SEM AJUSTES 2016 PODERÁ SER PIOR, DIZ MINISTRO LEVY

Levy alerta que 2016 pode ser pior se ajustes não forem implementados
Ministro falou após reunião com técnicos da agência de classificação de risco Moody's, que está no Brasil para avaliar necessidade de revisão da nota do país
Veja on line - 16/07/2015 às 15:32 - Atualizado em 16/07/2015 às 15:32
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy(Pedro Ladeira/Folhapress)
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, alertou nesta quinta-feira (16), em entrevista à Rádio CBN, que o país poderá postergar a volta do crescimento caso as medidas de ajuste e de reorganização da economia não sejam implementadas com rapidez. "Temos que agir rápido. Se não tomarmos ações tanto na parte do ajuste quanto na reorganização da economia vamos postergar a recuperação. Ao invés de 2016 ser ano de crescimento e inflação baixa podemos ter um ano um pouco mais difícil", disse Levy à emissora de rádio.
Levy se reuniu nesta manhã com a equipe da agência de classificação de risco Moody's que está no país recolhendo dados e informações sobre a economia brasileira para eventual revisão da nota de crédito brasileira, atualmente Baa2 com perspectiva negativa. Levy disse, na entrevista, que expôs à missão da Moody's que a economia brasileira enfrenta desafios no curto prazo, mas está se ajustando para voltar a crescer.
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Mesmo reconhecendo que o desempenho fiscal neste ano não está sendo o esperado, o ministro ressaltou que o país está reorganizando as suas contas. "Não tivemos um fiscal muito apertado, mas demos uma organizada", afirmou o ministro à Rádio CBN.
A meta de superávit primário de 2015 é de 66,3 bilhões de reais, correspondente a 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Mas, com a fraca arrecadação e gastos elevados, o governo não conseguiu fazer economia para o pagamento de juros da dívida, registrando em 12 meses encerrados em maio déficit nominal de 0,68% do PIB, de acordo com o dado mais recente divulgado pelo BC.
Na entrevista, Levy também defendeu a votação do projeto do senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) que regulariza recursos não declarados de brasileiros no exterior mediante o pagamento de uma alíquota de 17,5% de Imposto de Renda e de uma multa de 17,5%.
Os recursos arrecadados com a cobrança da multa serão utilizados para compor dois fundos recentemente criados que viabilizariam a reforma do ICMS.
O ministro voltou a defender o avanço das medidas que tramitam no Congresso relacionadas à reforma do ICMS, dizendo que a mudança nas regras do imposto estadual faz parte de uma agenda capaz de recolocar o país na rota do crescimento.
(Com Reuters)

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