DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
24 DE AGOSTO DE 2015
Comandantes de unidades das Forças Armadas são as mais recentes vítimas dos calotes do governo Dilma. É que a falta de pagamento ameaça a sobrevivência de fornecedores, que, como forma de pressão, negativam comandantes que assinaram contratos de fornecimento de materiais, inclusive comida. Só na área do Rio de Janeiro, estima-se que o beiço das Forças Armadas na praça ultrapassa R$ 200 milhões.
Os comandantes das unidades militares federais só descobrem que estão inscritos no Serasa quando tentam fazer algum crediário.
Contratos de fornecimento são assinados pelos comandantes em nome das Forças Armadas, e neles constam todos os seus dados pessoais.
Um comandante contou à coluna, que, impedido pelo Serasa de financiar a casa própria, decidiu processar o governo por dano moral.
Jaques Wagner (Defesa) calou. A assessoria pediu “casos específicos” de comandantes negativados. Mas a coluna não entrega suas fontes.
O PT lulista reconhece o sucesso do vice Michel Temer na articulação política do governo, para desespero do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Alguns membros do partido tentam convencê-lo a permanecer na função, para garantir a governabilidade da presidente Dilma. Por ordem do ex-presidente Lula, os petistas pedem a Temer para coordenar a reconstituição da esfacelada base aliada de apoio.
Cansado de ser boicotado por Mercadante, Temer avisou à presidente Dilma que entrega a coordenação da articulação política em setembro.
Temer é considerado importante em caso de pedido de impeachment na Câmara, segundo o senador Humberto Costa (PT-PE).
A ideia não é bem recebida na bancada do PMDB. Aliados de Eduardo Cunha dizem que passou da hora de Temer “parar de ser bombeiro”.
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores, criticou a situação das embaixadas brasileiras ao site Diário do Poder: “Acho vergonhosa. As embaixadas estão sofrendo ações de despejo ou corte de água e luz por falta de pagamento”.
Deputados do PSD avaliam boicotar o governo. Querem usar a criação do PL para se mudarem para a oposição. O ministro Gilberto Kassab (Cidades) ficou uma fera com a movimentação de seus “comandados”.
Discípulo de Silas Malafaia, o deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) saiu correndo de almoço, esta semana. Tudo por causa de Dilma. Ele diz que não quer aparecer “nem em foto” com a Madame.
O governo comemora a sobrevida com o apoio do Senado, mas ainda se preocupa com o fantasma do impeachment esta semana: a ordem para a base aliada no Congresso Nacional é não baixar a guarda.
A Eletrobrás terá de pagar R$ 75 milhões a uma empresa do Piauí por supostos danos por atraso ou não pagamento. A quantia é cinco vezes maior que o valor dos seis contratos em questão, e dois deles nem sequer foram iniciados. As contas da estatal já estão bloqueadas, claro.
O PT, no Recife, aposta na candidatura de Jarbas Vasconcelos para levar a disputa à Prefeitura para o segundo turno, em 2016. Geraldo Júlio (PSB), que disputa a reeleição, pode levar no primeiro turno.
A Operação Política Supervisionada suspeita de alimentação superfaturada ou de terceiros de Valdir Rossoni (PSDB-PR), ressarcido pela cota parlamentar. Só em uma pizzaria, gastou sozinho R$ 250.
Se o ritmo da gastança não diminuir, a Câmara dos Deputados vai bater o recorde histórico de despesas com restaurantes este ano: mais de R$ 2,6 milhões torrados pelos 513 deputados.
... só São Francisco para ajudar o governo a concluir a Transposição do São Francisco.

NO O ANTAGONISTA
Economia 24.08.15 05:11 Comentários (15)
A "segunda-feira negra" na bolsa de valores de Xangai alastrou-se rapidamente: o Nikkei perdeu 4,61%, o barril de petróleo está perto dos 39 dólares, o rublo despencou.
A opinião unânime dos comentaristas econômicos, hoje, é que os países emergentes vão sofrer muito mais do que os outros, em particular o Brasil...
O Brasil em primeirão
Brasil 24.08.15 06:04 Comentários (5)
Dilma Rousseff chutou Michel Temer do Palácio do Planalto.
Segundo o Estadão, ela já entregou a Giles Azevedo, seu assessor particular, a articulação política do governo. Sua primeira tarefa foi reunir-se com deputados do PP, PMDB, PT e PC do B para tentar blindar o governo nas CPIs do BNDES e dos Fundos de Pensão...
Economia 24.08.15 03:53 Comentários (0)
A bolsa de Xangai caiu 8,49%.
Como notou o Financial Times, até a agência de notícias do governo chinês, Xinhua, especializada em minimizar calamidades, descreveu a queda como "segunda-feira negra".
Xinhua é mais governista do que o UOL
Brasil 23.08.15 23:54 Comentários (15)
Apenas 5 Kg de ração para cachorro ou R$ 20...
Brasil 23.08.15 22:27 Comentários (24)
A pedido do Antagonista, o leitor Christiano Pedro nos enviou o vídeo com a homenagem a Lula na Festa do Peão de Barretos...
Brasil 23.08.15 21:10 Comentários (74)
Vários leitores enviaram ao Antagonista esse vídeo gravado ontem na 60ª edição da Festa do Peão de Barretos. Parece que lá Dilma não tem nem 8% de popularidade...
Cultura 23.08.15 20:21 Comentários (66)
O americano Milton Friedman foi o mais genial economista do século XX. Não só por ser defensor ardoroso do liberalismo, como por sua capacidade de mastigar conceitos para o grande público.
O Antagonista recomenda a leitura de "Livre para Escolher", recém-lançado pela editora Record, de Milton e Rose Friedman, também ela economista da Universidade de Chicago. Publicado originalmente em 1980, o livro originou-se de uma série televisiva de dez episódios, produzida pela TV pública americana...
Rose e Milton Friedman: "Onde quer que o Estado assuma o controle detalhado das atividades econômicas de seus cidadãos, ou seja, onde quer que reine o planejamento econômico central detalhado, lá os cidadãos comuns estão com algemas políticas, têm um baixo padrão de vida e pouco poder para controlar o seu próprio destino."
Brasil 23.08.15 19:55 Comentários (48)
Fernando Haddad disse que fechar avenidas para carros será "política permanente" em São Paulo
Evitar o PT e o petismo sob as suas mais variadas denominações tem de ser uma política permanente no Brasil.
Brasil 23.08.15 19:50 Comentários (37)
O Fundo da Marinha Mercante, o mesmo que despejou recursos na Sete Brasil, desconsiderou parecer da Procuradoria da Fazenda Nacional e bancou uma operação de R$ 471 milhões para financiar a construção na Holanda de um navio para lançamento de dutos submarinos de petróleo que será usado pela Petrobras...
Brasil 23.08.15 18:21 Comentários (24)
Em 2009, a Fundação para o Remédio Popular (Furp) inaugurou a fábrica de Américo Brasiliense (SP). A obra de R$ 150 milhões foi executada por um consórcio formado pelas empreiteiras OAS, Camargo Corrêa, Schahin e Planova. As três primeiras estão na Lava Jato.
Brasil 23.08.15 16:51 Comentários (231)
É curioso que ainda seja necessário esclarecer que O Antagonista não é anticapitalista.
O Antagonista é contra o Estado intervencionista, o compadrio entre partidos e empresariado, a usura. Tudo aquilo que fere os princípios e o desenvolvimento da livre-iniciativa.
Os bancos brasileiros são anticapitalistas.
Brasil 23.08.15 16:16 Comentários (56)
Em 2013, Geraldo Alckmin protagonizou o ato de assinatura de uma parceria com a EMS e a FURP, o laboratório farmacêutico oficial do Governo de São Paulo. A cerimônia se deu no reduto do PT e sede da empresa...
Para que serve esse botão, mesmo?


NO DIÁRIO DO PODER
FALTA PRODUTO NA VENEZUELA
'REVOLUÇÃO BOLIVARIANA' PROVOCA ESCASSEZ DE 75%
INSATISFAÇÃO DEVE INFLUENCIAR NAS ELEIÇÕES PARLAMENTARES

Publicado: 23 de agosto de 2015 às 10:16 - Atualizado às 11:39
VENEZUELANOS CAMINHAM POR SUPERMERCADO EM CARACAS. FOTO: CARLOS GARCIA / REUTERS / ESTADÃO CONTEÚDO
“Há controle oficial de preços, ameaça a setores produtivos, falta de incentivo à indústria, desconfiança do mercado, ausência de crédito e uma série de questões que afetam a produção de bens e produtos”, explica Mary Ochoa, da consultoria Venecon.
“A isso, deve-se acrescentar a ação de contrabandistas e especuladores, mas também as intervenções do governo como as que ocorreram na fábrica da Polar (maior produtora de alimentos do país) há duas semanas, que em lugar de favorecer, atrasou a produção e a distribuição de produtos.”
Disputa 
Na semana passada, o presidente da coalizão oposicionista Mesa da Unidade Democrática (MUD), Jesús Torrealba, acusou o presidente Nicolás Maduro de buscar causar “um levante social” para que o chavismo não tenha de enfrentar o desafio eleitoral. Torrealba disse ainda que as ações de confisco do governo também colocavam em risco mais de 3 mil empregos.
As autoridades de Caracas, por seu lado, denunciam uma “guerra econômica” – conspiração de empresários, banqueiros e elite política pré-Chávez – com a qual a oposição tenta frear a “revolução bolivariana” e o “socialismo do século 21”.
“Não tenho mais dinheiro para comprar tudo aquilo que comprava seis meses atrás”, disse ao Estado, na fila do Mercal Bicentenário, estabelecimento estatal que vende produtos a preços subsidiados, o comerciário Julio – quase nenhum venezuelano nas ruas aceita informar o sobrenome a estranhos. “Mesmo que tivesse, não conseguiria comprar água sanitária nem detergente para lavar a louça.”
Racionamento 
As filas só não são maiores porque há um sistema de rodízio para as compras nos “mercais”, definido de acordo com o último algarismo da cédula de identidade do consumidor.
Quase tudo o que a Venezuela consome é importado e o governo provê parte dos dólares aos importadores para que tragam os produtos. Na visão dos governistas, porém, boa parte desses dólares é desviada para o mercado paralelo de câmbio – além disso, parte dos produtos que deveria ser distribuída acabaria caindo no contrabando. “Em meio à guerra política, seguimos nas filas”, desabafa Julio, que não pretende votar nas eleições de dezembro.

NO BLOG DO CORONEL
SEGUNDA-FEIRA, 24 DE AGOSTO DE 2015
(Folha) Superfaturamentos sistêmicos que podem chegar à metade daquilo que a Petrobras, a maior empresa do país, gastava com suas bilionárias obras e aquisições.
É o que apontam os primeiros indícios de investigações inéditas em andamento para analisar mais de R$ 30 bilhões em contratos da estatal nos últimos anos com as empresas envolvidas na Operação Lava Jato. 
A primeira mostra dos absurdos valores que a estatal pagava a essas empresas causou choque entre ministros e auditores do TCU (Tribunal de Contas da União). O normal era desembolsar mais que o dobro do que custava. Em alguns casos, chegou a pagar 13.834% a mais. A análise foi feita em parte de um contrato de R$ 3,8 bilhões da estatal com um consórcio formado pelas empresas Camargo Corrêa e Cnec para a construção de uma das plantas da refinaria Abreu e Lima (PE). 
Quando fazia auditorias para apontar os preços elevados da Petrobras – o que vem ocorrendo desde 2007 – o TCU usava como parâmetro preços de referência do mercado. No caso dessa obra, o TCU já havia apontado indícios de preços elevados e sugeriu ao Congresso Nacional suspender a obra em 2010. O então presidente Lula vetou a medida e a obra seguiu. 
Em obras muito específicas, vários itens do contrato não têm preços de referência. Com a Lava Jato, o juiz Sérgio Moro permitiu que o tribunal tivesse acesso às notas fiscais do consórcio. Para esses itens onde não há referência, o TCU comparou o que a Petrobras pagou com o valor da nota fiscal do consórcio. 
É aí que as distorções são gigantescas. Uma tubulação pela qual a Petrobras pagou R$ 24,3 mil foi comprada por R$ 4,3 mil. Em 190 itens analisados, 185 tinham preços de nota inferiores ao que a Petrobras pagava. 
Auditores desconfiam que o cartel que atuava na empresa sabia que o tribunal não tinha como comparar os preços desses itens. Nos artigos em que era possível comparar preços, os custos reais da empresa são 6% inferiores às tabelas de preço. Nos que não se podia comparar, a média chegou a 114% a mais. 
Em alguns casos, contudo, as distorções apontam para indícios de crime. Ao licitar a obra, em 2010, a Petrobras aceitou pagar por um Compressor a Diesel (250 PCM) R$ 9.684 mensais. As notas do consórcio, contudo, apontam despesas de apenas R$ 70 por mês nesse equipamento. A diferença é tanta que levantou suspeitas de que esse pagamento era apenas uma forma de lavar dinheiro.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 07:19:00

De onde veio o pixuleco de Collor e porque ainda não denunciaram Edison Lobão?
(Estadão) Auditoria da BR Distribuidora em contratos investigados pela Operação Lava Jato descobriu que a empresa direcionou quatro licitações vencidas pela UTC Engenharia no valor de R$ 574,1 milhões em 2010. Até agora, havia sido descoberto apenas que a empreiteira pagou R$ 20 milhões em propina para ter acesso antecipado a estimativas de preços, o que lhe garantiu apresentar a melhor proposta nos certames.
Mas o relatório de auditoria, finalizado em março deste ano e inédito até agora, apontou, no entanto, que a BR também facilitou a vitória ao substituir uma lista inicial de empresas que seriam convidadas a participar das licitações por outra relação que incluiu empreiteiras do chamado “clube da propina” – que já fraudavam, com a UTC, as licitações na Petrobrás.
O resultado da auditoria reforça a tese da força-tarefa da Operação Lava Jato de que as empreitaras investigadas atuavam em conjunto, como um cartel, para lesar a Petrobrás e suas subsidiárias.
Um e-mail enviado pelo gerente de Logística da BR na época, Sérgio Barbosa, ao então diretor de Operações, José Zonis, revelou aos auditores que a lista inicial tinha dez empresas que já haviam trabalhado para a BR e que poderiam fazer as obras. A relação que foi à votação continha dez nomes. Mas cinco dos sugeridos inicialmente desapareceram da listagem. 
Foram incluídas empresas que estavam fora do cadastro da BR como: Odebrecht, Queiroz Galvão, OAS e Skanksa Brasil. A UTC Engenharia, a Andrade Gutierrez e a Mendes Júnior constavam da primeira relação e foram mantidas entre as convidadas a participar. O atual presidente da BR, José Lima de Andrade Neto, e os diretores à época aprovaram os nomes dos convidados sem contestações durante reunião de diretoria. 
Os auditores concluíram que, ao editar a lista inicial de convidados e limitar em dez o número de empresas, a BR direcionou a licitação, uma vez que ao menos 30 empresas teriam condições de prestar os serviços. Os auditores também contestaram justificativa de que foram chamadas apenas empresas de “grande porte”, termo muito amplo que permitiu ao comando da BR colocar ou retirar empresas sem a verificação de condições objetivas. 
A auditoria não concluiu quem produziu a lista final de convidados para os certames, mas indicou haver indícios de que o ex-diretor José Zonis teria influenciado a relação final. Além do direcionamento e do acesso antecipado à planilha de preços, a auditoria também diz que a BR, antes de licitar, subiu preços de acordo com os interesses de Ricardo Pessoa. Segundo a auditoria, não havia controle sobre quem tinha acesso à planilha de valores. 
As obras 
Sem tradição em grandes obras de infraestrutura, a decisão da BR em fazer as licitações coincidiu com o início da influência na empresa dos senadores Edison Lobão (PMDB-MA), então ministro de Minas e Energia, e Fernando Collor (PTB-AL). O atual presidente, Lima Neto, deixou a secretaria de Petróleo e Gás do ministério para assumir a BR, em agosto de 2009.
Mal Lima Neto se sentou na cadeira, recebeu um telefonema do ex-chefe avisando que dois dos diretores seriam substituídos para dar lugar a José Zonis (Operações) e Luiz Sanches (Rede de Postos), ambos indicados pelo senador Collor. Os únicos mantidos nos cargos na época foram Nestor Cerveró e Andurte de Barros Duarte Filho. Este último, indicado pelo PT. 
Ex-presidente da UTC, Ricardo Pessoa disse em delação premiada que pagou R$ 20 milhões a Pedro Paulo Leoni Ramos, amigo de Fernando Collor, para conseguir as obras na BR tocadas na diretoria de Zonis. Zonis, Sanches e Cerveró são hoje investigados na Lava Jato em casos de corrupção na Petrobrás.
Um ano e um mês após essa nova configuração na BR, a diretoria da empresa decidiu licitar as obras vencidas pela UTC para construção de tanques de distribuição de combustível no Acre e no Tocantins, além de ampliar os terminais de Duque de Caxias (RJ) e da Amazônia, sob a justificativa de que a demanda por combustíveis havia aumentado. Foram as únicas obras em décadas na empresa, que tem como principal função comercializar e distribuir derivados de petróleo a seus 7,5 mil postos de serviço.
A reportagem não conseguiu localizar Collor e Lobão neste domingo. Collor tem negado as denúncias de que recebeu propina em troca de conseguir contratos na BR Distribuidora. Lobão também refuta qualquer tipo de envolvimento com as irregularidades na Petrobrás.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 06:57:00

DOMINGO, 23 DE AGOSTO DE 2015
Edinho Silva, ministro da Secom, foi o tesoureiro da campanha da Dilma em 2014. E teve um piti quando Gilmar Mendes decidiu que as contas de campanha da presidente devem ser investigadas, haja vista o número de irregularidades: uso da máquina pública, uso de fornecedores inexistentes, dinheiro do petrolão pagando despesas e mais outros crimes. Edinho Silva diz que o Governo vai questionar a decisão de Gilmar Mendes. Questionar o quê, cara pálida de medo? Vai proibir o TSE de analisar as notas fiscais frias e as doações do petrolão tornadas quentes, conforme inúmeras delações da Lava Jato já aceitas pelo STF? Edinho diz que na democracia deve-se aceitar o resultado das urnas. Não, ministro tesoureiro. Na democracia devemos seguir as leis e não usar táticas criminosas para vencer eleições. Pode berrar, cabrito. Vai ser investigado e se o Brasil for um país honesto as contas serão reprovadas e a presidente vai perder o mandato. E você vai passar uma temporada em Curitiba, que é o seu lugar, ao lado do Vaccari.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 10:03:00

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
23/08/2015 às 22:15 \ O País quer Saber
Neste 20 de agosto, o jornal gaúcho ZH publicou a crônica em que Luis Fernando Verissimo informa que não vê diferenças entre manifestações de rua contra o governo e matilhas de vira-latas. No mesmo dia, a leitora Rosália Saraiva, que foi professora das filhas do patriarca dos humoristas estatizados, encaminhou ao blog do jornalista Políbio Braga uma carta endereçada ao pai das ex-alunas. A resposta, merecidíssima, é de envergonhar até quem perdeu a vergonha de vez.
O rosnado de Verissimo nasceu do medo. O fim da era lulopetista pode custar-lhe a liderança que ocupa no ranking dos autores mais didáticos do Ministério da Educação. Esse possível rebaixamento na lista dos escritores federais oferece motivos de sobra — milhões de motivos — para que um cachorrinho de madame vire candidato a pitbull de quadrilha. Talvez sossegue algum tempo depois do troco, reprisado abaixo, que uma valente professora lhe aplicou no fígado. Confira. (AN)
Prezado LF Verissimo:
Na crônica com o título ‘O Vácuo’, comparaste os manifestantes contra o governo aos cachorros vira-latas que, no passado, corriam atrás dos carros, latindo indignados. Dizes que nunca ficou claro o que os cães fariam quando alcançassem um carro, por ser uma raiva sem planejamento. E que os cães de hoje se modernizaram, convenceram-se de seu próprio ridículo, renderam-se ao domínio do automóvel.
Na tua infeliz e triste comparação, os manifestantes de hoje são vira-latas obsoletos sitiando um governo que mais se parece com um Fusca indefeso, que sabem o que NÃO querem – Dilma, Lula, PT – mas não pensaram bem NO QUE querem no seu lugar. Como um velho e obsoleto cachorro vira-lata, quero te latir (não sei se entendes a linguagem de cachorros) algumas coisas:
1. Independentemente das motivações de cada um, tenho certeza de que todos os cachorros na rua correm em busca dos sonhos perdidos, que, em 13 anos, foram sendo atropelados não por um Fusca indefeso, mas por um Land Rover de corrupção, imoralidades, mentiras, alianças políticas espúrias, compras de pessoas, impunidade, incitação à luta de classes, compra de votos com o Bolsa Família, desrespeito e banalização da vida pela falta de segurança e de atendimento digno à saúde, justiça falha, etc, etc.
2. Se os cachorros se modernizaram e pararam de correr atrás do carro, não foi por se convencerem do próprio ridículo. Foi porque não conseguiram nunca alcançar os carros e isso os desmotivou. Falta de planejamento, concordo. Mas os cachorros de agora aprenderam que se correrem juntos, unidos, latindo bastante atrás do carro, cada vez mais e mais, de novo e de novo, chegará uma hora em que o motor vai fundir. Eles vão alcançar o carro. O motorista vai ter que descer do carro e outro assumirá. Pior do que está não vai ficar, embora o conserto vá demorar muito. Não vai ser fácil, mas os vira-latas vão conseguir se organizar, pelo voto. Não pela ditadura.
3. Não é verdade que o latido mais alto entre os cachorros foi o de um chamado Bolsonaro. Acho que estavas na França gozando das delícias de um croissant na beira do Sena (enquanto os vira-latas daqui corriam atrás do osso perdido) e não viste os vídeos das manifestações. Se bem que a TV Globo e o Datafolha também não enxergaram nada. O que mais cresceu na manifestação foi uma certeza, a certeza que vai fazer esse país mudar: com essa Land Rover desgovernada não dá mais. Os cachorros com seus latidos unidos jamais serão vencidos. E sabem que mais dia, menos dia, esse carro vai parar. É assim que começa, pena que eles não acreditem. Não vai ter mais dinheiro pra comprar brioches para o povo. E o número de vira-latas vai aumentar muito. Quem comandará a corrida? Não sei, só sei que prefiro ser um vira-lata à moda antiga do que um vira-lata moderninho que se rende a uma Land Rover.
4. Te enganas quando dizes que os cachorros de antes corriam atrás dos carros porque a luta era outra. Não, a luta é a mesma, o contexto é diferente. Os cachorros não querem um passaporte bolivariano. O vácuo vai ser preenchido, não te preocupes. Por quem for necessário e aceito, desde que não seja pelo exército do Stédile.
5. Em tempo: essa vira-lata que te fala foi professora das tuas filhas no antigo e admirável Instituto de Educação. Lá aprendi que é importante latir não por latir, mas para defender os sonhos possíveis. E tuas filhas devem ter aprendido muita coisa com os meus latidos. Continuo latindo, agora na rua, para derrubar o que acredito ser um mal nesta Nação arrasada: a corrupção e, mais do que isso, um governo corrupto, que perdeu totalmente a vergonha. Eles criaram um “vácuo” de imoralidade e de incompetência que vai ser difícil de recuperar. Mas, vamos conseguir!
Atenciosamente, auauau.
ROSÁLIA SARAIVA

23/08/2015 às 17:19 \ Opinião
CARLOS BRICKMANN
Atribui-se ao presidente americano Franklin Roosevelt (embora não haja nenhuma prova de que a frase seja dele) a seguinte opinião sobre o ditador nicaraguense Anastasio Somoza: “É um canalha, mas é canalha nosso”.
Não se assuste o caro leitor com as estranhas alianças políticas de Brasília. Dilma despreza Renan, Renan não gosta de Dilma, mas neste momento um é útil ao outro. O mesmo vale para Eduardo Cunha: os tucanos não confiam nele, ele não crê nos tucanos, mas ambos estão firmemente unidos pelo objetivo comum de enfraquecer o governo (ou afastá-lo). Michel Temer comanda o PMDB por seus defeitos, como a posição indefinida em quase todos os assuntos, e não por suas virtudes – afinal, de que interessa ao partido de Jader Barbalho ter em seus quadros um excelente constitucionalista, professor de reconhecidos méritos? A propósito, Jader é conhecidíssimo em todo o PMDB, mas só deixou de ser o homem-forte do partido depois que foi apanhado naquele caso do ranário, lembra? Não adianta mostrar aos políticos que seu aliado não presta: eles sabem disso.
Os comunistas tinham uma denominação específica para o adversário que, naquele momento, poderia ajudá-los: era o “companheiro de viagem”. Terminada a viagem, alcançado o destino, era cada um por si, e pobres dos vencidos.
Política é a luta pelo poder, e aí vale tudo. Há quem diga que, na luta pelo poder, há políticos que chegam até a falar a verdade. Digamos, pois, a verdade: Roosevelt jamais chamou Somoza de canalha.
Referiu-se, sim, à senhora mãe dele.
Vamos dar a meia volta…
Por falar em alianças fugazes, Michel Temer tem dito que está deixando o barco e sua missão como articulador político de Dilma terminou. Está pronto para atender aos brados do povo e, se tiver chance, assumir a Presidência (o caro leitor não ouviu os brados do povo? Temer também não, e daí?) Com Renan, Cunha, Aécio, Serra, Fernando Henrique, com quem precisar. Temer pode ser o conselheiro que sugira a Dilma a renúncia, pode ser um dos generais do impeachment.
Mudar-se do Palácio do Jaburu para o da Alvorada não tem preço.
…volta e meia vamos dar
O governo comemora a denúncia do procurador-geral Rodrigo Janot contra Eduardo Cunha – que enfraquece Cunha como condutor do impeachment. E o líder do PT no Senado, Humberto Costa, jura que nenhum governista irá conversar com Cunha.
Mas irá, sim. Embora menos forte do que há alguns dias, Eduardo Cunha tenta uma ousada estratégia para garantir o impeachment de Dilma: o pedido é feito, ele o rejeita, o plenário determina que seja aceito. Fora isso, enquanto for presidente da Câmara, Cunha pode criar enormes dificuldades ao governo. Por isso haverá conversas de governistas com ele. E, conforme o quadro político, pode até ser que esses governistas o procurem para ver se há espaço na oposição.
A grande soma
A Camargo Correia promete devolver R$ 700 milhões referentes a três obras. Há outras grandes empreiteiras e outras obras. Qual será o total dos desvios?
A parte deles
O pagamento de metade do 13º aos aposentados em agosto ficou para um dia desses, sabe-se lá quando, por falta de dinheiro. Quem manda não ser poderoso? A metade do 13º de Dilma Rousseff e de toda aquela sua infinidade de ministros já saiu, e em julho. Dilma e os ministros receberam R$ 15.467,00, cada um, como antecipação.
Como diz o provérbio, farinha pouca, meu pirão primeiro.
A lei deles
O Tribunal de Justiça de Pernambuco condenou o juiz Max Cavalcanti de Albuquerque por manter irregularmente sob sua guarda um rapaz menor de idade, com quem dividia a cama. Albuquerque, na época dos fatos, era juiz da Vara de Infância e Juventude de Palmerina, Pernambuco, e segundo o tribunal retirou o garoto da família sem qualquer procedimento legal. E a que pena foi condenado o magistrado? A de sofrer o constrangimento de receber integralmente seus proventos, sem trabalhar, por aposentadoria compulsória. Como punição pelo ato, foi-lhe retirada a maldição bíblica de ganhar o pão com o suor de seu rosto.
O Conselho Nacional de Justiça manteve a pena. O juiz continua aposentado, proibido de trabalhar e recebendo tudinho, em dia. As informações são oficiais, do CNJ, e do ótimo portal jurídico Espaço Vital (www.espacovital.com.br).
Pesquisa de Internet
O deputado Diego Garcia, do PHS paranaense, protestou contra o resultado de uma enquete divulgada pelo portal da Câmara dos Deputados. A pergunta é: Você concorda com a definição de família como núcleo formado a partir da união entre homem e mulher, prevista no projeto que cria o Estatuto da Família?
O resultado foi de 51,62% para “não concordo”, contra 48,09% para “concordo”. Garcia pesquisou a origem dos votos. Pois é: três milhões de votos “não” saíram de 66 computadores. Um só computador enviou 1,2 milhão de votos. Garanhuns, Pernambuco, com 112.500 habitantes, enviou 122 mil votos “não”. Vieram votos “não” até dos EUA: uma cidade com 8.500 habitantes enviou 60 mil votos.
Dúvida: se não há controle de quem vota, para que a enquete?

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
24/08/2015 às 7:09
Deu tudo errado. O acordão costurado na semana retrasada deu com os jumentos n’água. A petezada e seus colunistas amestrados ainda não perceberam que o país está em transe, mas também está em trânsito. Os que vão para as ruas cobrar o cumprimento das leis já não aceitam mais os golpes de gabinete. Querem um diagnóstico realista? A situação de Dilma nesta segunda é pior do que na segunda passada. Os petistas já apelam à fala serena dos banqueiros contra o impeachment — certamente não é contra essa “burguesia” que Vagner Freitas, o futuro guerrilheiro pançudo, pregou no Palácio do Planalto. Então vamos ver.
TCU
Não! Até agora, Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado e, por enquanto, poupado por Rodrigo Janot, procurador-geral da República, não conseguiu virar o placar no Tribunal de Contas da União. Por enquanto, a votação a haver está contra o governo, e a má notícia é que um ministro que iria aprovar as contas decidiu que vai rejeitá-las. Enfrenta pressão até da família e acha que um voto favorável à lambança fiscal não seria uma boa herança para os netos.
Prevalece, por ora, a liminar concedida por Roberto Barroso, do STF, que, estranhamente, considerou constitucionais as aprovações, votadas pela Câmara, das contas dos outros presidentes, mas exige que as de Dilma sejam apreciadas em sessão conjunta, do Congresso, de sorte que seria o por-enquanto-governista Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, a comandar a votação, não o oposicionista Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara. Cunha recorreu com um agravo regimental. O plenário do Supremo vai decidir.
TSE
Gilmar Mendes, ministro do STF e do TSE, mandou Rodrigo Janot — e a Polícia Federal — fazer o que até agora o procurador-geral não fez: investigar o eventual uso, na campanha de Dilma Rousseff, de dinheiro sujo da roubalheira perpetrada na Petrobras. Ricardo Pessoa, dono da UTC, disse ter sido constrangido por Edinho Silva, então tesoureiro da petista e hoje seu ministro, e doar R$ 7,5 milhões para a campanha. Essa apuração nada tem a ver com a petição encaminhada pelo PSDB ao tribunal, acusando a campanha do PT de abuso de poder político e econômico e de receber dinheiro do propinoduto da estatal.
A propósito: Luiz Fux, que pediu vista, suspendendo a votação da admissibilidade do processo, disse que entrega seu voto nesta semana. O placar estava 2 a 1, com um terceiro já certo, em favor da abertura da investigação. Bastam quatro votos.
PGR
A resistência de Rodrigo Janot em enviar ao Supremo ao menos um pedido de inquérito para investigar as atuações de Dilma e de Edinho Silva já causam estranheza que se estende bem além do círculo de aliados de Eduardo Cunha. Ninguém entendeu o que explicação não tem: ainda que Cunha e o senador Fernando Collor (PTB-AL) venham a ser condenados, não faz sentido que tenham sido os primeiros denunciados num escândalos que tem o PT como epicentro. Também não escapou a ninguém que a dupla se opôs, e pouco importa se por maus motivos, publicamente ao procurador-geral.
Informação adicional: entre procuradores, cresce o desconforto com a demora em oferecer a denúncia, que consideram forçosa, contra Renan, que começou a ser investigado, note-se, antes de Cunha. Não causa menos espécie a resistência em deixar claro que, definitivamente, nada há contra o senador tucano Antônio Anatasia (MG). Que se diga: a inclusão de seu nome da lista de investigados já foi uma notável aberração. Não porque ele seja tucano, mas porque, contra ele, não havia nem mesmo indício consistente.
Quando alguém lembra que o senador tucano foi investigado, mas não o petista Edinho Silva, fica muito difícil justificar uma coisa e outra e uma coisa em face da outra.
Sem exército
Embora os petistas tenham cantado vitória, a manifestação de quinta-feira evidenciou a pindaíba do campo governista. Não havia povo na rua, e os companheiros sabem disso. Não fosse a forte mobilização dos aparelhos, vestindo a máscara de “movimentos sociais”, os protestos a favor do governo teriam sido um insucesso retumbante. Para piorar, parte considerável dos que foram às ruas atacaram de modo determinado aquela que é a pauta do próprio governo.
Ou, na fala de um governista que ainda conserva alguma lucidez: “No dia 16, Joaquim Levy quase nem foi lembrado pelos que pediam o impeachment de Dilma. Quando o criticaram, foi por causa da elevação de impostos. Na nossa marcha, ele acabou sendo um dos alvos principais. Aí fica difícil…” É claro que fica!
E tanto pior se torna porque os indicadores econômicos apontam para uma piora da recessão. Recente “Carta à Nação” de entidades influentes como OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), CNI (Confederação Nacional da Indústria), CNT (Confederação Nacional do Transporte) e CNS (Confederação Nacional da Saúde) caiu no vazio. O texto prega uma certa união da nação em torno de, bem, em torno de nada… Era só uma chamamento contra o egoísmo, como se o país estivesse no divã, encalacrado entre “ser” e “não ser”. Nada disso! Pede-se o fim da roubalheira e um governo livre da força que a transformou numa categoria política e de pensamento.
Acordão uma ova! A negociação terá de se dar com os milhões que foram e vão às ruas e com os dois terços que hoje querem o impeachment.
Os regabofes de Brasília não vão silenciar o país.
Texto originalmente publicado às 4h31
Por Reinaldo Azevedo

24/08/2015 às 3:05
Por Tatiana Freitas e Toni Sciarretta, na Folha:
O aperto no crédito chegou ao agronegócio. A menos de um mês do início do plantio da nova safra, produtores de soja se queixam de dificuldades para obter empréstimos para custear a produção. Morosidade na análise de crédito, aumento das exigências dos bancos, alta nos juros –com um “mix” entre recursos subsidiados e crédito livre com taxas elevadas– e até venda casada são relatadas por agricultores. As dificuldades provocaram atraso na compra de insumos necessários para o início do plantio, como sementes e fertilizantes, e aumentaram os custos de produção. Se o problema persistir, poderá interromper os sucessivos ganhos de produtividade do setor nos últimos anos.
A situação é pior em regiões onde há mais produtores com dívidas pendentes, como no Rio Grande do Sul, Bahia e Goiás. Mas, segundo o presidente da Aprosoja Brasil (Associação dos Produtores de Soja), Almir Daspasquale, o aperto é generalizado. “O dinheiro vem vindo a conta-gotas para todas as agências do Brasil”, diz. O problema teve origem no primeiro semestre, quando os produtores começam a se preparar para o plantio da safra seguinte. Nessa fase, eles buscam recursos nas linhas de pré-custeio, voltadas à compra de insumos.
Foi quando secou o dinheiro das contas-correntes e da poupança que, no caso do Banco do Brasil, vai para o financiamento do agronegócio. O banco estatal destina 73% da chamada poupança rural (90% do total da caderneta) para o crédito agrícola com juros subsidiados de 8,75% ao ano. Nas demais instituições financeiras, 65% da poupança vai para o crédito imobiliário, que neste ano também teve restrição de recursos especialmente na Caixa. Além da poupança rural, o agronegócio conta com o direcionamento de 34% dos depósitos à vista (conta-corrente) de todos os bancos. Com a alta dos juros, tanto a poupança como as contas-correntes perderam depósitos para outras aplicações. Para reverter a situação, Caixa e BB fizeram campanhas para estimular os depósitos.
(…)
Por Reinaldo Azevedo

NO BLOG DO JOSIAS
Operador do PMDB de Cunha negocia delação
Josias de Souza - 24/08/2015 05:50
Em conversa com o repórter Chico Otávio, o advogado Sérgio Riera, que defende o lobista do PMDB, Fernando Baiano confirmou que seu cliente busca um acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato. Se a negociação vingar, as confissões de Baiano podem complicar a já conturbada situação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Conforme a denúncia protocolada pela Procuradoria-Geral da República no STF contra Cunha, foi com Fernando Baiano que o delator Julio Camargo, representante da Samsung em contratos de aluguel de navios-sonda à Petrobras, negociou propina de US$ 5 milhões para o deputado. Para que sua delação resulte em benefícios judiciais, Baiano terá de acrescentar novidades ao enredo.
Preso há nove meses, o lobista do PMDB já foi condenado pelo juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, a 16 anos de cadeia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O advogado Sérgio Riera assumiu a defesa de Fernando Baiano no início de agosto, depois que seu colega Nélio Machado, avesso ao instituto da delação, preferiu abdicar do caso a ter que costurar a delação.
Diz-se que o acordo com Baiano ainda não vingou porque os procuradores que o inquiriram consideraram sua narrativa muito pobre de novidades. Sobre isso, o doutor Sérgio Riera preferiu não fazer comentários.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
As Forças Patrióticas - que defendem a Intervenção Constitucional como solução mais segura para mudanças institucionais no Brasil - precisam se espelhar no trabalho de cidadania espontânea surgido no interior do Paraná, principalmente em municípios onde o agronegócio é preponderante. Quem trabalha e produz cansou de pagar impostos para financiar a vagabundagem ou a mordomia dos políticos. Simples, assim... E 7 de setembro vem aí...
As mobilizações cívicas para cobranças diretas aos políticos são a grande novidade do País que mergulha em protestos de indignação, sobretudo contra a corrupção, que é um efeito direto de nossa falha estrutural - estatal, cultural e civilizatória - com reflexos negativos na política e na economia. A tradicional politicagem está apavorada com o fenômeno. O chefão $talinácio é um dos mais assustados.
O jornal Gazeta do Povo, do Paraná, fez um levantamento sobre as iniciativas populares em pelo menos 20 municípios - a maioria de pequeno porte - identificando uma percepção generalizada de que os eleitos deixaram de representar os eleitores. O movimento intitulado “Todo poder emana do povo”, da cidade de Jacarezinho, ganhou o apelido de “gatos pingados” depois que um parlamentar debochou do tamanho inicial da mobilização, mas conseguiu reduzir os vencimentos dos vereadores - que têm obrigação participar apenas de uma sessão semanal nas câmaras.
O cenário de insatisfação popular começa a ganhar capilaridade e define bandeiras objetivas a serem conquistadas via pressão dos cidadãos sobre a classe política. A tendência é que esse modelo, a partir dos municípios, ganhe força para que se crie, no Brasil, uma efetiva ação para que seja implantado um modelo federativo de verdade. Vereadores e prefeitos, que têm eleição no ano que vem, já sentem a barra pesada para o lado deles. Breve, o mesmo será sentido por governadores - ainda em relativa zona de conforto -, apesar do começo de descontrole de contas estaduais, com queda na arrecadação e dificuldade para pagar as despesas, sobretudo salários do funcionalismo.
O fenômeno das mobilizações sem aparelhamento político direto veio para ficar e tende a se ampliar. O povo consegue perceber que é seu papel exercer o Poder Instituinte, diretamente, sem ficar limitado a eleger representantes que, no final das contas, acabam "representando" apenas a eles mesmos e/ou a interesses políticos e econômicos que contrariam a vontade elementar do eleitorado. Este movimento tem a chance de mudar a face do Brasil - que precisa se tornar republicano, urgentemente, deixando de ficar refém da desgovernança do crime institucionalizado.
Releia o artigo de domingo: Que General tem medo de Evo Morales?
(...)

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