DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
25 DE AGOSTO DE 2015
A decisão do vice Michel Temer (PMDB) de abandonar a articulação política é o que de pior poderia acontecer a presidente Dilma. Analistas políticos experientes dizem que ele nem precisa passar a conspirar contra a titular do cargo: ainda que não estimule isso, o Palácio Jaburu, sua residência oficial, vai virar local de romaria de parlamentares que sonham com a queda de Dilma e a posse dele no Palácio do Planalto.
Para o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), Temer nem precisa fazer coisa alguma. “Se ficar quieto, a presidência cai no seu colo”.
Temer é reconhecido pelos amigos por sua lealdade e ponderação, mas Dilma e o PT sempre o trataram com desdém e desconfiança.
O afastamento de Temer fortalece a defesa que o grupo liderado por Eduardo Cunha faz do rompimento do PMDB com o PT e o governo.
Sem o PMDB na bancada governista, o impeachment de Dilma pode deixar de ser factível para se transformar em forte possibilidade.
O presidente do Itaú, Roberto Setúbal, antecipou aos analistas de mercado, semana passada, como vai aumentar o lucro: o banco irá fechar 15% das suas 4 mil agências nos próximos três anos. Em dez anos, o objetivo é mais radical: fechar metade delas. Isso representa uma economia vigorosa nos gastos com trabalhadores. No primeiro corte de 15% das agências, serão ceifados cerca de 9 mil empregos.
No prazo de dez anos, a estimativa no banco Itaú é de um total de 30 mil postos de trabalho a menos.
A fria explicação do Itaú é que, hoje, 36% do resultado de varejo já são do atendimento digital (internet, celular, telefone, autoatendimento).
O dado mais cruel: em 2012, mais de 83% do lucro do Itaú eram realizados pelos gerentes. Hoje, esse índice está em 46%.
Na opinião de Lula, a saída de Michel Temer deve apressar a tramitação do pedido de impeachment de Dilma. Para o ex-presidente, sem o PMDB de Michel Temer, a situação de madame é “delicada”.
No encontro privado com Michel Temer, ontem, Dilma fez um grande esforço para evitar a habitual grosseria. Fingiu até que queria a permanência dele, mas a decisão estava tomada há duas semanas.
O BNDES, que tem CPI para chamar de sua no Congresso, e o BTG Pactual, enrolado em compras suspeitas de sondas, promovem mesa-redonda ensinando a “desatar nós” dos financiamentos de concessões.
Entre os pedetistas da Câmara, poucos se habilitam a assumir a vaga de Manoel Dias no Ministério do Trabalho. Reclamam da falta de verbas e da perda de importância do ministério.
Houve rebelião no voo 8043 da TAM, Miami-Brasília, domingo à noite, com o atraso de mais de 2h, com todos a bordo. Parte deles havia sido vítima de dois dias de cancelamento desse voo, e o atraso os deixou exasperados. Queriam deixar o avião, um velhíssimo Boeing 767.
A entrevista em que a diretora destacava o “padrão primeiro mundo” do Hospital Geral do Estado, em Maceió, foi interrompida em razão de um visitante imprevisto: um rato. Assustado com o alarido, o bicho “vazou”.
A presidente da Câmara Legislativa do DF, Celina Leão (PDT), pode assumir uma vaga no Tribunal de Contas distrital, que é cargo vitalício. Wasny de Roure (PT) e Dr. Michel (PP) também disputam a vaga.
Após ter sido ministro do Turismo, cargo que ocupou como uma opção técnica, Vinicius Lages tem trabalhado para assumir uma das presidências no Sistema S. Atualmente ele trabalha no Senado.
...ao admitir, um ano e meio depois, que não percebeu a gravidade da crise, agora é oficial: Dilma não precisa de oposição para chamá-la de incompetente.

NO O ANTAGONISTA
Brasil 25.08.15 06:20 Comentários (2)
Dilma Rousseff reclamou do Lula inflado. O Antagonista também reclama.
Até agora, ele não foi visto a bordo do navio-sonda Vitória 10000, cujo contrato fraudulento financiou sua campanha em 2006, segundo a denúncia de Nestor Cerveró...
O grito do prestador de serviços
Brasil 25.08.15 05:46 Comentários (17)
Dilma Rousseff "demorou para perceber a gravidade da crise".
E os brasileiros demoraram para perceber que Dilma Rousseff é uma das presidentes mais tapadas e desonestas de todos os tempos.
Brasil 25.08.15 05:33 Comentários (2)
Os jornais publicaram relatos cheios de aspas do encontro de ontem entre Dilma Rousseff e Michel Temer. Temer reclamou do “ambiente de intrigas e fofocas” no Palácio do Planalto e Dilma respondeu que nunca duvidou da “lealdade” do vice-presidente.
Os repórteres andam conversando demais com Edinho Silva...
Brasil 25.08.15 05:02 Comentários (12)
Dilma Rousseff é a presidente mais tapada de todos os tempos. Ela tem a sorte de poder contar com uma imprensa igualmente tapada.
Ontem ela deu uma entrevista a Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo e O Globo...
Economia 25.08.15 04:43 Comentários (3)
Depois da segunda-feira negra, sempre vem a terça-feira negra.
Xangai perdeu 7,63%.
Tóquio perdeu 3,96%.
Brasil 24.08.15 23:30 Comentários (0)
Alberto Youssef conseguiu HC no Supremo para não falar na acareação com Paulo Roberto Costa nesta terça-feira. A CPI da Petrobras pouparia nosso tempo e dinheiro se pedisse cópia da acareação feita em junho, com ambos, pela força-tarefa da Lava Jato...
Brasil 24.08.15 22:52 Comentários (0)
Só mais uma nota sobre a entrevista de Dilma.
Ela acha Michel Temer "de extrema lealdade" e diz que a "primeira fase" da articulação política foi um sucesso. Na segunda fase, Temer vai se dedicar a grandes temas.
Nós sabemos quais.
Brasil 24.08.15 22:23 Comentários (24)
O governo Dilma criou a Amazul (Amazônia Azul Tecnologias de Defesa), uma estatal de projetos para atuar no programa de submarinos - aquele onde está metido o Othon Pinheiro, a Odebrecht e o irmão do Mercadante. O MPF agora descobriu que a turma da Amazul fraudou até o concurso público...
Brasil 24.08.15 21:56 Comentários (54)
Dizer que Dilma não fez um mea-culpa é injustiça?
Ao Globo, ela afirmou: "Errei em ter demorado tanto para perceber que a situação era mais grave do que imaginávamos". Falou ainda que poderia ter começado a "fazer uma inflexão antes", mas "não tinha indício de uma coisa dessa envergadura"...
Brasil 24.08.15 21:19 Comentários (137)
Dilma usou seu encontro com jornalistas para alertar que "botar bomba no Instituto Lula" e "fazer aquele boneco" é um "desserviço" ao País. Nesta segunda-feira negra, isso é tudo o que ela tem a dizer? Na verdade, não. Ela falou também que acha "perigoso" o povo ser pessimista e, quando questionada sobre a recessão, saiu-se com a seguinte frase: "Uma previsão é a melhor estimativa possível. Nós faremos nossa previsão, mas com condições de contorno bem claros". Entenderam?...
O Antagonista adorou o boneco de Lula e acha que Dilma é um desserviço ao País
Brasil 24.08.15 21:05 Comentários (65)
Dilma deu uma entrevista no Palácio do Planalto. Não disse nada importante. Também não lhe fizeram perguntas difíceis. Repetiu o factoide de Nelson Barbosa sobre os cortes ministeriais, falou que sua relação com Lula está ótima e que ficou surpresa em ver petistas envolvidos no petrolão...
Brasil 24.08.15 19:43 Comentários (38)
A Operação Pixuleco II descobriu que a Consist, usada para repassar propina para o PT, tinha um contrato com a Frontservices Informática, condenada no ano passado numa ação de improbidade contra a gestão Marta Suplicy (2001-2005)...
Brasil 24.08.15 19:29 Comentários (139)
O governo pediu mais 15 dias de prazo para se explicar sobre as pedaladas fiscais ao TCU.
"Tomei conhecimento agora (desse novo pedido de prazo) e vou tomar uma decisão entre hoje e amanhã. Já foi dado um prazo bastante elástico, de 45 dias", disse Augusto Nardes ao Estadão.
O Antagonista espera que Augusto Nardes não sucumba a essa sem-vergonhice. O que o governo quer é mais tempo para tentar convencer o PMDB a não aderir ao impeachment -- e, assim, ganhar no tapetão no TCU.
Brasil 24.08.15 19:00 Comentários (25)
A defesa de Augusto Mendonça Neto pediu a Sérgio Moro o benefício do perdão judicial, que prevê a extinção da pena. Mendonça Neto, executivo da Toyo Setal, foi o primeiro réu a se tornar colaborador da Justiça Federal na Lava Jato...
Economia 24.08.15 18:48
Brasil é má influência para o grau de investimento das empresas.
Não basta ser brasileiro; é preciso sofrer junto com o governo. Que o digam as 12 empresas brasileiras que podem perder o grau de investimento, segundo a agência Standard & Poor’s. Tudo devido à (má) influência da economia local, abalada pela farra da gastança pública. Entre as empresas ameaçadas, está o Bradesco.
Brasil 24.08.15 18:48 Comentários (49)
Fernando Collor usou novamente a tribuna do Senado para atacar Rodrigo Janot. Dessa vez, chamou o procurador-geral da República de "figura tosca" e "sujeitinho à toa".
Mas o ápice do discurso foi quando o ex-presidente o classificou como "fascista da pior extração".
Collor versa sobre o fascismo, embora Alagoas ainda esteja no feudalismo.
Fernando Collor, o reto, o vertical, o probo, o educado. Cidadão acima de qualquer suspeita
Brasil 24.08.15 18:38 Comentários (41)
Nelson Barbosa lançou hoje um factoide político. Disse que vai cortar 10 dos 39 ministérios, mas ainda não sabe bem como. Anunciar uma medida, seja ela qual for, sem nenhum estudo prévio é a política do chute. Quando isso sai da boca do próprio ministro do Planejamento é assustador...
Brasil 24.08.15 17:47 Comentários (107)
A OAB-SP cassou o registro de advogado de José Dirceu. Dos 80 conselheiros que votaram, 76 decidiram pela cassação do direito do petista de exercer a advocacia.

Essa inscrição não consta mais dos nossos registros
Brasil 24.08.15 17:36 Comentários (123)
O colunista José Roberto de Toledo, do Estadão, é um idiota da objetividade, como diria Nelson Rodrigues. Ele pegou os resultados da última pesquisa Ibope, que revela que 63% dos brasileiros querem o impeachment, para mostrar que a maioria esmagadora deles está descontente com a petista por causa da corrupção de forma muito genérica e da má administração, razões insuficientes para o impedimento da presidente, segundo a Constituição...
Brasil 24.08.15 17:11 Comentários (107)
As lambanças no BNDES têm o seu retrato fiel na composição do Conselho de Administração do banco: Joaquim Levy, Nelson Barbosa, Aldo Rebelo, Mauro Vieira, José Eduardo Cardozo, Vagner de Freitas, Luciano Coutinho, dois secretários-executivos de ministérios e representantes dos empregado...
Brasil 24.08.15 16:18 Comentários (246)
Josias de Souza, do UOL, publicou que Geraldo Alckmin age nos bastidores contra o impeachment de Dilma Rousseff, porque acha que, se a petista sair antes, ele ficará "longe do jogo político" e perderá a chance de candidatar-se à Presidência da República em 2018.
Geraldo Alckmin é, portanto, um sabotador da linha definida por Fernando Henrique Cardoso.
Geraldo Alckmin é, portanto, um traidor do Brasil, porque põe os seus interesses pessoais acima das necessidades do país que trabalha, estuda e não aguenta mais ser roubado pela quadrilha que se apropriou do Estado.
Geraldo Alckmin é, portanto, indigno de ocupar até mesmo o cargo de copeiro da Presidência da República.
Brasil 24.08.15 16:14 Comentários (55)
O governo anuncia que cortará dez ministérios, o que significa que passaremos a ter "somente" 29 pastas, mas não sabe dizer quais serão extintos e quantos cargos comissionados desaparecerão, se é que desaparecerão mesmo.
O Brasil tem excesso de Estado e falta de governo.
Brasil 24.08.15 16:13 Comentários (28)
Eduardo Cunha disse ao Estadão que quer adiantar o congresso do PMDB. Disse também que o partido deve abandonar o governo.
Ele combinou tudo isso com Michel Temer? O Antagonista suspeita que sim.

NO DIÁRIO DO PODER
CRISE POLÍTICA
ATÉ LÍDERES DE PARTIDOS GOVERNISTAS SE JUNTAM A CUNHA NA NOITE DE BRASÍLIA
LÍDERES 'INVADEM' CASA DE CUNHA E LEGITIMAM SUA PRESIDÊNCIA
Publicado: 25 de agosto de 2015 às 01:01 - Atualizado às 01:02
O deputado Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara, foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas a situação política dele parece mais sólida do que a da presidente Dilma Rousseff, que não tem sido incomodada por investigações do Ministério Público Federal.
Na noite desta segunda-feira, ele foi alvo de significativo gesto político, com verdadeira "invasão" de líderes de vários partidos, à exceção do PT e do PSOL, inclusive integramtes da base de apoio ao governo Dilma. Eles estavam ansiosos para conversar com Cunha sobre o fato novo deste início de semana: a decisão do vice-presidente Michel Temer, de abandonar a articulação política do governo.
Os líderes acorreram à residência de Eduardo Cunha tão logo ele retornou de sua viagem a São Paulo, onde recebeu desagravo de sindicalistas aliados e participou de um encontro com presidentes das assembléias legislativas estaduais.
O gesto dos líderes de partidos como PMDB, PSDB, PSD, DEM, PTB, Solidariedade, PR, PHS etc foi interpretado como de reconhecimento de que, apesar da denúncia de que o deputado foi alvo no Supremo Tribunal Federal, ele continua com legitimidade para permanecer na presidência da Câmara.

LOGO, UMA NAÇÃO EM FRANGALHOS
Carlos Chagas
O serviço de meteorologia política informa: tempestade para amanhã, em Brasília. O Procurador Geral será sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e, em seguida, submetida ao plenário a sua recondução. Salvo inusitados, será aprovado para mais dois anos no cargo, mas vai sair faísca nas interpelações dos senadores a Rodrigo Janot. Com o ex-presidente Fernando Collor à frente, provocações acontecerão. Renan Calheiros, na condução dos trabalhos de votação, deverá manter postura imparcial, agora que integra o time da presidente Dilma. Não foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal por suposto envolvimento no escândalo da Petrobras, mas nada garante de ter sido poupado para sempre. Segue num fio de navalha que já atingiu Eduardo Cunha, presidente da Câmara.
Junte-se a essa elevação de temperatura no Senado a iniciativa do ministro Gilmar Mendes, no Tribunal Superior Eleitoral, determinando a abertura de investigações sobre o uso de dinheiro podre na campanha presidencial do ano passado e se terá a receita de uma semana apimentada na capital federal.
Enquanto isso, acentua-se a crise econômica com o aumento do desemprego e da inflação, ambos disputando para saber qual deles chega primeiro aos dois dígitos. O empresariado e os sindicalistas preparam-se para mais um embate, sem sinais de arrefecimento de suas posições. Continuam as dispensas nas fábricas e demais postos de trabalho, levando as centrais sindicais a antecipar uma greve geral de sérias proporções, ao tempo em que o governo escorregou outra vez, punindo os aposentados com a suspensão do pagamento da parcela integral de 50% do décimo terceiro salário. Diz o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não haver dinheiro, ainda que para o pagamento de juros não venha a faltar. O PSDB engajou-se na proposta de afastamento da presidente Dilma, contando com o apoio velado de parte do PMDB. O vice-presidente Michel Temer deu sinais de desembarcar do trem de apoio a Madame, enquanto Eduardo Cunha tenta descarrilhar a composição. O Lula, de seu turno, anuncia mais uma promessa não cumprida de percorrer o país em defesa da sucessora, ao tempo em que enfrenta acusações de tráfico de influência e favorecimento de empreiteiras.
Em suma, no histórico da Nova República, essa parece a conturbação mais explosiva desde o impeachment do presidente Fernando Collor, agora com o adendo da alta do custo de vida, de impostos, taxas e tarifas de serviços públicos, em meio aos já referidos desemprego e inflação. Milagres estão fora de moda, mas se não sobrevier algum dos grandes, logo a Nação estará posta em frangalhos.

NO BLOG DO CORONEL
SEGUNDA-FEIRA, 24 DE AGOSTO DE 2015
(Portal do STF, 24 de agosto, 12:15) O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Gilmar Mendes encaminhou despacho ao corregedor-geral Eleitoral, ao procurador-geral da República e ao diretor-geral do Departamento de Polícia Federal dando a eles conhecimento sobre indicativos da prática de ilícitos eleitorais e crimes de ação penal pública na prestação de contas de Dilma Rousseff, reeleita presidente da República em 2014.
O ministro, que é o relator da prestação de contas aprovada com ressalva pelo Plenário do TSE em 11 de dezembro do ano passado, explica em seu despacho que o artigo 35 da Lei de Partidos Políticos prevê a possibilidade de o corregedor, ante supostas violações por partido político a disposições legais a que esteja sujeito em matéria financeira, denunciar tais fatos ao TSE, que poderá determinar o exame de contas da agremiação.
O relator da prestação de contas esclarece, ainda, que o artigo 31 da mesma lei estabelece ser vedada às sociedades de economia mista a doação, de forma direta ou indireta, a campanhas eleitorais, e que “há vários indicativos que podem ser obtidos com o cruzamento das informações contidas nestes autos - notícias veiculadas na imprensa e documentos judiciais não sigilosos da operação policial denominada Lava Jato - de que o Partido dos Trabalhadores (PT) foi indiretamente financiado pela sociedade de economia mista federal Petrobras”.
No despacho às autoridades, o ministro afirma que “a investigação policial apurou que empreiteiras corrompiam agentes públicos para firmar contratos com a Petrobras, mediante fraude à licitação e formação de cartel. Parte da propina voltaria ao PT em forma de doações contabilizadas à legenda e às campanhas eleitorais. Outra parte seria entregue em dinheiro ao tesoureiro do partido. Uma terceira financiaria a agremiação por meio de doações indiretas ocultas, especialmente por meio de publicidade”. 
Além disso, o ministro afirma que a conta de campanha da candidata também contabilizou expressiva entrada de valores depositados pelas empresas investigadas. Dessa forma, o ministro conclui que as doações contabilizadas “parecem formar um ciclo que retirava os recursos da estatal, abastecia contas do partido, mesmo fora do período eleitoral, e circulava para as campanhas eleitorais. No período eleitoral, o esquema abasteceria também as campanhas diretamente. 
Na saída, há indicativos sérios de inconsistências nas despesas contabilizadas. Aparentemente, o ciclo se completaria não somente com o efetivo financiamento das campanhas com dinheiro sujo, mas também com a conversão do capital em ativos aparentemente desvinculados de sua origem criminosa, podendo ser empregados, como se lícitos fossem, em finalidades outras, até o momento não reveladas”. 
Para o relator, no que se refere às "doações" não contabilizadas entregues diretamente ao tesoureiro, ou às doações indiretas ocultas em publicidade, os recursos da Petrobras alimentariam indiretamente o PT, gerando créditos não rastreáveis e propaganda do projeto de poder financiado com recursos da sociedade.
Competências
O despacho foi encaminhado ao corregedor-geral Eleitoral porque a ele compete as providências previstas no artigo 35 da Lei dos Partidos Políticos. O encaminhamento do despacho ao procurador-geral da República e ao diretor-geral do Departamento de Polícia Federal tem por objetivo a apuração de eventuais crimes.
Acesse a íntegra do despacho
POSTADO POR O EDITOR ÀS 22:40:00

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
25/08/2015 às 6:53 \ Opinião
VALENTINA DE BOTAS
A presidente deveria se mancar, aproveitar a boa ideia que será – se for – mal executada e extinguir o governo. Mas Dilma Rousseff deseja mesmo continuar não governando o país. Ora, e não é isso mesmo o que faz o desejo? Prende-nos naquilo que não é nosso. Traída pelo desejo de vergar sem quebrar, enquanto quebra o país, a presidente dedilha sua lira do delírio fragmentando-se em ações sucessivas que há muito só cuidam dos cacos da figura política mais tosca da história do país – qualquer país.
O Brasil toca sozinho a própria rotina na qual tudo o que funciona só funciona apesar da presidente atada ao desejo de salvar aparências vazias. Consumando outra mentira da campanha eleitoral, o anúncio dos ministros aparvalhados quanto à redução aleatória de 10 ministérios – por que não 9 ou 11? – não explicou o planejamento da coisa, os objetivos e as estratégias para alcançá-los. Nas mentiras transparentes, a verdade é antevista na tentativa de enrolar o público pagante e ganhar tempo para uma pausa na morte cotidiana do governo.
A proposta é ótima, pena que não há proposta; o país só teria a ganhar, mas é aí que entra Dilma acabando com as chances de a nação ter algum ganho. Ainda que haja a redução, restará esse governo cuja chefe instala, na equipe multidisciplinar da articulação política com várias disciplinas da imbecilidade política do governo, o secretário pessoal que, mais do que tudo, é um amigo-funcionário que é tão popular entre os políticos quanto um amigo de Dilma pode ser.
Giles Azevedo deve ser ótimo confidente e tal, daqueles para quem se confessa até o índice de massa corporal, mas é perturbador saber que o obscuro articulador político esteve ao lado de Dilma em cada, vá lá, ideia que ela teve. Torço pelo dia em que a lei despejará a súcia do poder e é exasperante perceber que os planos que o bando tem são o de fugir da realidade com esses espetáculos de bisonhice explícita e aquele implícito de arranjos paridos por quem nem mesmo pode se garantir.
É cada vez mais entristecedora e intolerável a constatação renovada de que o Brasil se deixou submeter, por tanto tempo, por uma escória que é tão ruim para a política quanto é boa para a vigarice.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 25/08/2015 04:04
Em reunião com líderes partidários, na noite desta segunda-feira (24), Eduardo Cunha fez previsões funestas sobre Renan Calheiros. Afirmou que novas delações complicarão a situação do presidente do Senado no inquérito da Lava Jato.
A conversa ocorreu durante um jantar que Cunha ofereceu na residência oficial da Câmara. Ele se disse convencido de que Renan juntou-se a Dilma Rousseff num “acordão” destinado a garantir proteção mútua. Acha que o acerto fracassará.
Segundo a antevisão de Cunha, as delações que incriminarão Renan, por reveladoras, impedirão que prospere a suposta tentativa de conter o pedaço da Lava jato que pressiona os calos do senador.
Cunha falou como se dispusesse de informações privilegiadas. Afirmou que outros líderes do PMDB se enroscarão no escândalo da Petrobras. A certa altura, informou aos colegas que ele próprio deve ser alvejado por outro delator: Fernando Soares.
Operador do PMDB na Petrobras, Fernando Baiano, como é conhecido, está preso há nove meses e já foi condenado a 16 anos de prisão pelo juiz da Lava Jato, Sérgio Moro. Cunha crê que ele será impelido a virar delator.
Na previsão de Cunha, Fernando Baiano dirá que lhe repassou dinheiro desviado da Petrobras. Fará isso para obter benefícios judiciais. Mas não apresentará provas. Aliás, o presidente da Câmara reiterou aos líderes que é “inocente”.
A base da denúncia que a Procuradoria protocolou no STF contra Cunha é um depoimento do delator Julio Camargo, representante da Samsung em contratos de aluguel de navios-sonda à Petrobras.
Camargo disse ter repassado a cunha uma propina de US$ 5 milhões. Fez isso por meio de Fernando Baiano. A prevalecer o que disse Cunha, o operador confirmará à força-tarefa da Lava Jato que entregou o dinheiro. Mas ficará apenas no gogó, sem provas materiais. A ver.
Josias de Souza - 25/08/2015 05:43
Foi cancelada a reunião que o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, pretendia realizar nesta terça-feira (25) com lideranças tucanas e dos demais partidos de oposição — DEM, PPS, Solidariedade e PSC. Marcado na semana passada, nas pegadas do asfaltaço de 16 de agosto, o encontro contaria com a presença do jurista Miguel Reali Júnior. Nele, os oposicionistas esboçariam uma estratégia para tentar chegar ao afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República.
Os parceiros do PSDB se deram conta se que as grandes iniciativas tucanas devem ser tratadas descontando-se a taxa de divisão do ninho. No debate sobre o impeachment, o alto tucanato voltou a ser um grupo de amigos integralmente feito de inimigos. Diante da falta de entendimento entre Aécio, Geraldo Alckmin e José Serra preferiu-se puxar o freio de mão.
Enquanto a oposição aguarda por um fato relevante que a unifique, o pedaço do PMDB que se dispõe a compor uma frente suprapartidária pelo afastamento de Dilma começa a desligar Aécio da tomada.
Em combinação com parlamentares de outros partidos, peemedebistas articulam para a noite de quarta-feira um encontro de deputados que namoram com a ideia de ver Dilma pela costas.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Terça-feira, agosto 25, 2015
A matéria que segue após este prólogo é do site de Veja, assinada por Marcela Mattos, enquanto a foto acima, por demais eloquente, é de Ueslei Marcelino, da agência Reuters, que se encaixa perfeitamente e complementa o texto. 
Apesar de todas as jogadas de marketing que incluem a entrevista concedida pela Dilma, bem como a construção de narrativas que são disseminadas nos meios políticos, empresariais e jornalísticos, tentando fazer crer que o impeachment da Dilma poderia atiçar os bate-paus do PT determinando um clima de agitação, não encontram eco face à determinação da maioria esmagadora dos brasileiros que não quer mais saber de Lula, Dilma e do PT. Já é dado como certo, imediatamente após o impeachment e/ou a renúncia da dita “presidenta”, que surgirá outra avalanche popular peticionando a cassação do registro do PT de acordo com o que dispõe a legislação que disciplina a vida dos partidos políticos. O recebimento de ‘pixulecos’ por parte do PT já feriu de morte a legenda. O mesmo tende a ocorrer com outras agremiações partidárias contaminadas pelo petrolão. 
Assim sendo, ao contrário do que alardeiam a bandalha do PT e seus cúmplices banqueiros e mega empresários, todas essas reivindicações já expostas nas manifestações gigantes como foi a do dia 16 de agosto, como se pôde constatar, não se afastam um milímetro dos mandamentos constitucionais. 
Por isso, quando a turma do PT e seus coiteiros, agora constituídos declaradamente pela nata (já rançosa, é verdade) da “burguesia” nacional verberam a palavra “golpe”, não há ressonância porque está sendo aplicada a uma situação inexistente. Neste caso se tem exatamente aquilo é designado como "mentira”. Pelo contrário, golpe é a manutenção do PT no poder. Ou a Constituição autoriza um governo a fazer tábula rasa da Carta Magna?
Na sequência desta rápida análise que acabei de formular segue a matéria do site de Veja que prova com todas as letras que o impeachment está, mais do que nunca, de pé. Aliás, o impeachment é o remédio para evitar a necrose do tecido constitucional que conduz o país à anarquia, o caminho mais curto para a venezuelização do Brasil. Leiam:
"O vice-presidente da República, Michel Temer, informou nesta segunda-feira à presidente Dilma Rousseff que não vai mais ser responsável por discutir com aliados a liberação de emendas e a nomeação de cargos no segundo e terceiro escalões - o que, na prática, o afasta da articulação política do governo. Temer assumiu a função de articulador em abril como uma esperança de pacificação da rebelde base aliada no Congresso, função que os antecessores Pepe Vargas e Ideli Salvatti não conseguiram exercer. No entanto, após problemas com a equipe palaciana e a própria Dilma, o peemedebista entregou o cargo.
Em reunião com a presidente nesta segunda (24), Temer afirmou que deixa o "varejo" da articulação, mas segue à frente da "macropolítica", participando das reuniões semanais da coordenação política. Oficialmente, o argumento para o afastamento do vice é a conclusão da votação das medidas de ajuste fiscal no Congresso. Temer foi alçado ao cargo justamente com a missão de convencer os aliados a darem aval às impopulares medidas para resgatar a economia brasileira. No entanto, ao acumular a função, o vice acabou se desentendendo com a equipe de Dilma.
Um dos pontos de tensão se deu nas negociações da liberação de emendas - recurso que parlamentares recebem para injetar em suas bases eleitorais. Temer chegou a prometer a liberação de 500 milhões de reais, mas foi desautorizado pelo Ministério da Fazenda, comandado por Joaquim Levy. A aliados, o vice reclamava da falta de autonomia no cargo que lhe fora confiado.
Outro fator que contribuiu para o desgaste de Temer foi sua recente declaração de que alguém precisaria reunificar o país diante das crises política e econômica. A manifestação do vice-presidente foi interpretada por petistas como a senha de que ele próprio estaria se apresentando para assumir a função. A partir daí, Dilma passou a assumir pessoalmente algumas atribuições do vice.
Assessores próximos ao peemedebista relataram que ele vinha sofrendo pressão de todos os lados - desde parlamentares sedentos por emendas a peemedebistas que defendem o rompimento com o governo. Conforme relato da equipe palaciana, Temer deixou a reunião nesta manhã com um sorriso, o que contrasta com a irritação demonstrada desde que assumiu o posto.
O desembarque de Temer, avaliado com congressistas como um bom negociador, pode piorar a relação do governo com o Congresso. No início deste mês, as bancadas do PTB e do PDT na Câmara declararam independência e deixaram a base aliada, já fragilizada após o rompimento do presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) com o Planalto.
O gesto de Temer é encarado por peemedebistas como um aceno à oposição, principalmente depois da manifestação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que defendeu publicamente a renúncia da Dilma como "um gesto de grandeza". "Logicamente, é uma sinalização de que a oposição pode confiar nele, caso assuma o governo", resume um deputado, vislumbrando a renúncia ou o impeachment da presidente.
Homem de confiança de Dilma, o assessor especial da Presidência Giles Azevedo é cotado para assumir a função do peemedebista. Ele já participa das reuniões da equipe política e tem agido para blindar o governo nas comissões parlamentares de inquérito (CPIs) criadas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Do site da revista Veja


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