DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
05 DE SETEMBRO DE 2015
Já é possível dar números à aversão da presidente Dilma à diplomacia brasileira. Só este ano, ela ordenou uma redução de R$ 588 milhões nos recursos do Ministério das Relações Exteriores, segundo o Portal da Transparência, onde as contas do governo estão expostas. O corte fez nossas embaixadas e consulados passarem vergonha, enfrentando ameaças de despejo e sofrendo cortes de água, luz e telefone.
Ignora-se a origem da bronca de Dilma contra diplomatas, mas coincide com o período decepcionante de Antonio Patriota como chanceler.
O bullying de Dilma contra diplomatas foi inaugurado pelo próprio Antonio Patriota, que se submeteu a espantosas humilhações públicas.
Acham no Itamaraty que Dilma ignora diplomatas bem formados e dá ouvidos a um curioso, Marco Aurélio Garcia, para realçar essa ojeriza.
O orçamento do Itamaraty aprovado pelo Congresso em 2014 era de R$ 2,4 bilhões, mas apenas R$ 1,6 bilhão foi executado.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, prepara plano chamado de “economia confortável”, que consiste na redução de custos das atividades dos deputados federais. É uma medida popular destinada a devolver dinheiro para o Orçamento da União, ajudando a cobrir rombo de R$ 31 bilhões. O “sacrifício” do Legislativo é a nova pressão sobre Dilma, que pensa em aumentar impostos para fechar suas contas.
Cunha conversou com o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), e revelou que ainda continua afinado e fechado com a oposição.
Devem sofrer cortes áreas como divulgação do mandato, passagens, diárias e saúde de suas excelências na Câmara.
Cunha reconhece que desagradará servidores, concursados e comissionados, mas a medida tem amplo apelo na população.
Já que não foi consultado sobre a indicação de Joaquim Levy, o ex-presidente Lula põe fogo nos boatos sobre a demissão do ministro da Fazenda. Lula diz concordar com a “necessidade de mudança”.
Não anda nada bom o clima entre o deputado Jarbas Vasconcelos (PE) e Eduardo Cunha (RJ), ambos do PMDB. Jarbas é veemente na posição de exigir o afastamento de Cunha da presidência da Câmara.
Cancelada a análise dos vetos de Dilma, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), lançou suspeitas sobre o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL). Estranhou a sessão ser marcada às 11h, hora que quase não há parlamentares no Congresso.
A cúpula da Fiocruz quer barrar o ex-governador Agnelo Queiroz (PT-DF) no quadro da fundação. A nomeação deveria ter saído na edição do Diário Oficial de quinta (3), por ora, o comando da Fiocruz vetou.
O governo anda tão desmoralizado que quem rompe com Dilma não perde nem cargos e ministérios. O ministro Henrique Alves (Turismo) se finge de morto desde o rompimento do padrinho Eduardo Cunha.
Amigos de Michel Temer dão três motivos para sua saída da articulação política: Eduardo Cunha falava indevidamente em nome do vice, Joaquim Levy o desautorizava e Aloizio Mercadante o sabotava.
Mesmo sem nenhum incidente no encontro entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o deputado garante que segue na oposição. Não pensa em reatar com o Planalto.
Pesou o clima na bancada peemedebista na Câmara. Após aproximação do líder Leonardo Picciani (RJ) com o governo Dilma, seus liderados boicotam reuniões marcadas pelo deputado.
Até no PCdoB, fiel escudeiro de Dilma, há momentos de traição. A líder Jandira Feghali (RJ) contrariou o Planalto em 14 votações este ano.

NO O ANTAGONISTA
Brasil 05.09.15 07:39 Comentários (24)
Pixuleco tem de ser inflado em frente ao STF e permanecer ali até que Teori Zavascki autorize as investigações contra Lula e Dilma Rousseff.
Estamos esperando, Teori
Brasil 05.09.15 07:35 Comentários (49)
O que esperávamos que acontecesse, aconteceu.
Rodrigo Janot pediu a abertura de inquérito contra Lula e Dilma Rousseff.
Brasil 05.09.15 07:33 Comentários (19)
Rodrigo Janot enviou ao STF os depoimentos de Ricardo Pessoa sobre Lula.
Mas ele foi ainda mais longe.
Ele encaminhou a Teori Zavascki, segundo a Época, “pedidos para que o Ministério Público investigue o pagamento de propina nas campanhas presidenciais de Lula, em 2006, e de Dilma, em 2010 e 2014"...
O pedido de investigação na Época
Brasil 05.09.15 07:12 Comentários (22)
A Lava Jato pediu acesso aos depoimentos de Ricardo Pessoa contra Lula.
Para responder àqueles que o acusam de blindar o PT, Rodrigo Janot vazou para a Folha de S. Paulo que já encaminhou os documentos a Teori Zavascki, que agora tem de decidir se enviá-los ou não a Sergio Moro...
Brasil 05.09.15 07:00 Comentários (13)
O segundo passo de Rodrigo Janot para tentar diminuir o estrago causado por aquele despacho sobre a VTPB foi demonstrar que os depoimentos de Ricardo Pessoa contra Lula e Dilma Rousseff não foram sequestrados por ele, e sim por Teori Zavascki...
Brasil 05.09.15 06:57 Comentários (19)
Depois de uma semana de bombardeamento, Rodrigo Janot resolveu reagir.
O primeiro passo para tentar recuperar sua imagem foi reconhecer o estrago causado por aquele despacho sobre a VTPB...
Brasil 05.09.15 06:45 Comentários (4)
O próximo alvo de Rodrigo Janot, segundo a Época, é o cartel peemedebista no Senado, formado por Renan Calheiros, Romero Jucá e Edison Lobão.
"Quase nada se sabe sobre os bastidores – e as provas – da negociação e dos pagamentos de propina das empreiteiras do consórcio de Angra 3 aos senadores do PMDB", diz a reportagem...
Brasil 05.09.15 06:39 Comentários (10)
A Andrade Gutierrez e a OAS, segundo Lauro Jardim, "estão conversando abertamente com seus advogados sobre a adesão à delação premiada".
A Odebrecht corre o risco de ficar sozinha com seus escravos.
Economia 05.09.15 06:33 Comentários (4)
Com a disparada do dólar, nas últimas semanas, a dívida da Petrobras já aumentou em 74,8 bilhões de reais, segundo o cálculo feito pela Economática a pedido da Folha de S. Paulo.
"Com o dólar caminhando para os R$ 4, a dívida da empresa explode", disse o analista Flávio Conde, do site Whatscall. "Não vejo saída neste momento, a não ser um aumento de capital”.
Brasil 04.09.15 23:43 Comentários (21)
Roberto Amaral, ex-presidente petista do PSB, chamou Michel Temer de golpista. Amaral teme perder a boquinha no conselho de administração da hidrelétrica Itaipu Binacional, que virou reduto de gente como João Vaccari, Gleisi Hoffmann e (quase) Paulo Bernardo...
Brasil 04.09.15 23:19 Comentários (16)
O esquema atribuído a José Dirceu promoveu 674 atos de lavagem de dinheiro, 129 atos de corrupção ativa e 31 de corrupção passiva entre 2004 e 2011...
Economia 04.09.15 23:10
Se você acha que os R$ 4 em que o câmbio bateu, às vésperas da primeira eleição de Lula para presidente, é o máximo que veria na vida, pense de novo. O que aconteceu em 2002 pode se transformar apenas na amostra grátis do que é um dólar caro. Para o banco de investimentos JP Morgan, a moeda americana fechará o ano em R$ 4,10. Mas não para por aí: em 2016, a previsão subiu de R$ 3,70 para R$ 4,35. Culpa das crises política e fiscal que fermentam em Brasília.
Brasil 04.09.15 22:36 Comentários (8)
Além dos bagrinhos do PP, Rodrigo Janot também denunciou hoje Ricardo Pessoa, o dono da UTC que virou o delator mais desejado de Brasília. Infelizmente, não é nessa ação que ele denuncia Lula e Dilma...

NO DIÁRIO DO PODER
LAVA JATO
STF PRORROGA INVESTIGAÇÃO CONTRA RENAN E 10 POLÍTICOS
ESTA É A TERCEIRA VEZ QUE O SUPREMO PRORROGA AS INVESTIGAÇÕES CONTRA POLÍTICOS
Publicado: 04 de setembro de 2015 às 18:25
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar as investigações de 11 políticos por suposto envolvimento no esquema e corrupção na Petrobrás apurado pela Operação Lava Jato. Entre os investigados que tiveram inquéritos prorrogados estão cinco senadores: o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os senadores Edison Lobão (PMDB-MA), Valdir Raupp (PMDB-RO), Humberto Costa (PT-PE) e Fenando Bezerra Coelho (PSB-PE). 
O ministro relator prorrogou ainda, por mais 60 dias, os inquéritos dos deputados Eduardo da Fonte (PP-PE), José Mentor (PT-SP), Aníbal Gomes (PMDB-CE) e Simão Sessim (PP-RJ) e de dois ex-deputados-federais João Pizzolatti (PP-SC) e Roberto Teixeira (PP-PE). 
Esta é a terceira vez que o Supremo prorroga as investigações contra políticos. Em março, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), a Corte abriu inquéritos para investigar a suposta participação de políticos e operadores no esquema que desviou recursos da Petrobrás. Atualmente, 59 pessoas são investigadas no STF e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Estão pendentes de análise pelo ministro Teori Zavascki, pedidos referentes aos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e ao senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). No caso do tucano, a PGR pediu no último dia 27 o arquivamento do inquérito, contudo, a chegada de uma denúncia de uma cidadã contra o senador fez com que a Polícia Federal pedisse novas investigações. (AE)

MICHEL TEMER TRANSPÔS O RUBICÃO
Carlos Chagas
Desnecessário se torna traduzir ou interpretar o diagnostico do vice-presidente Michel Temer transmitido a um grupo de empresários paulistas, quinta-feira (03), quando sustentou que a presidente Dilma não resistirá até o final do mandato com a popularidade tão baixa como se encontra hoje. Acrescentou que não moverá uma palha para assumir a presidência da República.
Nem é preciso. Já moveu o conteúdo do imenso paiol de frustrações onde se reúnem empresários, trabalhadores, profissionais liberais, funcionários públicos, partidos políticos e a torcida do Flamengo. Não que o país clame por sua ascensão ao poder ou acredite ser ele o personagem unificador. A maioria da população o desconhece, apesar de sua condição de substituto ou sucessor constitucional. Por enquanto a realidade está no extremo oposto: a sociedade rejeita a presidente Dilma, incluindo-se na rejeição até o PT, sem falar no PMDB e demais siglas com assento no Congresso.
Admitir que a popularidade possa ser recuperada em tempo útil para Madame preservar seu mandato soa como golpe de graça desferido pelo vice sobre a titular. É impossível. Aguarda-se apenas um fato novo capaz de desencadear o desenlace: uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral ou do Tribunal de Contas da União, uma evidência a mais de ter o governo participado do escândalo da Petrobras, a queda do ministro da Fazenda, a invasão de supermercados ou demais manifestações violentas da população diante do desemprego, do aumento de impostos ou da alta do custo de vida. Qualquer desses fatores, se não levarem Dilma à renúncia, certamente conduzirão ao seu impeachment.
Michel Temer transpôs o Rubicão, mesmo com legiões esfarrapadas e enfraquecidas. Terá tido motivos para molhar os pés, humilhado e ofendido pelo que restou da exangue guarnição do palácio do Planalto. Bem como pelas trapalhadas da confusa, inoperante e perdida comandante dessa resistência inútil.
Imaginando-se a preservação dos princípios constitucionais e a permanência das instituições democráticas, mesmo postas em frangalhos, a pergunta refere-se ao papel que Michel Temer poderá exercer após chegar à presidência da República. Melhor seria indagar sobre seu prazo de permanência no trono. Conseguirá unificar a nação, como sugeriu que alguém precisaria tentar? 
Transposto o Rubicão, César virou ditador, até que punhais de alguns senadores o abatessem.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
04/09/2015 às 18:41 \ Direto ao Ponto
De novo, Dilma Rousseff recitou nesta sexta-feira (04) que o Orçamento com rombo ─ outra brasileirice indecorosa ─ comprova que o governo “optou por um caminho de transparência e verdade”. É uma confissão e tanto: como constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, a presidente admitiu publicamente que vem percorrendo há quase cinco anos o atalho da mentira. Não é pouca coisa.
E não é tudo, informou a continuação da discurseira: segundos depois de garantir que se regenerou, Dilma ampliou o acervo colossal de tapeações. Disse, por exemplo, que cortou todos os gastos que poderiam ser cortados. Conversa de 171. Continuam abertos, entre tantos monumentos à gastança irresponsável, os 10 ministérios que prometeu fechar na semana passada sem sequer revelar quais eram.
Mais: não foi extinto nenhum dos milhares de cargos de confiança, ocupados por gente que não merece a confiança de gente que presta, que tornam criminosamente obesa a folha de pagamento federal. A cada dia, cerca de 10 mil brasileiros são alcançados pela onda de desemprego. Não existe um único petista desempregado. Todos desfrutam da vadiagem remunerada com dinheiro extorquido dos pagadores de impostos.
Todos são comprovadamente inúteis ─ e, portanto, dispensáveis. Começando por Dilma Rousseff.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 05/09/2015 04:46
Na sua mais recente passagem pelo Palácio da Alvorada, na noite de quinta-feira (03), Lula encontrou uma Dilma aturdida, às voltas com o risco de perder as duas muletas de sua presidência. Horas antes, ela havia toureado a insatisfação de Joaquim Levy, seu apoio econômico, que flertava com a porta da rua. Na véspera, ela tomara um toco de Michel Temer, sua escora política, que se negou a reassumir a articulação do Planalto com o Congresso.
Vendeu-se a versão de que Lula voara a Brasília para socorrer sua afilhada política. Falso. O mentor de Dilma foi à Capital para tentar salvar a si mesmo. Sua pupila realiza um governo caótico. O enredo da campanha perdeu a validade. E nem o marketing de João Santana foi capaz de colocar uma narrativa nova no lugar. Disso resultou um fenômeno político raro: depois de fazer a sucessora, Lula está sendo desfeito por ela. E tenta brecar o processo de desconstrução.
Enquanto o criador dava conselhos à criatura em Brasília, Temer fugia do seu comedimento usual para dizer a um grupo de empresários o que só era balbuciado em privado: “Hoje, realmente, o índice [de aprovação do governo] é muito baixo. Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo. […] Se continuar assim, eu vou dizer a você, 7%, 8% de popularidade, de fato, fica difícil.''
Temer soou raso e inepto. Foi raso porque insinuou o risco de impeachment com uma leveza incompatível com a gravidade do tema. Foi inepto porque bem sabe, como professor de direito constitucional, que impopularidade não é motivo para a cassação de um mandato presidencial. Exige-se a prática de um crime de responsabilidade. Algo que, por ora, não se encontra sobre a mesa.
Seja como for, a impopularidade evocada por Temer é real. E ajuda a explicar a inquietação de Lula. Graças a Dilma, o animador de massas do PT está perdendo seu capital político mais valioso: as ruas. Pior: Lula já não dispõe de um FHC para chutar. Dilma colhe o que plantou sozinha: juros, inflação, contas públicas escangalhadas e desemprego. O fiasco da gerentona converteu a legitimidade das urnas recém-abertas em falta de credibilidade.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Sábado, setembro 05, 2015
O ex-presidente Lula Pixuleco e o ex-primeiro-ministro português José Sócrates, que está preso: laços de amizade, interesses comuns e a Justiça no encalço. Foto: Veja
É meio da tarde em Évora, cidade portuguesa a 150 quilômetros de Lisboa. Na penitenciária local, o Sol forte e o calor do verão europeu lembram um ambiente tropical. O dia é de visita para uma parte dos 49 detentos. Aos poucos, familiares e amigos formam uma pequena fila para cumprir o ritual constrangedor obrigatório em qualquer lugar do mundo. A revista é minuciosa. Pertences pessoais devem ser deixados na portaria. À exceção das carteiras, que podem ser levadas desde que o visitante permita aos guardas contarem o dinheiro na entrada e na saída. O cuidado é para prevenir corrupção dentro da cadeia. No recinto de pouco mais de trinta metros quadrados que serve sala de visitas, dois homens usando ternos elegantes destoam. Ao ouvirem o barulho das trancas, eles ficam de pé, numa evidente reverência ao preso que aparece por trás da grade de ferro - o número 44. O ex-primeiro ministro português José Sócrates.
Encarcerado desde novembro do ano passado [Sócrates passou à prisão domiciliar nesta sexta-feira, dia 4], Sócrates foi o chefe do governo de Portugal de 2005 a 2011. É um dos mais influentes hierarcas do PS, o Partido Socialista, agremiação que divide o protagonismo da política portuguesa com o PSD, o Partido Social Democrata. De tênis, calça jeans e camisa social azul clara, mangas arregaçadas, o líder socialista sentou-se em uma das mesas ao lado de outros cinco detentos, entre eles um suspeito de assassinato e um policial acusado de receber suborno de bandidos. Naquela última quinta-feira de agosto (27), Sócrates apresentava um semblante calmo e sorriu algumas vezes, embora o abatimento fosse visível. Acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude fiscal, ele é, até agora, o alvo mais importante das investigações que já colocaram muita gente poderosa de Portugal na mira da Justiça.
O enredo que levou o ex-primeiro-­ministro à cadeia é recorrente e soa familiar: políticos agiam em conluio com grandes empresas em troca de comissões ou, em português bem brasileiro, propina. É essa a acusação que pesa sobre José Sócrates - e que o mantém em prisão preventiva há nove meses. Descobriu-se que ele tinha amigos poderosos, influentes e muito ricos. Esses amigos ficariam ainda mais ricos, mais influentes e mais poderosos em seu governo, e, em retribuição, o ajudariam a construir a própria fortuna. Em Lisboa, as autoridades prenderam aquele que seria o chefe da organização criminosa e tentam, a partir do topo, minar os escalões intermediários. As autoridades já localizaram contas milionárias na Suiça em nome de familiares de Sócrates, descobriram que existem empresas brasileiras envolvidas no esquema, detectaram digitais de personagens do mensalão e do petrolão e estão convictas de que não são apenas coincidências.
A exemplo dos políticos brasileiros investigados, Sócrates e seus aliados acusam o Ministério Público e a justiça de perseguição. Diz estar preso por "razões políticas". Mas o que já se conhece sobre o caso é apenas uma pequena parte da investigação - que corre sob segredo. "O fato é que é uma investigação que já dura 18 meses e até hoje não houve uma acusação formal. Isso me parece uma interferência indevida da justiça na política", disse a VEJA o deputado socialista Paulo Campos, um dos correligionários mais próximos de Sócrates e ex-secretário de obras de seu governo. Além das semelhanças e coincidências, existem conexões claras entre os personagens e o modelo de corrupção luso-brasileiro.
Empreiteiras envolvidas no escândalo do petrolão aparecem ligadas a alvos da investigação portuguesa. Empresas portuguesas investigadas em Lisboa, com o Banco Espírito Santo e a Portugal, aparecem como suspeitas de financiar o esquemas brasileiros, como o mensalão. Essa conexão, num primeiro momento, foi facilitada pela afinidade política: a proximidade entre o PT brasileiro e o Partido Socialista português, especialmente nos anos do governo de José Sócrates e de Lula no Brasil. As boas relações entre dos dois lados abriu caminho para negócios e negociatas de empresas amigas do poder, de um lado e de outro. Envolvem, até agora, três empreiteiras brasileiras ligadas ao petrolão. O mesmo Grupo Lena acusado de ser o maior contratante dos serviços de Sócrates, tem como parceira principal a Odebrecht - cliente das remessas ilegais feitas pela famosa casa de câmbio de Lisboa. A fusão dos personagens de lá e daqui chamou a atenção das autoridades. Do site da revista - resumo da reportagem da edição que está nas bancas neste sábado
VÍDEO DE TV PORTUGUESA RESUME O CASO QUE ENVOLVE LULA

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