DA MÍDIA SEM MORDAÇA
NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
07 DE JUNHO DE 2015
A numerosa facção lulista trabalha para apresentar no 5º Congresso do PT, agora em junho, documento de repúdio à política econômica de Dilma. Com anuência de Lula, os torpedos atingem em cheio o ministro Joaquim Levy (Fazenda) e é um aceno aos sindicalistas. Lula gosta cada vez mais da ideia de candidatar-se em 2018. A pelegada se reuniu com Lula, no fim de mês, e desceu a borduna em Levy.
No encontro, na sede da CUT, sindicalistas cobraram posição pública de Lula contra o projeto da terceirização e o fim do fator previdenciário.
As centrais alertaram Lula sobre possível greve geral para pressionar Dilma a vetar o projeto da terceirização, caso o Senado o aprove.
Aos mais próximos, Lula defende Nelson Barbosa, do Planejamento, no lugar de Levy. Estaria mais afinado com o plano econômico petista.
Agora persona non grata, Joaquim Levy chefiou o Tesouro Nacional no primeiro governo de Lula. Aquele do mensalão, do petrolão...
Nem parece que o País vive uma grave crise na economia: nos quatro primeiros meses do ano, o governo Dilma conseguiu gastar R$ 14,3 milhões com os cartões de pagamento, os “cartões corporativos”. Apesar do exagero e dos sinais de farra, o Palácio do Planalto se recusa a informar como gastou todo esse dinheiro, alegando “garantia da segurança da sociedade e do Estado”. Ou seja, da própria Dilma.
Antes de o então presidente Lula tornar “secretos” os gastos, ministros foram flagrados comprando até tapioca com cartões corporativos.
Cartões corporativos do governo também são usados para pagar despesas com combustível e seguranças de familiares de presidentes.
O vice Michel Temer dá sinais exteriores de pobreza, para os padrões Dilma: de janeiro a abril, gastou R$ 172,7 mil usando o cartão.
Eduardo Cunha só tolera falta de deputados ao trabalho por razões médicas ou por integrar missões ao exterior. E tem mandado descontar nos salários. Os atestados médicos já se multiplicaram.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) leu com lupa a pesquisa do Vox Populi indicando que o governo de Geraldo Alckmin (SP) é ruim ou péssimo para 25% dos entrevistados. Não achou tão ruim assim...
Com votação do relatório na terça, a MP do Futebol está tirando o sono dos cartolas, pois o clube que continuar ignorando as obrigações pode ser rebaixado para divisão inferior, como aconteceu na Espanha esse ano.
Durante a XIX Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais, na linda Vitória, entre quarta (10) e sexta (12), o contribuinte pode constatar como se desperdiça dinheiro publico. Vai ser uma farra.
Aliados de Robinson Faria têm reclamado do deputado Fábio Faria (PSD-RN), filho do governador do Rio Grande do Norte. O rapaz não estaria deixando ninguém chegar ao pai sem antes passar por ele.
O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) apresentou projeto que acaba com o dinheiro em espécie. Quer que tudo seja feito digitalmente. Diz que a medida poderá reduzir a sonegação de impostos.
O deputado Damião Feliciano (PDT-PB) não esconde sua aptidão por uma festinha. Na quinta, fez uma festança, com a presença de vários deputados, para celebrar a prévia do casamento da filha.
O Planalto trabalha para a Lava Jato esmagar Eduardo Cunha, mas sem ajuda de deputados do PP. Até porque o primeiro vice-presidente, Waldir Maranhão (PP-MA), também poderá estar entre os denunciados.
...Dilma bem que poderia ir pedalando até o Tribunal de Contas da União, para tentar explicar as manobras fiscais do seu governo.
NO BLOG DO AUGUSTO NUNES
07/06/2015 às 0:09 \ Opinião
Publicado na coluna de Carlos Brickmann
CARLOS BRICKMANN
Roberto Amaral, que ficou famoso quando por algum motivo quis construir uma bomba atômica brasileira, ganhou prestígio de verdade quando tentou impedir que seu partido, o PSB de Eduardo Campos, deixasse de seguir automaticamente o PT (e, após a morte de Campos, trabalhou contra a candidata do partido, Marina Silva). Prestígio tem valor: Dilma nomeou Roberto Amaral para o Conselho da Itaipu Binacional, com R$ 20.804,13 mensais para participar no máximo de uma reunião por mês, e olhe lá, se não cair no feriado, e mandato de quatro anos (a propósito, além da diretoria, há doze conselheiros, todos com esse salário — dá para entender parte do alto custo da energia, não é?)
ilma nomeou ainda outro adepto: Maurício Requião de Mello e Silva, filho do senador e ex-governador Roberto Requião. Roberto Requião é do PMDB, mas da ala petista do partido; e está, ao gosto de Dilma, cada vez mais bolivariano, dos que levam Maduro a sério. Roberto Amaral e Maurício Requião têm algo mais em comum, além da ligação com o petismo: entendem de eletricidade. Sabem o suficiente para acender e apagar a luz de casa.
Mas deixemos os ricos de lado e falemos dos pobres. O primeiro-ministro da Inglaterra, David Cameron, anunciou que todos os ministros britânicos terão salários congelados por mais cinco anos, como medida de economia. O congelamento vem desde 2010. E — fora daqui isso acontece! — o Governo britânico anunciou que cortará seus gastos em US$ 40 bilhões nos próximos dois anos.
NO O ANTAGONISTA
265 milhões de reais para o futebol
Brasil 06.06.15 16:12
A revista Época recorreu à Lei de Acesso à Informação e descobriu que a Caixa desembolsou 265 milhões de reais desde 2012 para patrocinar 16 equipes de futebol no Brasil.
O grande campeão é o Corinthians, time do coração de Lula, que recebeu 91 milhões de reais no período. O banco estatal também financiou parte da construção do Itaquerão junto com o BNDES. A obra foi realizada pela Odebrecht.
Estragando seu domingo
Brasil 07.06.15 06:52
Estragamos seu sábado dizendo que, em Roraima, Romero Jucá vendeu um terreno para o Minha Casa, Minha Vida por 4 milhões de reais - dois milhões e meio de reais a mais do que o valor de mercado.
Hoje vamos tentar estragar seu domingo dizendo que o presidente da Assembléia Legislativa de Roraima, Jalser Renier, aliado de Romero Jucá, contratou 450 assessores para seu gabinete.
Romero Jucá e Jalser Renier: leituras dominicais
Roraima existe
Brasil 07.06.15 07:17
O presidente da Assembléia Legislativa de Roraima, Jalser Renier, não é acusado apenas de ter contratado 450 assessores - rigorosamente sem concurso público - para seu gabinete. Ele é acusado também de embolsar metade do salário de cada um deles.
Uma das coordenadoras de sua campanha em 2014 denunciou-o igualmente por ter comprado voto de índios, estudantes e taxistas. Ela disse que "presenciou muita compra de votos" e que "a maioria das pessoas que recebiam as quantias eram muito humildes, algumas vezes apresentando receitas de remédios para receber".
A Veja conta que "um índio que recebeu 18 mil reais para distribuir propaganda eleitoral em sua tribo se arrependeu e entregou o dinheiro ao Ministério Público, junto com material de campanha do deputado estadual".
Para estragar seu domingo, basta lembrar que Roraima existe.
18 mil reais para distribuir folhetos na tribo
A democracia roraimense
Brasil 07.06.15 07:28
Jalser Renier, em 2010, foi condenado a seis anos de prisão por seu envolvimento no escândalo dos gafanhotos, juntamente com sua mãe, Itelvina.
Quatro anos depois, ele foi o deputado estadual mais votado em Roraima, com 7.152 votos. E seus colegas o elegeram presidente da Assembléia Legislativa com 20 votos, de um total de 24.
Estragamos o domingo de Sólon, o pai da democracia ateniense.
O gafanhoto com sua mãe Itelvina e sua mulher Cynthia
Sólon e a democracia roraimense
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