DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
05 DE JUNHO DE 2015
O Ministério Público Federal (MPF) realizou uma minuciosa devassa em cerca de 50 contratos de financiamentos do BNDES com empreiteiras brasileiras, sendo metade relativa a contratos de obras no exterior em condições consideradas demasiado vantajosas. Essa investigação levou o MPF a formular mais de 60 pedidos de prisão, ainda sob exame de força-tarefa de cinco juízes federais de Brasília.
A recente decisão do BNDES de “abrir” contratos secretos é uma tentativa de evitar uma aguardada operação contra suas malfeitorias.
Levantamento desta coluna, há 4 meses, foi confirmado pelo jornal O Globo: a Odebrecht faturou 70% dos negócios do BNDES no exterior.
O ex-presidente Lula foi denunciado por suposto lobby para conseguir obras bilionárias para Odebrecht no exterior, financiadas pelo BNDES.
As relações do BNDES com empresas como o grupo JBS/Friboi estão no centro das prioridades da investigação do MPF.
O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), deve levar na próxima semana a Michel Temer uma nova rodada de reclamações dos aliados. Os deputados cobram a garantia da liberação das emendas parlamentares, que, em atraso, já ultrapassam os R$ 400 milhões. Sem sinal de garantia da verba, a ameaça é acelerar a PEC 299/13, de Eduardo Cunha, que limita em vinte o número de ministérios.
Michel Temer deve chamar o ministro Joaquim Levy (Fazenda) para participar da reunião de com Leonardo Picciani.
Mais de 30% dos quase R$ 70 bilhões contingenciados pelo governo federal são das emendas parlamentares, daí a insatisfação.
O ministro Nelson Barbosa (Planejamento) avisou à turma de Michel Temer que há dinheiro em caixa para bancar as emendas.
Deputados reclamam que derrubaram a meta fiscal, em dezembro, com promessa de reajuste nas emendas. Agora, o governo segura a grana.
O Planalto se esforça para, aprovado o pacotão de maldades fiscais no Congresso, votar finalmente o pacote anticorrupção. É o primeiro passo para tentar construir uma agenda positiva para o governo Dilma.
O deputado Henrique Fontana (PT-RS), que é contra a redução da maioridade penal, provoca Eduardo Cunha: “Por que não aceita plebiscito sobre empresas financiarem eleições? Medo de perder?”
Após perder Bruno Dantas para o Tribunal de Contas da União (TCU), onde agora é ministro, Benjamin Steinbruch tem um sonho: convencer o ministro-chefe da Advocacia Geral da União a aceitar seu convite para assumir a direção jurídica da Cia. Siderúrgica Nacional (CSN).
A saúde pública no DF está um caos, mas, segundo o Siggo, o sistema de monitoramento dos gastos públicos, a secretaria de Saúde mantém R$ 198,7 milhões aplicados em CDB e R$ 31,8 milhões na poupança.
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) prometeu acelerar votação no Senado dos itens da reforma política aprovados pela Câmara. Ele pretende que a reforma entre em vigor já nas eleições de 2016.
Pressionado pelo ministro Aloizio Mercadante, o Partido Progressista (PP) avisou Eduardo Cunha que a prioridade é manter aliança com governo, mesmo que seja contra o presidente da Câmara.
Para o deputado Arthur Virgílio Bisneto (PSDB-AM), o governo quer “furar o bolso do contribuinte” com a nova alta de impostos: “Diminuir à metade os ministérios, cortar cargos, diárias, passagens, nem pensar”.
…Dilma tem uma certa incompatibilidade com congressos: o Nacional quer vê-la pelas costas e o do PT, dia 11, não quer vê-la por perto.

NO DIÁRIO DO PODER
NAS MÃOS DO SENHOR DO BONFIM
Daqui a uma semana, entre os dias 11 e 13, o PT estará realizando em Salvador o seu V congresso nacional, com direito à presença da presidente Dilma, do Lula e demais cardeais do partido. Tomara que o Senhor do Bonfim ilumine os companheiros e faça cair sobre eles a benção da lucidez e do retorno aos antigos ideais dos tempos da fundação. A pauta dos trabalhos é desconhecida, mas circula nos meios petistas a versão de que vão elaborar um roteiro destinado a devolver-lhes a credibilidade e o apoio da classe operaria. Não se trata da oportunidade de mais uma crítica ou sequer da análise da performance do governo, de resto sofrível, mas do reconhecimento de que em vez de lamentações e até de queixas contra a presidente Dilma, o PT deveria fornecer-lhe meios para a recuperação. Um elenco de iniciativas capazes de ir ao encontro às necessidades do país, desde a retomada do desenvolvimento econômico à elaboração de novas conquistas sociais. Afinal, em seus dois governos, além do assistencialismo que aumentou o consumo entre as massas, não surgiram atos concretos de ampliação dos direitos do trabalhador. Pelo contrário, o que se vê são restrições ao salário desemprego, ao abono salarial e às pensões das viúvas. Oito milhões de desempregados e as sucessivas demissões em centros de produção atingidos pela crise exigem mudanças até na legislação, de forma a devolver ao Trabalho aquilo que o Capital lhe vem tomando. As bases trabalhistas, com as centrais sindicais à frente, rejeitam a teoria do sacrifício, da supressão de prerrogativas, dos cortes em investimentos sociais e da contenção de salários. Essas fórmulas só trouxeram mais dificuldades aos países que as adotaram.
A garantia do emprego e sua ampliação através de políticas públicas que atendam as necessidades do crescimento econômico e estendam a todos os frutos de um esforço nacional estava no cerne do PAC, quando lançado. Hoje, virou fumaça. Mais importante do que evitar vaias e panelaços será adotar medidas concretas de recuperação, capazes de beneficiar o conjunto, não apenas os privilegiados de sempre.
Boas intenções poderão ser enunciadas na Capital baiana, mas redundarão em nada caso as bases do PT não consigam livrar-se da acomodação e da prática de usufruir do poder em beneficio de suas cúpulas. Uma lufada de ar puro renovará o partido e seu governo. Ficar vociferando e acusando os adversários só aumentará a distância entre o trabalhador e os que se dizem seus representantes.

NO BLOG DO CORONEL
QUINTA-FEIRA, 4 DE JUNHO DE 2015
(Estadão) Os contratos da Copa do Mundo de 2014 entre a Fifa, parceiros comerciais e fornecedores serão examinados pela Justiça americana. O foco da investigação é a relação entre Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, e Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF e do Comitê Organizador da Copa (COL). Ambos estão na lista do FBI de suspeitos de crimes financeiros e envolvimento em fraude relacionado com o futebol.
Agora, os investigadores passam um “pente fino” na relação entre os dois e querem saber se houve algum tipo de troca de favores ou irregularidades nos contratos que ambos assinaram por mais de cinco anos atuando juntos para preparar o Mundial no Brasil.
Oficialmente, o Departamento de Justiça dos EUA se recusa a comentar o caso. Mas fontes próximas ao processo confirmam com exclusividade que a relação entre Teixeira e Valcke será “examinada”. No total, a Copa do Mundo no Brasil envolveu mais de mil contratos diferentes, ainda que muitos sejam com governos.
No início do ano, a empresa alemã Bilfiger admitiu que encontrou suspeitas de que seus diretores pagaram US$ 1 milhão em propinas para um dos contratos com o centro de controle e segurança da Copa. Ao Estado, o porta-voz da empresa explicou nesta quarta-feira (03) que todas as evidências já foram repassadas ao Ministério Público no Brasil.
Valcke, que também é investigado por outro pagamento relativo à Copa de 2010 e avaliado em US$ 10 milhões, havia sido afastado da Fifa e voltou para a entidade em 2007, justamente quando o Brasil iniciou sua preparação ao Mundial. Nesta quarta-feira, ele garantiu que é inocente no que se refere ao pagamento dos US$ 10 milhões e que, portanto, não via motivos para renunciar. “Não há nada contra mim”, disse a uma rádio francesa. Valcke indicou que fica até o final do mandato de Blatter.
Meses antes de assumir seu cargo, Valcke prestou consultoria à CBF, preparando os documentos de candidatura do Brasil. O Estado apurou que, neste período, ele também manteve seu salário na Fifa. Seu filho, Sebastien Valcke, chegou a trabalhar na Copa e, hoje, é consultor de Marketing da CBF.
Valcke criou uma relação de amizade com Teixeira e os dois passaram a agir juntos em diversos pontos da preparação. No total, a Fifa destinou US$ 453 milhões para o COL da Copa, presidido por Teixeira. Mais de mil contratos foram assinados com esses recursos, além de verbas também da própria Fifa.
Oficialmente, o balanço financeiro da Fifa aponta que US$ 102 milhões foram usados para salários, mais US$ 64 milhões para transporte, US$ 48 milhões no aluguel de escritórios e burocracia, US$ 17 milhões para serviços médicos e US$ 45 milhões para segurança. Outros US$ 50 milhões foram usados para marketing e comunicação. No total, a Fifa gastou US$ 2,2 bilhões na Copa. Mas, desse total, um valor superior a US$ 500 milhões foi destinado às 32 seleções.
O que os americanos querem saber é se os dois suspeitos também mantiveram relações privilegiadas durante a Copa. O interesse ainda está relacionado ao fato de que Teixeira se mudou para os EUA em 2012 e à constatação de que uma série de empresas patrocinadoras do Mundial tem suas sedes em cidades norte-americanas.
VOTOS
O Estado apurou que o nome de Ricardo Teixeira também faz parte dos documentos que a Fifa entregou para o Ministério Público da Suíça em novembro, relativos à suspeita de compra de votos para as Copas de 2018 e 2022. Teixeira não cooperou com a investigação interna da Fifa.
Mas ainda assim o autor do informe interno, Michael Garcia, fez um levantamento que aponta indícios de irregularidades envolvendo o Brasil. A Fifa optou por abafar o caso. Mas o processo agora está nas mãos da Justiça suíça, que nos últimos dias tem interrogado uma série de dirigentes e testemunhas.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 10:51:00


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
04/06/2015 às 14:43 \ Opinião
Publicado no Estadão
JOSÉ NÊUMANNE
Só quem não prestou atenção total ao debate sobre os escândalos de corrupção no Brasil pode ter-se surpreendido com a espetacular prisão pelo americano Federal Bureau of Investigation (FBI) de sete “cartolas” da Fifa, entre os quais o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, em Zurique, na Suíça. Afinal, um dos melhores e mais bem informados especialistas na área do Direito que lida com esse tipo de fraudes no Brasil, Modesto Carvalhosa, vem há algum tempo advertindo para a possibilidade de intervenções remotas da Justiça americana, no exterior. Em artigos nesta página e entrevistas à imprensa e às emissoras de rádio e televisão, ele tem advertido que, sendo o Brasil signatário de um pacto internacional anticorrupção, acusados de fraude que não tenham sido justiçados aqui poderão sê-lo em qualquer outro país lesado, entre eles os Estados Unidos.


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
04/06/2015 às 18:31
Na VEJA.com:
O HSBC concordou em pagar uma multa de 40 milhões de francos suíços (cerca de 134,5 milhões de reais) para encerrar uma investigação sobre crimes de lavagem de dinheiro, segundo informações do jornal britânico The Guardian. Essa é a maior multa já imposta por autoridades de Genebra, segundo o promotor-chefe local, Olivier Jornot.
Em uma declaração emitida pelo banco, o HSBC indicou que concordou em pagar a compensação por não ter conseguido evitar crimes financeiros no passado. Como consequência, foi arquivada uma ação criminal contra a instituição na Justiça de Genebra. No texto, o banco acrescenta que a investigação da promotoria identificou que nem o banco e nem os seus empregados são suspeitos de cometer crimes atualmente.
Em fevereiro deste ano, a Justiça suíça abriu uma investigação por lavagem de dinheiro contra o HSBC. Policiais fizeram uma operação de busca e apreensão na sede do banco e em diversos escritórios da instituição em Genebra para apurar as suspeitas.
O processo foi aberto depois que um consórcio de jornais revelou que o banco havia ajudado 100 mil clientes de todo o mundo a abrir contas na Suíça e fugir do controle de seus países, caso conhecido como Swissleaks. Entre as suspeitas, estão as práticas de sonegação de impostos e a não declaração de milhões de dólares em investimentos
Mais de 6 mil contas têm uma relação com clientes brasileiros, entre eles ex-funcionários da Petrobras. No Brasil, a Receita Federal e a Polícia Federal (PF) estão apurando as operações realizadas por cidadãos do país em contas secretas mantidas pelo HSBC na Suíça.
Por Reinaldo Azevedo

05/06/2015 às 7:11
A Folha desta sexta (05) informa que as empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato estariam dispostas a arcar com o pagamento integral das indenizações em razão dos prejuízos causados à Petrobras, desde que fossem perdoadas pelo governo. Segundo informa o jornal, nesse modelo, as negociações seriam transferidas da Controladoria Geral da União (CGU) para a Advocacia Geral da União (AGU), que poderia fazer um acordo dessa natureza.
Segundo o jornal, “para evitar que o governo seja acusado de favorecer empreiteiras, o pagamento seria com ações que dão direito de decisão sobre o rumo das empresas. (…) Esses papéis seriam, então, leiloados na Bolsa, e qualquer investidor poderia participar da oferta por meio de fundos.”
As empresas estão hoje numa encalacrada porque seu papéis despencaram na Bolsa. Além do escândalo em si, há a possibilidade efetiva de que sejam proibidas, segundo lei em vigor, de celebrar futuros contratos com entes públicos. Muitas delas quebrarão se assim for.
Ainda que a saída pareça engenhosa, duvido que aconteça. A questão, a esta altura, é política. A presidente Dilma Rousseff não vai querer arcar com o ônus de passar para a história como aquela que negociou o perdão para as empreiteiras. Por outro lado, mantido o atual estágio, as empresas caminham para a quebradeira, com óbvios desdobramentos econômicos e sociais.
Mais: o Ministério Público Federal teria de participar do acordo, o que parece improvável a esta altura. Do ponto de vista, digamos, da governança, um eventual acordo poderia ser positivo para o governo, num país que virou um cemitério de obras paradas, mas o custo político seria, sem dúvida, gigantesco. Ainda que as empresas pagassem multas bilionárias, ficaria colada à testa da presidente a palavra “impunidade”.
Mundo afora, não é raro empresas confessarem ilícitos, arcarem com uma pesada multa e se livrarem da culpa. O problema é que, por aqui, a promiscuidade entre as empresas e os aparelho político foi longe demais. Não creio que esse tipo de negociação vá prosperar.
Por Reinaldo Azevedo

NO O ANTAGONISTA
As baixas contábeis em Minas Gerais
Brasil 04.06.15 12:03
No dia 26 de outubro de 2014, enquanto os brasileiros votavam no segundo turno, o tesoureiro de Dilma Rousseff, Edinho Silva, fazia 524 pagamentos, segundo os dados apresentados ao TSE.
15,1 milhões de reais foram contabilizados como "baixa de recursos estimáveis em dinheiro", que correspondem às despesas em que não houve desembolso e que tem como contrapartida doações de bens e serviços recebidas de pessoas físicas e jurídicas.
A curiosidade é que, do total de 15,1 milhões de reais pagos pelo PT no último dia de campanha presidencial, 11,6 milhões de reais referem-se ao comitê eleitoral de Dilma Rousseff em Minas Gerais. Um desses pagamentos foi de 3,4 milhões de reais. Outro foi de 1 milhão de reais.
Duas observações:
1 - A votação de Dilma Rousseff em Minas Gerais decidiu as eleições.
2 - O caixa paralelo do PT no Estado, de acordo com a PF, era Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené
Mais suspeitas sobre o Porto de Mariel
Brasil 04.06.15 17:16
O MPF do Distrito Federal pediu ao Ministério do Desenvolvimento detalhes do protocolo assinado entre Brasil e Cuba, em 2008, que deveria servir de base para orientar os empréstimos ao país caribenho.
A suspeita dos procuradores é que o financiamento do Porto de Mariel não seguiu o protocolo. O inquérito que investiga o empréstimo para a construção do porto foi prorrogado por mais um ano. A informação é de Lauro Jardim, da Veja Online
120 milhões de dólares para Milton Pascowitch
Brasil 04.06.15 19:09
De acordo com o Estadão, Gerson Almada, da Engevix, disse à Polícia Federal que pagou cerca de 120 milhões de dólares à Jamp, do operador Milton Pascowitch, para "viabilizar" que a empreiteira participasse da construção de oito plataformas para a exploração do pré-sal -- um negócio de 3,4 bilhões de dólares.
Criou e não criou
Brasil 05.06.15 03:05
Do leitor SCS:
"Por que a CRIAR, que levou 2,4 milhões na campanha de Dilma Rousseff, está recebendo visitas de um oficial de justiça por não pagar aluguel? Levou e não recebeu?
Bom dia.
Desmascarando a guerrilha virtual da campanha de Dilma
Brasil 05.06.15 06:28
Se você, assim como o antagonista veneziano, passou o dia esquadrinhando as contas de Dilma Rousseff, aqui vai uma atualização de nossas apurações.
A DCO, que recebeu 4,8 milhões de reais da campanha petista, foi contratada nas vésperas do segundo turno para enviar mensagens eletrônicas, como mostra a nota fiscal disponível no site do TSE:
A guerrilha virtual não é uma especialidade da DCO. De fato, o cadastro da empresa diz que sua atividade econômica principal é o conserto de computadores:
Já reproduzimos ontem a imagem da sede da empresa, mas vale a pena reproduzi-la novamente, porque é claro que se trata de uma sede fantasma:

Minha Casa, Meu SMS
Brasil 05.06.15 06:50
A guerrilha virtual se intensificou às vésperas do segundo turno, com a difusão de mensagens eletrônicas terroristas que associavam Aécio Neves ao fim do Bolsa-Família e do Minha Casa, Minha Vida.
O Antagonista deu a ficha da DCO, que tem uma sede fantasma em Uberlândia e que recebeu 4,8 milhões de reais de Dilma Rousseff para enviar mensagens eletrônicas.
A ficha da Door2door, de Belo Horizonte, que recebeu 4,2 milhões de reais da campanha petista, talvez seja ainda mais intrigante.
A empresa foi contratada em 13/10/2014 para enviar SMSs, como mostra esta nota fiscal reproduzida no site do TSE:
A Door2door pertence a Peterson Querino, dono da construtora Casa Mais:
A Casa Mais, como disse o próprio Peterson Querino, tem "uma linha de produtos econômicos, dentro do programa Minha Casa, Minha Vida".
No ano passado, ele calculou um crescimento de 800% no "volume de financiamentos com recursos da Caderneta de Poupança", com lançamentos estimados em 300 milhões de reais.
Pergunta para o ministro Gilmar Mendes, para os procuradores da República e para a PF: a Door2door usou os cadastros do programa Minha Casa, Minha Vida para enviar os SMSs da campanha eleitoral de Dilma Rousseff?

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 05/06/2015 03:50
A Receita Federal e o Ministério Público Federal investigam Neymar e o pai dele, o homônimo Neymar da Silva Santos. Apuram-se suspeitas de sonegação fiscal e crimes conexos — falsidade ideológica e fraude contra a ordem tributária — na transação que resultou na transferência do craque do Santos para o Barcelona.
Em notícia veiculada pela revista Época, o repórter Thiago Bronzatto conta que a Delegacia da Receita Federal na cidade de Santos instaurou contra Neymar, no dia 7 de abril, uma representação fiscal para fins penais. O processo leva o número 15983.720066/2015-65.
Seis dias depois, em 13 de abril, o fisco decretou o arrolamento de bens de Neymar e de seus pais. Fez isso para esquadrinhar e monitorar o patrimônio de Neymar e de sua família, assegurando o pagamento de eventual dívida tributária.
De resto, a Receita decidiu repassar a representação contra Neymar ao Ministério Público Federal. Trata-se de um procedimento padrão para os casos em que os auditores fiscais suspeitam do cometimento de outros delitos, além da sonegação de impostos.
Cópia de documentos obtidos e reproduzidos pela revista Época
Chama-se Thiago Nobre Lacerda o procurador da República que acompanha o processo em Santos. Ele interrogou o pai e procurador dos negócios de Neymar, que tem o mesmo nome do filho. No momento, cogita protocolar na Justiça duas denúncias. Uma pela suposta prática do crime de falsidade ideologica. Outra por crimes financeiros e tributários.
A transferência de Neymar para o Barcelona converteu-se em encrenca tributária, primeiro na Espanha. Há dois anos, em maio de 2013, o time espanhol anunciou que pagara €57 milhões — o equivalente a R$188,5 milhões — por um contrato de cinco anos com Neymar. A cifra ateou no mercado da bola uma especulação instantânea. O Real Madrid, outro time espanhol, oferecera muito mais por Neymar: €150 milhões.
Investigação feita pelo Ministério Público da Espanha farejou uma manobra do Barcelona. Descobriu-se que Neymar custara 66% a mais do que fora anunciado. Coisa de €86,2 milhões — ou R$284,5 milhões. Para ludibriar o fisco espanhol, o time comprador dividira esse montante em vários outros contratos além do que havia firmado com o Santos.
Levado às manchetes na forma de um escândalo, o caso resultou na renúncia do então presidente do Barcelona, Sandro Rosell, em janeiro de 2014. Ele é suspeito de manter uma sociedade oculta com o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira.
O episódio teve um desdobramento há três semanas. Por conta da fraude tributária, a Justiça espanhola enviou ao banco dos réus, além de Sandro Rosell, o atual presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, e o próprio clube. São acusados de sonegar €13 milhões em tributos — o equivalente a R$44,3 milhões. Se condenados, os dois cartolas irão para a cadeia e dividirão com o Barcelona o pagamento de multas milionárias.
No Brasil, a Receita entrou em campo no dia 6 de março. Sem alarde, endereçou um pedido de explicações à empresa N & N Consultoria Esportiva e Empresarial. Está registrada em nome dos pais de Neymar. O fiscou farejou um cheiro de queimado ao comparar os impostos recolhidos pela empresa e sua movimentação financeira: R$115 milhões entre 2011 e 2014.
A N & N nasceu em 18 de outubro de 2011 com um capital social mixuruca: R$100 mil. Decorrido um mês, começou a fechar contatos com o Barcelona. As cifras chamaram a atenção do fisco. Em 2011, R$22,4 milhões. Em 2013, R$76,4 milhões. No ano passado, R$ 16,2 milhões.
Por ora, Neymar e seu pai são apenas investigados. Ainda não há contra eles nenhuma denúncia formalizada. Procurados, o Ministério Público Federal e a Receita não quiseram comentar o caso, que corre sob sigilo. O advogado de Neymar, Paulo Sehn, também se absteve de fazer declarações.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Sexta-feira, junho 05, 2015
Embora a edição da revista Veja que chega às bancas nesta sexta-feira (05) de forma antecipada em decorrência do feriadão de Corpus Christi destaque na capa uma criança com dois cachorrinhos, no canto direito acima está a foto da mulher do governador mineiro Fernando Pimentel. Esta é a chamada da reportagem-bomba desta edição que recheia o miolo da revista. É coisa grande e comprova que enquanto os gafanhotos vermelhos permanecerem no poder os cofres públicos continuarão a ser impiedosamente dilapidados. Lembrem-se sempre que a corrupção e a roubalheira desenfreada comandada pelo PT e seus sequazes, tem como objetivo precípuo o financiamento do projeto de poder perpétuo do partido em consonância como as diretrizes do Foro de São Paulo. Aliás, o roubo, a corrupção e a pilhagem sempre foram os principais meios de conquista do poder pelos comunistas. 
Não é à toa que cresce um movimento em todo o Brasil defendendo não apenas o impeachment da Dilma, mas também a proscrição do PT e seus satélites vermelhos, principalmente os deletérios PSOL, PCdoB, PSTU e assemelhados que constituem um pernicioso ajuntamento de psicopatas, o que nos faz lembrar a todo instante o livro "Ponerologia - Os Psicopatas no Poder".
Nesta madrugada o site da revista Veja "vazou" um aperitivo da reportagem-bomba que dá uma ideia do tamanho da encrenca que agora envolve o casal Pimentel. Por tudo isso vale a pena comprar esta edição de Veja. E os mineiros que fiquem atentos correndo cedo às bancas. Faço a transcrição abaixo:
LIGAÇÕES PERIGOSAS
As duas mulheres que aparecem nesta reportagem não se conhecem. Carolina de Oliveira é jornalista. Cresceu na periferia de Brasília e hoje é a primeira-dama de Minas Gerais. Helena Maria de Sousa, ou Helena Ventura, como também é conhecida, mora em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, é enfermeira da rede pública de saúde e se candidatou a deputada estadual nas últimas eleições pelo PT. Apesar das trajetórias aparentemente distintas, as duas são suspeitas de envolvimento no mais recente escândalo de corrupção investigado pela Polícia Federal. Ambas, cada uma à sua maneira, estão conectadas a Benedito de Oliveira Neto, o Bené, empresário de Brasília que, na última década, fez fortuna como parceiro do governo federal, teve como cliente a campanha da presidente Dilma Rousseff, foi preso e está indiciado por formação de quadrilha.
O acaso levou Carolina a Bené. Formada em comunicação, ela trabalhou numa empresa que prestava serviços ao então prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel. Logo, foi promovida a assessora pessoal dele - e não se separaram mais. Em 2010, Pimentel foi indicado para coordenar da campanha presidencial de Dilma Rousseff. Carol o acompanhou. O prefeito delegou a Benedito de Oliveira, seu amigo, a montagem do comitê central. Bené alugou a casa e organizou toda a infraestrutura para o início da campanha. Ele era um mero desconhecido, e continuaria nas sombras se não fosse um escândalo que eclodiu antes mesmo do início da campanha. Além de marqueteiros e jornalistas, o empresário contratou para o comitê uma equipe de ex-policiais e arapongas para bisbilhotar a vida de adversários. Revelado por VEJA, o caso provocou o afastamento da dupla Pimentel-Bené do comando da campanha - mas só da campanha.
O FIO DA MEADA
Eleita, Dilma nomeou Fernando Pimentel para comandar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O ministro, por sua vez, contratou Carolina como sua assessora no ministério. Ela cuidava dos compromissos oficiais, acompanhava as viagens e estava presente na maioria dos eventos de que ele participava. Em 2012, motivado por rumores, Pimentel recomendou que a assessora deixasse o cargo. A pedido do ministro, ela foi contratada por uma agência que presta serviços ao PT. Montou a própria empresa, a Oli Comunicação, e, recentemente, oficializou a união com o agora governador Fernando Pimentel. Nesse período, Bené continuou ganhando dinheiro. Foram mais de 500 milhões de reais em contratos superfaturados com o governo. Tudo estaria bem para todos se, no ano passado, Bené não tivesse sido apanhado outra vez com a boca na botija. A polícia apreendeu um avião do empresário com 113 000 reais em dinheiro e documentos que sugeriam que ele repetia na campanha de 2014 o mesmo papel que desempenhara em 2010 - o caixa paralelo que financiava o PT.
As investigações indicam que Bené montou uma ampla rede criminosa envolvendo empresas-fantasma para financiar as campanhas petistas, incluindo a do governador Pimentel. Basicamente, ele superfaturava contratos com o governo e repassava parte do que arrecadava aos partidos através de doações legais, como no petrolão, ou clandestinas, através das empresas-fantasma. Na operação policial que prendeu o empresário, a polícia realizou buscas no apartamento onde Carolina Oliveira morava antes de se mudar para Belo Horizonte. Procurava documentos que mostrassem negócios entre ela e o empresário. A sede da Oli Comunicação estava registrada no mesmo endereço de uma empresa-fantasma de Bené.
A ENFERMEIRA & BENÉ
É nesse ponto que a história de Carolina converge com a de Helena Ventura. Sindicalista e filiada ao PT, a enfermeira disputou três eleições. Foi candidata a deputada federal em 2010, a vereadora em 2012 e, no ano passado, tentou uma vaga na Assembleia Legislativa de Minas. Somando o resultado das três eleições, ela teve incríveis 29 votos. Mas o que chamou atenção foi o custo de sua última campanha. Dona de um salário de 2 000 reais, Helena declarou ter gasto 36 280 000 reais com a candidatura. E o mais interessante é que praticamente todo o dinheiro, 36 250 000  reais, foi pago a um único fornecedor - a Gráfica Brasil, cujo proprietário é Benedito de Oliveira. É evidente que existe algo muito estranho nessa história.
Há um grande segredo envolvendo esses personagens. Segundo um relatório do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, o dinheiro a ser repassado para a Gráfica Brasil tinha como origem declarada o fundo partidário - a verba que os partidos políticos recebem dos cofres públicos. O PT não quis se pronunciar. A enfermeira disse que desconhece tanto a origem quanto o destino do dinheiro. "Se eu tivesse esse dinheiro, seria eleita com certeza", afirmou ela ao jornal Hoje em Dia. Helena também garante que nunca ouviu falar do empresário. Benedito de Oliveira, já solto, disse, por meio de seu advogado, Celso Lemos, que nem sabe quem é Helena. Caroline Oliveira não foi localizada. Seu advogado, Pierpaolo Bottini, informou que a primeira-dama de Minas Gerais mantém apenas relações de amizade com a família de Bené. Negócios? Nenhum. A coincidência de endereços teria sido apenas um grande mal-entendido. O advogado diz que a Oli funcionou num escritório no centro de Brasília até julho de 2014 e, depois disso, uma das empresas de Bené se instalou no mesmo endereço. Por equívoco, alguém se esqueceu de formalizar a mudança. Simples assim. Do site da revista Veja






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