DA MÍDIA SEM MORDAÇA

17 DE AGOSTO DE 2015
Convencida pelo ex-presidente Lula, Dilma negocia entregar ministérios de “porteira fechada” aos partidos aliados, com direito a livre nomeação e em todas as esferas de atuação das pastas. É a nova estratégia de “recomposição da base aliada”. O governo pretende, com a medida, reunir pelo menos 200 deputados “100% fiéis” que impeçam a todo custo o avanço de pedidos de impeachment. Projetos, só em 2016.
Com a proposta, o governo enterraria críticas constantes da oposição: abriria caminho para reduzir o número de ministérios, hoje em 39.
Após redistribuir os ministérios, Dilma deixará no governo apenas os partidos que se comprometerem com a “fidelidade total”.
Ao lado de Temer, Lula é o principal articulador da nova estratégia de Dilma, considerada a última alternativa para sair da grave crise.
Apesar de recente crise com o PDT, o governo pretende reconquistar o aliado histórico, mas o ministro Manoel Dias está com os dias contados.
O vice-presidente Michel Temer ouviu cobras e lagartos da bancada do PMDB na Câmara em almoço, semana passada. Sobraram bordoadas para Dilma e para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, orientou deputados a rejeitarem as propostas talhadas por Calheiros e pelo Planalto, e iniciarem “boicote” às propostas, que precisam de análise na Câmara.
Deputados acusam Renan, citado na Lava Jato, de só se aproximar de Dilma para se safar da lista do procurador-geral, Rodrigo Janot.
Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também citado na Lava Jato, ridiculariza as propostas de Calheiros: “É espuma”, definiu Cunha.
Com deputados do PMDB fiéis a Eduardo Cunha, Temer trabalha para promover a paz entre Renan e Cunha para tentar “alinhar” os caciques.
Ainda que seja indiciado pelo Ministério Público na Lava Jato, Eduardo Cunha tem apoio para permanecer presidente da Câmara. Aliados como PSD, PP e PSC o apoiam, mas pedem para o peemedebista “pegar leve” nas críticas ao governo Dilma e, especialmente, ao Judiciário.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) mantém a esperança de impeachment de Dilma após as manifestações de domingo: o prazo amigo dado para Dilma explicar as pedaladas “não calará a sociedade”.
O deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE) ironiza a aproximação de Dilma com Renan Calheiros. Diz que Dilma “nomeou Renan como primeiro ministro” para se manter no poder. “É uma troca”, criticou.
Principal opositor a Michel Temer na articulação política, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) espalha que “está esgotado” o modelo de articulação concentrado na figura do vice-presidente.
Não é só o vice-presidente Michel Temer que quer se livrar de tocar a articulação política do Planalto. A bancada peemedebista na Câmara engrossa o coro: querem que Temer passe o abacaxi para outro.
A falta de liberação de emendas parlamentares foi o assunto preferido de almoço de Michel Temer com deputados do PMDB. “As emendas continuam travadas”, avisou Leonardo Picciani (PMDB-RJ).
Geraldo Alckmin (PSDB) se aproxima do Congresso. Reabriu escritório de representação em Brasília após cinco anos, pois o governo de São Paulo precisa de um “lar” na Capital. Está de olho mesmo é em 2018.
O desempenho do real é o pior entre moedas dos membros do BRICS. Já perdeu 17% do seu valor frente ao rands (África do Sul), 20% para o rublo (Rússia), 26% frente ao yuan (China) e 29% para a rúpia (Índia)
... dizem que não há crise sem culpados. Mas para o governo Dilma não há crise, só culpados.

NO O ANTAGONISTA
Brasil 17.08.15 06:17 Comentários (29)
Antes de prender Lula, a Lava Jato tem de prender um monte de gente.
Nestor Cerveró contou que a campanha de Lula, em 2006, foi paga com propina do navio-sonda Vitória 10000. Participaram do roubo, segundo ele, Fernando Schahin, herdeiro da empreiteira Schahin, que repassou dinheiro de sua conta secreta no banco Julius Baer para os diretores da Petrobras, e José Sérgio Gabrielli, presidente da estatal...
Lula e José Sérgio Gabrielli: 10000 vitórias juntos
Brasil 17.08.15 06:10 Comentários (22)
Mais de 900 mil manifestantes foram às ruas (a PM calculou, até agora, 879 mil, mas falta acrescentar Rio de Janeiro e Recife). Em 12 de abril, éramos 701 mil.
O número é importante por dois motivos...
Os dados da PM, segundo o G1
Brasil 17.08.15 06:04 Comentários (12)
Dilma Rousseff comemorou porque os comerciais do PSDB convocando os eleitores para os protestos não deram o menor resultado.
Não há o que comemorar.
Os comerciais eram tão ruins que nem O Antagonista - que fez uma campanha cerrada pelos protestos – se interessou em divulgá-los.
Resultado: zero
Brasil 16.08.15 22:34 Comentários (50)
O Antagonista encerra a sua cobertura das manifestações de hoje, homenageando o maior homenageado nas ruas do Brasil: o juiz Sergio Moro.
Tentaram cooptar Sergio Moro. Ele não cedeu. Tentaram cercear o seu trabalho. Ele conseguiu furar o cerco. Tentaram manchar a sua reputação nos blogs sujos. Ele não se abalou com as mentiras. Tentaram questionar o seu conhecimento jurídico. Ele continuou demonstrando que a sua formação é sólida e a sua estratégia, exata.
Os brasileiros reconhecem em Sergio Moro um modelo de Justiça -- imparcial, dura, rápida. Os brasileiros reconhecem em Sergio Moro um modelo de cidadão -- trabalhador, cumpridor dos seus deveres, confiante no seu país.
Os brasileiros orgulham-se de Sergio Moro. O Antagonista orgulha-se de tê-lo apoiado sempre.
Modelo de Justiça

NO DIÁRIO DO PODER
Carlos Chagas
UMA CONVERSA INCONCLUSA
O que teriam conversado Dilma e Lula no fim da tarde de sábado (15), no palácio da Alvorada, a sós, sem testemunhas, durante quase duas horas? Alinharam temores pela manifestação de ontem ou comentaram a mais recente denúncia que atingiu o ex-presidente, de haver recebido 27 milhões de reais por conta de palestras ministradas por todo o mundo, desde que deixou o poder? Como toda a população, ignoravam a densidade dos protestos do dia seguinte, ainda que com relação às palestras, tivessem concluído que o Instituto Lula houvesse prestado todas as informações à Receita Federal.
Certo, mesmo, é que refizeram suas relações políticas e pessoais, concluindo estar a sorte de uma ligada à sorte do outro. Na hipótese hoje um pouco mais remota de impeachment ou da renúncia de Madame, o antecessor também estaria fulminado, donde se conclui a reafirmação de que se ela terminar seu mandato, ele fatalmente será candidato a retornar ao palácio do Planalto. Esse será o roteiro idealizado pelos dois.
Assim, no atacado, terão ajustado os ponteiros. Mas no varejo? Aqui, as hipóteses variam ao infinito. Terá o Lula insistido na necessidade de ampla reforma do ministério? Exortou a sucessora a decidir com mais rapidez? Conquistado Renan Calheiros, deveria atrair Eduardo Cunha ou deixá-lo entregue às próprias agruras? Haveria outra fórmula para assegurar o apoio do Congresso, além da distribuição fisiológica de cargos e funções nas estruturas do governo? Reconquistar a popularidade apenas com viagens pelo país daria resultado? Domesticar o PT e os movimentos sociais com a política de Joaquim Levy? Encontrar alternativas sociais para recuperar as massas ou permanecer satisfazendo as exigências das elites?
Não teria fim a agenda referente aos variados problemas enfrentados pela presidente e, em consequência, pelo seu mentor, terminando pela charada para a qual ainda não tinham resposta: os protestos de ontem. Dilma ficaria no bunker em que o palácio da Alvorada se transformou. Lula, olhando a rua de viés, pela varanda de seu apartamento em São Paulo. Ligados, é claro, por linhas telefônicas permanentes.
QUEM É O CHEFE?
É sempre bom lembrar episódio verificado no final da Segunda Guerra Mundial, quando já derrotada a Alemanha de Hitler. Em Londres, os jornalistas cercaram o marechal Bernard Montgomery, herói dos exércitos britânicos e um poço de vaidade. Queriam saber qual o segredo de seu sucesso. Arrogante, mandou que anotassem: “é porque eu não bebo, não fumo, não jogo e não prevarico!”
Winston Churchill, ainda primeiro-ministro, sentiu-se atingido e convocou os repórteres, pedindo que registrassem suas palavras: “eu bebo, fumo, jogo, prevarico, e sou o chefe dele.”
Não é preciso explicar...

NO BLOG DO CORONEL
DOMINGO, 16 DE AGOSTO DE 2015
Este foi o resumo das manifestações ocorridas no dia de hoje em todo o país. Havia uma pauta. Havia um foco. O povo quer o impeachment de Dilma. O povo quer ver Lula na cadeia. O povo quer um Sérgio Moro enfrentando todos os corruptos. O povo começa a fechar questão. E quando o povo começa a pensar a mesma coisa não tem governo que resista. Ainda mais este governo corrupto, mentiroso e estelionatário do PT. Vai cair. É só uma questão de tempo.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 19:47:00

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
16/08/2015 às 22:21 \ Direto ao Ponto
Pela terceira vez em cinco meses, o Brasil mostrou nas ruas que está farto de corrupção, incompetência e vigarice. Uma mobilização nacional de tal porte e tamanha intensidade, decididamente, não é pouca coisa. Mas o 16 de Agosto foi muito mais que isso. A unificação das palavras de ordem, por exemplo, consumou o sumiço dos nostálgicos de intervenções militares, tragados pelo oceano verde e amarelo formado por democratas que rechaçam todas as tribos autoritárias. O coro da multidão identificou com exemplar objetividade os tumores a remover antes que o estado de direito seja abatido pela infecção letal.
Em todas as regiões, a multidão exigiu o imediato despejo da presidente que já não governa e bombardeou Lula com acusações alicerçadas em fatos (além dos adjetivos, todos contundentes e todos merecidíssimos, há tanto tempo aprisionados na garganta). Aécio Neves, José Serra e outros líderes oposicionistas enfim se juntaram aos atos de protesto e afinaram o discurso com o grito dos indignados. Inscrições em faixas e cartazes saudaram o juiz Sérgio Moro e os avanços da Operação Lava Jato. Prudentemente, Dilma trancou-se no Palácio da Alvorada com um punhado de ministros.
Deveria ter trancado no banheiro o companheiro que preside a CUT. À solta, o delinquente Vágner Freitas materializou mais uma irretocável ideia de jerico: promover uma boca-livre a favor do governo nas cercanias do Instituto Lula. Enquanto pelegos miavam no microfone, os gatos-pingados pagos para aplaudir os ataques à burguesia golpista disputavam bravamente pedaços de churrasco e garrafas de cerveja. O contraste entre a bebedeira no esconderijo do chefão e a portentosa passeata na Paulista valeu por 20 recordes de impopularidade estabelecidos por Dilma.
Neste domingo, o Brasil que presta deixou claro que continua em vigor o parágrafo único do artigo 1° da Constituição: todo o poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido. Se tiverem juízo, os figurões dos três Poderes farão a vontade de quem manda.

16/08/2015 às 22:19 \ Opinião
VALENTINA DE BOTAS
O sucesso das manifestações venceu. Com menos ou mais gente, o recado está dado: estamos fartos. Não entende quem não quer. Claro, o governo não quer e continuará morto insistindo em esquecer de deitar, mas nem o indignado mais enlouquecido de esperança supunha uma renúncia no crepúsculo deste domingo. Pois do lado oposto da civilização está uma presidente que verga, mas não se envergonha, afinal passar ao lixo da história como a primeira mulher eleita e reeleita pelo maior esquema de corrupção de um país democrático é pouco, ela também será esquecida como a governante mais detestada.


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
17/08/2015 às 6:09
Protesto em Brasília: sinal verde para o povo. Só os guarda-sóis dos carrinhos de sorvete são vermelhos Foto: Cristiano Mariz/Veja.com)
Não é segredo pra ninguém — nem o governo fez grande esforço para escondê-lo — que a semana passada, em Brasília, abrigou várias feitiçarias. De súbito, Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado — um potencial alvo de Rodrigo Janot, procurador-geral da República, tanto quanto Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara — surgiu como condestável da República e fiador de uma tal agenda da estabilidade. No papel, a articulação é poderosa: Janot livra a cara de Renan, que arruma os votos de que precisa o procurador e, de quebra, ainda seduz uns dois ou três sob a sua influência no TCU, com Cunha isolado. Atenção! Erram os que acham que Michel Temer foi personagem ativa nesse arranjo. Não foi, não! Dilma não engoliu, embora tenha dito o contrário, aquela fala do vice, segundo quem é preciso haver alguém que “reúna e una o país”. Renan e Dilma tentaram um “strike”, derrubando todos os pinos do boliche com uma única tacada. Mas acho que não vai dar certo.
A “virada” que o governo tentou caracterizar não se deu só aí. No TSE, Luiz Fux pediu vista na ação em que o PSDB acusa a campanha de Dilma de abuso de poder político e de poder econômico e de uso de recursos oriundos de propina da Petrobras. O placar já estava dois a um, e um terceiro voto já era dado como certo. São necessários apenas quatro para que se abra a investigação.
No STF, Roberto Barroso, numa decisão, para dizer pouco, heterodoxa, considerou que a Câmara não transgrediu a Constituição ao votar as contas de Itamar Franco, FHC e Lula, mas que transgrediria caso votasse as de Dilma. Segundo ele, isso tem de ser feito em sessão conjunta da Câmara e do Senado. Ou por outra: tão logo o TCU entregue o seu parecer, quem conduziria o escrutínio seria o neoconvertido Renan Calheiros, não o oposicionista Eduardo Cunha.
Isso tudo, meus caros, já estava nas ruas neste domingo. Um ministro do TCU, que consta da lista do governo como aliado, ficou muito impressionado com o alcance dos protestos. Nem a sua família aceita que ele aprove as contas de Dilma. Diz, ademais, que não é verdade que o governo petista fez o que era costume. A contabilidade é uma soma de horrores. É muito provável que Renan não consiga entregar os votos do TCU que prometeu — daí a importância de ser ele a conduzir a votação, não Cunha. Nesta terça (18), o presidente da Câmara entra com um agravo regimental e pede que o pleno do Supremo se manifeste a respeito, já que a decisão de Barroso é em caráter liminar.
O protesto deste domingo não se limitou a pedir a saída de Dilma — por impeachment, renúncia ou cassação de mandato no TSE. Todas as lideranças que se alternaram ao microfone dos carros de som — e isso não era menos verdade entre os que estavam no asfalto — denunciavam o acordão, apontavam seus protagonistas e deixavam claro que ele já era de domínio público. A sociedade de verdade rejeitava a sociedade do conchavo, do arranjo, dos embargos auriculares, das conversinhas de corredor, dos interesses inconfessáveis.
Se o governo apostava que a semana passada havia marcado o ponto de inflexão e de que teria início, então, a reversão de seu destino, errou de forma monumental. O que o acordão fez foi ampliar a lista de pessoas que agora estão no radar dos movimentos de rua. Ninguém vai engolir calado os conciliábulos e mutretas para salvar esse ou aquele. As ruas também não caíram na conversa de que tudo não passa de uma tramoia envolvendo empreiteiros ladrões e funcionários corruptos da Petrobras. Cada um dos brasileiros que protestaram neste domingo sabe que é um projeto de poder que está sendo desmontado, esmiuçado, saindo das sombras para vir à luz.
Sim, meus caros, as ruas — e só as ruas — podem mandar para o espaço o acordão da semana passada, com o qual o governo imaginou que poderia sair das cordas. Era patético ouvir neste domingo os capas-pretas do PT, que passaram pelo Instituto Lula, a louvar o que teria sido o começo da redenção do governo Dilma. Não foi não!
Mais: se, nas duas outras manifestações, as palavras de ordem ainda era um tanto difusas, com o impeachment como um item da pauta, desta feita, ficou muito claro que a reivindicação se concentrou, sim, na saída da presidente. O acordão foi denunciado e justamente satanizado porque se entendeu, corretamente, que ele busca impedir esse desfecho.
E que se note: ninguém é ingênuo. Conversei com muita gente na rua. Todos sabem que as coisas não se resolvem do dia para a noite e se mostram dispostos a resistir. Os três grandes protestos havidos até agora — 15 de março, 12 de abril e 16 de agosto — são justamente as três maiores manifestações políticas havidas na História do Brasil. E outras virão.
Os brasileiros estão cansados, sim. Mas não de ir à luta. Querem saber? Mal começaram. O acordão não foi engolido pelas ruas. E seus personagens todos correm o risco de partilhar o mesmo círculo do inferno. Ponham fim à impostura, senhores! A população já percebeu.
Texto publicado originalmente às 3h30
Por Reinaldo Azevedo

17/08/2015 às 6:05
Lula caracterizado como presidiário em manifestação no Distrito Federal (Foto: Cristiano Mariz/Veja.com)
Luiz Inácio Lula da Silva não compareceu à manifestação, no instituto que leva seu nome, promovida pela CUT e pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC — onde ele nasceu politicamente, quando ainda apenas de São Bernardo e Diadema. Por que não? Inexiste explicação lógica. É claro que, segundo a narrativa que se conta no petismo, ele deveria estar lá, não é mesmo? Não pode se exibir como um símbolo, uma abstração intangível, até entre os seus. É que o contraste seria vexaminoso para ele. A sociedade civil, sem estrelas da grandeza do poderoso Babalorixá de Banânia, pôs mais se 600 mil pessoas nas ruas, segundo as Polícias Militares. Lula sabe que seu PT agoniza. E tem claro que a sua imagem está se esfarelando.
Brasil afora, ele próprio não era menos alvo dos protestos do que Dilma Rousseff. Aquele que Gilberto Carvalho dizia ser, ainda em 2013, o “Pelé” que estava no banco de reservas do PT é hoje tratado como um perna de pau. Jilmar Tatto, secretário de Transportes e homem forte do prefeito Fernando Haddad, afirmou que o protesto só existe porque a oposição teme Lula em 2018.
Para começo de conversa, não é certo que esse governo se segure até lá. Mas também isso já foi. O Lula imbatível nas urnas é hoje coisa de um passado até recente no tempo, mas muito distante quando se considera o ritmo acelerado em que amadurece a sociedade brasileira. Ninguém mais cai na conversa.
Lula até tentou nos últimos 15 dias revitalizar aquele papo furado da luta do “nós” contra “eles”; das “elites” contra o “povo”. Sempre foi uma falsa questão, sempre foi uma boçalidade política. Mas tão mais distante se torna quando se constata que, fora do governo, só em palestras estupidamente bem pagas, amealhou R$ 27 milhões, boa parte delas contratadas e pagas por empresas investigadas na Lava-Jato.
O companheiro, que pretende ser o monopolista do povão, é hoje um milionário, não é mesmo? E não haveria mal nenhum nisso se a fortuna, essa que conhecemos, houvesse sido conquistada longe do poder e de interesses que se entrelaçam com dinheiro público. Mas também isso não bate com a realidade.
Os lulistas gostariam que fosse verdadeira a falsa tese de que é a ruindade do governo Dilma que contamina a imagem de Lula. Não é, não! Há até uma possibilidade, no terreno estritamente pessoal, de que seja o contrário. Não é difícil a gente ouvir por aí que Dilma pode até ser honesta, o problema está no fato de ser tutelada por Lula e pelo PT. Desconheço se alguém já fez algo parecido, e fica aqui a dica: institutos de pesquisa deveriam escolher algumas personalidades públicas para que a população avaliasse a sua honestidade, com notas de zero a 10. Aposto que Dilma receberia uma pontuação acima da de Lula.
Na Avenida Paulista — e, segundo sei, foi assim em toda parte —, Lula não apanhou menos do que Dilma e do que o PT propriamente. Aquele que era o Pelé do banco, a eterna reserva moral para opor o povo à Dona Zelite, hoje já não é mais garantia de nada. Bonecos infláveis Brasil afora o caracterizavam como um presidiário.
E isso lança o PT num verdadeiro desespero. Os “companheiros” não sabem por onde recomeçar. Acusam conspirações as mais exóticas e variadas, mas nem eles acreditam seriamente em suas mentiras convenientes.
O mito Lula está acabado, e resta agora torcer para que a Justiça não resolva ajustar as contas com o homem Lula.
Texto publicado originalmente às 5h03
Por Reinaldo Azevedo

17/08/2015 às 6:01
Dilma e Janot na posse do primeiro mandato do procurador-geral, em setembro de 2013
O trabalho do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ainda está longe do fim. Será, como o de toda a Operação Lava-Jato, devidamente avaliado quando concluído. E, por isso mesmo, cumpre-nos ficar vigilantes. Felizmente e a tempo, Janot entrou no radar da sociedade civil. Lideranças do Movimento Brasil Libre e do Vem Pra Rua, em seus respectivos carros de som, chamaram o chefe do Ministério Público Federal às suas responsabilidades. “Ah, nem precisava…” Ah, caras e caros, precisava, sim!
Até os gramados de Brasília sabem que o acordão que tem de ser explodido passou pelas cercanias da Procuradoria-Geral da República, com reflexos no TCU. E isso foi devidamente percebido pelos movimentos que convocaram as manifestações. O, como chamarei?, perfil entre estoico e irascível dos procuradores de Curitiba não pode nos impedir de fazer algumas cobranças, não é mesmo?
A oposição encaminhou a Janot no dia 26 de maio um pedido de abertura de ação penal contra a presidente Dilma com base no Artigo 359 do Código Penal. Há quase três meses! Que dificuldade tem o procurador-geral de dizer um “não” ou, então, de encaminhar o pedido ao Supremo? Ele pode concordar com a oposição ou discordar dela. A questão jurídica que o pedido envolve é simples.
Da mesma sorte, Dilma foi citada ao menos 11 vezes nas delações. Alberto Youssef, por exemplo, diz que ela sabia de tudo. Janot já se manifestou diante do Supremo, opinando que, segundo entende, a presidente não pode ser denunciada no imbróglio da Petrobras porque os crimes são anteriores a este mandato. A matéria é controversa, para dizer pouco. Há juristas de primeira grandeza, com os quais me alinho, que pensam o contrário. Mas digamos que assim fosse, resta outra questão: investigada em inquérito, segundo jurisprudência do Supremo, ela pode ser. E, sobre isso, não há controvérsia.
Desde o começo, vocês são testemunhas, estranhei a lista de políticos de Janot. Fica-se com a impressão de que o PP era o partido-chefe do petrolão, não é mesmo? Há uma lista grande de parlamentares — muitos deles sem a menor importância —, e simplesmente não há ninguém do Executivo.
Querem mais? O que falta para que se peça ao menos a abertura de um inquérito para apurar a atuação de Edinho Silva e de Aloizio Mercadante? Quando o procurador-geral a pediu para Antonio Palocci, Eduardo Cunha e o próprio Renan Calheiros — no tempo em que ele ainda não era um neoconvertido —, o que havia além de testemunhos? No caso do presidente da Câmara, só havia uma acusação vaga de um policial. Júlio Camargo veio muito depois.
Fazem bem as ruas quando põem Rodrigo Janot no radar. Para que ele saiba que estamos atentos. Até agora, meus caros, a lista dos políticos deixa muito a desejar, não é? O nome mais vistoso que lá se encontra é o de Cunha, justamente um inimigo jurado do PT e do Planalto. O maior esquema de corrupção jamais descoberto na História do País não deve ter sido liderado por uma gangue do PP, um partido menor da base aliada, não é mesmo?
A democracia e a verdade certamente nada têm a perder se a sociedade civil ficar atenta às ações do procurador-geral da República. Janot precisa aumentar logo a sua lista. Ou alguém acha mesmo possível que o petrolão tenha existido sem a participação de autoridades do Poder Executivo?
Estamos atentos, Janot! Muito atentos!
Texto publicado originalmente às 4h22
Por Reinaldo Azevedo

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 17/08/2015 03:03
Após mais um domingo de protestos nacionais — o terceiro em menos de oito meses — Dilma Rousseff reuniu-se na noite de domingo (16) com quatro ministros petistas. Seguiu-se ao encontro um silêncio quebrado apenas por uma lacônica nota de uma linha da Secretaria de Comunicação Social da Presidência: “O governo viu as manifestações dentro da normalidade democrática''.
Protestos de 16 de agosto pelo país
16.ago.2015 - Manifestantes erguem faixa gigante pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff durante protesto na avenida Paulista, em São Paulo Leia mais Jorge Araújo/Folhapress
Incomodado com o mutismo do Planalto, um parlamentar governista tocou o telefone para um dos ministros que estiveram com Dilma. O silêncio de vocês pode ser confundido com abulia, reclamou. O auxiliar da presidente respondeu que pior seria se o governo fornecesse pretexto para um novo panelaço. De resto, disse que uma avaliação mais alentada será feita nesta segunda-feira, após reunião de Dilma com o vice Michel Temer e os membros da coordenação política do governo.
Participaram da conversa noturna com Dilma os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça), Jaques Wagner (Defesa) e Edinho Silva (Comunicação Social). Para se livrar da curiosidade dos repórteres, entraram e saíram por um portão lateral do Palácio da Alvorada. Avaliaram que, diante das circunstâncias, a terceira onda de protestos não produziu abalos capazes de inibir os esforços do governo para tentar superar as crises política e econômica.
Celebrou-se no Alvorada o fato de as manifestações deste domingo terem levado ao meio-fio multidões menores do que as de 15 de março, mais próximas das de 12 de abril. Ruim para o PSDB, acreditam Dilma e seus ministros, já que o partido presidido por Aécio Neves veiculara comerciais no rádio e na tevê convocando as pessoas para as manifestações.
Mantido o script esboçado no Alvorada, as reações oficiais desta segunda-feira seguirão o manual: respeito ao direito do brasileiro de se manifestar pacífica e democraticamente, disposição do governo de trabalhar para superar as dificuldades políticas e econômicas e respeito ao resultado das urnas de 2014.
Não se ouvirá nada parecido com o que foi dito pelo ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) em 15 de março. Naquele dia, Rossetto provocara a ira das panelas ao dizer que os protestos eram coisa de eleitores que não votaram em Dilma. Acrescentara que “não é legítimo o golpismo, a intolerância, o impeachment infundado que agride a democracia”.
Neste domingo, o desejo de afastar Dilma do cargo ficou ainda mais nítido. Em São Paulo, informa o Datafolha, 85% dos manifestantes gostariam que a presidente facilitasse as coisas, renunciando ao cargo. A renúncia não virá. Mas Dilma poupará a platéia de uma nova entrevista de Rossetto. Quem for escalado para falar terá de caprichar na humildade.

Josias de Souza - 16/08/2015 18:11
Durante dois anos, o Bolsa Família propiciou a Lula seus momentos de São Francisco de Assis. Mesmo depois do mensalão, quando o PT deixou o socialismo para cair na vida, Lula manteve o prestígio escorado numa hipotética castidade presumida. Neste domingo, o asfalto começou a descanonizar o personagem. Um gigantesco boneco de Lula, vestido de presidiário, ornamentou os protestos de Brasília. Virou meme na internet. Evidência de que o teflon que protegia a imagem de Lula não é impermeável ao óleo queimado do petrolão.
Num instante em que a sua voz soa nos grampos da Lava Jato e sua prosperidade lateja na conta bancária, Lula encontra-se na constrangedora posição de um ex-presidente supostamente honrado que legou à sucessora uma esbórnia e continuou enrolado na bandeira da moralidade. Um pedaço das ruas informa que já não se dispõe a engolir a imagem que Lula faz de si mesmo.
Na página 147 do livro ‘Lula, o filho do Brasil’, da pesquisadora Denise Paraná, Lula pintou assim o seu auto-retrato: “…Se eu não tivesse algumas [qualidades pessoais] não teria chegado aonde cheguei. Eu não sou bobo. Acho que cheguei aonde cheguei pela fidelidade aos propósitos que não são meus, são de centenas, milhares de pessoas.''
No momento, um fantasma assombra as noites de Lula na cobertura de São Bernardo. Trata-se da assombração do próprio Lula, quando fazia pose de puro e imaculado. A alma penada ronda-lhe os sonhos, brandindo faixas com bordões inconvenientes. Coisas como ‘Abaixo a corrupção’. Ou ‘Fora Collor’. Ou ainda ‘Abaixo os 300 picaretas do Congresso’.
Um outro fantasma atormenta Lula: Sérgio Moro. Cultuado nas manifestações deste domingo, o juiz da Lava Jato está para o petrolão assim como Joaquim Barbosa estava para o mensalão. Com duas diferenças: as delações proliferam e Lula, sem mandato, agora está ao alcance da primeira instância do Judiciário.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Segunda-feira, agosto 17, 2015
Clique sobre a imagem para vê-la ampliada. Quem diria, né? Cena da Av. Paulista na tarde deste domingo (16). (Foto do site Diário do Poder)
Enquanto os jornalões e as redes de televisão se esforçam para minimizar as manifestações que ocorreram em todos os Estados brasileiros e o Distrito Federal, sem falar que na véspera quando não ignoraram o fato trabalharam ostensivamente para esvaziá-lo. Foi em vão.
O mais importante de tudo isso é que as manifestações foram organizadas por movimentos completamente distantes dos partidos e da política tradicional. Contaram apenas com as redes sociais e os blogs independentes, a mostrar o quando a grande mídia perde terreno como "massa media" tradicional. Um fenômeno digno de ser analisado.
Seja como for, o fato é que as manifestações assestam mais um torpedo no cambaleante PT. Lula não se atreveu nem a ir à sede de seu instituto, onde os "companheiros" já em número cada vez mais reduzido, fizeram o quê mesmo? Uma vigília com direito a churrasco e cerveja. Pelo que se viu o clima foi de velório.
E povo inteiro nas ruas vestido das cores do Brasil - aliás já não se via mais a Bandeira do Brasil - sufocou o vermelhão comunista bolivariano.
De líder sindical e protagonista da façanha de presidir o Brasil por dois mandatos, Lula foi transformado no Judas. E o povo inteiro nas suas manifestações exigiram a prisão do homem que fazia e acontecia como nunca antes neste país.
A foto que ilustra este post é do site Diário do Poder e resume tudo. Se fosse o contrário seria capa dos jornalões, isto é, se em seu lugar estivesse, digamos FHC ou outro líder político fora das hostes comunistas sob suspeição.
A saída do PT do poder é uma exigência da maioria, quase a totalidade dos cidadãos brasileiros. Esta é a verdade. Dispensa-se as pesquisas do DataFolha e Ibope. O que se viu neste domingo é uma pesquisa real cuja amostragem esteve nas ruas de todos os Estados brasileiros e mais o Distrito Federal.
Os brasileiros caíram na realidade. Todos estão conscientes de que cada minuto que o PT permanece no Governo aumenta a desgraça, justamente dos assalariados. Os tubarões das empreiteiras, banqueiros, mega industriais e os seus neo-aliados comunistas dispõem de 'pixulecos' para viver em alguma ilha paradisíaca do Caribe. Menos Cuba, é claro, porque, haverão de justificar, ninguém é de ferro.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Segunda-feira, 17 de agosto de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Em Brasília, um boneco gigante do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vestido como um legítimo companheiro petralha-presidiário e com o número "13-171" (cuja soma dá a morte, na cabala), foi o símbolo máximo da indignação do povo brasileiro contra os governos corruptos da Nova República. Este regime corrupto iniciado em 1985, no verdadeiro "golpe militar" do General Leônidas (que botou José Sarney na Presidência), começa a acabar com o velório cívico do desgoverno nazicomunopetralha de Dilma Rousseff e seus comparsas do PMDB - partido que não larga o osso do poder e arma um novo golpe, via Renan Calheiros, Michel Temer, Eduardo Cunha & caterva para continuar comandando o Palácio do Planalto. 
Lula ficou pt da vida! Assim o "Fantástico", da Rede Globo, fechou ontem a matéria de quase 13 minutos sobre a megamanifestação em todo o País: "Em relação aos protestos contra o ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva e o boneco que o representava vestido como presidiário, o Instituto Lula divulgou nota em que afirma “Lula foi preso na ditadura porque defendia a liberdade de expressão e organização política. O povo brasileiro sabe que ele só pode ser acusado de ter promovido a melhora das condições de vida e acabado com a fome de milhões de brasileiros, o que para alguns, parece ser um crime político intolerável. Lula jamais cometeu qualquer ilegalidade antes, durante ou depois de seus dois governos”.
O teor dessa ficção política foi apenas o recibo passado por Lula de quem tem medo concreto e quase certeza de que será atingido, duramente, pelos desdobramentos da Operação Lava Jato. A maior mágoa de $talinácio é constatar que a História lhe transformou de herói em vilão. No imaginário popular, aquele sindicalista que outrora fora um mito, endeusado e idolatrado como salvador da pátria, agora se transformou em um personagem decadente, que mal consegue sair de casa, em São Bernardo do Campo, sem ser xingado pelos pejorativos termos "ladrão" ou "lacraia". Lula hoje é um sobrevivente em agonia. Seu ego só não foi tão barbaramente assassinado como Celso Daniel, prefeito de Santo André...
O fogo está centrado em Lula. A Rede Globo, ontem, exagerou na dose dos ataques (merecidos, diga-se de passagem) ao chefão petista. No entanto, é preciso ficar claro que Lula, apesar de ser o cabeça, não é a causa dos problemas brasileiros. Lula, Dilma, PT, PMDB, PSDB e por aí vão são consequências da nossa estrutura estatal Capimunista - cartorial, centralizadora, cartelizada e corrupta - que temos de derrubar e transformar em um Estado Republicano, Federalista, Transparente, com Segurança do Direito (Democracia) e mecanismos de Controle exercido pela Sociedade, para a efetiva Ordem Pública, Paz Social, Desenvolvimento e Progresso.
Se queremos o Bem do Brasil, temos de ficar vigilantes contra o golpe armado pelos conchavos políticos de Lula e da sua bonequinha Dilma com Renan Calheiros - que agora se arvora de "salvador da pátria", na disputa intestina de poder contra os também peemedebistas Michel Temer (que pode até compor com ele) e Eduardo Cunha (que tende a um rompimento). Eles armam o golpe para que Dilma, mesmo agonizante e impopular, permaneça no poder até quando der e puder, sendo substituída por algum deles, se algo der errado (o que tem grandes chances de acontecer contra a velha turma da Nova República).
Lula tem motivos para ficar deprimido - o que oferece alto risco para o retorno de um violento câncer. Até para o mais refinado sem vergonha, é muito vexame ver o povo, ajoelhado, ao lado de um caixão com as imagens dele, da Dilma e a estrelinha vermelha do PT, sob uma gigantesca bandeira verde e amarela, onde estava escrito: "Intervenção Constitucional, já". Tal imagem fúnebre do regime nazicomonopetralha, mas que simboliza o renascimento cívico do verdadeiro povo brasileiro, foi captada ontem, na Avenida Paulista, em frente ao prédio da Fundação Cásper Libero, da TV Gazeta. Naquele instante, os manifestantes rezaram com o Padre Carlos, pedindo novos tempos para o Brasil.
Nem o cineasta esquerdista francês, Jean-Luc Godard, poderia roteirizar um filme tão revolucionário como o protagonizado ontem pelo povo brasileiro nas ruas das principais capitais e cidades do Brasil. Os cidadãos repetiram as manifestações absolutamente pacíficas e ordeiras que levaram centenas de milhares a trocar um domingo de descanso e lazer por um ato cívico de patriotismo - coisa tão odiada pela canhota ideologia internacionalista e globalitária dos fanáticos seguidores de seitas como o PT e afins. O povo reafirmou seu compromisso com o desejo por mudanças reais, concretas e objetivas.
Foram vários os motes das manifestações. Na Avenida Paulista, propositalmente ignorado pela Rede Globo (onde a militância jornalística de esquerda é hegemônica), foi gigantesca a adesão popular em favor da "Intervenção Constitucional pelo Poder Instituinte do Povo". Havia também milhares de pessoas, sem foco específico e entendimento completo da realidade do sistema de poder tupiniquim, que exigiam, com gritos e cartazes, apenas a mera saída da Presidenta Dilma Rousseff. Fez sucesso uma foto com a imagem de Lula, quando ainda era sindicalista, com os dizeres: "Falta o Chefe"... Nesta linha de raciocínio, foi exaltado na manifestação, novamente, o juiz Sérgio Moro. Não é fácil viver em um País em que a popularidade de um Presidente da República é inversamente proporcional a de um magistrado que apenas cumpre seu dever...
Tal desconforto deveria ser sentido por políticos que compareceram ao ato, em carros de som que ajudaram a patrocinar sem admitir publicamente, centraram fogo apenas na saída de Dilma e do PT. Pediram o simples "Impeachment" (que só serviria para colocar, de imediato, na Presidência da República, Michel Temer, Eduardo Cunha, Renan Calheiros ou, se eles ficarem impedidos por problemas judiciais, Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, que é publicamente reconhecido como amigo pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva. A Rede Globo e afins preferiram dar destaque a eles...
Não importa a quantidade nem a polêmica sobre o número real de participantes. O que realmente importa é a qualidade da manifestação. As reações espontâneas no ato público de ontem foram impressionantes. Na hora da dispersão, por volta das 18 horas, manifestantes em favor da Intervenção Constitucional tomaram uma decisão não planejada. Abriram uma gigantesca bandeira verde-amarela e partiram, a pé, do prédio da TV Gazeta até o Comando Militar do Sudeste, no Ibirapuera.
No trajeto de descida pela Avenida Brigadeiro Luiz Antônio até chegar à Avenida Mario Kozel Filho, o pedação patriótico de pano foi saudado por populares e pelas buzinas dos carros de quem não foi à manifestação. Em frente ao quartel general do Exército, onde está montado um "acampamento cívico" (onde está pintada de verde-amarelo a ciclo-faixa vermelha do Prefeito Fernando Haddad), as pessoas comuns promoveram um abraço e uma nova manifestação.
Destaque imagético para um bebê, sentado sobre o bandeirão no asfalto, com o pavilhão nacional de fundo e a faixa reivindicando "Intervenção Constitucional, já", com os dizeres: "Socorro, FFAA! Salvem o Brasil. Estamos desarmados. Terroristas nos ameaçam. SOCORRO! Não queremos o PNDH3! Salve nossas crianças! O Brasil se tornou um País sem Lei! Os três Poderes estão aparelhados! Intervenção Constitucional, já!" 
O movimento foi filmado por oficiais do Exército que estavam à paisana. Aliás, ao longo da manifestação da Avenida Paulista, havia pelo menos 20 agentes de inteligência militar providencialmente "camuflados" (vestidos como um cidadão qualquer, inclusive com barba por fazer e não bem vestidos, para não dar na pinta). Os militares acompanharam a manifestação ostensivamente. Publicamente, o Alto Comando ainda foge da intervenção como Lula tenta escapar da ligação com o Mensalão e o Petrolão... Fugir de tais situações não será tarefa fácil para nenhum deles... O povo já deu o recado e disse o que deseja...
O regime nazicomunopetralha agoniza, mas ainda não está completamente morto, apesar da vontade e do simbólico humor negro popular. No entanto, o Alerta Total repete por 13 x 13, para dar sorte: A mudança brasileira é inevitável. Trata-se de uma demanda interna e do mundo, que depende de nossa estabilidade institucional e produtiva. Por isso, o povo, em massa, nas ruas, mesmo sem saber direito o que está fazendo no evento patrocinado pela "oposição", representou um avanço cultural, civilizatório e cidadão. Foi um passo gigantesco para mudar o Brasil para melhor. Só a pressão exercida diretamente pelo povo provocará tais mudanças. Inúteis são os conchavos e conversas fiadas da desclassificada classe da politicagem, que precisa ser substituída por quem faça Política de verdade...
A Revolução Brasileira avançou ontem. O movimento histórico da mudança é gradual. As pré-condições para as transformações já são reais e começam a se consolidar. O processo democrático não acontece por milagre. É conquistado de forma segura até amadurecer. O povo brasileiro começa a trilhar o caminho certo. Esta é a melhor de todas as notícias não publicadas pela mídia amestrada do Brasil.
Silêncio forçado
O Fantástico também noticiou: "Dilma Rousseff não se pronunciou sobre as manifestações que pediram seu impeachment. O ministro da secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, divulgou uma nota em que diz que apenas que o governo viu as manifestações dentro da normalidade democrática. Foi o único ministro a se pronunciar".
Assim que as manifestações acabaram, Dilma se reuniu por quase três horas com os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, Edinho Silva, da secretaria de Comunicação Social, José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Jacques Wagner, da Defesa.
Os ministros passaram, na chegada e na saída, por um portão lateral do Palácio da Alvorada, sem que nenhum deles falasse nada sobre o domingo amargo para o desgoverno nazicomunopetralha...
Coisas do Capitão Boquinha
Grave, intolerável e editorialmente suspeito foi o longo espaço que o "Fantástico", da Rede Globo, deu ontem para o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas - o mesmo que, semana passada, no Salão Nobre do Palácio do Planalto, pregou o uso de armas contra quem quer derrubar Dilma da Presidência:
“O Brasil precisa ter tolerância nas disputas políticas. Nós achamos que as pessoas têm que se manifestar mesmo. Ainda bem que a democracia garante isso. À favor, contrário, agora a tese do impeachment, a tese da renúncia criada, porque ela não tem motivação, está paralisando o Brasil, a economia fica paralisada por conta de uma crise política criada. Nós achamos que tem que acabar com essa ideia de terceiro turno, o Brasil poder voltar à normalidade. A gente ter a condição de ter um crescimento econômico, voltar a gerar emprego e renda. E a nossa manifestação dialoga só com isso. Para que não aja nenhum tipo de retrocesso no Brasil, para que se tenha tolerância”.
Protesto Indecente da CUT
Ontem, a CUT do Vagner juntou uns 500 gatos pingados em frente à sede do Instituto Lula, no bairro do Ipiranga, para a tentativa inútil de um contraponto a quase um milhão de pessoas que lotou a Avenida Paulista.
Sindicatos ligados à central sindical fretaram 30 ônibus para levar seus manifestantes profissionais - que tiveram direito à churrasquinho e cervejinha no ato político em favor do deusinho Lula e da rainha Dilma.
Ouviram do Ipiranga (sábado que vem)
São Paulo vai sediar, sábado que vem, dia 22, às 10 horas da manhã, nas escadarias do Museu do Ipiranga, mais um grande ato público.
Trata-se do evento "Corrupção Nunca Mais", patrocinado pela Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, com apoio de vários movimentos de rua.
O objetivo é mobilizar a população para conseguir dois milhões de assinaturas em favor de um projeto de iniciativa popular em prol do combate à corrupção.
PTitanic afundando de vez

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