DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
01 DE JULHO DE 2015
Pesquisa realizada no Paraná mostra que a desaprovação do governo Dilma Rousseff soma 87,1%. A repulsa dos paranaenses à presidente é ainda maior que os 84,7% do governador Beto Richa. Somente 10,8% dos paranaenses aprovam o governo Dilma. E apenas 3% dos entrevistados avaliam que ela “está indo melhor” do que o esperado; para 82,1%, está pior. O levantamento é do Instituto Paraná Pesquisas.
Para 14,3% dos entrevistados, a administração Dilma é tão ruim quanto o primeiro governo. A margem de erro da pesquisa é de 2,5%.
A mesma pesquisa avaliou também o governo de Beto Richa (PSDB), que só não é mais mal avaliado que Dilma, no Paraná.
O instituto Paraná Pesquisas ouviu 1.344 eleitores em 58 municípios do Estado do Paraná entre os dias 20 e 24 de junho
A situação de Dilma no Paraná é pior que em Brasília, onde ela mora: há exatos 30 dias, pesquisa mostrou que 84% da população a rejeitam.
A peculiar atuação do advogado Tiago Cedraz em casos no Tribunal de Contas da União, presidido pelo pai, Aroldo Cedraz, virou processo na Secretaria-Geral de Controle Externo, a partir de pedido de explicação do deputado Arnaldo Jordy (PA), vice-líder do PPS na Câmara. O parlamentar usou a delação do presidente da UTC, Ricardo Pessoa, para solicitar a apuração das condutas da dupla Tiago e Aroldo Cedraz.
Jordy pediu audiência com o corregedor do TCU, Raimundo Carreiro, para acompanhar o processo. Só que ele também foi citado por Pessoa.
O processo TC-014.875/2015-2 foi instaurado no dia 29 pela Segecex, que vai investigar a suspeita de tráfico de influência no TCU.
Citado nas operações Voucher e Lava Jato, duas vezes, Tiago Cedraz é figura conhecida no noticiário sobre investigações da Polícia Federal.
Teori Zavascki considera compartilhar com os colegas do Supremo o conteúdo integral, ainda desconhecido e tido como devastador, de toda Lava Jato. O escândalo pode significar a refundação da República.
Segundo o juiz Sergio Moro, empreiteiras como Odebrecht e Andrade Gutierrez se reuniram em agosto de 2014, cinco meses após o início da Lava Jato, para discutir valor de propinas para diretores da Eletrobrás.
A assessoria de imprensa do Banco Central reagiu ao assessor do Planalto que incluiu o órgão entre os que mentem a Dilma, sonegando-lhe más notícias da economia, como esta coluna informou ontem: “Se o BC fizesse isso, não estaria aumentando juros desde abril de 2013”.
Muitos petistas não gostaram da passagem de Lula por Brasília, esta semana, justamente na ausência de Dilma, competindo com a agenda “positiva” que desesperadamente ela tentava criar nos EUA.
A secretária-executiva do Ministério da Defesa, Eva Chiavon, recebeu políticos pernambucanos, ontem, mas se recusou a posar para fotos. Chiavon é uma petista catarinense que no governo Jaques Wagner virou a “Dilma da Bahia” por seu estilo, digamos, búlgaro de ser.
José Eduardo Cardozo (Justiça) insiste na lorota de que reduzir maioridade penal tornaria o sistema prisional “catastrófico”. Ele deveria economizar palpites, respeitar o Congresso e assumir o compromisso de finalmente construir unidades decentes para jovens infratores.
O governo de Paulo Hartung (PMDB) no Espirito Santo celebra a redução em 14% no número de homicídios, em relação a 2014. A taxa de 37,7 homicídios por 100 mil habitantes é a menor desde 1991.
O senador José Serra (PSDB-SP) é só elogios ao livro “Ministro Marco Aurélio - 25 anos no STF”, recém-lançado. Nas conversas, ele destaca grandes momentos de Marco Aurélio no Supremo Tribunal federal.
O pacto que Lula propõe entre Dilma, Congresso e Justiça é tipo “todos blindados; quem roubou, roubou, quem não roubou não rouba mais”?

NO DIÁRIO DO PODER
MAIS CORRUPÇÃO
CARTEL PAGOU PROPINA EM OUTRAS ÁREAS DO GOVERNO, DIZ MORO
OBRA BILIONARIA DA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE TEVE CORRUPÇÃO
Publicado: 30 de junho de 2015 às 17:45 - Atualizado às 18:33
O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Operação Lava Jato, acredita que o mesmo modelo de corrupção e propinas instalado na Petrobrás foi adotado por algumas das maiores empreiteiras do País em outras áreas de infraestrutura do governo, como hidrelétricas e usinas. Por meio de informações ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), que examina pedido de habeas corpus para o executivo Elton Negrão de Azevedo Júnior, da Andrade Gutierrez – preso pela Erga Omnes, a 14.ª fase da Lava Jato, deflagrada em 19 de junho -, Sérgio Moro aponta para suposto envolvimento das construtoras em empreendimentos bilionários, agora sob suspeita a partir da delação premiada de um dos altos dirigentes da Camargo Corrêa, desligado depois de ser preso.
“Além dos crimes, no âmbito da Petrobrás, terem perdurado por anos, foram depois reproduzidos na Setebrasil, empresa criada para fabricação de sondas para exploração do petróleo na camada do pré-sal”, assinalou o magistrado da Lava Jato. “Como se não fosse o bastante, o mesmo modus operandi, envolvendo número mais restrito de empreiteiras, mas incluindo Camargo Correa, Andrade Gutierrez e Odebrecht, foi utilizado, para pagamento de propina, em contratos de construção da Hidrelétrica de Belo Monte, como revelou recentemente ao Ministério Público Federal, Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Correa.”
Avancini foi preso em novembro de 2014 pela Juízo Final, etapa da Lava Jato que pegou o cartel de empreiteiras na Petrobrás – são citadas quase 20 empreiteira, entre elas a Andrade Gutierrez, a Camargo Corrêa e a Odebrecht, cujo presidente foi preso dia 19 de junho pela Erga Omnes.
O ex-presidente da empreiteira fez delação premiada e ganhou o benefício da prisão domiciliar, com tornozeleira. Seus relatos abriram o leque da Lava Jato, tornando público o suposto conluio de grandes empreiteiras em áreas estratégicas do governo.
Em seu despacho ao TRF4, em que sustenta a necessidade da manutenção da prisão preventiva do executivo da Andrade Gutierrez, Sérgio Moro usa o mesmo adjetivo que o chefe do Ministério Público Federal, Rodrigo Janot, empregou para rotular o esquema de malfeitos na Petrobrás. “Os crimes de cartel, corrupção e lavagem havidos na Petrobrás têm dimensão descomunal, como recentemente os qualificou o procurador geral da República.”
Moro emendou. “Mais perturbadora a afirmação do colaborador (Avancini) de que, em agosto de 2014, ou seja, quando as investigações da Operação Lava Jato já haviam se tornado públicas e notórias, as empreiteiras, entre elas a Andrade Gutierrez e a Odebrecht, reuniram-se para discutir, entre outros assuntos, o pagamento de propinas a dirigentes da Eletrobras.”
O juiz federal pondera que “essas declarações quanto à Hidrelétrica de Belo Monte e Angra 3 ainda precisam ser melhor apuradas”. Mas ele argumenta. “Elas (as revelações de Dalton Avancini) têm plausibilidade considerando os fatos já provados nos contratos da Petrobrás. Além disso, são aqui invocadas, não como pressupostos da preventiva (prova de autoria e materialidade de crimes), mas como indicativos do risco de reiteração das práticas delitivas sem a preventiva, já que o esquema criminoso teria se reproduzido em outras estatais e persistido mesmo após o início das investigações.”
O juiz da Lava Jato afirma que “há prova de que o mesmo modus operandi, de cartel, ajuste de licitações e propinas, além de ter gerado um grande prejuízo à Petrobrás (estimado em mais de seis bilhões de reais no balanço da estatal), foi reproduzido em outros âmbitos da Administração Pública, inclusive com pagamentos de propinas no segundo semestre de 2014, quando já notória a investigação sobre as empreiteiras”.
Ele cita “indicativos de cooptação e corrupção de diversos agentes públicos, diretores de empresas estatais, e que também podem incluir, conforma apuração em trâmite perante o Supremo Tribunal Federal, outros agentes públicos de nível até mais alto, como parlamentares federais”.
Ao fazer menção ao termo de depoimento número 9 da delação premiada de Dalton Avancini, o juiz salientou. “Como se não fosse o bastante, o mesmo modus operandi, envolvendo número mais restrito de empreiteiras, mas incluindo Camargo Correa, Andrade Gutierrez, Odebrecht e UTC Engenharia, foi utilizado, para ajustar duas licitações em obras de Angra 3 (Angra 03 e UNA 03) e ainda para o pagamento de propinas a empregados da Eletronuclear, que teriam colocado nas licitações cláusulas restritivas à concorrência para favorecer o cartel. O fato foi também revelado ao Ministério Público Federal por Dalton Avancini.”
Sérgio Moro rebate o argumento da defesa de Elton Negrão. “Ao contrário do alegado pelo impetrante, a imposição da preventiva é, no presente caso, aplicação pura e ortodoxa da lei, pois a medida mais grave é, infelizmente, necessária para interromper o ciclo delitivo e interromper a sangria aos cofres públicos, sem olvidar ainda a corrupção de agentes públicos, entre os quais, conforme apuração em trâmite perante o Supremo Tribunal Federal, podem até estar parlamentares federais.”
“Quer sejam crimes violentos ou crimes graves de corrupção, ajuste de licitações e lavagem, como é o caso, a prisão cautelar justifica-se para interrompê-los, já que reiterados e sistematizados, e para proteger a sociedade e outros indivíduos de sua renovação”, alerta Sérgio Moro.
As empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa foram contatas pela reportagem, mas não mandaram seus posicionamentos até o fechamento desta matéria. (AE)

INCHAÇO DA INEFICIÊNCIA
CÂMARA CRIA 11 MIL CARGOS NA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL
DECISÃO DA CCJ É TERMINATIVA E PROJETO VAI DIRETO PARA O SENADO
Publicado: 30 de junho de 2015 às 23:00
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (30), em caráter conclusivo, o Projeto de Lei 6244/13, do Executivo, que cria 11.028 cargos efetivos na administração pública federal, em diversas áreas da saúde, educação e segurança pública.
O texto seguirá agora para análise do Senado, exceto se houver recurso para que seja examinado antes pelo Plenário da Câmara.
A relatora na CCJ, deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), defendeu a constitucionalidade da matéria. Pelo texto, o provimento dos novos cargos será realizado de forma gradual, já a partir de 2015. O impacto anual da medida está estimado em, aproximadamente, R$ 958 milhões.
Saúde
De acordo com a proposição, serão implementados no quadro de pessoal da Agência Nacional de Saúde (ANS) 127 cargos de especialista em regulamentação de saúde suplementar e 87 cargos de analista administrativo.
Para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), está prevista a criação de 130 cargos de especialista em regulação e vigilância sanitária; 30 de técnico em regulação e vigilância sanitária; e 20 de analista administrativo. Já para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Executivo propõe a criação de 1.200 cargos em diversas áreas.
Educação
Na área da educação, o texto abre 5.320 cargos de professores do ensino superior e 2.008 de técnicos administrativos em educação. O Executivo também pretende transformar 1.977 cargos vagos de técnico-administrativo em educação das instituições federais de ensino superior em número igual de cargos com perfis adequados às necessidades institucionais.
Segurança
A proposta contempla ainda a criação de cargos para os departamentos de Polícia Federal e de Polícia Rodoviária Federal, sem aumento de despesa, mediante contrapartida de extinção de cargos vagos.
Para a Polícia Federal, o Executivo propõe 44 cargos de engenheiro, cinco de arquiteto e 36 de psicólogo. Já para a Polícia Rodoviária Federal, são 19 cargos de administrador, 17 de engenheiro, cinco de estatístico e três de técnico de comunicação social.
O projeto prevê também que os cargos vagos do plano especial do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) sejam transformados em cargos de analista administrativo e de técnico administrativo.
Por fim, a proposta cria 500 gratificações temporárias do Sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática (SISP), de nível superior. (Agência Câmara)

LULA NO REINO DOS DISPARATES
Por Carlos Chagas
Uma série de impropriedades e disparates foram afirmados pelo Lula, em sua passagem por Brasília, antes que a presidente Dilma retornasse dos Estados Unidos. Entre boas e más intenções, o ex-presidente exortou os companheiros do PT a praticarem atos inexequíveis. Senão vejamos:
O PT precisa de enfrentamento político, manifestar-se contra as arbitrariedades da operação Lava-Jato.
Seria bom particularizar uma só das “arbitrariedades” que a Polícia Federal e o Ministério Público teriam praticado. Até as visitas feitas pelos policiais, às vezes para prender suspeitos, acontecem na maior civilidade. De nenhuma agressão se tem notícia, assim como o monte de pessoas presas jamais se queixaram de maus tratos ou perseguição. As investigações processam-se estritamente dentro da lei.
O ministro da Justiça, Eduardo Cardoso, não controla a Polícia Federal.
A Polícia Federal age estritamente dentro de suas atribuições. Não é obrigada a revelar detalhes das investigações em andamento. Só depois de suas conclusões é que são informados os canais superiores e a própria mídia. O ministro estaria incorrendo em crime de responsabilidade se interferisse nas diligências ou ordenasse prisões ou solturas.
O juiz Sérgio Moro está exorbitando em suas funções.
O juiz Sérgio Moro só assina ordens de prisão a pedido do Ministério Público. A decisão é dele, mas só depois de examinar as exposições dos procuradores da República.
É preciso virar a página do ajuste fiscal.
Como, se o ajuste fiscal não se completou? As maldades da equipe econômica ainda estão em curso, muitas necessitando de aprovação no Congresso. Queria o Lula esquecer o mais rápido possível os efeitos das medidas que sacrificam os trabalhadores e os empresários? Como se não existissem?
Deve o PT atuar em defesa do governo.
Como defender um governo que não produz boas notícias, mas apenas más? Torna-se necessário que o governo adote iniciativas capazes de ser defendidas, nunca ações que só penalizam a população. Mesmo os programas assistenciais andam na baixa. Como esperar que os companheiros se disponham conscientemente a arcar com erros e prejuízos causados pela incompetência do palácio do Planalto?
O partido precisa reaproximar-se dos movimentos sociais.
Quem precisa reaproximar-se dos movimentos sociais é o governo, hoje criticado pelas centrais sindicais, com ênfase para a CUT. De que forma esperar os líderes sindicais aplaudindo os companheiros parlamentares que se omitiram na negativa da redução de direitos trabalhistas?
É importante reagir ao cerco que a imprensa faz sobre o PT.
Apesar de erros e excessos, a imprensa escrita, falada, televisada e computadorizada reflete o que se passa na sociedade. Não houvesse mensalão ou petrolão nenhuma notícia estaria sendo divulgada a respeito da prisão de companheiros corruptos.
Em suma, dessa vez, perdeu-se o Lula em conceitos extemporâneos. Jogou fora excelente oportunidade de ficar calado.

NO BLOG DO CORONEL
QUARTA-FEIRA, 1 DE JULHO DE 2015
Oportunistas de todas as matizes, cujo objetivo é enfraquecer uma Oposição com 51 milhões de votos, jogando-a para uma derrota certa, questionam porque o impeachment de Dilma não é pedido na Câmara dos Deputados. Afinal de contas, se 65% dos brasileiros apoiam a saída da presidente, a vitória seria fácil, ultrapassando com folga os 342 votos necessários para o impedimento. Chamam os líderes de covardes, fracos, medrosos. É a ruidosa e ruinosa minoria que se intitula "de direita" e "conservadora" que alimenta o ódio da esquerda, num Fla x Flu interminável nas redes sociais. Ontem, estes gênios da raça levaram uma lição de como funciona a democracia no país e especialmente de como se move a Câmara dos Deputados. Ontem, com quorum de 490 deputados (em 513), a Câmara rejeitou a PEC da redução da maioridade penal, defendida por 87% dos brasileiros, segundo pesquisas publicadas. A votação final foi 303 a favor, 184 contra. Faltaram 5 votos para a aprovação. O balcão de negócios de um processo de impeachment é incomensurável, o que não acontece na votação de redução de maioridade. Fica a lição para os apressadinhos e para os que contestam diariamente a Oposição sobre as suas estratégias para afastar Dilma. Fica o recado: sosseguem o facho e deixem a Oposição trabalhar. Não temos um parlamento confiável. Temos um parlamento venal, corrupto na sua maioria, dominado por emendas e nomeações. O caminho do impeachment passa pelo Judiciário e só depois pelo Legislativo.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 07:49:00

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
01/07/2015 às 5:46
Um dia depois de Lula posar de coordenador político do governo em Brasília — enquanto Dilma se encontrava nos EUA —, e no mesmo dia em que tomou café da manhã com Renan Calheiros (AL), presidente do Senado, e outros figurões do PMDB, o Planalto sofre uma espetacular derrota na Casa. Com votos maciços de peemedebistas e até de petistas. Isso é que é eficiência, hein, Apedeuta?
No fim da noite desta terça, o governo logrou a sua vitória de Pirro — porque vai custar caro — na questão da maioridade penal na Câmara, mas já tinha levado a porretada espetacular no Senado, com a aprovação do absurdo projeto que garante reajuste para os servidores do Judiciário entre 53% e 78,56%, em seis parcelas, entre julho de deste ano e dezembro de 2017. Segundo cálculos do Ministério do Planejamento, o rombo chegará a R$ 25,7 bilhões em quatro anos. O que lhes parece?
Isso expõe o grau de desarticulação do Planalto. Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo na Casa, e Humberto Costa (PE), líder do PT, ainda tentaram adiar a votação, mas a proposta foi recusada por 43 a 13. Era prenúncio de problema. Delcídio avisou que Dilma vai vetar o projeto.
Derrotado no seu esforço de adiamento, sabem o que aconteceu? O PT pediu à sua bancada que votasse contra o rombo das contas públicas, mas não foi ouvido por todos, não. Os petistas Paulo Paim (RS), Lindbergh Farias (RJ) e Fátima Bezerra (RN) deram de ombros e disseram “sim”. A votação acabou sendo unânime: os 62 senadores presentes se posicionaram contra a vontade do Planalto. Nota: o salário médio dos funcionários do Judiciário é o mais alto entre os Três Poderes.
Ricardo Lewandowski, presidente do STF, depois de ter feito embaixadinha para os servidores do Judiciário e endossado a proposta, que tem as suas digitais, ainda chegou a enviar ao Senado um pedido para que se adiasse a votação. Consta que Renan havia se comprometido com o adiamento para dar ao Planalto prazo para uma proposta alternativa, mas, na hora “h”, não quis comprar briga com lideranças dos servidores, que faziam um barulho danado nas imediações do Senado. E o texto foi aprovado. Agora Dilma terá de vetar. Agora Dilma terá de se desgastar.
A oposição, claro!, votou a favor do reajuste. Quando escrevo esse “claro!”, estou apenas lembrando que não cabe aos oposicionistas a tarefa de evitar problemas ao governo, especialmente quando este dispõe de uma base tão ampla. Ora, só faltava a gente ver tucanos votando contra o aumento, e alguns petistas, como se viram, a favor. Esse tempo já passou, né? O PSDB apoiou o governo sempre que achou ser o caso no primeiro mandato de Lula, mesmo com os petistas se opondo a algumas medidas. E levou na testa a pecha de arquiteto da “herança maldita”.
Segundo informa o O Globo, “O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, negocia um reajuste igual para todos os servidores — Executivo, Legislativo e Judiciário —, de 21,3%, dividido em parcelas de 5,5% em 2016, 5,0% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019. O reajuste foi proposto com base na inflação esperada para os próximos quatro anos, mantendo o poder de compra do trabalhador.”
Mas não conseguiu emplacar. Se Dilma vetar, lá vem outra batalha pela frente, até porque alguns senadores deixaram claro que, se houver veto, vão tentar derrubá-lo.
Parece que, desta feita, Michel Temer não teve espaço para atuar. Afinal, já havia um coordenador político do desastre na área: Lula.
A trilha sonora, já escrevi aqui, é “walking dead”.
Vai pra casa, zumbi!
Por Reinaldo Azevedo

01/07/2015 às 6:41
É cedo para a comemoração dos nefelibatas, preguiçosos e daqueles que, como artistas, são pensadores amadores e, como pensadores amadores, são artistas. Faltaram cinco votos para que a Câmara dos Deputados aprovasse ontem, em primeira votação, a PEC que reduz a maioridade penal para 16 anos para crimes como estupro, latrocínio, homicídio qualificado, lesão corporal grave ou seguida de morte e roubo com agravante. O texto obteve 303 votos a favor e 184 contra, com três abstenções. Uma Proposta de Emenda Constitucional precisa de pelo menos 60% dos votos em dois escrutínios em cada Casa: 308 deputados e 49 senadores.
O texto votado no fim da noite desta terça, relatado pelo deputado Laerte Bessa (PR-DF), não era a emenda original, mas aquele fruto de um acordo feito na Comissão Especial. Como avisou Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, a questão ainda não está liquidada. Disse ele: “Eu sou obrigado a votar a PEC original para concluir a votação ou o que os partidos apresentarem. No curso da votação, poderão ser apresentadas várias emendas aglutinativas. A votação ainda está muito longe de acabar, foi uma etapa dela”. Antes que alguém proteste e acuse manobra: ele está seguindo o Regimento Interno.
Para lembrar: inicialmente, Laerte Bessa havia acatado o texto original de Benedito Domingues (PP-DF), que reduzia a maioridade para todos os crimes. Um acordo feito com o PSDB restringiu os casos. No Senado, tramita uma proposta do senado Aloysio Nunes (PSDB-SP) que reduz a maioridade para crimes hediondos, desde que ouvidos previamente Ministério Público e um juiz da Infância e da Adolescência. Os tucanos haviam aceitado abrir mão dessa exigência se a emenda tivesse chegado — ou ainda chegar — ao Senado.
Mentiras e hipocrisias
A cadeia de mentiras e hipocrisias em que essa questão foi enredada impressiona e é a cara da vigarice intelectual e moral que toma conta de certos setores no Brasil. O governo se lançou contra a proposta argumentando, inicialmente, que menos de 1% dos crimes graves eram praticados por adolescentes. O número era, claro!, falso. Dados os casos de autoria conhecida, os jovens de 16 e 17 anos podem responder por até 40% deles.
Exposta a patacoada, Dilma inventou outra fantasia. Afirmou que a medida se mostrara inócua em países desenvolvidos que a haviam adotado. Eles não existem. É uma invenção. Até porque se desconhece outro país em que a impunidade esteja garantida em lei, como está no Brasil.
Na reta final, José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, pôs para circular um número bombástico: afirmou que 40 mil adolescentes entre 16 e 17 anos seriam enviados para o sistema prisional se a PEC fosse aprovada. É mesmo? Então o problema é grave, não? Então temos 40 mil pessoas que cometeram um daqueles crimes e que logo estarão nas ruas, é isso?
Bem, Cardozo é aquele que entrou nesse debate afirmando que a maioridade penal aos 18 anos é uma das cláusulas pétreas da Constituição, o que também é falso. As ditas-cujas estão no Artigo 60 da Carta, e a maioridade do 228. Cláusula pétrea não é.
Esse é o ministro que declarou que, caso tivesse de ficar no sistema prisional brasileiro, preferiria dar um tiro na cabeça. E com essa mesma retórica dramática, espalhava por aí que os adolescentes seriam enviados para escolas do crime — embora a emenda previsse que ficassem em alas especiais.
Na Câmara, deputados de esquerda, muito especialmente do PT, gritavam que os jovens criminosos precisam de escola, não de cadeia. Qualquer ser razoável sabe que precisam de escola os que querem estudar e de cadeia os que cometerem crimes graves. Escolas e cadeias só são termos permutáveis na retórica doentia das esquerdas, não é mesmo, deputada Maria do Rosário? Esta parlamentar petista continua a despertar em mim os adjetivos mais primitivos. Mas eu me contenho.
Há mais: o PT está no poder há 13 anos. Fez exatamente o quê para que a cadeia, então, passasse a recuperar as pessoas e deixasse de ser uma escola do crime? Se a violência é mesmo — não é; trata-se de uma tese tarada da esquerdopatia — uma razão direta da pobreza e da baixa qualidade da educação, cumpre indagar: o que os companheiros fizeram para mudar esse quadro?
É indecoroso, é vergonhoso, é inaceitável que um ministro da Justiça, a cuja pasta está subordinado o Departamento Penitenciário Nacional, trate o sistema prisional como uma escola de crime sem poder exibir uma só medida que tenha sido adotada em 13 anos para reverter tal quadro.
Contentar-se com a retórica de que os adolescentes assassinos precisam de escolas tranquiliza a consciência dos hipócritas e aponta uma arma contra a cabeça dos cidadãos.
Texto publicado originalmente às 4h03
Por Reinaldo Azevedo

01/07/2015 às 6:39
O Planalto não estava mais nem aí para os adolescentes. Queria mesmo era derrotar Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, ainda que o placar tenha sido amplamente favorável à redução da maioridade: 303 votos a 184. A propósito: cinco tucanos ajudaram o Planalto a obter a sua vitoriazinha. Posicionaram-se contra a emenda e a orientação do partido os deputados Max Filho (ES), Mara Gabrilli (SP), João Paulo Papa (SP), Eduardo Barbosa (MG) e Betinho Gomes (PE).
Na reta final, o governo fez uma enorme pressão sobre alguns partidos da base e conseguiu virar alguns votos, embora tivesse quebrado a cara se os cinco tucanos não tivessem dado a sua forcinha. Aí vem a pergunta: é uma vitória que vale a pena?
O Planalto tem uma penca de interesses na Câmara que pode ser aprovada ou rejeitada por maioria simples. Nem tudo é uma PEC, não é mesmo?, que precisa de 60% dos votos. Comemorar a suposta derrota de Cunha nesse caso é de uma tolice sem par. Até porque cumpre indagar: que vitória é essa de 184 contra 303?
O Planalto havia se comprometido a apoiar um projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP), que eleva o tempo máximo de internação do menor infrator de três para dez anos — máximo convertido em oito anos pelo relator do projeto, senador José Pimentel (PT-CE). É claro que se trata de uma mudança necessária no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que também é combatida pela esquerda e por boa parte dos petistas. Só para lembrar: ela não é incompatível com a redução da maioridade penal.
De resto, ainda que a maioridade seja mantida aos 18 anos, é preciso analisar que vitória a presidente Dilma vai comemorar. Basta ver o que pensa a esmagadora maioria da população. Assim que se tiver notícia de uma próxima ocorrência escabrosa — e quanto tempo vai demorar, infelizmente, para que isso ocorra? —, o peso da decisão de agora cairá no colo da presidente. Fazer questão de derrotar Cunha nesse caso é mais um tiro no pé. É a vitória que é derrota.
E encerro assim: pelo tempo que o PT continuar no poder, fiquemos atentos às medidas que esses patriotas adotarão, então, para que as cadeias passem a recuperar presos e para que caiam os crimes hediondos e violentos cometidos por adolescentes.
O esquerdismo é uma fraude intelectual — porque geralmente ancorado em números falsos — que se complementa com a fraude moral: está pouco se importando com a realidade e com os homens que existem se as respostas necessárias não coincidirem com seus preconceitos ideológicos.
Os brasileiros perderam. A Justiça perdeu. Mas Dilma também perdeu. E isso logo vai ficar claro.
Texto publicado originalmente às 4h
Por Reinaldo Azevedo

NO O ANTAGONISTA
​Pascowitch, o petroleiro
Brasil 30.06.15 18:41
O Estadão noticia que Milton Pascowitch, que fechou um acordo de delação premiada recentemente, tinha um crachá de livre acesso da Petrobras ao Estaleiro Rio Grande. Lá, o lobista participava de reuniões e acompanhava as obras.
No crachá, ele consta como “Diretor Executivo” da Engevix. Aos investigadores, Pascowitch afirmou que o cartão de acesso foi confeccionado pela petroleira.
O novo recorde de Dilma Rousseff
Economia 01.07.15 06:41
A Grécia está distante, mas Dilma Rousseff ainda chega lá:
"A dívida bruta brasileira atingiu a 62,5% do PIB, valor mais alto jamais registrado na contabilidade pública. Há um ano, estava em 54,3%".
Dirceu será preso nesta semana ou na próxima?
Brasil 01.07.15 07:01
Milton Pascowitch é um dos mais importantes delatores da Lava Jato. Nos últimos dias, ele detalhou o pagamento de pixulecos a José Dirceu.
Segundo ele, o mensaleiro foi comprado para garantir contratos da Engevix com a Petrobras, tornando-se “uma espécie de padrinho dos interesses da empreiteira na estatal”.
A Folha de S. Paulo informa que, em seu depoimento, Milton Pascowitch disse que os pedidos de dinheiro de José Dirceu eram “insistentes” e que os repasses eram feitos de formas variadas.
Confrontado com uma planilha dos contratos da Engevix com José Dirceu, “o lobista apontou aos procuradores quais pagamentos foram propina e quais envolveram algum tipo de prestação de serviço”.
Pergunta: José Dirceu será preso nesta semana ou na próxima?
Dirceu vale um centésimo do que vale Lula
Brasil 01.07.15 07:28
Além de confessar que pagou propina a José Dirceu, Milton Pascowitch confessou também que intermediou o pagamento de pixulecos ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
O Antagonista quer ver José Dirceu na cadeia. Mas é muito mais importante desacreditar a mentira petista de que o dinheiro roubado da Petrobras foi doado legalmente para as campanhas eleitorais do partido.
José Dirceu vale um centésimo - na ponta do lápis - do que valem Lula e Dilma Rousseff.
Dilma é uma bonequinha de luxo
Brasil 01.07.15 07:13
Custou 11.000 dólares por noite a suíte em que Dilma Rousseff se hospedou em Nova York, no Hotel St Regis, na esquina da Quinta Avenida com a Rua 55.
Lauro Jardim informa que "Dilma ocupou por duas noites a suíte Tiffany, decorada pelo diretor de design da grife cobiçada por Audrey Hepburn em 'Bonequinha de Luxo'.
Com 158 metros quadrados, tem uma sala de jantar para dez pessoas e uma sala de estar".
Tem também vista para o Central Park. Dilma Rousseff, admirando a paisagem, não caiu da janela.
A Bonequinha de Luxo em Nova York

NO BLOG ALERTA TOTAL
Terça-feira, 30 de junho de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O maçom inglês Michel Temer conspira, abertamente, para substituir Dilma Rousseff. Vazou no mercado financeiro que o vice-Presidente já fez uma consulta informal ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pedindo que sondasse o humor dos banqueiros sobre tal "possibilidade". Temer já revela a amigos e aliados muito próximos que recebeu "sinal verde" da banca para assumir o Palácio do Planalto e contornar a crise política e econômica de magnitude imprevisível. Se Lula anda brincando de ser "Presidentro", Temer não está para brincadeira...
Articulador político do governo, por imprudente delegação dada pela própria Dilma, Temer não apenas aposta que o desgaste da Presidenta é irreversível. Ele já sabe que seu desejo de assumir a titularidade da Presidência conta com o aval indiscreto de ninguém menos que Luiz Inácio Lula da Silva. O Presidentro, que só pensa em 2018, também avalia que não dá mais para salvar Dilma. Por isso, trata de salvar a própria pele, mandando a militância de sua seita política promover o tal "enfrentamento político da Operação Lava Jato", enquanto torce por uma queda de Dilma, para voltar a fazer o que mais sabe: oposição.
Dilma já tem um motivo concreto para ser totalmente fritada pelo PT - que nunca acolheu, completamente, a brizolista histórica. A Presidenta cometeu o pecado mortal de mexer no bolso da petelândia. Os militantes que se abrigam em ONGs começaram ontem a trucidá-la nas redes sociais, a partir da informação de um corte no financiamento a 22 mil projetos tocados por organizações sociais. Como Dilma vai abalar os ganhos da turma do Terceiro Setor, ela se transforma em "inimiga mortal". Os afetados já articulam novas e criativas fórmulas de sustentação na entressafra da mesada oficial. Apesar disto, Dilma entra na lista negra.
A previsão é que nova versão do "Fora, Dilma" ganhe impulso pela conspiração de Temer, Lula e dos ongueiros da petelândia a partir do mês de agosto. Enquanto isso, quem conspira contra Dilma tem uma outra missão bem arriscada, mas que pode contar com a providencial ajuda da Procuradoria Geral da República e da Força Tarefa da Operação Lava Jato. Além de Dilma, o principal alvo a ser detonado é Eduardo Cunha. O presidente da Câmara dos Deputados é visto como o principal inimigo petista e também como o principal obstáculo não-declarado para Temer assumir a Presidência da República.
Os aliados-conspiradores pretendem fomentar o fogo da pretensa oposição tucana contra Dilma. Mesmo a contragosto, os tucanos engoliriam Temer no Palácio do Planalto. Afinal, poderiam manter a fachada oposicionista para a ainda distante briga de 2018 - que será marcada por uma luta interna no PSDB entre Geraldo Alckmin e Aécio Neves. Por isso, a prioridade a ser fomentada é o "Fora, Dilma". O movimento agendado nas redes sociais para o dia 16 de agosto receberá apoio e financiamento para colocar milhares (ou milhões) nas ruas pedindo a saída da Presidenta - que estará ainda mais desgastada pela insatisfação social com a crise econômica.
O cenário que os conspiradores políticos imaginam para a queda de Dilma tem duas possibilidades que convergem. A primeira seria um pedido formal de impeachment, em função de uma condenação pelo Tribunal de Contas da União, por causa da famosa pedalada fiscal. A segunda (um pouco mais complicada juridicamente) seria uma tentativa de impugnação da eleição de Dilma, em função do financiamento da campanha de 2014 com recursos ilegais obtidos pelo esquema de corrupção na Petrobras, conforme a delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa.
A segunda hipótese, apesar de mais complicada que uma condenação por crime de responsabilidade pela pedalada, apavora tanto Dilma que a Presidenta passou recibo ontem, em Nova York. Foi primária a reação dela ao negar as acusações de repasses irregulares durante a sua campanha de reeleição: "Não aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou a minha campanha qualquer irregularidade. Primeiro porque não houve. Segundo porque, se insinuam, alguns têm interesses políticos. Tem uma coisa que me acompanhou ao longo da vida. Em Minas, na escola, quando você aprende sobre a Inconfidência Mineira, tem um personagem que a gente não gosta porque as professoras nos ensinam a não gostar dele. Ele se chama Joaquim Silvério dos Reis, o delator. Eu não respeito delator".
Seria bom respeitar, Dilma... Até porque o empresário Ricardo Pessoa delatou que boa parte dos recursos, mesmo os declarados, repassados a políticos foi compensada por desvios de contratos com a Petrobras. Mesmo havendo registro das doações no TSE, isto seria considerado ilegal. Além disso, se a denúncia se comprovar, haveria corrupção, pelo fato de o empresário ser obrigado a doar para obter contratos. Outro crime seria o de lavagem de dinheiro, porque recursos da estatal poderiam ter sido drenados para doações de políticos do governo.
Dilma passou outro recibo de que o assunto a afeta demais, ao citar nominalmente o tucano Aécio Neves. Foi patético o argumento de que, se ela recebeu R$ 7,5 milhões da UTC no segundo turno da campanha presidencial de 2014, o candidato do PSDB também foi agraciado “com uma diferença muito pequena de valores”. Psicologicamente, a perdida Dilma tentou justificar um erro ou ilegalidade com a mesma moeda.
Pior ainda foi Dilma recorrer novamente à memória da tal ditadura militar, sempre que tem problemas políticos: "Tentaram me transformar numa delatora. A ditadura fazia isso com as pessoas presas. Eu garanto para vocês que eu resisti bravamente, até em alguns momentos fui mal interpretada, quando eu disse que em tortura a gente tem que resistir, porque senão você entrega seus presos. Então não respeito nenhuma fala. Agora, acho, para ser bem precisa, que a Justiça tem que pegar tudo o que ele disse e investigar, tudo, sem exceção. A Justiça, o Ministério Público, a Polícia Federal". 
O Alerta Total repete até cansar por 13 x 13: A hora da decisão nunca esteve tão próxima. Dilma é carta quase fora do baralho. O impasse institucional se agrava como nunca antes na história deste País. Os três poderes, altamente desgastados, batem cabeça. A maioria da sociedade, alarmada com a violência e afetada pela crise (que combina carestia, inflação e desemprego), aumenta a tensão e dá sinais de que pode perder a paciência a qualquer momento. A tendência é de conflito. A barbárie e o caos estão apenas começando. O desfecho no day after é imprevisível.
Encontrão com Murdoch
Dilma Rousseff fez ontem um beija-mão, não programado na agenda oficial da visita aos EUA, para encontrar o magnata anglo-australiano das comunicações Rupert Murdoch.
Dilma foi à sede do “Wall Street Journal” para encontrar o dono da News Corporation e da Fox - que é um inimigo declarado da Família Marinho, do Grupo Globo. 
Será que o encontro foi uma mera retribuição ao fato de o governo brasileiro ter publicado, segunda-feira, um anúncio de quatro páginas no “The Wall Street Journal” para divulgar o programa de concessões em infraestrutura?
Intitulada “Oportunidades de investimento na infraestrutura brasileira”, a propaganda traz textos, números e infográficos sobre estradas, ferrovias, portos e aeroportos do país.
Retrocesso Histórico
Vendedora
No hotel St. Regis, Dilma se encontrou com 12 investidores do setor financeiro americano.
Participaram do encontro representantes de grandes fundos e bancos, como Larry Fink, da Blackrock, a maior gestora de recursos financeiros do mundo; o ex-secretário do Tesouro dos EUA Tim Geithner, atualmente presidente da empresa de private equity Warburg Pincus; e Bill Rhodes, consultor sênior do Citigroup.
Depois, Dilma conversou com um grupo de CEOs de gigantes como General Motors (GM), General Electric (GE), Walmart e até do Ultimate Fighting Championship (UFC).
Em seguida, Dilma recebe o ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger e parte para o hotel New York Palace, onde encerra seminário de apresentação do plano de concessões em infra-estrutura do governo. De lá, segue para Washington.
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