1ª EDIÇÃO DE HOJE DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
22 DE NOVEMBRO DE 2015
O governo federal repassou, sem qualquer processo licitatório, milhares de reais ao líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile. A grana tem sido depositada ao longo dos governos petistas, ao menos 24 vezes. A maioria dos pagamentos (18) foi justificada como “Diárias a colaboradores eventuais” para bancar viagens de Stédile para locais como Brasília, São Paulo e Florianópolis.
Em 2015, a Presidência pagou diária para Stédile comparecer a uma entrevista no programa “Espaço Público”, da EBC, a “TV do Lula”.
Stédile não dispensa nem as merrecas saídas dos cofres públicos. Em 2004, embolsou R$ 120 para ir a evento de “qualificação social”.
O líder do MST abusou das “diárias”, com dinheiro público, em 2013, ora pagas pela Presidência da República, ora pelo Ministério da Educação.
Em 2005, o Tribunal de Contas da União chegou a investigar a farra de Stédile. Teve trecho que recebeu e não viajou. Mas acabou em pizza.
A revelação de que o conselho de administração da Petrobras aprovou a compra superfaturada da refinaria de Pasadena no dia seguinte ao fechamento da aquisição, e não no intervalo habitual de 15 a 30 dias, levará ao plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) a discussão sobre a responsabilidade dos conselheiros nesse negócio, considerado lesivo ao Brasil. Como presidente do conselho, Dilma deve virar alvo.
A pressa em aprovar a compra de Pasadena espantou Aghostilde Carvalho, em delação premiada: “Nunca vi isso antes”, desabafou.
Para o conselho aprovar a compra de Pasadena já no dia seguinte, só com ordem de alguém com muito poder na Petrobras”, diz Aghostilde.
Em seu depoimento, Aghostilde contou que ninguém, no conselho de administração da Petrobras, questionou sua convocação 'vapt-vupt'.
O governo Dilma abriu os cofres para aprovar na Comissão Mista de Orçamento o projeto de lei que legaliza as pedaladas fiscais. Liberou R$ 3 milhões em emendas para cada deputado do colegiado.
A presidente nacional do PTB, Cristiane Brasil, avisou a interlocutores que se não houver uma mudança no governo até março, seu partido vai passar a propor uma “agenda positiva” para o Brasil.
O presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, Paulo Skaf, ironiza o prefeito Fernando Haddad. “Ele soma a rejeição pessoal com a rejeição ao PT”. O petista é candidato à reeleição.
“O partido deveria ter marcado uma data para romper com o governo, não adiar para ano eleitoral”, afirma o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), sobre o congresso do PMDB, que nada decidiu.
“O Renan (Calheiros) sustenta o governo no Senado, levando as votações em banho-maria”, acusa o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), sobre a malemolência no Senado.
Em tempo de repatriação de recursos, Jerônimo Goergen (PP-RS) se reunirá com o secretário da Receita, Jorge Rachid, para tentar derrubar a bitributação a empresas brasileiras com investimentos fora do país. “Não faz sentido deixar dinheiro limpo no exterior”, diz.
Petição no site Change.org quer o fim do auxílio moradia para juízes, promotores e procuradores. Defende que a moradia deve ser custeada pelo próprio salário, como todos. Já soma mais de 50 mil assinaturas.
A bancada tucana na Câmara anda constrangida com a atuação do líder Carlos Sampaio (SP). Já desenvolvem atividades escondidas dele, contra sua orientação. Perderam confiança no seu juízo.
...a oposição anda tão fraca, mas tão fraca, que é até beneficiada por liberação de emendas pelo Palácio do Planalto.

NO DIÁRIO DO PODER
GASTANÇA DESENFREADA
INCHAÇO DO GOVERNO CUSTARÁ R$ 75 BILHÕES A MAIS EM 2016
GOVERNO MOSTRA QUE NÃO TEM COMPROMISSO COM ARROCHO IMPOSTO A CIDADÃOS
Publicado: 21 de novembro de 2015 às 16:52
O governo apertou o cinto e cortou onde pôde na tentativa de conter gastos e deslanchar o ajuste fiscal em 2015. Na prática, porém, este será mais um ano de aumento de despesas - especificamente das despesas obrigatórias. São aqueles gastos como aposentadorias e pensões, transferências para serviços de saúde e educação, enfim, o conjunto de benefícios previstos em leis que o governo não tem autonomia para mexer.
Segundo o economista Mansueto Almeida, especialista em contas públicas, o próprio governo projeta que as despesas obrigatórias vão ter um aumento de R$ 74 bilhões neste ano. É muito, segundo ele, em um período de inflação a 10% e retração de 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Para o ano que vem, o governo chegou a estimar alta de R$ 105 bilhões nesses gastos. Depois voltou atrás, e prevê aumento de R$ 75 bilhões - o que Mansueto considera complicado. "A combinação de recessão com inflação tende a piorar o resultado."
O que chama a atenção é que mais da metade do aumento é gasto com a Previdência: R$ 42 bilhões neste ano e quase R$ 55 bilhões no próximo. Há esse salto no valor de um ano para outro porque o peso da Previdência é crescente. Para se ter uma ideia, estima-se que os gastos com o INSS crescerão 0,9% do PIB neste e no próximo ano. Trata-se de uma alta igual à vista de 2003 a 2014. "Em apenas dois anos, os gastos do INSS vão crescer o mesmo que em toda a década passada", diz Mansueto.
Na avaliação dos economistas, o aumento do gasto fixo ressalta a importância de dois pontos recorrentes na discussão do ajuste fiscal. O primeiro é que se tornou urgente fazer a reforma da Previdência. Ela não teria impacto agora, mas mudaria o cenário, que é muito ruim. Estima-se que o gasto com a Previdência vai atingir R$ 1 trilhão ao fim de 2050. Para se ter uma ideia do que isso representa, o valor equivale a praticamente todo o orçamento do governo hoje.
"Apesar de o Brasil ainda ser jovem, os gastos com a previdência têm um padrão espetacular de crescimento e vão se acelerar ainda mais nos próximos anos porque a população está envelhecendo", diz Paulo Tafner, economista e pesquisador na área de Previdência. Em proporção ao PIB, o gasto brasileiro já é semelhante ao da Alemanha e do Japão, onde a maioria da população é idosa. Aliás, no mundo, só dois outros países com população jovem têm padrão de gasto semelhante: Polônia e Turquia.
Razões
Segundo Tafner, o Brasil gasta demais com previdência por inúmeras razões, mas ele destaca três. A primeira é que as regras de concessão dos benefícios são muito generosas. O brasileiro consegue se aposentar com cerca de 55 anos, quando em países mais velhos a média é de 65 anos. Também pode acumular mais de um benefício: receber a própria aposentadoria e a pensão de um companheiro falecido, por exemplo.
O segundo problema é o rápido envelhecimento da população. No curto prazo de quatro décadas, entre os anos de 2010 e 2050, o número de idosos vai praticamente se multiplicar por três: vai passar de 19,6 milhões para 66,5 milhões.
Pesa ainda o fato de os benefícios serem indexados. O piso da aposentadoria segue o salário mínimo, os demais têm reposição pela inflação. Aliás, cerca de 48% da despesa do governo é indexada. Tafner apresentou os dados no Seminário Desafios da Previdência, promovido pelo Insper, na quinta-feira.
Impostos
Para os economistas, também ficou claro que o governo, no curto prazo, não consegue fazer o ajuste sem aumento de impostos. De um lado, porque não obteve apoio no Congresso para aprovar todos os cortes que desejava. De outro, porque a recessão veio pior do que o previsto e derrubou a arrecadação. "Se você traçar um gráfico com receitas e despesas, vai ver que a despesa é rígida e crescente, e a receita é sensível ao ciclo econômico: está despencando", diz a economista Vilma da Conceição Pinto, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV).
Para Mansueto, o dramático é que, ao final, este será um ano perdido para o superávit primário (a economia para o pagamento de juros da dívida). "Viramos 2014 com déficit de 0,6% do PIB e projetando superávit de 1,2%, mas terminamos com um déficit de quase 1%: não é que o ajuste não tenha avançado, ele retrocedeu", diz. Ou seja: a economia prevista de R$ 66 bilhões foi se transformando em um rombo de R$ 52 bilhões. Se for incluído o gasto com as chamadas "pedaladas", as contas públicas fecham o ano com um buraco de R$ 120 bilhões.

EM 48 HORAS, TUDO MUDOU
Carlos Chagas
Os ventos mudaram. Mais do que tempestades, prenunciam-se ciclones. No caso, abalando as colunas do palácio do Planalto e da Câmara dos Deputados. De repente, tornou-se outra vez uma possibilidade o impeachment da presidente Dilma. Raios e trovões adensam-se novamente sobre a Praça dos Três Poderes, depois de conhecido o teor da delação premiada feita ao Ministério Público por um ex-funcionário da Petrobrás, auxiliar de Nestor Cerveró, ex-diretor de assuntos internacionais da empresa, condenado e preso meses atrás como envolvido na escandalosa compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O prejuízo foi de 800 milhões de dólares, e segundo a delação, Madame sabia de tudo, pois presidia o Conselho de Administração da Petrobrás durante a venda, que autorizou. A acusação acaba de ser lida no plenário do Tribunal de Contas da União e servirá para alimentar o pedido de afastamento de Dilma, a tramitar no Congresso.
Junte-se a essa explosiva situação a não menos pior sorte do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a um passo de ser catapultado de suas funções por decisão do Supremo Tribunal Federal. Seu último ato poderia ser, como vingança, a aceitação do pedido de impeachment.
Em 48 horas, tudo mudou. Parece desfeito o acordo entre Dilma e Cunha para um salvar o mandato do outro, já que a natureza das coisas prevaleceu na dinâmica política. À lambança conduzida pelo presidente da Câmara para impedir a sessão do Conselho de Ética, quinta-feira, 19, juntou-se, na sexta, 20, a nova denúncia contra a presidente da República, no TCU. 
A impressão é de que a chefe do governo acaba de perder o que lhe restava de sólida base parlamentar, assim como ao representante fluminense começa a faltar número suficiente de deputados para respaldá-lo.
Estivesse o país vivendo dias normais e dificilmente chegaríamos a esse ponto de ebulição, mas como evitá-lo em plena crise, com o desemprego se multiplicando, a inflação chegando aos dois dígitos, os impostos crescendo, os direitos trabalhistas sendo reduzidos e a corrupção campeando?
Registra-se à vista de todos a rejeição da sociedade às instituições encarregadas de conduzi-la. Ninguém acredita mais em partidos políticos, em governos e mesmo em associações civis. O ensino e a saúde viram-se criminosamente contingenciados no orçamento, os serviços públicos permanecem em queda livre, até a natureza nos castiga. Por que salvar Dilma e Cunha, mesmo diante da evidência de não serem os únicos responsáveis pelo caos?
FALTA DE AR OU DE TERRA?
Milton Campos era candidato a vice-presidente da República em1960, viajando com o presidenciável Jânio Quadros por todo o país. O avião que os conduzia perdeu-se nos céus de Mato Grosso, o combustível se esgotava e a comitiva se exasperava. A aeromoça aproximou-se do velho professor de democracia, pálido e sem falar, perguntando: “Dr.Milton, o senhor está com falta de ar?” Resposta imediata: “Não, minha filha, estou é com falta de terra...”

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
22/11/2015 às 8:09 \ Opinião
VLADY OLIVER
Enquanto a Europa discute o que fazer com seus jihadistas, o Brasil sequer discute o que fazer com sua juventude transviada que se agrupa em hordas sob a bandeirinha do PT para cacarejar e gritar palavras de ordem em homenagem aos seus guerreiros, forrados de grana na cueca. É um espanto.

11/11/2015 às 14:01 \ Opinião
Publicado no Estadão
Passa, passa, Pasadena. Não passou. A refinaria no Texas que deu prejuízo de US$ 700 milhões reaparece agora com novo nome: Ruivinha.
Ninguém faria um negócio desses, tão prejudicial ao lado brasileiro, se não gastasse alguns milhões de dólares com propina. Agora, está comprovado que houve corrupção. Há até uma lista preliminar de quem e quanto recebeu para aprovar a compra de uma refinaria enferrujada, docemente tratada pelos próprios compradores como a Ruivinha.

NO O ANTAGONISTA
Brasil 22.11.15 08:36 Comentários (4)
Mais falido do que o PT e José Carlos Bumlai, só o nosso Agamenon Mendes Pedreira.
Ele acaba de publicar "Rouba, Brasil", pela editora Matrix.
O livro reúne crônicas sobre Mensalão, Petrolão e Dilmão, e vão do período em que ele escrevia em O Globo, ganhando uma fortuna, até agora, em que escreve por um prato de macarrão em O Antagonista...
Um embrião de inteligência
Brasil 22.11.15 09:28 Comentário (1)
Depois de invadir o discurso tucano de defesa da austeridade, o PMDB pretende se apoderar do discurso social explorado pelo petismo. Segundo a Folha, um novo programa partidário será apresentado em março em resposta à pressão de setores do partido mais preocupados com 2016 do que com 2018...
Brasil 22.11.15 09:06 Comentários (20)
Mauro Marcondes, o lobista que depositou R$ 2,5 milhões nas contas da empresa do caçula de Lula, está negociando uma delação premiada com o Ministério Público em Brasília. Segundo Lauro Jardim, as conversas ainda estão no início...
Brasil 22.11.15 08:21 Comentários (12)
O PT calcula sua dívida em 90 milhões de reais.
No ano que vem, porém, a Lava Jato vai cobrar do partido 500 milhões de reais roubados da Petrobras, sem contar juros e multas...
Brasil 22.11.15 08:20 Comentários (31)
O PT, assim como José Carlos Bumlai, também está quebrado.
Sem pixulecos, o partido não tem dinheiro para saldar as dívidas da campanha de 2014, a mais cara da História.
Segundo a Folha de S. Paulo, “dirigentes do PT temem que o partido se torne alvo de uma enxurrada de processos movidos por credores”...
Brasil 22.11.15 07:50 Comentários (11)
José Carlos Bumlai tem dívidas de 1,2 bilhão de reais.
BNDES e Banco do Brasil já pediram a falência de seu grupo...
Bumlai e embrião de Bumlai
José Carlos Bumlai negou à Folha de S. Paulo que na portaria do Palácio do Planalto houvesse um crachá garantindo-lhe acesso irrestrito ao gabinete de Lula.
Ele disse: "Se o crachá existisse tinha que estar comigo e não na portaria. Nunca soube desse crachá...
"O Sr. José Carlos Bumlai deverá ter prioridade de atendimento na Portaria Principal do Palácio do Planalto devendo ser encaminhado ao local de destino, após prévio contato telefônico, em qualquer tempo e qualquer circunstância"
Brasil 22.11.15 07:27 
Salim Schahin, delator da Lava Jato, disse que perdoou um empréstimo de 12 milhões de reais a José Carlos Bumlai em troca do contrato da sonda Vitória 10000.
Ele disse também que, na época, foi feito um contrato fajuto de venda de embriões para simular o pagamento do empréstimo...
A vaca premiada e o boi premiado
Brasil 21.11.15 22:32 
O Estadão publica que "A Procuradoria-Geral da República enviou recurso ao Supremo Tribunal Federal para tentar reverter o fatiamento da Operação Lava Jato...
O Globo informa que o governo reduziu a previsão de arrecadação para 2015. Agora, Dilma estima uma receita de R$ 1,260 trilhão. O valor é 8%, ou R$ 111,4 bilhões, menor que o projetado...
Brasil 21.11.15 20:30 
Para os argentinos, um sinal de que o governo perderá as eleições é a velocidade com que a Justiça avança sobre os kirchneristas. No Estadão, Andrés Gil Domínguez explica o raciocínio:
"Existe uma relação inversamente proporcional entre a velocidade da Justiça e o poder...
Economia 21.11.15 19:56 
Em entrevista ao Estadão, Marcos Mendes identificou os erros econômicos cometidos pelo Brasil e apontou soluções. Para o economista, o liberalismo chileno pode ser um exemplo a ser seguido. O Antagonista destaca abaixo os principais trechos.
"O ponto que está colocado para o Brasil hoje é muito claro. Ou escolhe a opção chilena – fazer reformas profundas na economia e sair dessa armadilha de Estado grande, pesado e ineficiente – ou escolhe a opção argentina e empurra com a barriga...ver mais
Brasil 21.11.15 19:20 
O prazo para os manifestantes abandonarem o acampamento no gramado do Congresso acabou às 19h. O Movimento Brasil Livre, que iniciou o protesto há um mês, se recusa a sair mesmo após a chegada da tropa...
Economia 21.11.15 18:43 
Zé Geraldo defende que, para o governo, quanto mais tempo, melhor. Mas isso não se aplica à CPMF.
O Globo informa que, no cálculo mais recente, a recriação do tributo arrecadaria R$ 24,05 bilhões em 2016...
Brasil 21.11.15 18:02 
Zé Geraldo foi um dos petistas que tentaram reduzir o quórum no Conselho de Ética de forma a ajudar Eduardo Cunha. Sem qualquer constrangimento, o deputado confessou a O Globo a estratégia em curso: "Não faz mal nenhum esperar mais duas semanas no Conselho de Ética, deixar chegar dezembro e o governo terminar de votar a pauta econômica. Para o governo...
Mundo 21.11.15 17:45 
Eu, Mario, liguei a TV, para assistir ao jogo Juventus x Milan, na ESPN. Antes da partida, tocaram a Marselhesa, para homenagear a França. Acabado o hino, muito aplaudido pelos italianos, um comentarista da emissora disse o seguinte...ver mais

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 22/11/2015 02:07
Fica todo o mundo falando mal do Eduardo Cunha, mas na verdade ele é digno de pena. Não é fácil ser um vendedor de carne enlatada para a África. Está certo, dá dinheiro. Dá muito dinheiro. Dá dinheiro demais. E essa é uma das suas desgraças. Porque Eduardo Cunha, se não estiver ganhando dinheiro demais é um fracasso. Outros seres humanos gostariam de ter muito dinheiro. É normal. Mas Eduardo Cunha precisava de dinheiro em demasia. Era um prisioneiro da demasia, um dependente em demasia. E nem assim desperta qualquer simpatia da opinião pública. O mundo é insensível ao seu drama.
Eduardo Cunha deixou de ter direito a uma vida normal. É como aquelas pessoas que passam por tratamentos de desintoxicação. No seu caso, foi necessário distanciar-se do dinheiro. Encontrou Jesus, refugiou-se na política e mandou sua fortuna para a Suíça. Trancafiou-a num trust. Todo mundo tem conta bancária. Mas Eduardo Cunha não pode se dar ao luxo da normalidade. Em vez de correntista, ele é apenas “usufrutuário” da dinheirama que amealhou matando a fome dos africanos.
Na década iniciada em 1980, segundo seu próprio relato, Eduardo Cunha teve um suprimento regular e generoso do seu vício — a pecúnia demasiada. Agora, quando estava praticamente curado, servindo a Deus a ao país como deputado federal, vêm a Promotoria da Suíça, a Procuradoria da República brasileira e a Polícia Federal revolver o seu passado de Midas da carne enlatada. Ainda bem que há no mundo gente compreensiva e generosa.
Não é justo qualificar Dilma, Lula e o PT de tropa de elite de Eduardo Cunha. A criatura, o criador e o petismo estão apenas fazendo um trabalho humanitário. Socorrem alguém que, claramente, ainda não está preparado para lidar com a realidade.
Quem não é Eduardo Cunha não consegue entender o que é conviver com o lucro fabuloso e, depois de anos de demasia, mandar tudo para o inferno — ou para a Suíça, que pode dar no mesmo — e tocar a vida como deputado federal, membro da bancada evangélica. Merece comiseração, não condenação ou prisão.


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