1ª EDIÇÃO DE HOJE DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
18 DE NOVEMBRO DE 2015
O congresso nacional do PMDB, promovido pela Fundação Ulysses Guimarães (FUG), foi mais uma tentativa do partido de se descolar do governo do PT. Numa última chance a Dilma, o PMDB empurrou para março a decisão sobre rompimento com seu partido. Mas levantamento interno do PMDB prevê cenário péssimo para qualquer político em 2016, afetando as eleições municipais, que são a prioridade do partido.
Em 2012, o PMDB elegeu 1.016 prefeitos, em um total de 5.517 municípios. O PSDB venceu em 686 prefeituras e o PT, em 629.
Pesquisas internas apontam que o número de prefeitos eleitos em 2016 pelo PT pode ser reduzido à metade. E o PMDB teme ser afetado.
Foi decidido que diretórios estaduais subirão o coro contra o governo e as críticas macroeconômicas ficarão por conta da cúpula, em Brasília.
A pesquisa do PMDB indicou também que 92,3% dos brasileiros acham os políticos “bandidos”. Apenas 0,2% dos brasileiros confiam neles.
A multa de R$ 1 bilhão do Ministério Público à mineradora Samarco, em Mariana (MG), parece risível perto dos R$ 20 bilhões aplicados à Chevron em novembro de 2011, em razão dos danos ambientais pelo vazamento de petróleo no Campo de Frade, litoral fluminense. No caso Chevron, apesar de grave, a vida marinha não foi afetada seriamente, enquanto em Minas a lama matou pessoas, sonhos, e todo o rio Doce.
Apesar da legislação ambiental elogiada até por “ecochatos”, o Brasil ainda não definiu regras claras para a reparação de danos ambientais.
A multinha de R$ 1 bilhão é ninharia, considerando que a lama tóxica provoca danos irreparáveis em Minas Gerais e no Espírito Santo.
A Chevron escalou o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT) para criticar a multa que tomou. O MP viu interferência indevida do governo.
Evidência de acordo entre Eduardo Cunha e o governo é a inclusão da empresa de assessoria de imprensa Entrelinhas no esquema de defesa do presidente da Câmara. A Entrelinhas é ligada ao PT, a seu presidente, Rui Falcão, e ao ministro Edinho Silva (Comunicação).
Responsável pelas investigações de políticos na Lava Jato, que foram desmembradas, o ministro Teori Zavascki se deliciava na doceria “Amor aos Pedaços”, domingo, no shopping Iguatemi, em Brasília.
O senador tucano Aloysio Nunes vê fragilidade na aliança entre o governo e PMDB, que, segundo ele, “fez um programa que não sabe se é para governar daqui 4 anos ou para agora”. Já o PSDB, nem isso.
Marta Suplicy (PMDB), que prevê ataques petistas em sua campanha à prefeitura paulistana, pode dizer que foi o PT que mudou, não ela. Mas no Congresso todos são unânimes: Marta mudou, sim, e para melhor.
Em seu congresso, o PMDB definiu que seus diretórios estaduais se juntarão à voz das ruas contra Dilma, e que as críticas econômicas ficarão por conta da cúpula do partido. Mas sem largar o osso, claro.
Aécio Neves ficou desconcertado no lançamento do programa Jovens Senadores. A representante de Minas, Marina Pimenta, era só alegria com o ex-governador Antônio Anastasia, mas o ignorou solenemente.
No almoço de Michel Temer ao príncipe norueguês Haakon Magnus, nenhum ministro deu as caras. A exceção foi o secretário Eliseu Padilha (Aviação Civil), mais interessado em conversar com o vice.
O Planalto vai se fazer de morto sobre as criticas do PMDB em seu congresso. Avalia que há muita coisa a ser votada no Congresso que pode complicar Dilma, inclusive as contas do governo de 2014.
Quem pesca fora de época ou caça um animal vai para a cadeia. Crime inafiançável. Se mata um rio, toda sua fauna e sua flora, fica impune.

NO O ANTAGONISTA
Mundo 18.11.15 07:41 
Os terroristas presos ou mortos no apartamento de Saint-Denis, segundo a AP, estavam preparando um novo atentado no centro financeiro de Paris, La Défense.
Mundo 18.11.15 07:17 Comentários (5)
As imagens de Saint-Denis, ao vivo:
Mundo 18.11.15 07:13 Comentários (2)
O dado histórico irônico é que, na Basílica de Saint-Denis, está o túmulo de Carlos Martel -- que, em 732, na Batalha de Poitiers, impediu que os muçulmanos tomassem o coração da Europa cristã.
Carlos Martel perdeu.
Mundo 18.11.15 07:07 Nenhum comentário
Mais tiros no apartamento dos terroristas em Saint-Denis.
Deve ser o assalto final.
Brasil 18.11.15 07:01 Comentários (21)
Uma história exemplar.
Duas chapas concorrem hoje à presidência da OAB-SP. Uma acusa a outra de ser ligada ao PT...
Mundo 18.11.15 06:56 Comentários (3)
Saint-Denis é, hoje, um enclave muçulmano a meia hora do centro de Paris, de metrô. A sua basílica medieval, onde está enterrada a maioria dos reis e rainhas da França entre os séculos X e XVIII, inclusive Luís XIV e Maria Antonieta...
Mundo 18.11.15 05:27 Comentários (19)
Tiroteio à uma e meia da madrugada, na cidade de Saint-Denis, na região de metropolitana de Paris.
Os policiais invadiram um apartamento à procura de Abdelhamid Abaaoud e Salah Abdeslam.
Uma mulher kamikaze se explodiu. Dois homens foram mortos. Pelo que se sabe até agora, o primeiro era um terrorista, o segundo era apenas um passante...
Brasil 17.11.15 23:05 
A PF pediu à Justiça Federal em São Luís a prisão preventiva de Ricardo Murad, cunhado de Roseana Sarney e seu ex-secretário de Saúde. Murad é alvo da Operação Sermão aos Peixes, que investiga esquema de repasses a ONGs usadas como gestoras de hospitais no Maranhão...
Brasil 17.11.15 20:20 
Em um dos termos de sua delação à força-tarefa da Lava Jato, Fernando Baiano disse que usou uma empresa de Gregório Marin Preciado para repassar US$ 5 milhões em propina ao executivo da Astra Oil que intermediou a venda da usina de Pasadena para a Petrobras...
Mundo 17.11.15 20:12 
Antes do início do amistoso entre Turquia e Grécia, em Istambul, a torcida local vaiou e gritou "Alá é grande" durante o minuto de silêncio em homenagem aos mortos em Paris...
Mundo 17.11.15 20:01 
O jornal Le Figaro estampa, no seu site, um pesquisa feita depois dos atentados. Ela mostra que 84% dos franceses estão dispostos "a aceitar controles e uma certa limitação das suas liberdades para melhor garantir a segurança"...
Mundo 17.11.15 19:33 
Imagens de um vídeo mostram que possivelmente havia um nono terrorista. Ele teria participado dos ataques aos restaurantes em Paris.
Brasil 17.11.15 19:07 
Como já dissemos, com a incorporação do crime das pedaladas na nova meta fiscal, como simples déficit, Eduardo Cunha terá um pretexto formal para indeferir o pedido de impeachment assinado por Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaina Paschoal...
Brasil 17.11.15 18:57 
O governo conseguiu aprovar na Comissão de Orçamento a nova meta fiscal, com um déficit de 120 bilhões de reais, que "legitima" o crime das pedaladas. O governo também deve ganhar no plenário.
Há algo muito, muito errado quando o governo ganha e o país perde.
Brasil 17.11.15 18:40 
O lobista Milton Pascowitch disse à PF que repassou R$ 10 milhões em dinheiro vivo a João Vaccari Neto, entre 2009 e 2011. Os valores, informa o Estadão, foram entregues na sala do ex-tesoureiro no diretório do PT na Praça da Sé e guardados em caixas coloridas...
Brasil 17.11.15 17:43 
Perícia financeira da Polícia Federal descobriu que empresas de um sócio do deputado Aníbal Gomes, aliado de Renan Calheiros, receberam da Petrobras cerca de R$ 3 milhões em 2008...
Brasil 17.11.15 17:20 
Na reunião que selou o apoio do PMDB a Nestor Cerveró, ficou estabelecido o pagamento de US$ 4 milhões em propinas para as campanhas de Delcídio Amaral, Renan Calheiros e Jader Barbalho...
Brasil 17.11.15 16:54 
Fernando Baiano contou à força-tarefa da Lava Jato que, em 2006, Nestor Cerveró foi chamado em Brasília por Delcídio Amaral e Silas Rondeau. Eles cobraram o seu "apoio" a campanhas do PT e do PMDB...

NO DIÁRIO DO PODER
DESPENCANDO ATÉ O FUNDO DO POÇO
Carlos Chagas
18-11-2015
De repente, o país toma conhecimento de números que os governos tentavam esconder desde os tempos de Fernando Henrique. Nossa dívida pública beira os 4 trilhões de reais. Basta atentar para que só neste ano de 2015 vamos pagar 520 bilhões de juros. Pagar para quem? Para bancos estrangeiros e nacionais e para investidores de todos os matizes, além de especuladores aos montes.
Saber quantos bandidos estarão se locupletando com a farra é tão importante quanto saber porque os juros alcançam 14,25%: porque dessa artéria aberta escoa o sangue de nossa soberania. Jamais as administrações dos tucanos e dos companheiros tentaram estancar o fluxo de recursos para os bandidos daqui e lá de fora.
Muito mais do que o roubo do mensalão e do petrolão vem sendo o assalto à economia nacional. Como consequência, todos os que podem também metem a mão, daí a inflação, a recessão e o desemprego.
Não será com Joaquim Levy ou com Henrique Meireles que se conseguirá inverter a equação. Um era ou continua sendo diretor do Bradesco. Outro foi presidente do Banco de Boston. Para eles, deve prevalecer o interesse do mundo financeiro.
O resto são perfumarias, mesmo chocantes como a declaração de Dilma, em plena campanha de 2014, de que o Brasil havia alcançado o patamar do pleno emprego. Hoje continua mentindo, divulgando estar o desemprego no nível de 8.7%. Trata-se de mal escondida farsa, porque no mínimo os percentuais ultrapassaram os 10%.
A gente fica pensando na saída, sabendo que não existe, pelo menos dentro das regras do jogo atual. Alternativas inexistem para o PT, o PMDB e o PSDB. Todos praticam o mesmo diagnóstico. Da sociedade à margem da ortodoxia partidária, pior ainda. Resultado: continuamos despencando até o fundo do poço.
SERVIÇO COMPLETO
Diante das ilações e dos boatos de que a presidente Dilma não resistirá por muito mais tempo para substituir Joaquim Levy por Henrique Meirelles, começa a ser admitido no palácio do Planalto que Madame deveria aproveitar a oportunidade e recompor todo o ministério. Porque ministros há, entre os sete do PMDB e outros tantos de variadas origens, que nem disseram a que vieram. Admite-se até que a presidente nem conheça todos pelo nome, quanto mais suas atribuições. Teria chegado a hora da interrupção do fisiologismo ministerial e da busca dos melhores em cada setor, sem considerações partidárias. O problema é que essa solução tem prazo. De nada adiantou a Fernando Collor compor o maior ministério da História do país. Não deu mais tempo...

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
17/11/2015 às 20:52 \ Direto ao Ponto
“Então, em termos de multa, a multa preli…preli… preliminar que nós estamos dando monta a duzentos e cinquenta milhões de reais”, começa o naufrágio de Dilma Rousseff no falatório que encerra o vídeo espantoso. “Essa multa preliminar é por dano… dano ao meio ambiente, em especial o comprometimento da bracia (sic) hidrográfica…”, aderna o neurônio solitário depois de infiltrar um R bêbado na palavra bacia.
A tardia descoberta de que percorre a rota errada consuma o desastre: “É multa por segurança de barragem de rejeito. Multa por interrupção de atividade… Ah, não, tô falano errado, perá lá. Me confundi. A multa… essas… essas são as possibilidades de multa”. A discurseira em Mariana, onde baixou uma semana depois do rompimento das barragens da mineradora Samarco, só serviu para confirmar que o país é presidido por uma nulidade que não sabe o que diz.
O vídeo prova que Dilma não sabe sequer a diferença entre multa, multa preliminar e possibilidade de multa. Nesta segunda-feira, 16, foi dispensada de decifrar tal enigma pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal, que fecharam com a Samarco um Termo de Compromisso Preliminar. No texto, a mineradora se compromete a desembolsar imediatamente R$ 1 bilhão ─ para começo de conversa. É possível que essa quantia seja multiplicada por dez.
Dilma Rousseff nunca manteve relações amistosas com o idioma, a lógica e o bom senso. As coisas pioram quando tem de lidar com desastres naturais. As declarações destrambelhadas que despeja depois de sobrevoar a região devastada informam que, enquanto o corpo voltava das nuvens, a cabeça decolou rumo à estratosfera. Foi assim já em janeiro de 2011, quando se surpreendeu com as chuvas que caem invariavelmente nessa época na Região Serrana do Rio. Passados quase cinco anos, assim seria em Mariana.
“O nosso objetivo maior vai sê recuperá o Rio Doce”, desanda nos segundos iniciais do vídeo. “O Rio Doce é o sinônimo de vida desta região. O Rio Doce é essa bacia fantástica que tem um nome extremamente sugestivo, que é doce, e nós não vamos deixá que ele fique marrom, ou esse marrom alaranjado que ele está hoje, que é o marrom da lama”. Acertou a pronúncia de bacia. O resto é puro besteirol. Ao prometer mudar a cor do rio para que volte a ser doce, a presidente revela que acha possível colorir sabores.
E o que pretende fazer para reduzir as dimensões colossais do drama? Como deter o avanço do mar de lama, socorrer os flagelados, salvar o imenso território em perigo, ou materializar qualquer outra providência que permita acreditar na existência de um governo? “Nós queremos que esteja aqui uma equipe permanente da São Marcos, para garantir não só o atendimento emergencial da cidade, mas também esse mais perene”, afunda espetacularmente a governante mais bisonha da História do Brasil.
No vídeo, Dilma consegue deixar tudo muito claro sem dizer coisa com coisa: quem canoniza a Samarco não tem cabeça sequer para cuidar de um altar de santo. Se ficar mais três anos na Presidência, vai transformar o Brasil num imenso Rio Doce depois do tsunami de lama, rejeitos, negligência, inépcia, cinismo e canalhice. É hora de mandar Dilma para casa. Ou rezar para São Marcos.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
GERAL18-11-2015 ÀS 5:42
GERAL4:05
GERAL3:02

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 18/11/2015 05:04
Neste final de 2015, Dilma está no mesmo lugar desconfortável em que se encontrava em dezembro de 2014: nas mãos de Renan Calheiros. Chegou a esse ponto porque preside uma bagunça fiscal. Recorre aos bons préstimos do presidente do Congresso para não ser enquadrada na Lei de Responsabilidade Fiscal. E Renan, um altruísta incorrigível, revela-se muito útil. Na noite desta terça-feira, 17, livrou Dilma de um grande vexame.
Em sessão conjunta do Congresso, deputados e senadores puseram-se a analisar vetos presidenciais. A vedete da noite era o veto de Dilma ao projeto que concedia aos servidores do Judiciário um aumento médio de 56%, podendo chegar em alguns casos a 78,56%. Na conta do governo, a coisa custaria R$ 36,2 bilhões em quatro anos. Para derrubar o veto na Câmara, eram necessários 257 votos. Obtiveram-se 251 votos. Meia dúzia de votos separaram Dilma da humilhação. E eles só não vieram graças a uma manobra de Renan.
Num instante em que vários deputados se dirigiam ao plenário para votar, Renan encerrou uma votação que abrira não havia nem 15 minutos. O governo colecionou traidores em todos os partidos. Apinhadas de servidores, as galerias explodiram (veja no vídeo). Líder do DEM, o deputado Mendonça Filho escalou a tribuna para resumir a cena. Ele foi ao ponto:
“O governo, claramente, quer limpar a pauta de vetos ligando o rolo compressor, para votar o PLN 05. O que é o PLN 05? É mais uma anistia aos crimes fiscais praticados pela presidente Dilma. Não bastasse o episódio do ano passado, quando o governo tratorou o Congresso para aprovar a toque de caixa o famigerado PLN 36, Dilma quer o mesmo agora: mudar as metas fiscais no final do exercício.”
Depois de encerrar 2014 com as contas públicas no vermelho, Dilma prometera perseguir no exercício atual uma meta de superávit de 1,2% do PIB — ou R$ 66,3 bilhões. Chega às portas de dezembro sem meta e sem superávit. E pede ao Congresso que a autorize a fechar o balanço de 2015 com um déficit de R$ 119,9 bilhões (pode me chamar de R$ 120 bilhões). Do contrário, volta a flertar com o impeachment por irresponsabilidade fiscal.
Horas antes do início da sessão em que Renan virou a chave na ignição do trator, a Comissão de Orçamento do Congresso aprovara a conversão de superávit num buraco de R$ 120 bilhões. A macumba foi enviada ao plenário. Ali, só pode ser votada quando não houver mais vetos presidenciais pendentes de apreciação. Ainda há cinco. Daí a pressa de Renan, o altruísta.
Olhando ao redor, os líderes da oposição perceberam que faziam papel de bobos. A infantaria governista não dera as caras em número suficiente para assegurar o quórum mínimo necessário às votações. Mendonça sugeriu que os oposicionistas abandonassem o plenário. DEM, PSDB, PPS e Solidariedade entraram em obstrução.
Renan ainda tentou colocar em votação o veto de Dilma ao projeto que assegurou o mesmo percentual de reajuste do salário mínimo a todas as aposentadorias do INSS. Porém, diante da flagrante falta de quórum, a oposição exigiu que fosse observado nessa votação o mesmo prazo de 15 minutos da votação anterior. E Renan viu-se compelido a encerrar os trabalhos pouco depois da meia-noite.
Movido por seu altruísmo, o mandachuva do Congresso marcou nova sessão conjunta de deputados e senadores para o final da manhã desta quarta-feira. Parece empenhado em limpar a pauta para presentear Dilma com mais uma anistia fiscal. A oposição tentará impedir. Mas é improvável que consiga. Sobretudo depois que o Planalto decidir dialogar com quem precisa de interrogatório.

Josias de Souza - 17/11/2015 20:25
Eduardo Cunha adiou pela segunda vez a apresentação de sua defesa ao Conselho de Ética da Câmara. Ele prometera a peça para segunda-feira. Empurrou para esta terça. E jogou para quarta.
No final de semana, Cunha esboçou seus argumentos num lote de entrevistas. Não possui propriamente contas na Suíça. É beneficiário de aplicações feitas em seu nome por um trust, organização que gere o patrimônio de terceiros. Não recebeu verba suja da Petrobras. Fez fortuna na década de 80 vendendo carne enlatada para a África.
A palavra de Cunha deveria funcionar como defesa. Mas a plateia se recusou a chamar de defesa argumentos que não defendem. Indefeso, o presidente da Câmara seleciona novos argumentos. Ainda que seja preciso procurar um pouco.

Josias de Souza - 17/11/2015 19:08
Que futuro terá o PMDB com personagens como José Sarney, Renan Calheiros e Eduardo Cunha?
“Uma ponte para o futuro” é o nome do programa que o PMDB discutiu no encontro realizado em Brasília nesta terça-feira. A peça defende o oposto do que Dilma Rousseff pratica. A foto acima exibe a composição da mesa com os principais líderes da legenda. Deve doer em Ulysses Guimarães, no túmulo, a ideia de que o futuro do PMDB é um enredo confuso, que teve José Sarney no prefácio e cujo epílogo terá Eduardo Cunha e Renan Calheiros.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quarta-feira, 18 de novembro de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A guerra de todos contra todos, no gigantesco impasse institucional que caminha para uma ruptura no Brasil, promete momentos de muita tensão neste final de ano. Parlamentares formalmente suspeitos ou processados por crimes de corrupção (um terço ou até metade do Congresso) já podem se preparar para a retaliação do Judiciário. Motivo conjuntural: o veto do legislativo ao reajuste dos servidores - incluindo os magistrados.
O 'Palhasso' do Planalto comemorou a vitória apertadíssima, por apenas dois votos, para que fosse mantida a posição da Presidenta Dilma Rousseff, que já tinha rejeitado os reajustes médios de 56% (que poderiam chegar, em alguns casos, a 78,56%). Prevaleceu, sem muita convicção entre os deputados e senadores, a tese de que o aumento salarial no judiciário causaria um rombo de R$ 36,2 bilhões nas contas públicas. A partir de agora, deve falar mais alto a "sede de vingança".
Servidores do Judiciário, injuriados na galeria do Congresso, já mandaram ontem um grito de recado: "Ô, Renan, pode esperar, a tua hora já vai chegar". Da mesma forma como já chegou para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha... A "vingança" (para uns) ou "senso de justiça" (para outros) recairá sobre 132 parlamentares que votaram, abertamente, pela manutenção do veto. Mas pode ser que não haja perdão, também, para os 251 que apoiaram a derrubada (eram necessários 257). Os 11 que se abstiveram também ficam com o "filme queimado". 
O governo já tinha negociado com a cúpula do Judiciário um reajuste bem menor para os servidores. No Orçamento da União de 2016, previu o reajuste acordado de até 41,5% ao longo de quatro anos, em oito parcelas. O impacto na folha do Judiciário será de 23% do reajuste dado. Descontentes e insatisfeitos, os servidores insistem no reajuste de até 78,56% - que foi perdido. Eles não aceitam as perdas salariais impostas pelos 5,5% dados anualmente a todos os servidores da União.
Por tanta bronca, a hora de muita gente pode estar próxima de chegar... 
(...)

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