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NO DIÁRIO DO PODER
REFUGIADOS DA GUERRA
BRASIL FECHA ACORDO PARA AMPLIAR VISTOS PARA SÍRIOS
GOVERNO ESPERA DAR AO MENOS 8 MIL VISTOS HUMANITÁRIOS EM 2 ANOS
Publicado: 05 de outubro de 2015 às 19:02
O governo do Brasil e a Organização das Nações Unidas (ONU) assinam um acordo para acelerar e ampliar a concessão de vistos humanitários para sírios que estejam tentando sair da guerra e buscar refúgio no País.
O tratado foi assinado na tarde desta segunda-feira, 5, em Genebra e prevê a capacitação dos funcionários dos consulados do Brasil no Líbano, na Turquia e na Jordânia para que possam identificar de forma mais rápida os candidatos ao asilo, além de trocar informações sobre famílias registradas. 
O governo brasileiro estima que, nos próximos dois anos, dará pelo menos mais 8 mil vistos humanitários aos sírios, o volume que já havia sido registrado em dois anos do programa entre 2013 e 2015. 
Segundo Beto Vasconcelos, presidente do Comitê Nacional para os Refugiados, a ONU ainda terá o direito, pelo acordo, de também propor famílias que possam ser enviadas ao Brasil. "Esse é o número mínimo que esperamos atingir", explicou.
Elogiado pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Conare), o programa brasileiro já concedeu mais de 2,2 mil status de refugiados aos 8 mil sírios que se beneficiaram do programa de vistos humanitários. 
Mas o acordo permitirá que casos mais delicados possam ser processados de maneira mais ágil e que haja uma troca de informações. "Haverá uma maior segurança na concessão de vistos humanitários com a ajuda prestada", explicou o presidente do Conare. 
"Por toda sua História, o Brasil recebeu pessoas de todo o mundo. Não será agora, diante da pior crise humanitária em 70 anos, que deixaremos de fazer isso", completou. (AE)

CARLOS CHAGAS
QUASE UM EX-MINISTRO
Milton Campos foi o primeiro ministro da Justiça do regime militar. Engoliu sapos, como a cassação do ex-presidente Juscelino Kubitschek e de montes de mandatos. Não aguentou quando o marechal Castelo Branco decidiu editar o Ato Institucional 2, que inaugurava novo período ditatorial. Foram dissolvidos os partidos políticos, suspenso o habeas-corpus, ampliado o número de ministros do Supremo Tribunal Federal, entre outras barbaridades.
Ao apresentar seu pedido de demissão, o velho professor de democracia disse ao então presidente: “nossa diferença é que eu posso sair e o senhor tem que ficar”.
A posse, ontem, dos novos ministros, lembra o episódio antigo. Todos os que assumiram ou se viram remanejados no ministério podem sair. Seus motivos diferem daquele que levou Milton Campos a pedir demissão, pois a presidente Dilma não pensa em ditadura. Mas está, como Castello Branco, tutelada e sem poder. Naqueles idos, quem mandava era o Exército, com o ministro Costa e Silva à frente. Hoje, manda o Lula, com ou sem o PT.
O atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, não é nenhum campeão da democracia, mas está para o novo governo mais ou menos como o dr. Milton diante dos militares: pouco à vontade, incomodado e sem espaço. Encontra-se afastado da política, não controla a Polícia Federal nem passa pela porta dos partidos da base oficial. Suas relações com o Poder Judiciário deixam a desejar e com as forças armadas, nem isso. É o último dos inimigos íntimos do Lula que falta Madame mandar passear ou deslocá-lo para o ministério dos Esportes ou das Mulheres. Há quem suponha estar o dr. Cardoso prestes a antecipar-se, pedindo para deixar a equipe governamental. Senão será deixado.
PRIMEIRA E ÚLTIMA VEZ
Os novos ministros, assim como alguns dos agora remanejados, entraram ontem no gabinete da presidente da República pela primeira vez. E talvez a última. Na melhor das hipóteses, condenam-se a dialogar com o novo chefe da Casa Civil e com o secretário de Governo. Se antes já havia ministros de primeira e de segunda classe, entram em campo agora os de terceira. Aqueles que Dilma nem escolheu para figurantes e que estarão na dependência dos votos de deputados do PMDB e outros partidos. A saída será reformar seus gabinetes em São Paulo, ficando na fila de audiências no Instituto Lula...

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
05/10/2015 às 19:18 \ Direto ao Ponto
A operação desencadeada para submeter o Tribunal de Contas da União à vontade dos delinquentes no poder é, simultaneamente, um tapa na cara do Brasil decente, uma afronta ao Estado Democrático de Direito e outra prova material de que segue em vigor o primeiro mandamento da seita que tem em Lula seu único deus: não há limites para a canalhice.
Imobilizar o xerife e livrar o bandido do castigo iminente ─ é essa, em sua essência, a estratégia que orienta a manobra concebida para afastar do processo o relator Augusto Nardes. É mais que uma chicana de deixar ruborizado qualquer rábula de porta de cadeia. É coisa de quadrilheiro transformado em roteirista de um faroeste à brasileira. É, sobretudo, a confissão de culpa que encerra o assunto.
Só procura mudar as regras do jogo em andamento gente que se sabe condenada à derrota. O golpe tramado no Planalto para impedir (ou ao menos adiar) o julgamento da contas de 2014 comprova que o estoque de espertezas dos bacharéis governistas se esgotou. As desculpas esfarrapadas e os álibis mambembes forjados por Dilma Rousseff e seus doutores foram demolidos pelos fatos.
Não há como contestar o conteúdo devastador do relatório do ministro Augusto Nardes. Infestadas de vigarices, ilegalidades orçamentárias e bandalheiras fiscais, as contas analisadas por Nardes seriam reprovadas até num exame de admissão ao Jardim da Infância. Decidida a permanecer no emprego, Dilma resolveu fazer o diabo para escapar da provável nota zero que vai reduzir a distância que a separa do cadafalso.
Ao meter-se na conspiração forjada para algemar o TCU, desonrou mais uma vez o cargo que ocupa e ampliou a lista de motivos para apressar o impeachment. Quem apunhala o regime democrático para esconder pedaladas criminosas não pode exercer o direito de ir e vir no coração do poder.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
06/10/2015 às 6:47


NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 06/10/2015 05:47
Nas pegadas da cerimônia de posse dos novos ministros, o deputado André Figueiredo, que migrou da liderança do PDT na Câmara para a pasta das Comunicações, criticou o ajuste fiscal e bateu na CPMF.
“Nossa equipe está trabalhando para apresentar alternativas que minimizem o impacto de medidas antipáticas e que estão penalizando a classe média, os trabalhadores e o capital produtivo do país'', disse Figueiredo.
Quanto à CPMF, o ministro considera que é “bem complicado'' para o governo obter apoio para ressuscitar o tributo. Sugere alternativas. “Sempre defendemos o aumento da Contribuição Social sobre Lucro Líquido.”
Fica-se com a impressão de que o PDT topa participar do esforço para fazer respiração boca a boca em Dilma. Mas prefere evitar o envolvimento emocional.

Josias de Souza - 06/10/2015 05:12
O PSDB reafirma sua aliança tática com Eduardo Cunha mesmo depois de a Procuradoria ter informado em nota oficial que o presidente da Câmara e familiares dele mantêm contas secretas na Suíça.
“Enquanto não houver informações adequadas que comprovem o envolvimento de Cunha, o PSDB vai manter sua posição de apoio ao presidente da Casa'', disse o líder tucano Carlos Sampaio (SP), egresso do Ministério Público de São Paulo.
“Seria leviano da minha parte afirmar que ele está envolvido”, acrescentou o tucano Sampaio. “O Ministério Público ainda aguarda informações da Suíça e ele tem, por ora, o benefício da dúvida.''
A boa vontade com Cunha cresce no PSDB junto com o desejo da legenda de atravessar um pedido de impeachment na biografia de Dilma. O diabo é que cobrar ética de mãos dadas com Cunha é como brincar na lama depois de tomar banho.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Terça-feira, 6 de outubro de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Prontinha para tomar no TCU por suas pedaladas fiscais fora da lei, a ciclista Dilma Rousseff ainda cometeu a estúpida arrogância de proclamar aos seus velhos-novos ministros (empossados ontem) que "temos um Brasil para governar até 2018". Só a tacanhice de Dilma, sem visão de estadista, permite que ela não consiga enxergar que o País foi à falência e caminha para uma profunda decadência graças ao esgotamento da "Nova República de 1985" - na qual o irresponsável e incompetente PT vem sendo o grande colaborador no fechamento do caixão.
Embora tenha potencial para ser uma Nação rica e próspera, com influência positiva no resto do mundo, o modelito bolivariano adotado por Lula e Dilma colocou o Brasil na vanguarda do atraso da diplomacia internacional. O alto preço a ser pago por tamanha bobagem estratégica em geopolítica terá impacto econômico altamente negativo depois que as nações com visão de futuro firmaram o acordo de Parceria Transpacífica. O TPP, na sigla em inglês, arrasa com o Mercosul e a Organização Mundial do Comércio (OMC), focos da equivocada e decadente diplomacia tupiniquim.
O novo acordo transnacional - do qual o Brasil fica de fora - vai reunir nada menos que 40% da economia mundial. Além de juntar os Estados Unidos e Japão, o bloco vai gerar um supermercado com Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã. A perigosa tendência é que o Brasil bolivariano se transforme em um refém da China - por falta de alternativa comercial. O capital chinês já está pronto para abocanhar o que sobrar daqui na bacia das almas da megacrise econômica em andamento. A Petrobras, as empreiteiras e muitas empresas do agronegócio são alvos preferenciais.
O resto do mundo avança, enquanto nós recuamos. A petelândia e seus comparsas na má gestão do "condomínio" de Bruzundanga não querem ou não conseguem enxergar a gravidade do problema. A "vocação" brasileira para ser periferia subdesenvolvida do capitalismo global vai se agravar, se o regime da esclerosada Nova República não for derrubado democraticamente. O timming do País para promover suas mudanças estruturais está se esgotando depressa. O Brasil caminha para a desintegração - no sentido amplo do termo.
Lamentável sina de uma nação que não tem elites estratégicas atuantes e fica refém da hegemonia da politicagem, do populismo ideológico e da ação de governança do crime institucionalizado. País que só tem 'zelite' constrói seu futuro no vaso sanitário da História...
Filme queimadíssimo lá fora
Em palestra na Assembléia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), realizada em Charleston (EUA) sábado passado (3 de outubro), o escritor peruano Mário Varas Llosa, Prêmio Nobel de Literatura em 2010, deu uma grande contribuição para a desmoralização de Luiz Inácio Lula da Silva:
"A corrupção é um problema grave, a maior ameaça para a democracia, especialmente com as novas e recentes democracias latino-americanas. O Brasil parecia ter decolado, mas o que freou de repente e está provocando o retrocesso? A corrupção, que está de volta mais forte que nunca, acima do pico de todos os níveis já alcançados, vinda de um governo que todos no mundo acreditavam que era exemplar: Lula implantou um governo profundamente corrupto. Dá até vertigem os montantes bilionários roubados pelos grandes ladrões do governo Lula. A história da Petrobras é incrível. É uma indicação do que pode acontecer se combater a corrupção, que se manifesta na América Latina de maneira muito perturbadora. Já não são os guerrilheiros, utopias socialistas, os golpes. São todos ladrões, como os narcotraficantes. Seria terrível que a Democracia continue a ser esmagada e sufocada pela corrupção".
Vargas Llosa observou que, examinando a história dos fracassos da Democracia no continente, só se pode concluir que "a perseverança no erro é uma característica da América Latina".
(...)

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