LIMITE
A greve é um direito do trabalhador. Mas tudo tem limite. Em Brasília, professores, funcionários públicos, bancários – parou todo mundo. Existem, porém, categorias que a ética e a lógica impedem de fazer greve, mas fazem. Os médicos, por exemplo, deixando doentes graves sem atendimento. Pior ainda: os funcionários do necrotério e dos cemitérios. Ontem foi dia dos mortos, que nem direito a ser enterrados tiveram...

NO BLOG DO CORONEL
SEGUNDA-FEIRA, 2 DE NOVEMBRO DE 2015
A Polícia de Portugal está investigando pessoas próximas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, bem como a ex-governantes e gestores brasileiros e portugueses , num inquérito relacionado ao negócio fechado entre a operadora Oi e a Portugal Telecom (PT) em 2010. As revelações foram publicadas nesta segunda-feira pelo jornal português Público e confirmadas pelas autoridades policiais do país europeu.
A suspeita é de que pagamentos teriam aberto as portas para que o acordo tivesse a autorização necessária da parte do estado brasileiro e agências reguladoras. O dinheiro para essa autorização teria vindo de construtoras brasileiras, numa forma de quitar uma dívida que existia entre essas empresas e a Portugal Telecom, avaliado na época em 1,2 bilhão de euros.
O Ministério Público português confirmou ao Estado que existem duas investigações ocorrendo em paralelo e que a cooperação com o MP brasileiro tem sido "constante". Segundo o jornal, existe a suspeita de "pagamentos de várias dezenas de milhões de euros ao universo restrito do ex-presidente da República Lula da Silva, bem como a ex-governantes e gestores brasileiros e portugueses."
O dinheiro teria vindo de empresas como a construtora Andrade Gutierrez, "através de territórios como Angola e Venezuela." O presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, é réu na Operação Lava Jato e é considerado um dos homens que permitiu o acordo entre a Portugal Telecom e a Oi, numa negociação que começou em 2007. A partir de agora, as autoridades dos dois países tentam estabelecer uma conexão a partir dos e-mails apreendidos, além de depoimentos e escutas telefônicas.
Segundo o jornal Público, o inquérito afeta "a abrangência dos contatos que se estabeleceram entre os círculos próximos do ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva e os do ex-primeiro-ministro José Sócrates."
Em janeiro, a polícia portuguesa realizou uma operação na sede da Portugal Telecom em Lisboa, com o objetivo de colher dados sobre o contrato com a Oi. Segundo a revista Sol, também de Portugal, documentos com anotações "Portugal Telecom" foram encontrados na casa de Luís Oliveira Silva, sócio e irmão de José Dirceu.
O então presidente da Portugal Telecom, Henrique Granadeiro, ainda foi aconselhado pelo ex-presidente de Portugal, Mário Soares, a procurar o escritório de advocacia Fernando Lima, João Abrantes Serra e José Pedro Fernandes, a LSF & Associados. O gabinete é ligado à José Dirceu, segundo o jornal. Já Soares teria sido contratado para aproximar os empresários ao ex-presidente Lula.
Dentro da Portugal Telecom, os pagamentos de 50 mil euros mensais para a LSF & Associados teriam gerado confrontos. "Luís Pacheco de Melo, ex-administrador financeiro da Portugal Telecom, questiona Granadeiro, mas o CEO o avisa que existe um acordo para cumprir", explica o jornal. Melo, ainda assim, suspenderia os pagamentos, mas só depois que 200 mil euros tivessem sido depositados. Ele ainda tentaria bloquear o acordo com a Oi.
Ao mesmo tempo, a empresa portuguesa teria sido informada de que o "negócio com a Oi está condicionado à entrega ao grupo petista de 50 milhões de euros, verba que deve ser movimentada por uma conta em Macau. Sem pagamento, não haverá parceria".
A partir desse momento, as conversas entre Lula e Sócrates teriam se intensificado. Ao jornal Diário de Notícias de 8 de julho de 2010, o próprio Dirceu afirmaria que sempre defendeu "a fusão da Oi com a Brasil Telecom ou com uma empresa como a Portugal Telecom." 
"As autoridades suspeitam agora de eventuais verbas ilícitas entregues ao grupo de Lula da Silva e a políticos e gestores portugueses. E os indícios apontam para uma origem na parcela de 1,2 bilhão, com o Ministério Público a querer saber quem deixou a sua assinatura ", concluiu o jornal.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 11:13:00 6 COMENTÁRIOS

Deu no Painel da Folha:
Órfã Danielle Fonteles, dona da Pepper, agência que trabalha para o PT desde meados de 2010 e que está no foco da Operação Acrônimo, da Polícia Federal, tem reclamado de abandono por parte do partido.
Aos leões 
Segundo interlocutores petistas, a empresária estaria convencida de que a Pepper teve a quebra de seu sigilo aprovada pela CPI do BNDES em troca de preservar, no âmbito da comissão, o sigilo de alvos politicamente mais protegidos.
Sem dúvida, a empresária manda um recado. Não vai pagar conta sozinha. E nem servir de sparring. Entre outras coisas, a Pepper contratou Dilma Bolada e orientou a personagem durante toda a campanha. Além disso, montou toda a rede de calúnias que o PT disparou durante as eleições de 2014, desde as centenas de milhões de SMS falsos sobre a Bolsa Família até outras cositas más. PT com as barbas de molho.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 10:36:00 6 COMENTÁRIOS

O melhor exemplo: o PR, que havia sido faxinado do ministério dos Transportes, volta a ocupar o ministério e os principais órgãos da pasta. Volta a pilhagem. E Dilma compra mais um pedaço da base aliada.
(Folha) Um turismólogo vai comandar a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) na Bahia. Um corretor de imóveis irá gerir a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) na Paraíba. Um engenheiro sem experiência no setor portuário assumiu a Companhia Docas no Rio Grande do Norte. 
Sem especialização, apadrinhados de congressistas estão sendo abrigados em cargos estratégicos do governo. O sentido é o mesmo da recente reforma ministerial, que ampliou o espaço do PMDB na esplanada: pacificar a base da presidente Dilma Rousseff, concluir o ajuste fiscal e afastar o risco de impeachment. 
Alguns casos motivaram protestos. Como o do novo superintendente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) na Bahia, Fernando Ornelas, que por indicação do deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), substitui Carlos Amorim, com mais de 30 anos de experiência. 
O Instituto dos Arquitetos do Brasil repudiou a nomeação de um gestor "sem qualquer experiência ou qualificação na área de preservação do patrimônio cultural", indicado "exclusivamente por questões político-partidárias".
Na Paraíba, o corretor de imóveis Paulo Barreto virou superintendente da CBTU por indicação do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP). Barreto foi gestor da autarquia do governo da Paraíba que fiscaliza jogos de azar e assessor no ministério das Cidades. 
A diretoria da Funasa na Bahia será chefiada pelo ex-presidente da Embratur Vicente Neto, turismólogo por formação, sem experiência na Saúde. Atende a um pleito do PC do B, numa indicação da deputada Alice Portugal (BA). 
A distribuição de cargos também envolveu parentes. No Rio Grande do Norte, o novo diretor financeiro da Companhia Docas é Emiliano Rosado, indicado pelo primo deputado, Beto Rosado (PP-RN). Engenheiro civil, Emiliano trabalhou em empreiteiras, mas não possui experiência no setor portuário.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 10:27:00

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
02/11/2015 às 14:31 \ Opinião
Lula cumpriu o que se propunha a fazer em sua viagem a Brasília na quinta-feira: assumiu de fato o comando do PT e do governo. Para botar tudo em pratos limpos, reuniu-se com o Diretório Nacional do partido e, à noite, no Palácio da Alvorada, com os ministros que colocou no Planalto, mais o seu preposto na presidência do PT. A presidente Dilma Rousseff também estava presente. Diante dos correligionários usou e abusou de seus melhores recursos retóricos para estabelecer as novas diretrizes para tempos de guerra. Fez pose de herói e de vítima, deu conselhos e aplicou reprimendas, divertiu-se com a ironia e o deboche, permitiu-se a modéstia e a humildade, explodiu em ímpetos de valentia, tudo junto e misturado. Nos aplausos que recolheu deve ter encontrado consolo para a decadência de seu prestígio no mundo real, no qual 54% dos brasileiros afirmam que “de jeito nenhum” votariam nele em 2018.

NO O ANTAGONISTA
Economia 03.11.15 08:06 
A pior crise em mais de um século.
O Estadão mostra que “já há consenso entre os analistas de que o Brasil enfrentará dois anos de recessão, o que não ocorria desde 1930”.
O Bank of America calcula uma queda do PIB de 3,3% em 2015 e de 3,5% no ano que vem.
O Banco Fibra estima para 2016 um queda de 2,6% do PIB, e o BNP Paribas de 2,5%.
O Santander aposta numa queda de 3,2% em 2015 e de 2% em 2016.
A tabela completa publicada pelo Estadão
Economia 03.11.15 07:31 Comentário (1)
Em 2020, se tudo correr bem, a renda per capita dos brasileiros será igual à de 2010.
É a estimativa feita por Armando Castelar, do Ibre/FGV...
Brasil 03.11.15 07:10 Comentários (17)
“Crise faz José Carlos Bumlai perder um terço de sua boiada”, diz o Valor.Mas ele ainda tem seu boi gordo – Lula.
Brasil 03.11.15 05:47 Comentários (15)
Quem será preso primeiro?
Antonio Palocci ou José Carlos Bumlai?...
Brasil 02.11.15 22:55 Comentários (37)
Não adiantou o esforço de Marcelo Odebrecht em construir com seus advogados uma estratégia para isolá-lo da gestão do grupo, das discussões sobre preço e pagamento de propina, colocando-o apenas como uma espécie de guia espiritual da Odebrecht.
Em depoimento a Sérgio Moro, o ex-diretor Rogério Araújo escorregou e acabou desmontando a tese...
Brasil 02.11.15 21:37 Comentários (107)
Uma obra executada em 2011 pode custar o dobro de uma idêntica construída este ano? Se essa obra foi feita pelo governo do PT, sim. E foi exatamente isso o que aconteceu no Paraguai...
Suspeita de propina em obra no Paraguai com recursos brasileiros
Gio 9 horas atrás
É o PT contrabandeando o seu modus operandi da safadeza.
Brasil 02.11.15 21:12 Comentários (37)
O PMDB quer emplacar Astrogildo Quental no lugar de Adhemar Palocci na Eletronorte, informa a Época. Quental já foi citado nas operações Castelo de Areia e Faktor...
Murilo Mello 10 horas atrás
Existe alguém na base PT/PMDB que nunca tenha se envolvido em corrupção?
Brasil 02.11.15 20:35 
José Maria Marin, o ex-presidente da CBF preso em Zurique, será extraditado amanhã para os EUA, informa o Estadão. Graças a um acordo com o FBI, o cartola brasileiro vai ficar em prisão domiciliar em seu belo apartamento na Quinta Avenida...
Enki Ea 11 horas atrás
Queremos Lula/Dilma por todos os lados! Lava Jato, Zelotes, Acrônimo, Fifa, BNDES...
Brasil 02.11.15 20:11 
O desembargador aposentado Vladimir Passos de Freitas publicou um artigo bastante útil e esclarecedor sobre a polêmica criada por causa da iniciativa da PF de intimar Luiz Claudio Lula da Silva, o Luleco...
Cão Pastor 10 horas atrás
Como o Teori, Cardozo também é especialista em Direito Processual Servil.
Brasil 02.11.15 19:52 
Luis Inácio Adams, o advogado-geral do PT, tenta conter a sangria de quadros da legenda em direção à Rede Sustentabilidade, de Marina Silva...

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 03/11/2015 04:20
Em almoço com um amigo, no último domingo, um ministro do STF revelou-se “impressionado” com a evolução das investigações sobre a corrupção atribuída ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Sem antecipar o voto, disse estar convencido de que haverá maioria no Supremo para converter o presidente da Câmara em réu nos processos em que é acusado de receber propinas provenientes da Petrobras e de manter contas bancárias clandestinas na Suíça. Nas palavras do magistrado, vai se consolidando no Supremo um “ambiente adverso” para Cunha.
O ministro da Suprema Corte contou ao interlocutor que, além da fragilidade processual, um outro fator contribuiu para a formação da atmosfera negativa que rodeia Cunha. Mencionou as notícias sobre o hipotético poder atribuído ao governo Dilma Rousseff para interceder em favor de Cunha junto a ministros do STF. Em privado, alguns ministros consideraram insultuosas as insinuações. Sobretudo porque o Planalto não as desmentiu.
Na Câmara, o Conselho de Ética sorteará nesta terça-feira os candidatos a relator do processo de cassação do mandato de Cunha por quebra do decoro parlamentar. Serão três nomes, dos quais o presidente do Conselho, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), terá de escolher um para exercer as atribuições de relator do processo. Dependendo do nome escolhido, a plateia saberá se o Conselho de Ética quer julgar Eduardo Cunha ou premiá-lo com o arquivo.

Josias de Souza - 02/11/2015 16:33
Condenado no escândalo do mensalão e reencarcerado por se envolver no petrolão, José Dirceu está prestes a adicionar um parágrafo internacional ao seu prontuário. Em notícia veiculada no diário Zero Hora, o repórter Humberto Trezzi informa que o ex-ministro de Lula está sob investigação da Fiscalía Especializada Anticorrupción do Peru, órgão análogo ao Ministério Público Federal Brasileiro.
Apura-se a suspeita de que Dirceu atuou como lobista de empreiteiras brasileiras no Peru. Em troca de contratos de obras, teria repassado dinheiro a integrantes do governo do ex-presidente Alan García (2006-2011). Investiga-se também a hipótese de o esquema ter se mantido no atual governo do Peru, chefiado por Ollanta Humala.
Dirceu viajou cinco vezes ao Peru entre 2007 e 2011. Em pelo menos uma oportunidade, em 23 de janeiro de 2007, foi recebido na sede do governo pelo então presidente Alan García. Atuava à época como preposto das empreiteiras Engevix e OAS, ambas enroladas na Lava Jato.
A JD Consultoria, empresa de Dirceu, fez repasses periódicos de dinheiro para uma brasileira residente no Peru. Chama-se Zaida Sisson. É mulher de Rodolfo Beltrán Bravo, ministro da Agricultura do Peru na gestão de Alan García. Entre 16 de janeiro de 2009 e 16 de novembro de 2011, Zaida recebeu da JD 20 transferências bancárias. Juntas, somam o equivalente a R$ 364.398,00.
Em depoimento prestado à força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, o lobista e delator premiado, Milton Pascowitch disse que Zaida trabalhava para Dirceu. Sua atribuição era farejar contratos para as construtoras Engevix e Galvão Engenharia no Peru. As afirmações do delator eletrificaram a cena política no Peru.
Na condição de representante da consultoria de Dirceu, Zaida esteve cinco vezes no palácio presidencial do Peru entre junho de 2007 e julho de 2008. Era recebida ora pelo presidente Alan García ora pela secretária pessoal dele, Mirtha Cunza. Indagado no Congresso sobre os vínculos com Dirceu, García disse não se recordar de sua agenda. Mas a imprensa peruana divulgou fotos do ex-presidente na companhia de Dirceu.
Num comunicado distribuído em agosto passado na cidade de Lima, Zaida Sisson negou ter participado de atos ilícitos em favor de empreiteiras brasileiras. Alegou que seu trabalho era identificar oportunidades para as companhias no Peru. Não negou que conhece Dirceu. Mas anotou: “Não é certo que tenha sido braço ou operadora de Dirceu. Atuei sempre com a devida ética''.
Ouvido, o advogado de Dirceu, Roberto Podval, afirmou: “José Dirceu esteve várias vezes no Peru e intermediou, sim, contatos das empresas brasileiras por lá. Foi tudo filmado, a imprensa divulgou. Ele conhece, sim, a Zaida Sisson, ela trabalhou com ele. Qual o problema? Até onde vi, não tem crime algum, foi um serviço normal de abertura de mercado''.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Terça-feira, 3 de novembro de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Ontem foi Dia dos Mortos. Propositalmente, em respeito aos antepassados com coragem e honra, não se escreveu aqui sobre Lula. Ainda mais porque $talinácio da Silva parece mais vivo que nunca. Lula não está morto - ao contrário do que desejam e pensam aqueles que mantêm uma relação emocional de ódio com ele. Racionalmente falando, Lula vem dando provas políticas, desde a semana passada, que anda tenso, e bebendo mais que o normal. Porém, retomou, explicitamente, as rédeas do poder paralelo presidencial. Tecnicamente, graças à fraqueza da insuportável, insustentável e incompetente Dilma Roussef, o chefão Lula é o Presidentro - mesmo que sob ameaça de queda muito feia, muito em breve...
O retorno (nem tão triunfal assim) do "Coma-andante $talinácio" merece reflexões profundas, no momento em que uma crise militar explícita ganha força, com as reações à exoneração do General de quatro estrelas e maçom, Antônio Hamilton Martins Mourão do Comando Militar do Sul. O golpe de uma canetada, dada pelo Comandante do Exército, teve uma repercussão negativa nas redes sociais. Também gerou insatisfação entre os militares na ativa e na reserva. Forçou até o General-Comandante Eduardo Villas-Bôas a dar uma entrevista ao Estadão para garantir que "não haverá intervenção militar".
O General Villas-Bôas chamou para si a decisão de "punir" Mourão: "Trata-se de um oficial reconhecido na Força, que tem todo o respeito do comandante. Mas esta questão não pode ser abordada de maneira simplista. Em momento conturbado, não é desejável nada que produza instabilidade ou insegurança. A nossa preocupação é de cooperar para manutenção da estabilidade para que as instituições possam cumprir seus papéis e caminhar em direção à solução da crise em nome da sociedade. Foi isso que nos moveu, para que nenhum movimento venha gerar insegurança ou instabilidade. Essa movimentação (do general Mourão) teve o sentido de mostrar que toda e qualquer manifestação do Exército tem de ser institucional”.
Claramente, o General Villas-Bôas sinalizou que apenas ele deve falar pela Força Terrestre e descartou o risco de instabilidade: "O Exército nunca esteve tão disciplinado e tão coeso. Não há preocupação neste sentido. Todo e qualquer pronunciamento desta natureza, neste momento tem de ser institucional, por intermédio do seu comandante. Isso que aconteceu, se não se tomasse nenhuma providência, poderia ser um precedente e poderia voltar a acontecer, inclusive com manifestações em outro sentido. A intenção é essa. Fazer um sinal de que este procedimento não pode ser aceito".
O Comandante Villas-Bôas foi claro na sua tese que deve ter deixado feliz a Comandanta-em-chefa Dilma e os seguidores mais radicalóides dela: "Militar tem de falar, pode falar. É lógico que, cada um na sua esfera de atribuição e nas questões institucionais, quem se manifesta é o comandante. A sociedade brasileira se desacostumou a ouvir os militares e sempre que os militares se manifestam isso causa alguma reação, repercussão, e não deve ser assim. O segmento militar faz parte da sociedade e do Estado e tem um papel muito importante".
Villas-Bôas tentou até minimizar a importância da manifestação do ex-Comandante Militar do Sul: "Eu acho estranho que declarações do general Mourão estejam sendo interpretadas como tendência de atuação do Exército. Eu tenho sido bastante enfático, em várias ocasiões, dizendo que o papel do Exército é preservação, manutenção da estabilidade e toda e qualquer atuação do Exército será absolutamente institucional e constitucional. Não há nenhum risco de que o Exército venha atuar fora destes limites".
Explicitamente, Villas-Bôas descartou "qualquer aventura" por parte dos militares: "Não há chance disso. O Brasil é um país com instituições sólidas e amadurecidas, que estão cumprindo seus papéis. O Brasil é um país sofisticado, com sistema de pesos e contrapesos, ou seja, não há necessidade de a sociedade ser tutelada. Nosso papel é essencialmente institucional, legal e focado na manutenção da estabilidade para permitir que as instituições cumpram suas funções".
Na entrevista ao Estadão, Villas-Bôas teve de responder à advertência, feita por ele mesmo, em relação ao risco de crise social. O General aprofundou sua análise: "O Exército passou 14 meses como força de pacificação na Favela da Maré porque havia risco de crise social e o Exército foi chamado a intervir. Não há alarmismo nisso. É uma situação prevista na Constituição. Tanto é que fomos empregados, na Maré, no Alemão, em terra indígena em Mato Grosso".
O Comandante explicou por que a crise é motivo de preocupação do Exército: "Nos preocupa sim, porque se a crise econômica prossegue, o desemprego, a falta de perspectiva, é natural que isso acabe se transformando em um problema social. E problema social, se se agrava, se transforma em violência. E se se transforma em violência, passa a nos dizer respeito diretamente. Este é o papel constitucional do Exército e isso não manifesta nenhuma intenção de quebra de institucionalidade. Nosso papel é manter a estabilidade e nos preocupa qualquer coisa que venha eventualmente a quebrar esta estabilidade".
Toda a argumentação do General Villas-Bôas, descartando qualquer tipo de intervenção militar na política, enfrenta o problema da interpretação correta do que venha a ser "estabilidade institucional no Brasil". Será que a maioria dos integrantes das forças armadas, amadas ou não, na ativa ou na reserva, acreditam que o Brasil está vivendo uma "normalidade institucional"? Basta dar uma olhada nas redes sociais, onde militares aposentados se comportam como samurais, para enxergar que têm opinião contrária à proclamada pelo Comandante...
O Brasil Capimunista passa por uma gravíssima crise institucional, com a desmoralização funcional dos três poderes. A radicalização dos acontecimentos, sobretudo com o retorno triunfal do $talinácio, indica que caminhamos para um perigoso impasse que tem tudo para redundar em violência. O (des)Governo do Crime Organizado é um fator real de desestabilização do Brasil. Portanto, ele deve ser combatido por todos os brasileiros de bem, civis e militares.
O escritor e professor de filosofia Dênis Lerrer Rosenfield perguntou, no artigo "Fundo do Poço" (O Globo e Estadão, 2 nov 2015): "Será que há um limite para a deterioração econômica e política, a desagregação social e o enfraquecimento institucional (do Brasil)?
Se depender dos militares, há limite, sim! O General Mourão, mesmo desautorizado por seu superior hierárquico, conclamou os brasileiros para "o despertar de uma luta patriótica", principalmente para "descartar a incompetência, a má gestão e a corrupção" (que vão muito além da Dilma que ele criticou, diretamente, na palestra reservada aos oficiais da reserva que vazou na mídia amestrada).
Mas se depender de Luiz Inácio Lula da Silva, o Marechal $talinácio, não existe limite. O impasse institucional, com certeza, vai acabar em ruptura. Quando isto ocorrer, na verdadeira "guerra do fim dos imundos", só a força patriótica vai garantir que a vitória seja dos brasileiros de bem e do bem - e não dos integrantes do crime organizado.
Já passamos do limite morto do poço sem fundo... Os ladrões continuam dando seus golpes de toda espécie. Cabe à sociedade brasileira dar o contra-golpe. Ou, então, se resignar e acostumar a viver no belo presídio capimunista a céu aberto chamado Bruzundanga...
Ainda bem que os brasileiros têm atitudes, como as do Moro e do Mourão, para seguir como exemplo na História da Revolução Brasileira em andamento - que fará Justiça aos ladrões e às gueixas...
(...)

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