1ª EDIÇÃO DE HOJE DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
20 DE NOVEMBRO DE 2015
Condenado a 4 anos e 8 meses de prisão desde 2013 pelo Supremo Tribunal Federal, até hoje o senador Ivo Cassol (PP-RO) vem levando no bico o próprio STF, e exerce o mandato normalmente. Há 5 meses, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, recebeu o processo da relatora, ministra Carmen Lúcia, contrário à última manobra protelatória de Cassol. Mas Lewandowski mantém esse julgamento fora da pauta.
A condenação do senador Ivo Cassol prevê o regime semiaberto, ou seja, terá de dormir todas as noites na penitenciária da Papuda.
Ivo Cassol e outros três réus foram condenados pelo crime de fraudar licitação quando ele foi prefeito de Rolim de Moura (RO).
O esquema criminoso de Ivo Cassol, segundo denúncia do Ministério Público, consistia em fracionar obras e serviços para fraudar licitações.
Cassol foi condenado à prisão e a perder o mandato. Por isso, só após a decisão final do STF, o Senado abrirá o processo de cassação.
Em mais um sinal de “acordão” para livrar Eduardo Cunha no processo por quebra de decoro parlamentar, o ex-presidente Lula orientou líderes petistas a serem “leais” ao presidente da Câmara, no Conselho de Ética. Na visão utilitarista de Lula, o PT "faz o jogo da oposição". Ele ficou irritado com a cena de petistas saindo de mãos dadas do plenário, juntamente com a oposição, em protesto contra o desgastado Cunha.
A aliados, Lula reclamou que não dá para o ministro Jaques Wagner (Casa Civil) construir pontes e os petistas as destruírem na Câmara.
Jaques Wagner se aproximou do presidente da Câmara, com objetivo de neutralizar seu desejo de abrir processo de impeachment de Dilma.
Cunha pediu à segurança da Câmara as imagens do momento em que deputados saiam do plenário, especialmente os petistas.
Acampados na frente do Congresso, adoradores de generais pregam o golpe militar, tentando ser confundidos com democratas que defendem o impeachment. Em cima do muro e correndo de bolas dividas, o PSDB ainda não se dignou a condenar os golpistas, nem a afastar-se deles.
Não se falava outra coisa na Câmara. Eduardo Cunha resolveu tumultuar as sessões do plenário. “Quanto menos reunião houver, ele e o governo ganham sobrevida”, avalia Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
Calou fundo, no Palácio do Planalto, a posição do senador Fernando Bezerra (PSB-PE), ex-ministro de Dilma, afirmando que ela perdeu a legitimidade e a capacidade de liderar a superação da crise, e ainda defendendo que a discussão do impeachment comece sem demora.
Petistas espalham nas redes sociais um cartaz “Procura-se”. Ironizam a ex-ministra Marina Silva, presidente do Rede, que mantém silêncio constrangedor sobre a tragédia da lama tóxica em Mariana (MG).
Estão na disputa para substituir o desastrado líder do PSDB na Câmara, em 2016, os deputados Marcus Pestana (MG) e Nilson Leitão (MT). O novato Daniel Coelho (PE) aparece como terceira via, e forte.
Não há petistas dispostos a segurar a alça do caixão, como líder do governo na Câmara. O atual, José Guimarães (CE), coitado, deve virar líder do PT, em 2016. Por absoluta falta de opções.
O contra-almirante Mario Ferreira Botelho diz que “rigorosa apuração” aponta que não houve o assalto aqui noticiado no Arsenal de Marinha do Rio, do qual é diretor. Oficiais relataram que um meliante assaltou uma cabo e fugiu de moto com sua bolsa, passando por duas guaritas.
Eliziane Gama (Rede-MA) vai ao Ministério Público pedir o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara. “Ele usa o cargo para atrapalhar o andamento do processo de cassação”, diz a deputada.
Quando Dilma vai aparecer na capital do Estado Islâmico para negociar com os terroristas, conforme ela defendeu na ONU, no ano passado?

NO DIÁRIO DO PODER
ÚLTIMA EDIÇÃO
EDITORA ABRIL PÕE FIM A 40 ANOS DE 'PLAYBOY' NO BRASIL
EDIÇÃO DE DEZEMBRO SERÁ A ÚLTIMA DA VERSÃO BRASILEIRA DA REVISTA
Publicado: 19 de novembro de 2015 às 18:50
EDIÇÃO DE DEZEMBRO SERÁ A ÚLTIMA DA VERSÃO BRASILEIRA DA REVISTA
A editora Abril anunciou que a revista masculina mais famosa do planeta, Playboy, não terá mais uma versão brasileira a partir de 2016. Com isso, a edição de dezembro será a última de uma história de 40 anos no Brasil. Em nota, a empresa disse que os assinantes "poderão optar por outra revista do portfólio" e que a decisão faz parte da estratégia de reposicionamento do grupo com foco nas "necessidades dos leitores e do mercado".
Vale lembrar que a Playboy americana revelou em outubro que não vai mais divulgar fotos de mulheres nuas na revista impressa devido à concorrência desleal com a internet.

CRISE POLÍTICA
EDUARDO CUNHA ENFRENTA SUA PIOR SEMANA DESDE O INÍCIO DA CRISE
PODEROSO PRESIDENTE DA CÂMARA PERDE O RESPEITO DOS DEPUTADOS
Publicado: 20 de novembro de 2015 às 00:16 - Atualizado às 00:26
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), encerrou a semana enfraquecido, acusado de manobrar para impedir que o Conselho de Ética apure denúncia de contas secretas na Suíça. Ao entrar no gabinete da presidência, ele relatou que "enfrentou a pior semana" desde o início da crise, em março. 
Entre seus pares, o clima é de constrangimento. O protesto de 50 deputados de diversos partidos, incluindo o PT, o coloca contra a parede. Nem mesmo conseguiu manter o sangue frio verificado durante esses mesmo. Cunha suava, fazia cara de paisagem, mas não disfarçava a angústia. As mãos tremiam quando suas excelências rasgaram plenário afora sobre grito de "Fora, Cunha".
O deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) considera a situação do peemedebista insustentável. Segundo ele, a Câmara perde credibilidade com a permanência do peemedebista. "Quando se quer investigação, não se pode deixar dúvida no caminho", afirma.
Crítico ferrenho do presidente da Câmara, o experiente deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) não acredita em renúncia. Mas é categórico: "Ele (Cunha) não tem a menor condição de permanecer no comando da Câmara".
Nos corredores do salão de cor verde, a avaliação é que Cunha perde apoio de forma acelerada. A oposição o abandonou à própria sorte. Não está disposta a arcar com o ônus político de bancar apoio ao enrolado presidente da Câmara, visto com péssimos olhos pela sociedade brasileira.
Os aliados procuram ajudá-lo, ainda que de maneira acanhada. Foram escalados nesta fatídica quinta-feira (19) Hugo Motta (PMDB-PB) e André Moura (PSC-SE), que se revezavam na árdua tarefa de defendê-lo em plenário. 
Cunha respira, por enquanto, com apoio do governo, sob o guarda-chuva do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. Orientado pelo ex-presidente Lula, Wagner cobra apoio da bancada petista - que começa a se voltar frontalmente contra as decisões palacianas em relação ao caso do peemedebista.
Cunha iniciou a semana certo de que se seguraria até abril, encerra na dúvida. Ele fica na presidência da Câmara, até a próxima denúncia. Uma nova leva do Ministério Público representará o fim do apoio. Se depender do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o legado Eduardo Cunha terá ponto final ainda em dezembro.

OS ARTÍFICES DA BADERNA
Carlos Chagas
O direito de manifestação é sagrado, mas a Constituição não sustenta o direto de baderna. Certos exageros são até toleráveis, em determinados momentos, mas não dá para aceitar o que se passa no entorno do Congresso, agora palco de violentos entreveros entre facções divergentes, onde até tiros tem sido disparados. Sem falar nos grupos que há semanas armaram barracas nos jardins fronteiriços, onde dormem, cozinham e lavam roupa, entre outras necessidades. Esses grupos perturbam o ingresso de parlamentares e funcionários, vociferando e agredindo, quando não tentam invadir as portarias e instalações próximas.
Isso não é democracia. Significa barbárie, estranhamente permitida, quando não estimulada pelos dirigentes do Congresso. No caso, os dois maiores responsáveis, Renan Calheiros e Eduardo Cunha, presidentes do Senado e da Câmara. Falta-lhes autoridade, como talvez lhes sobre desfaçatez. Dá saudade dos tempos em que Antônio Carlos Magalhães impunha a ordem nas dependências e na periferia do Legislativo.
Do jeito que as coisas vão, logo assistiremos batalhas campais na Praça dos Três Poderes, estimuladas por vândalos de tendências variadas, empenhados em demonstrar as vantagens da violência sobre a civilização.
A pergunta que se faz é sobre como interromper esse triste processo de prevalência da baderna sobre a livre manifestação. Falta de policiamento não parece, pois além da Polícia Legislativa, sob comando direto das mesas da Câmara e do Senado, existem a Polícia Militar do Distrito Federal, a Polícia Federal e até a Polícia Rodoviária, facilmente mobilizáveis por simples telefonemas. Para começo de conversa, para proteger passeatas e manifestações pacíficas, mas, com firmeza, para evitar e interromper invasões, depredações e, agora, assentamentos espúrios e choques animalescos. Todo protesto é saudável, desde que limitado à ordem. Mesmo nos tempos bicudos da ditadura e diante da provocação das forças policiais, os manifestantes comportavam-se dentro de parâmetros civilizados. Inverteu-se a equação, fazendo desconfiar das intenções dos artífices da baderna. Importa não confundi-los com o cidadão comum, com ênfase para os jovens, indignados com o que se passa no país em termos de roubalheira institucionalizada, desemprego, falta de serviços públicos e indolência do Congresso, entre outras razões. Só que acampar nos jardins do Legislativo poderá constituir-se numa aventura galante e irresponsável, jamais em mecanismo capaz de dar eficiência aos poderes públicos.
A imagem da Esplanada dos Ministérios, com seus jardins monumentais, vem sendo distribuída pela mídia internacional como verdadeiro Pátio dos Milagres saído das páginas de Victor Hugo. Com a diferença de que os bandidos não se encontram apenas do lado de fora da catedral...

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
GERAL - 20-11-2015 ÀS 7:34
GERAL6:15
GERAL6:03
GERAL4:12
GERAL4:07

NO O ANTAGONISTA
Brasil 20.11.15 07:35 Comentários (5)
A campanha de Lula, em 2006, recebeu até 50 milhões de reais em propinas vindas de Angola.
O relato foi feito por Nestor Cerveró à Lava Jato...
Brasil 20.11.15 07:55 Comentário (1)
A mamata angolana que desviou 50 milhões de reais para a campanha de Lula, em 2006, foi negociada por Antonio Palocci...
Brasil 20.11.15 07:50 Comentários (4)
O gigantesco prejuízo da Petrobras em Angola rendeu um gigantesco lucro a Lula:
Diz a Veja: "A Petrobras pagou cerca de 500 milhões de dólares e gastou mais 200 milhões de dólares para explorar quatro blocos de petróleo em Angola. A empresa perfurou poços secos e teve gigantesco prejuízo com a operação em Angola, mas, como explicou Nestor Cerveró, isso pouco importou...
Brasil 20.11.15 07:31 Comentários (3)
Nestor Cerveró continua a negociar um acordo de delação premiada com a Lava Jato.
Segundo a Veja, "as histórias narradas por ele ao Ministério Público já preenchem pelo menos 25 anexos e encerram uma lógica comum: a Diretoria Internacional da Petrobras foi usada de forma sistemática com o objetivo de levantar recursos para campanhas eleitorais"...
Mundo 20.11.15 07:10 Comentários (14)
Jihadistas tomaram o hotel Radisson.
Não em Paris, e sim em Bamako, capital do Mali...
Brasil 20.11.15 06:30 Comentários (11)
Quem comanda a defesa de Eduardo Cunha é o Palácio do Planalto.
O Globo conta que Jaques Wagner reuniu-se com um bando de deputados na quarta-feira à noite, em seu gabinete, para conspirar contra o Conselho de Ética...
Brasil 20.11.15 06:00 Comentários (17)
Antonio Palocci está com sete de suas oito patas na cadeia, como você pode ver aqui.
O Brasil termina o ano completamente devastado pelo PT. O único fato que podemos comemorar é que o PT, em 2015, também foi devastado pela Lava Jato...
Brasil 19.11.15 22:44 
O Estadão informa que a Polícia Militar prendeu um torcedor do Corinthians que tentava entrar no estádio de São Januário com meio quilo de material explosivo. O homem teria 30 anos, mas sua identidade não foi revelada...
Brasil 19.11.15 22:29 
Depois de Eduardo Cunha, Fernando Collor surge como alvo preferencial de Rodrigo Janot. O senador, que já era alvo de um inquérito no STF, agora é investigado em mais dois procedimentos. Alguns documentos dessas investigações começaram a ser divulgados na imprensa...
Sociedade 19.11.15 22:17 
O Estadão noticia que "Dentro de um processo de enxugamento de portfólio que já eliminou diversos de seus títulos tradicionais, a Editora Abril está abrindo mão de uma revista que publica sob licença há 40 anos. A última edição da masculina Playboy vai circular em dezembro, segundo comunicado divulgado pela editora nesta quinta-feira".
O impresso está nu.
O que há de comum entre procuradores da Lava Jato e terroristas do Estado Islâmico?
Em ambos os casos, o meio preferido para trocar mensagens é o Telegram, por ser mais seguro contra grampos...
Mundo 19.11.15 21:39 
O Estado Islâmico mantém um ministério (mais enxuto do que de Dilma, obviamente)...
Brasil 19.11.15 20:18 
Na CPI dos Fundos de Pensão, Pedro Barusco disse ainda que participou de reuniões com Lula e Dilma Rousseff para discutir a criação da Sete Brasil. O delator, porém, afirmou que não sabe se houve tráfico de influência, alegando que sua área era "operacional"...
Brasil 19.11.15 20:11 
Pedro Barusco, o braço-direito de Renato Duque, revelou à CPI dos Fundos de Pensão que continuou operando o esquema de propinas na Sete Brasil mesmo depois de deixar a empresa...
Brasil 19.11.15 19:52 
O delator Pedro Barusco disse hoje à CPI dos Fundos de Pensão que a propina paga por todos os contratos de sondas na Sete Brasil chegou a US$ 10 milhões. Não é verdade...
Brasil 19.11.15 19:20 
Fausto Pinato, relator do processo contra Eduardo Cunha, comunicou aos deputados José Carlos Araújo e Sandro Alex, presidente e vice do Conselho de Ética, que sofreu ameaças anônimas por telefone...
Brasil 19.11.15 19:11 
O UOL noticia que a ocupação das escolas estaduais em São Paulo continuará. Segundo o portal, "Os alunos rejeitaram a proposta apresentada pelo secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, que oferecia a suspensão da execução do plano pelo período de 10 dias...
Brasil 19.11.15 19:00 
Em tempos de delação premiada, vale lembrar que o grupo Schahin foi quem construiu a barragem da hidrelétrica de Apertadinho, em Rondônia, que se rompeu e inundou a região, causando um desastre ambiental...
Brasil 19.11.15 18:27 
O Ministério Público Federal espera há cinco meses a decisão do STJ sobre o desmembramento do inquérito da Operação Acrônimo, que investiga esquema de corrupção e lavagem de dinheiro montado pelo empresário Benedito Oliveira, o Bené, considerado operador de Fernando Pimentel...
Brasil 19.11.15 18:00 
Como O Antagonista antecipou aqui e aqui, o Banco Central acaba de abrir um processo administrativo punitivo contra Eduardo Cunha. Uma intimação ao presidente da Câmara foi expedida hoje...
Brasil 19.11.15 17:51 
O Estadão publicou que "Eduardo Cunha se disse vítima de golpe por parte de alguns parlamentares petistas e chamou de "aberração" a sessão informal do Conselho de Ética desta quinta-feira...ver mais

NO BLOG DO JOSIAS
Petista diz ter recebido R$ 190 mil por ‘engano’
Josias de Souza - 20/11/2015 05:36
Arrolado como testemunha de defesa do ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) teve enorme dificuldade para explicar ao juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, como um repasse de R$ 190 mil feito pela empreiteira Engevix foi parar na contabilidade de sua campanha em 2014. Interrogado por meio de vídeo-conferência, o parlamentar atribuiu a operação a um “engano”.
“Eu liguei para o senhor Vaccari e disse: ‘Olha, eu não conheço essa empresa e ela fez uma doação’. E não tinha sido ela quem tinha feito a doação, mas houve uma troca que fora feita por alguma razão que desconheço, por engano. Mas quando foi feita a doação já era impossível revertê-la, para desfazer esse engano. Não conheço essa empresa, nao busquei recursos para minha campanha nessa empresa. Mas consta uma doação, que foi feita essa troca no partido”, tentou explicar o deputado para o juiz.
Sérgio Moro quis saber quem seria, então, o destinatário da doação da Engevix. Teixeira não soube informar. “…Apenas eu questionei [ao Vaccari] de não ser a empresa que teria feito a doação original pra mim. Eu não questionei para quem seria. Eu disse: ‘olha, há um engano aí. E ele me alegou que era impossível desfazer esse engano, tendo em vista o momento em que nós já estávamos.”
O juiz perguntou ao deputado qual era, afinal, o doador “original” de sua campanha. Teixeira foi traído pela memória: “A empresa doadora originária pra mim… Eu preciso revisitar a minha conta pra saber qual era a empresa doadora originária pra mim. Houve essa troca”… Blá, b;a, blá…
Se Teixeira foi arrolado como testemunha de defesa, imagine-se o que dirão as testemunhas de acusação!

Josias de Souza - 20/11/2015 03:58
Um dos integrantes do grupo político de Eduardo Cunha contou ao blog que foi negociada com o Palácio do Planalto a “estratégia” que incendiou a Câmara nesta quinta-feira (19). Na noite da véspera, emissários de Cunha estiveram com o ministro Jaques Wagner (Casa Civil). Pediram-lhe que assegurasse a ausência dos três representantes do PT no Conselho de Ética da Câmara. A ideia era esvaziar o colegiado, para adiar a votação do parecer do relator Fausto Pinato (PRB-SP), que recomenda a continuidade do processo de cassação do mandato do presidente da Câmara.
Conforme solicitado, o trio de petistas juntou-se à infantaria de Cunha e não deu as caras na abertura do Conselho de Ética. Um deles, o deputado Léo de Brito (AC), voou para Rio Branco. Os outros dois, Valmir Prascidelli (SP) e Zé Geraldo (PA), entraram no esconde-esconde pró-Cunha. Marcada para as 9h30, a sessão do conselho penou para completar o quórum mínimo. Exige-se a presença de pelo menos 11 dos 21 membros. Esse contingente foi alcançado apenas às 10h23.
Só então, diante do fato consumado, os petistas Valmir Prascidelli e Zé Geraldo, que se encontravam na Câmara, deram o ar da graça. A tática da ausência deixara de fazer sentido. Cunha cuidou de acionar o seu “Plano B”. Às 10h44, ele abriu a sessão deliberativa do plenário da Câmara, tornando obrigatório o encerramento das atividades nas comissões e no Conselho de Ética.
Instado por seus próprios aliados a anunciar a interrupção das atividades extra-plenário, Cunha soou assim no microfone: “Qualquer comissão que esteja funcionando está funcionando de forma irregular. Toda e qualquer deliberação é nula. Qualquer deliberação após 10h44 será nula.''
Sem alternativa, o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), teve de suspender os trabalhos. Mas avisou que reiniciaria a sessão depois do término das votações no plenário da Câmara. Para evitar que isso ocorresse, Cunha e sua infantaria executaram uma manobra dentro da outra.
Cunha transferiu a presidência da sessão para o Segundo Secretário da Mesa Diretora da Câmara, Felipe Bornier (PSD-RJ). Que declarou nula a reunião do Conselho de Ética. Foi como riscar um fósforo para iluminar o interior de um tonel de gasolina. O plenário da Câmara, que já estava inflamado, explodiu. Instado a revogar a decisão do preposto Bornier, Cunha negou-se a fazê-lo. Ouviu ataques e desqualificações em série.
Em reação inédita, algo como uma centena de deputados deixou o plenário entoando gritos de “vergonha, vergonha” e “fora Cunha”. Entre os sublevados estavam alguns petistas alheios às orientações do Planalto. Por exemplo: o ex-líder do governo Henrique Fontana e a ex-ministra Maria do Rosário, ambos do PT gaúcho. A maioria dos revoltosos rumou para o Conselho de Ética, que realizou uma sessão de autodesagravo, marcando para terça-feira da semana que vem a votação do parecer que Cunha gostaria de ver engavetado.
Entre os emissários de Cunha que conversaram com o ministro Jaques Wagner estavam dois generais da tropa do presidente da Câmara: Jovair Arantes (GO), líder do PTB; e André Moura (SE), líder do PSC. A negociação foi testemunhada pelo líder do PT, deputado Sibá Machado (AC).
A conversa ocorreu na mesma noite em que Lula, em entrevista ao reporter Roberto D’Ávila, disse coisas assim: “Tem uma crise política que está difícil de resolver. A Dilma refez agora o ministério, repactuou com a sua base, parecia que estava tudo normal. Repactuou com o PMDB, trocou ministros. Mas me parece que o Eduardo Cunha ainda tem um poder muito grande dentro da Câmara.”
Lula prosseguiu: “O líder do PMDB [Leonardo Picciani, do Rio] parece que não tem a força que parecia que tinha. Os líderes não têm a força que parece que têm. Porque antigamente, você resolvia isso conversando com o ministro. E o minsitro de cada partido entregava os votos [no plenário]. Depois, você conversava com o líder. E os líderes entregavam os votos. Hoje, não tem mais essa representatividade. Os presidentes não mandam mais nos partidos. Os ministros não coordenam mais suas bases. E os líderes também não.”
Tomado pelas palavras, Lula, padrinho da nomeação de Wagner para a Casa Civil, parece acreditar que não há alternativa para Dilma e seus auxiliares senão procurar o Eduardo Cunha, negociar com o Eduardo Cunha, ceder às conveniências do Eduardo Cunha. O mesmo Eduardo Cunha que a Procuradoria da República denunciou ao STF por receber propinas extraídas do cofre da Petrobras durante o governo Lula.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Sexta-feira, 20 de novembro de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
"Desculpem o transtorno, mas estamos trabalhando para melhorar o Brasil. É um momento em que a gente está acertando o Brasil para enfrentar a nova realidade global". Deveria ser encarada como uma grande piada de péssimo gosto este raciocínio estomacalmente reproduzido ontem pelo "prestigiado" ministro da Fazenda, o engenheiro naval Joaquim Levy, em Nova York, sempre cumprindo a missão de "vender o Brasil", na apresentação de um tal de PIL (Plano de Infraestrutura e Logística). Caberia perguntar se o Levy falou como empreiteiro (fazendo uma obra) ou como banqueiro (correndo atrás de quem vai financiá-la).
Levy cumpre a permanente rotina de negociar o Brasil lá fora. Por aqui, a Presidenta Dilma Rousseff também segue outro comportamento padrão do desgoverno: a busca desesperada de apoio político para aumentar impostos - no caso, criar o 93º "tributo", com o retorno nada triunfal da velha CPMF. Dilma tem a cara de pau de alegar a governadores que "a CPMF é o plano que o governo tem, e não tem outro", apresentando a tungada como "única solução para reequilibrar as contas públicas (detonadas pelos gastos irresponsáveis, desperdícios e por muita corrupção gerada pela desgovernança política do crime organizado).
Enquanto Dilma e seu "prestigiado" Levy brincam com o bolso do brasileiro pagador de impostos, sem a justa e perfeita retribuição estatal, o desgoverno nazicomunopetralha entra em pânico com a CPI dos Fundos de Pensão. A comissão resolveu ligar o botão "feda-se" para atingir, em cheio, o coração das falcatruas do núcleo que ocupa o poder. A manobra ofensiva interessa ao acuado presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que pressiona o governo em público, com a única finalidade de angariar o apoio do 'Palhasso' do Planalto nos bastidores. O problema de tal manobra é que a CPI começa a sair do controle de seus criadores.
Basta ver a situação delicada em que ficam as mais poderosas empresas do Brasil com as recentes denúncias sobre a empresa Sete Brasil - uma pérola do capimunismo tupiniquim. A Sete Brasil foi criada pela Petrobras, Bradesco, Santander e BTG Pactual numa associação com bancos e fundos de pensâo, para construir 28 navios plataforma para perfuração do petróleo da camada do pré-sal. Entre os fundos de pensão vinculados ao empreendimento estão Petros (da Petrobras), Previ (do Banco do Brasil), Valia (da Vale do Rio Doce) e Funcef (da Caixa Econômica Federal).
Ontem, o ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, um dos delatores premiados na Lava Jato, revelou na CPI dos Fundos de Pensão que, dos US$ 10 milhões fechados em contratos entre a Petrobras e a Sete Brasil, nada menos que US$ 4,5 milhões acabarem desviados para o Partido dos Trabalhadores, por intermédio de propinas recebidas pelo ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque. O dedo-duro Barusco ainda advertiu que, se a Lava Jato não tivesse estourado, a propina teria atingido valores astronômicos. O pior é que a grana envolvida vem de fundos de pensão, sob suspeita de aparelhamento político pelo PT, comprometendo o bolso de aposentados e pensionistas dos principais fundos brasileiros.
Diante de um cenário assim, com escandalosas informações públicas, qual será o investidor internacional otário que vai aplicar dinheiro no Brasil? Diante de tanta roubalheira e desperdício, quem será o otário que vai empenhar apoio público para Dilma recriar a CPMF? Será que os aposentados e pensionistas dos principais fundos brasileiros ficarão a ver navios, antes que se complete o dramático afundamento do corrupto PTitanic - nave com capacidade para boiar em uma mar de lama?
Quem puder responda, curtindo, em várias partes do Brasil, o feriadão dedicado a Zumbi dos Palmares. Só não cometa o racismo e a burrice de confundir a "coisa preta" com a importância da consciência negra (ativismo artificialmente fabricado em um País que não conseguiu superar e formalizar, cultural e psicossocialmente, a abolição da escravatura. Não é à toa que somos cada vez mais escravizados pela desgovernança organizada do crime. 
(...)

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