DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
14 DE JULHO DE 2015
O diplomata Guilherme Patriota, irmão do ex-ministro Antonio Patriota, ganhou “prêmio de consolação” após ser rejeitado pelo Senado para representar o Brasil na OEA. A manobra do Itamaraty é indicar Patriota “goela abaixo”: ele será “embaixador-alterno” em Genebra (Suíça) junto a alguns organismos internacionais, cargo que não requer aprovação do Senado. Mas a rejeição à OEA, que não tem precedentes, pode permitir que o Senado impeça também a nova nomeação à Genebra.
“De novo, o Itamaraty quer circundar a decisão do Senado de rejeitar uma indicação”, diz um membro da Comissão de Relações Exteriores.
“Dilma encontrou uma forma de abrigar [Patriota] sem que precisasse passar por uma nova rejeição”, diz Aloysio Nunes, presidente da CRE.
“Se foi rejeitado para a OEA, por que ele [Patriota] pode representar o Brasil em organismos em Genebra?” indagou outro membro da CRE.
Patriota era nº 2 da representação brasileira na ONU, em Nova York, sob a chefia do irmão. Seu apartamento custava R$ 54 mil por mês.
A Câmara dos Deputados já torrou R$ 11,9 milhões do dinheiro dos contribuintes em contratos sem licitação de janeiro a abril deste ano. A maior parte, R$ 10,7 milhões, foi embora em apenas um contrato com a Inspetoria São João Bosco, para gerir o programa do jovem aprendiz. Outro gasto, no mínimo curioso, são R$ 335,4 mil de contrato fechado com a Embratel para pagar pelo fornecimento, temporário, de celulares.
A Câmara gastou R$ 8 mil para comprar carimbos, considerados “indispensáveis” para o funcionamento do Legislativo.
A Câmara está pagando R$ 20 por galão com 20 litros de água. Preço médio em Brasília: R$ 8. E existem na internet ofertas por até R$ 2.
Até a aquisição de um cofre eletrônico entrou no bolo das compras sem licitação realizadas pela Câmara dos Deputados este ano.
Dentro do PT, apenas o ex-presidente Lula tem se mostrado contrário à delação premiada do ex-tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, preso na Operação Lava Jato. Alguns petistas já defendem que Vaccari “entregue todo mundo, até Dilma” para salvar o que resta da legenda.
Quarta passada, o Congresso iria votar 108 vetos presidenciais. Por orientação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o PMDB queria derrubar todos eles. Um “acordão” de emergência remarcou a votação.
No dia da votação dos vetos, a liderança do Governo na Câmara esvaziou a sessão do Congresso para dar tempo de pedir explicações a Cunha, presidente da Câmara. Perdeu tempo. Cunha já não esconde mais a insatisfação com o governo e matérias do interesse de Dilma.
Reunião do PDT, nesta terça, na sede nacional do partido, deve decidir o substituto do ministro do Trabalho, Manoel Dias. Desgastado e sem resultados a apresentar, Dias não é querido nem pelos correligionários.
Para o ex-presidente e ex-senador José Sarney (PMDB-AP) é “inevitável” que o Congresso brasileiro aprove como solução para a crise institucional, política e econômica o sistema parlamentarista.
Após depor na CPI da Petrobras, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) acredita ter cumprido a “cota de sacrifício” e colocou o cargo à disposição. Interlocutores dizem que ele já não quer ser ministro.
A bancada da bala, liderada por deputados federais do Distrito Federal, não anda muito amistosa. Alberto Fraga (DEM) e Laerte Bessa (PR) disputam na Câmara as relatorias sobre criminalidade e violência.
Para salvar da degola os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação), citados na Lava Jato por Ricardo Pessoa, chefe do cartel de empreiteiras, o governo colocou o bloco na rua: “é semana de tricotar no Congresso antes do recesso”, diz um deputado.
... sorte do brasileiro Marcel Stürmer, tetracampeão no Panamericano, que o governo Dilma não compete na sua categoria: patinação artística.

NO DIÁRIO DO PODER
LAVA JATO
RENAN TINHA UM REPRESENTANTE QUE NEGOCIAVA PROPINA, DIZ DELATOR
RENAN TINHA REPRESENTANTE QUE NEGOCIAVA PROPINA, DIZ EX-DIRETOR DA PETROBRAS
Publicado: 13 de julho de 2015 às 22:00
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa (Abastecimento), delator da Operação Lava Jato, declarou à Justiça Federal nesta segunda-feira, 13, que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) tinha 'um representante' que negociou com ele o pagamento de propinas. Segundo Costa, o 'representante' de Renan era o deputado Aníbal Gomes (PMDB/CE), antigo aliado do presidente do Congresso.
Perante o juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Operação Lava Jato, o ex-diretor da estatal depôs no processo em que são réus altos executivos da empreiteira OAS.
Costa fez uma longa explanação sobre a rotina de corrupção que se instalou na Petrobras com base na divisão de porcentuais sobre valores de contratos.
Indagado por um dos advogados da OAS sobre o suporte político que ele tinha para se manter no cargo, Costa disse que sua gestão era 'compartilhada entre o PP e o PMDB'.
O advogado insistiu e quis saber quem lhe dava sustentação política no PMDB. "O senador Renan Calheiros era um dos que davam sustentação política."
Em seguida, o mesmo advogado perguntou. "O sr. negociava com ele (Renan) também valores, propinas, comissionamentos?"
"Não, não, com ele não. Mas ele (Renan) tinha um representante, um deputado, Aníbal Gomes, que algumas vezes negociou comigo isso", respondeu Paulo Roberto Costa.
"Em reuniões com outros empreiteiros, esse Aníbal estava junto?, o Renan estava junto?", perguntou o advogado.
"Senador Renan nunca participou de nenhuma reunião com empreiteiros, Aníbal Gomes sim", disse o ex-diretor da Petrobras.
O deputado Aníbal Gomes não foi localizado para comentar as declarações do delator. Anteriormente, quando citado, Aníbal Gomes negou envolvimento com o esquema de propinas na Petrobras.
O senador Renan Calheiros reiterou, em nota, que suas relações com todas as empresas públicas e seus diretores "nunca ultrapassaram os limites institucionais" e que "jamais autorizou o deputado Aníbal Gomes ou qualquer outra pessoa a falar em seu nome.” (AE)

NADA DE NOVO SOB O SOL
Por Carlos Chagas
A moda é concentrar na presidente Dilma o fogo de todos os canhões voltados contra a crise que nos assola. Tudo bem, Madame é a principal figura ostensiva responsável pelas agruras que atingem o país, mais por ter aceitado uma coroa maior do que sua cabeça, menos por faltar-lhe condições para gerir um simples botequim. Mesmo assim, não parece justo deitar sobre seus ombros o ônus da tragédia agora encenada. Há que verificar seus condicionantes e suas preliminares. Ela só chegou à presidência da República por uma decisão imperial do Lula, respaldada pela concordância do PT. Aqui começa a trapalhada. Que o ex-presidente pudesse agir como todo-poderoso czar de todos os Brasís, seria inevitável, mas que o Partido dos Trabalhadores se curvasse a esse ucasse, parece uma aberração.
Acontece que um grande partido não poderia ter sido destruído de fora, antes de ser erodido por dentro. Seu declínio, por haver cedido à imposição de seus donos, teve causa na decadência de seus ideais, após o fim de uma pequena era de esperança. Com a ascensão ao poder, seu mundo ficou velho. Erodiu-se sua ideologia. Os vícios contra os quais lutou passaram a atacá-lo. A classe trabalhadora na qual se afirmava cedeu às tentações e ao exemplo dos poderosos, tendo a destruição começado de dentro para fora. As facilidades da vida fácil fizeram esquecer sua essência. Não foram, os companheiros, conquistados, mas aderindo pelas facilidades ao seu dispor. Misturaram a indignação dos tempos iniciais com as benesses conquistadas depois. Trocaram as agruras de um vida ascética pelo comodismo de exceções futuras. O caráter viril de sua simplicidade cedeu lugar à inclusão na minoria de privilegiados. Desapareceram, aí, suas qualidades. A velha fé na justiça social e na igualdade cedeu lugar ao estoicismo das mudanças em prol de uma sociedade condenada à desigualdade, cientes de que acima de tudo está a conquista do controle dos semelhantes.
Não soube, o PT, proteger a maioria em nome da qual se forjou, por isso tornando-se numa casa vazia cercada pela indiferença e até a indignação. O despotismo interno destrói a disputa pela competição sadia, substituída pelas vantagens e privilégios auferidos pelo exercício do poder. O fracasso do ideal despedaçado preparou o terreno para o desânimo e a ruína. Uma organização de homens livres transformou-se num conjunto de homens vencidos.
Todas essas considerações aplicam-se ao país onde dona Dilma equilibra-se para permanecer onde está, mas basta substituir onde se lê Partido dos Trabalhadores por Império Romano, no caso, com aplauso a Gibbon, para se concluir que nada de novo existe sob o Sol...

NO O ANTAGONISTA
Eduardo Cunha critica Moro
Brasil 13.07.15 18:57
O leitor Emerson informa que Eduardo Cunha, num programa de rádio veiculado em São Paulo, critica as prisões preventivas decretadas por Sergio Moro. A crítica conta com o aval do apresentador.
Eduardo Cunha fala na condição de investigado pela Lava Jato ou de jurista diletante?
Ainda sobre Eduardo Cunha na rádio
Sociedade 13.07.15 19:11
Só numa república bananeira um investigado pode investir num programa de rádio contra o juiz que detonou o esquema pelo qual ele é investigado.
De caneta na mão
Brasil 14.07.15 05:58
Um peemedebista disse à Folha de S. Paulo:
“Dilma ainda tem a caneta na mão”.
Os tucanos consultados pelo jornal concordaram:
“Se o governo lançar mão de expedientes escusos, pode comprar apoio para se manter de pé”.
Dilma Rousseff deve ter usado muito bem sua caneta nos últimos dias, porque peemedebistas, tucanos e até mesmo setores da imprensa resolveram se empenhar para tentar esfriar o clima de impeachment.
Não se pode brincar com a caneta
Brasil 14.07.15 06:05
O tucano Aloysio Nunes é contra o impeachment.
Ele disse à Folha de S. Paulo:
"No momento, não vejo base para o impeachment. Não se pode brincar com isso".
Ele disse igualmente:
"Esses processos demoram, geram tensionamento. Pode haver um desdobramento dramático. O clima de radicalização é preocupante”.
E:
“Dilma tem respeitabilidade pessoal, tem um partido e tem o apoio de movimentos sociais”.
E tem também o apoio da caneta. Assim como Ricardo Pessoa, que deu 200 mil reais a Aloysio Nunes. Não se pode brincar com a caneta.
O silêncio das canetas
Brasil 14.07.15 06:10
Ricardo Pessoa, hoje, vai prestar depoimento no TSE sobre os 7,5 milhões de reais que deu à campanha de Dilma Rousseff, depois se sofrer o “achaque educado” de Edinho Silva.
A caneta recomendou que ele ficasse em silêncio.
A caneta distorce
Brasil 14.07.15 06:13
Eduardo Cunha e Gilmar Mendes se reuniram na quinta-feira (09).
Segundo o relato da Folha de S. Paulo, eles “chegaram à conclusão de que um pedido de cassação de Dilma Rousseff dificilmente será aprovado no TSE”.
Procurado pelo jornal, Gilmar Mendes declarou:
"O que tenho dito é que é preciso ter provas quanto ao abuso de poder econômico e político. Caso haja provas substanciais, minha expectativa é que haja unanimidade, mas não disse que só se poderia cassar por unanimidade”.
Ou Gilmar Mendes está mentindo, ou a reportagem da Folha de S. Paulo, que contou com a caneta de Marina Dias, filha de José Américo Dias, secretário de Comunicação do PT, distorceu grosseiramente suas palavras.
O ministro disse que um pedido de cassação de Dilma Rousseff talvez não seja aprovado por unanimidade no TSE, mas disse também que pode ser aprovado mesmo assim.
A caneta distorce.
O engajamento da caneta
Brasil 14.07.15 06:22
Ontem o Valor calculou que havia entre 348 e 353 deputados dispostos a votar pelo impeachment de Dilma Rousseff.
Hoje a Folha de S. Paulo reduziu drasticamente o número:
“A turma que atua na linha de frente no Congresso pela saída de Dilma da cadeira presidencial já contabiliza ao menos 250 votos a favor de um eventual pedido de impeachment. O número está abaixo dos 342 votos exigidos pela Constituição para deflagrar um processo dessa natureza.
A contagem mostra o nível de engajamento das forças políticas que tentam patrocinar o impedimento da petista e, ao mesmo tempo, sinaliza a dificuldade de obter, hoje, o apoio à tese da cassação de mandato”.
A contagem mostra apenas o nível de engajamento da caneta.
A incompatibilidade da caneta
Brasil 14.07.15 06:25
Folha de S. Paulo:
“Ministros do TCU favoráveis ao governo passaram a defender que a corte não use o verbo ‘reprovar’ em sua decisão sobre as contas de Dilma Rousseff. Na visão desse grupo, a alternativa seria dizer que as contas da União são ‘incompatíveis’ com seu balanço fiscal. Assim, o ônus de uma eventual rejeição ficaria com o Congresso”.
A caneta é incompatível com a decência.
Dilma é incompatível com o Brasil
A caneta clandestina
Brasil 14.07.15 06:36
O encontro clandestino de Dilma Rousseff com Ricardo Lewandowski deu o resultado esperado.
Deputados, senadores, ministros do TCU, empreiteiros e jornalistas ligados aos partidos que, até recentemente, defendiam o impeachment da presidente para acalmar o Brasil e, assim, evitar a cadeia, agora esperam que ela use sua caneta para melar a Lava Jato.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 14/07/2015 04:58
Em tempos de inflação sufocante e desemprego florescente, surgiu uma saída para os agrupamentos de brasileiros encalacrados. Todas as famílias em dificuldades devem dissolver-se como famílias e reagruparem-se como clubes de futebol. As famílias não têm a quem recorrer. Os clubes dispõem da simpatia do governo e do apoio da bancada da bola no Congresso. Para as famílias, nada. Para os clubes, parcelamento camarada das dívidas, perdão de encargos e a renda de loterias novas para reforçar o caixa.
Sem fazer muitos questionamentos, os senadores aprovaram na noite desta segunda-feira (13) a medida provisória que cria o Profut - Programa de Modernização do Futebol Brasileiro. Sob atmosfera de ‘vamos lá minha gente’, parcelaram-se em 240 meses as bilionárias dívidas fiscais, previdenciárias e trabalhistas dos clubes. Para abastecer-lhes as arcas, criaram-se duas novas loterias. Como os mimos já haviam passado pela Câmara, seguiram para a sanção presidencial.
O futebol brasileiro é feito de dívidas e nostalgia. Suas glórias só existem no replay esmaecido dos lances de um passado remoto.
 Embora geridos por homens de bens, os clubes nacionais se esqueceram de dar lucro. Deus, como se sabe, é brasileiro. Mas o diabo é europeu. E aproveita-se da penúria dos clubes para levar embora craques mal apartados da mamadeira. Sobre os gramados nacionais, ermos de talento, brotam apenas ideias exóticas — como mais esse Probola.
A proposta aprovada no Congresso impõe um lote de exigências de gestão e responsabilidade financeira. Que serão desrespeitadas ao longo do tempo. Até o lançamento de um novo plano de socorro. Sob Lula, criou-se a Timemania, uma loteria cuja renda foi destinada prioritariamente aos clubes. Dizia-se à época que a grana serviria para liquidar-lhes as dívidas. A nova operação-resgate é a mais eloquente evidência de que não funcionou.
Pois agora, além de rolar os débitos dos clubes, o Estado deu à luz mais duas loterias: uma raspadinha chamada Lotex e uma bolsa de apostas sobre os resultados de competições esportivas. São escândalos esperando para acontecer. A exploração não ficará com a Caixa Econômica Federal. A proposta enviada para a sanção de Dilma autoriza a privatização.
Sete em cada dez brasileiros que testam a sorte nos jogos de azar oficiais têm renda inferior a três salários mínimos. Além da Timemania, o cassino estatal já administra os seguintes jogos: Loteria Federal, Loteria Esportiva, Loteria Instantânea, Mega-Sena, Lotomania, Quina, Dupla Sena, Lotofácil e Lotogol. Na prática, todos esses jogos são uma forma disfarçada de tributar o pedaço mais pobre da arquibancada.
Juntos, os clubes de futebol conseguem muito mais do que as famílias brasilerias. Injusto, muito injusto, injustíssimo. Não resta a você senão correr para fundar o Fulano Futebol Clube, que se juntará ao Beltrano Clube de Regatas. Ex-cartola, o senador Zezé Perrela (PDT-MG) celebrou o novo Probola: “Não há nenhum tipo de privilégio. Houve, sim, um bom senso do governo de entender que, salvando o futebol está salvando a alegria do povo''. Reagrupado como clube, você pode requerer do governo a troca da sua alegria por algo mais palpável.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Terça-feira, julho 14, 2015
Metade dos 'pixulecos' em espécie foi entregue diretamente na sede do diretório do PT, segundo afirmou o doleiro Alberto Youssef
O doleiro Alberto Youssef, delator da Operação Lava Jato, disse nesta segunda-feira à Justiça Federal em Curitiba (PR) ter realizado um pagamento de cerca de 800.000 reais em espécie ao PT - parte do dinheiro, segundo ele, foi entregue a Marice Corrêa de Lima, cunhada do ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto. O depoimento faz parte de uma das ações penais em que Vaccari é réu. Vaccari e sua cunhada negam ilegalidades.
O doleiro detalhou o pagamento da propina por orientação da diretoria da Toshiba em um contrato do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). "A única operação que eu fiz que envolveu o pagamento ao PT foi sobre uma obra do Comperj a pedido da Toshiba. Na época foi no total 800 e poucos mil reais", afirmou ao juiz Sérgio Moro. Youssef declarou que parte do dinheiro foi entregue "na porta do diretório do PT em São Paulo" e outra parte à cunhada de Vaccari, em espécie, em seu escritório na capital paulista. Ele disse que ter se encontrado com o ex-tesoureiro, mas afirmou que esse pagamento foi orientado pela Toshiba.
Youssef afirmou, porém, que sabia que Vaccari recebia parte das "comissões" da Diretoria de Serviços da Petrobras, cujo titular era Renato Duque, também réu na mesma ação. Ele afirmou que soube por empreiteiros que "normalmente essas comissões eram pagas por meio de intermédio no próprio partido". "Foi me falado na época que era propina. O comissionamento era pago como doação", disse Youssef.
O doleiro também informou que, em dezembro de 2013, realizou três pagamentos de cerca de 110.000 reais cada a Marice Corrêa de Lima, a mando da José Ricardo Breghirolli, da OAS, segundo ele, o "funcionário com quem tratava de caixa dois". Youssef explicou que mantinha uma espécie de caixa paralelo da OAS em dinheiro vivo e que realizava pagamentos sem saber o motivo e nem a quem. Dessa maneira, disse, ele reconheceu Marice apenas quando foi levar o dinheiro no apartamento dela em São Paulo. "Não sabia, nem tinha me relacionado com quem era e quem deixava de ser. Quando ia no endereço é que eu ia saber quem era. Eu fui entregar diretamente a ela e reconheci [a Marice] porque ela esteve comigo no escritório."
Youssef negou que tenha participado a achaques a construtoras e disse que elas conheciam o sistema de propinas de cerca de 2% dos contratos e aditivos. A divisão era da seguinte forma: 1% ao PT e 1% ao PP - dos quais 60% ficavam no partido, 30%, com Paulo Roberto Costa, 5%, com ele mesmo, e 5% com João Cláudio Genú, ex-assessor do PP. O doleiro disse que Costa recebeu em nome do PP cerca de 50 a 60 milhões de reais no Brasil. Do site da revista Veja


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