DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
30 DE JUNHO DE 2015
Um bando de medrosos e uma má gestora inventaram a economia de fantasia no Brasil. A área econômica do governo enganou Dilma sobre contas públicas em 2014, segundo fonte graduada do Planalto, criando a “magia” de duplicar números. Usavam a mesma fonte de receita para dois cálculos diferentes e sequenciais, mas, ao ser usada no primeiro, a mesma receita não poderia aparecer no segundo cálculo. Mas apareceu e deu a percepção de mais fontes de receita do que existem.
“Eles mentem e ela acredita”, diz o assessor, dando nomes aos bois: Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro e Banco Central.
O relato do assessor graúdo ilustra a péssima capacidade de Dilma de analisar as informações dos “mágicos” da sua equipe econômica.
No Ministério do Desenvolvimento, prevalecia o conto da carochinha: Dilma não era informada das angústias do comércio e da indústria.
Quando se percebia a manobra enganadora da equipe econômica, eles diziam internamente que, se falassem a verdade, Dilma iria “explodir”.
O ministro Aroldo Cedraz tentará o apoio dos colegas do Tribunal de Contas da União (TCU), nesta terça (30), contra revelações de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, de que pagava R$ 50 mil por mês a seu filho, advogado Tiago Cedraz, para obter informações na corte. Além disso, em um caso sobre obras bilionárias na usina nuclear de Angra 3, o escritório de Cedraz teria negociado R$1 milhão com a UTC.
O ministro Aroldo Cedraz processa jornalistas que noticiam denúncias envolvendo a influência do seu filho, Tiago, em seu tribunal.
Em nota, o TCU tentou desqualificar as revelações do empreiteiro Ricardo Pessoa, e não menciona providências para apurar a denúncia.
Ricardo Pessoa não deixou mal apenas os Cedraz, pai e filho: também apontou sua metralhadora giratória para o ministro Raimundo Carreiro.
A viagem do ministro Joaquim Levy aos Estados Unidos, mesmo contra a vontade dos médicos, decorre do fato de que a parte econômica da visita oficial é importante demais para deixar só na mão de Dilma.
Assim que Joaquim Levy deu entrada no Hospital do Coração, em Brasília, sexta-feira à noite, o País prendeu a respiração. O alívio só apareceu quando ele recebeu alta, horas depois.
A esquerda tentará impedir no grito a votação do projeto que reduz a maioridade penal. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, não parece impressionado: diz que vai votar o projeto hoje (30).
O governo apelou ao presidente do Senado, Renan Calheiros, para segurar a medida provisória do reajuste do salário mínimo. Renan ainda não sinalizou se vai facilitar a vida do Planalto.
Assessoria da Andrade Gutierrez alega que o grupo teve prejuízo de R$ 451 milhões em 2014, mas isso não consta nas demonstrações financeiras padronizadas publicadas no site pela AG Participações S.A.
De acordo com os demonstrativos da holding controladora da Andrade Gutierrez, a empreiteira teve lucro líquido de R$ 1,59 bilhão no primeiro mandato de Dilma. O grupo foi o maior “investidor” na reeleição dela.
O Impostômetro registrou ontem a marca de R$ 1 trilhão retirados do bolso dos brasileiros em 2015, mas outras receitas do governo federal são bem mais significativas: já chegaram a R$ 1,4 trilhão.
Velha raposa siberiana em Brasília não deixou de notar: ironicamente, nos duelos de vôlei masculino do fim de semana, a Rússia jogou de azul, os Estados Unidos de vermelho. E os americanos ganharam.
Dilma respeita delator que, como Ricardo Pessoa, documenta suas delações?

NO DIÁRIO DO PODER
LAVA JATO
LOBISTA QUE PAGOU R$ 400 MIL DE EMPRESA DE DIRCEU FAZ DELAÇÃO PREMIADA
PASCOWITCH, LOBISTA DA ENGEVIX, QUER ENTREGAR TODO O MUNDO
Publicado: 29 de junho de 2015 às 22:29 - Atualizado às 01:18
O lobista Milton Pascowitch, que atuava como operador de propinas da construtora Engevix Engenharia, fechou acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato. Ele se dispôs a confessar corrupção e lavagem de dinheiro e a contar o que sabe sobre o esquema de desvios na Petrobras, em troca de uma possível redução de pena. Acusado de operar pagamentos de propina para a empreiteira Engevix, Pascowitch é dono da Jamp Engenheiros e pagou R$ 400 mil do imóvel comprado por José Dirceu onde funcionava a sede da empresa de consultoria do ex-ministro da Casa Civil (governo Lula), em São Paulo, a JD Assessoria e Consultoria Ltda.
A compra do imóvel da JD Assessoria é alvo central de inquérito da Polícia Federal que apura corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo Dirceu, a JD e seu irmão e sócio Luiz Eduardo Oliveira e Silva. Comprado por R$ 1,6 milhão, no ano em que ele começava a ser julgado no processo do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, Dirceu registrou em cartório ter dado R$ 400 mil de recursos próprios no negócio.
Em relatório de janeiro, a Receita Federal suspeitou da movimentação financeira porque o dinheiro não passou pela conta corrente de Dirceu naquele ano. O documento resultou em inquérito aberto em 30 de janeiro, para apurar corrupção e lavagem de dinheiro na aquisição desse imóveis e de outro, em nome do irmão.
A Jamp assinou contrato com a JD em 2011, para pagamento de serviços que Dirceu teria prestado de consultoria internacional para a empreiteira Engevix. Foram pagos R$ 2,6 milhões entre 2008 e 2012 para a JD, de José Dirceu. Desses, R$ 1,4 milhão foram pela Jamp.
Preso desde abril na sede de Polícia Federal, em Curitiba (PR), base da Lava Jato, Pascowitch tem vínculos apontados nos autos da Lava Jato com o PT e o esquema de propinas na Petrobrás por intermédio do ex-diretor de Serviços Renato Duque e o ex-gerente de Engenharia Pedro Barusco.
A Lava Jato tinha recolhido até aqui provas do envolvimento de Pascowitch, por meio de contratos, empresas e contas operadas pelo lobista. Foram cruzados os dados entregues por delatores dos processos, como Barusco - com quem o lobista tinha um hobby em comum, o golfe -, materiais apreendidos nas buscas em suas empresas e residência além de quebras de sigilos.
Os tentáculos de Pascowitch que estão na mira da Lava Jato extrapolam sua atuação em nome da Engevix na Petrobras.
Investigadores acreditam que Pascowitch pode colaborar com as novas frentes de apuração, em especial na área de navios e sondas do pré-sal e também os esquemas de consultorias de ex-políticos e agentes públicos, como José Dirceu e Renato Duque.
O advogado criminal Theo Dias, que defende Pascowitch, não retornou contatos da reportagem.
A assessoria de Dirceu afirma que a JD sempre recebeu por serviços de consultoria efetivamente prestados.
No dia 17 de junho, a assessoria de Dirceu esclareceu questionamento da reportagem de O Estado de S. Paulo. "O ex-ministro José Dirceu refuta, com veemência, qualquer ilação de prática de crimes de lavagem de dinheiro ou ocultação patrimonial, como questiona o jornal. Dirceu trabalhou como consultor de empresas por 9 anos e todos os seus rendimentos foram declarados à Receita Federal, que não apresentou qualquer ressalva sobre sua evolução patrimonial no período.
As suspeitas não têm qualquer fundamento, já apresentamos à Justiça do Paraná todos os esclarecimentos pedidos e é preciso ficar claro que não existe nenhuma acusação formal contra o ex-ministro", afirma o advogado Roberto Podval. "Já demonstramos a partir de vasta documentação que José Dirceu atendeu a cerca de 60 clientes e que todos os serviços foram plenamente prestados, os impostos recolhidos e os rendimentos declarados."

LAVA JATO
AÉCIO REAGE A DILMA INSINUANDO QUE ELA 'NÃO ESTÁ BEM' DA CABEÇA
DIZ QUE 'DOAÇÕES' À CAMPANHA DE DILMA E DO PT FORAM EXTORQUIDAS
Publicado: 30 de junho de 2015 às 01:14
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), divulgou nota nesta segunda-feira (29) para responder a insinuações da presidente Dilma Rousseff de que ele teria recebido, em sua campanha presidencial, doações do empreiteiro Ricardo Pessoas em valores muito parecidos com os que a campanha dela recebeu. Aécio sugeriu, em sua nota, que Dilma "não está bem" da cabeça. E lembrou que a Operação Lava Jato não investiga doações legais para campanhas, mas sim "doações" que foram produto de extorsão.
"As novas declarações da presidente Dilma Rousseff, dadas hoje, em NY, atestam o que muitos já vêm percebendo há algum tempo: a presidente da República ou não está raciocinando adequadamente ou acredita que pode continuar a zombar da inteligência dos brasileiros", diz Aécio na nota divulgada. E segue:
"Primeiro, ela desrespeitou seus próprios companheiros de resistência democrática ao compará-los aos atuais aliados do PT acusados de, nas palavras do Procurador Geral, terem participado de uma “corrupção descomunal.
"A presidente chega ao acinte de comparar uma delação feita, dentro das regras de um sistema democrático, para denunciar criminosos que assaltaram os cofres públicos e recursos pertencentes aos brasileiros, com a pressão que ela sofreu durante a ditadura para delatar seus companheiros de luta pela democracia.
"A presidente realmente não está bem.
"É preciso que alguém lhe informe rapidamente que o objeto das investigações da Polícia Federal, do MPF e da Justiça não são doações legais feitas de forma oficial por várias empresas a várias candidaturas, inclusive a minha, mas sem qualquer contrapartida que não fosse a alforria desses empresários em relação ao esquema de extorsão que o seu partido institucionalizou no Brasil.
"O que se investiga – e sobre o que a presidente deve responder – são as denúncias feitas em delação premiada pelo Sr. Ricardo Pessoa que registram que o tesoureiro da sua campanha e atual Ministro de Estado Edinho Silva teria de forma “elegante” vinculado a continuidade de seus contratos na Petrobras à efetivação de doações à campanha presidencial da candidata do PT.
"Ou ainda a afirmação feita pelo mesmo delator de que o tesoureiro do seu partido, o Sr. João Vacari, hoje preso, sempre o procurava quando assinava um novo contrato para cobrar o que chamou de “pixuleco”.
"Não será com a velha tentativa de comparar o incomparável que a Sra. Presidente vai minimizar sua responsabilidade em relação a tudo o que tem vindo à tona na Operação Lava Jato.
"O fato concreto é que, talvez nunca na História do Brasil, um Presidente da República tenha feito uma visita oficial a outro país numa condição de tamanha fragilidade. E afirmações como essa em nada melhoram sua situação."

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
29/06/2015 às 19:19\Direto ao Ponto
A lama do Petrolão chegou à linha de cintura de Dilma Rousseff depois do que disse o empreiteiro Ricardo Pessoa. Alcançou a altura do pescoço presidencial depois do que o neurônio solitário resolveu dizer em Washington. Quando não se sabe o que fazer, melhor não fazer nada, repetia Dom João VI. Dilma faz declarações destrambelhadas. E sempre consegue piorar o que está péssimo, confirmam três momentos do falatório desastroso:
1. “Eu não respeito delator. Até porque eu estive presa na ditadura e sei o que é. Tentaram me transformar em uma delatora”.
A primeira frase informa que Dilma resolveu esquecer que foi ela quem sancionou a Lei 12.850, que regulamentou em 2013 o instituto da colaboração premiada. Insista-se: COLABORAÇÃO: a palavra “delação”, que não aparece uma única vez no texto, foi mais um aleijão adotado por jornalistas sem pudores e advogados sem álibis. A mesma frase revela que Dilma — a exemplo de Marcola, chefão do PCC — só respeita criminosos que escondem as bandidagens que cometeram e a identidade dos mandantes ou comparsas. Gente como João Vaccari Neto e Renato Duque, por exemplo.
A segunda frase sugere que Dilma não enxerga diferenças entre o governo que preside e o chefiado pelo general Emílio Médici nos anos 70. A terceira insinua que os quadrilheiros presos em Curitiba têm sido submetidos a selvagens sessões de tortura. Os carrascos são os homens da lei que participam da Operação Lava Jato.
2. “Eu não aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou a minha campanha qualquer irregularidade. Primeiro porque não houve. Segundo, se insinuam, alguns têm interesses políticos.”
A primeira e a segunda frases, conjugadas, informam que a declarante não lembra que transformou a larápia Erenice Guerra em melhor amiga, braço direito e depois sucessora na chefia da Casa Civil; que nem sequer ouviu falar do dossiê forjado para caluniar Fernando Henrique e Ruth Cardoso; que nunca participou de reuniões do Conselho Administrativo da Petrobras por ela presidido anos a fio; que não sabe quem é Lina Vieira; que ignora a existência de qualquer tramoia concebida para revogar calotes fiscais da Famiglia Sarney; que nada fez para que o ministério se assemelhasse a um viveiro de corruptos; que conhece só de vista o amigo de infância Fernando Pimentel; que mete o nariz em tudo, mas é portadora de uma disfunção olfativa que a impede de sentir cheiro de corrupção.
3. “Há um personagem que a gente não gosta, porque as professoras nos ensinam a não gostar dele. E ele se chama Joaquim Silvério dos Reis, o delator”.
Combinadas, as duas frases informam que, na cabeça da Doutora em Nada, o Petrolão é a Inconfidência Mineira do Brasil moderno, com Ricardo Pessoa no papel de Joaquim Silvério dos Reis. Lula, claro, é Tiradentes. A declarante é a Marília de (José) Dirceu. Os verdugos a serviço da Coroa portuguesa são o juiz Sérgio Moro, os procuradores federais, os policiais federais engajados na Operação Lava Jato, a elite golpista, a imprensa reacionária e FHC.
Nesta segunda-feira (29), aparentemente, Dilma tentou lançar-se candidata ao posto de Madre Teresa do Planalto. Acabou transformando em certeza a suspeita encampada por 10 em 10 habitantes do País que pensa: na mais branda das hipóteses, a presidente da República agiu anos a fio como cúmplice e coiteira da quadrilha que consumou a maior ladroagem ocorrida desde o Dia da Criação.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
29/06/2015 às 20:21
Outro que, infelizmente, perdeu uma boa chance de ficar calado foi o advogado Celso Antônio Bandeira de Mello, de 78 anos, amigo de Lula e entusiasta do PT. Ele tem algumas críticas a fazer à operação Lava Jato. Também tenho, como vocês sabem. Mas ele avançou por considerações absolutamente inaceitáveis.
Vamos lá. Eu acho, sim, que se está usando prisão preventiva como antecipação de pena e como instrumento de pressão para obter delação premiada. E é evidente que isso não pode acontecer. Mais: há uma crispação de procuradores e do juiz Sergio Moro contra os advogados. Mas vamos devagar!
Leio na Folha algumas considerações de Bandeira de Mello que têm de merecer nosso repúdio.
Disse, por exemplo, o doutor sobre as prisões:
“O que tem sido noticiado é empresário sendo preso e submetido a condições muito insatisfatórias. Vamos ser realistas, se você viveu numa favela, sua condição de vida é uma. Se você está acostumado a um mínimo de privacidade e o colocam numa cela que só tem um buraco [sanitário] sem porta, você está sendo torturado. Colocar alguém nessas condições é submetê-lo a tortura psicológica.”
Isso não é ser realista. Eu estou entre aqueles que lamentam a espetacularização de certas operações e algumas abordagens absolutamente ressentidas sobre os presos. Não é raro perceber um tanto de despeito ao ver “os ricos” submetidos aos rigores da prisão. Não é, em si, um bom sentimento. Isso é fruto do pior lixo da cultura petista.
O doutor está falando coisa muito distinta. Ele está a dizer que uma cadeia não muita boa para um favelado é aceitável, mas que constitui tortura quando se trata de um endinheirado. A ser como ele diz, o Estado deveria, então, oferecer prisões distintas para ricos e pobres. Infelizmente e em certa medida, isso já existe hoje, não é mesmo? Há, reitero, uma diferença entre alguém vibrar porque um bilionário vai usar um banheiro sem porta e advogar que isso é até aceitável se o preso veio da favela.
Diz ainda Bandeira de Mello:
“Com o apoio da imprensa, o país está caminhando, a passos largos, para o fascismo. Se a imprensa não montasse um palco para esse juiz, isso não aconteceria. Tanto é assim que na hora que aparecer algum assunto novo, como a Olimpíada, esse assunto todo vai morrer. Corrupção sempre existiu, mas a novidade é a imprensa tratar disso como um verdadeiro escândalo.”
Eu acho, sim, que, a imprensa deixa de apontar exageros óbvios cometidos pela Lava Jato, mas o petista Bandeira de Mello avalia que a imprensa é que está flertando com o fascismo? Ora, doutor…
De resto, ele está com uma visão absolutamente distorcida do novo Brasil. Será que basta chegar a Olimpíada para que tudo seja esquecido? Caberia lembrar ao advogado que a Copa América e a Copa do Mundo serviram para incentivar protestos, turbinados pela presença maciça da imprensa internacional no país.
As críticas de Bandeira de Mello não só não servem para corrigir vícios da Lava Jato como ainda podem aprofundá-los. A cadeia, doutor, tem de ser decente para empreiteiro e para pedreiro.
Por Reinaldo Azevedo

30/06/2015 às 2:45
Ah, esta é do balacobaco. Se for verdade, aí estamos vivendo naquele clima do filme “Sindicato de Ladrões”, dirigido pelo genial Elia Kazan e estrelado pelo não menos Marlon Brando. Ricardo Pessoa, dono da UTC, que fez delação premiada, diz ter feito doações eleitorais a dois políticos para evitar greves em obras públicas tocadas por suas empresas ou por consórcios dos quais elas faziam parte. O mais impressionante: um deles nem se ocupa de negar que isso tenha acontecido. Ao contrário: diz encarar a acusação como um elogio. Vamos lá.
Um dos acusados por Pessoa é o deputado Paulinho da Força (SP), presidente nacional do Solidariedade. Segundo informa a Folha, Pessoa diz ter repassado R$ 500 mil à sua campanha à Prefeitura de São Paulo em 2012 para impedir paralisações de trabalhadores na usina de São Manoel, na divisa entre Pará e Mato Grosso. A Constran, do grupo UTC, venceu a licitação, e os sindicatos da região são ligados à Força Sindical, comandada por Paulinho.
O deputado nega a relação entre a doação que recebeu e a não-realização de greves. Calma! Há mais.
Pessoa afirma ainda ter doado R$ 200 mil à campanha do deputado petista Luiz Sérgio (RJ), em 2014, para evitar greves de trabalhadores na montagem de equipamentos da usina nuclear de Angra 3, no município de Angra dos Reis (RJ). E o que Luiz Sérgio tem com isso? Ora, ele já foi prefeito de Angra entre 2003 e 2006 e já presidiu o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, que é ligado à CUT. Ocupou também o ministério das Relações Institucionais e o da Pesca, na primeira gestão de Dilma.
Ouvido pela Folha, pensam que Luiz Sérgio negou o que seria uma relação mafiosa entre sindicalismo, greve e eleição? Não negou, não! Ele se disse feliz com a acusação e afirmou que ela soa “como um elogio”. Foi adiante: “É uma doação legal, de um empresário forte, que me reconhece como tendo uma boa interlocução com um movimento social”.
Entenderam? Pessoa diz que só deu o dinheiro para Luiz Sérgio não insuflar greves, e o deputado chama essa relação de “interlocução”.
Ah, sim: não custa lembrar: este senhor é relator da CPI da Petrobras.
Tentem não vomitar na tela e no teclado.
Por Reinaldo Azevedo

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 30/06/2015 04:36
Atordoados com o cheiro de enxofre que emana dos inquéritos da Lava Jato, deputados e senadores do PT reuniram-se com Lula na noite passada. Buscavam orientação. Encontraram um líder desorientado. Para evitar grampos companheiros, recolheram-se os celulares. A providência se revelaria premonitória. Evitou-se o registro em áudio de um Lula com o receituário vencido.
Na economia, Lula aconselhou o petismo a virar a página. Avalia que, vencida a etapa do ajuste fiscal, deve-se trombetear a agenda do crescimento econômico. Disse isso horas depois de a Petrobras anunciar que decidiu lipoaspirar seus investimentos em 37% e vender US$ 42,6 bilhões do seu patrimônio para fazer caixa.
Na política, o morubixaba da tribo petista aconselhou a infantaria partidária a erguer a cabeça e partir para cima da oposição. Mais cedo, o doutor Sérgio Moro, juiz da Lava Jato, avalizara um acordo de colaboração do lobista Milton Pascowitch. Apontado pela PF como operador de propinas da Construtora Engevix para o PT e para petistas como José Dirceu, Pascowitch é o 18º delator das petrorroubalheiras.
De resto, Lula disse que o governo Dilma vive momentos dramáticos e precisa ser defendido pelo PT. Dias atrás, reunido com religiosos, o mesmo Lula soara como líder da oposição. Dissera que o prestígio de Dilma está “no volume morto”. E o do PT, “abaixo do volume morto”.
Não bastasse cavalgar uma agenda vazia, Lula ainda ofende a inteligência alheia. No seu enredo, todos são culpados pela encrenca em que o petismo se meteu, menos ele. Esse comportamento é inútil, desonesto e paralisante.
É inútil porque já não há quem ignore que a engrenagem que assaltou a Petrobras foi estruturada na sua gestão. É desonesto porque desconsidera que o fiasco econômico foi produzido por uma criação sua: o mito da gerente impecável. É paralisante porque o PT não sairá do lugar enquanto Lula não enxergar no espelho a imagem de um cúmplice da conversão do partido numa máquina coletora 100% financiada pelo déficit público.
Lula manda sua tropa à guerra sem fornecer a munição. Não deu uma mísera explicação, por exemplo, sobre os pacotes de dinheiro que o empreiteiro-delator Ricardo Pessoa disse ter levado ao seu comitê de campanha em 2006. Nenhuma palavra também sobre as palestras que ninguém viu e que fizeram dele uma espécie de sócio-atleta do clube das empreiteiras.
Antes de falar aos congressistas do PT, Lula reunira-se com o marqueteiro João Santana, aquele que vendeu Dilma por lebre na campanha presidencial do ano passado. Nesta terça-feira, antes de deixar Brasília, o grande líder terá um encontro reservado com o velho e bom aliado Renan Calheiros. Nesse ritmo, Lula acaba alcançando o objetivo de virar a página. Para trás.

NO O ANTAGONISTA
Dilma é o risco
Brasil 29.06.15 18:58
E lá está Dilma Rousseff nadando de braçadas nos sites de informação. Ela disse nos Estados Unidos que é preciso "baixar o risco de fazer negócios no Brasil" e ganhou manchetes.
Quem se interessa pelo que Dilma Rousseff diz, francamente? Ela e o seu partido são o grande risco de fazer negócios no Brasil.
Tirem Dilma Rousseff e o PT do caminho o mais rápido possível.
Gala, não
Brasil 29.06.15 22:42
A televisão brasileira noticiou que Obama ofereceu um "jantar de gala" a Dilma Rousseff.
Missão civilizatória de O Antagonista: não existe jantar de gala para vinte convidados.
Sindicato de Ladrões
Brasil 30.06.15 06:18
Ricardo Pessoa disse que deu 200 mil pixulecos ao deputado petista Luiz Sérgio para evitar greves da CUT nas obras de Angra 3.
Luiz Sérgio é relator da CPI da Petrobras.
Ou ele renuncia à relatoria, ou é melhor encerrar a CPI imediatamente.
47.266.306 pixulecos para o PT
Brasil 30.06.15 06:53
Dilma Rousseff desrespeita delatores como Ricardo Pessoa. Agora ela poderá desrespeitar também Milton Pascowitch, que assinou um acordo com o Ministério Público para delatar a Orcrim.
A imprensa lembrou que a empresa de Milton Pascowitch, a Jamp, recebeu 83 milhões de reais das empreiteiras da Lava Jato, em particular da Engevix.
O Antagonista, porém, sempre faz questão de retornar à planilha de Pedro Barusco, o documento mais importante até agora para acompanhar o Petrolão.
Segundo a planilha, Milton Pascowitch repassou 111.790.231 reais em propina em 7 contratos da Petrobras: Cacimbas, Cacimbas II Abreu e Lima, Rlam, Repar, Ecomp e oito cascos do pré-sal.
O PT recebeu propina de ½% a 1% em cada um desses contratos.
No total, o partido de Dilma Rousseff embolsou 47.266.306 pixulecos de Milton Pascowith.
Uma cifra altamente respeitável, tão respeitável que merece ser repetida: 47.266.306 pixulecos.
Os 47.266.306 pixulecos do PT na planilha de Barusco
O teatro mais caro de todos os tempos
Brasil 30.06.15 08:13
O operador de propinas da Odebrecht, Rogério Araújo, preso pela Lava Jato, enviou um e-mail aos seus colegas sobre a solenidade de assinatura do contrato da refinaria Abreu e Lima.
No e-mail, reproduzido pelo jornal Valor, ele avisa que Lula seria a estrela do evento e que a Odebrecht deveria ter “alguns equipamentos já mobilizados, para fazer parte do teatro”.
Considerando que Abreu e Lima, na assinatura do contrato, estava orçada em 4 bilhões de dólares e acabou custando cinco vezes mais, 20 bilhões de dólares, pode-se dizer que os brasileiros pagaram o ingresso de teatro mais caro de todos os tempos.
Lula e Chavez no palco de Abreu e Lima, com cenografia da Odebrecht

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Segunda-feira, junho 29, 2015
Esta foto diz muita coisa. Nessa oportunidade o petrolão não havia explodido...
Depois de o empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, ter afirmado, em um acordo de delação premiada, que usou dinheiro do petrolão para bancar despesas de 18 políticos, o executivo vai agora depor em outro processo que pode complicar ainda mais o governo Dilma Rousseff. Pessoa é uma das testemunhas na ação de investigação judicial eleitoral (Aije) que apura irregularidades na arrecadação da campanha de Dilma no ano passado. O empreiteiro será ouvido em 14 de julho no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo.
Outros delatores da Lava Jato também já foram relacionados como testemunhas na investigação eleitoral. No processo, o PSDB afirma que a presidente Dilma cometeu abuso de poder econômico e político nas eleições do ano passado. O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro João Otávio de Noronha, já havia determinado que fossem ouvidos o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.
Em dezembro, o PSDB protocolou ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), listando fatos que considera ilegais ao longo da campanha presidencial, como o uso de prédios públicos para atividades eleitorais e a manipulação de indicadores sócio-econômicos, e solicita que a Corte diplome os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), respectivamente candidatos a presidente e vice-presidente, que terminaram a corrida eleitoral na segunda colocação.
De acordo com o PSDB, "a eleição presidencial de 2014, das mais acirradas de todos os tempos, revelou-se manchada de forma indelével pelo abuso de poder, tanto político quanto econômico" praticado em proveito de Dilma e do vice-presidente reeleito Michel Temer. Para o partido, as irregularidades praticadas pela campanha à reeleição da petista teriam sido, na verdade, "uma ação coordenada visando a garantir o êxito do projeto reeleitoral dos investigados". Na ação de investigação judicial eleitoral, o PSDB relembra que a própria presidente, ainda na fase de pré-campanha, afirmou, em um ato público na cidade de João Pessoa (PB), que é possível "fazer o diabo quando é a hora da eleição".
Conforme revelou VEJA, o empreiteiro Ricardo Pessoa contou em seu acordo de delação premiada que foi persuadido "de maneira bastante elegante" pelo atual ministro da Secretaria de Comunicação, Edinho Silva, a contribuir com a campanha petista de 2014. A abordagem lhe custou 10 milhões de reais para a campanha de Dilma. Um servidor do Palácio chamado Manoel de Araújo Sobrinho acertou os detalhes dos pagamentos diretamente com Pessoa. Documentos entregues pelo empresário mostram que foram feitos dois depósitos de 2,5 milhões de reais cada um, em 5 e 30 de agosto de 2014. Depois dos pagamentos, Sobrinho acertou com o empreiteiro o repasse de outros 5 milhões para o caixa eleitoral de Dilma. Pessoa entregou metade do valor pedido e se comprometeu a pagar a parcela restante depois das eleições. Só não cumpriu o prometido porque foi preso antes.
"Não respeito delator" - Instada a comentar as acusações feitas por Pessoa, a presidente Dilma afirmou que "não respeita delator" e negou irregularidades em sua campanha. "Eu não respeito delator. Até porque eu estive presa na ditadura e sei o que é. Tentaram me transformar em uma delatora", disse a presidente, em Nova York. "Eu não aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou a minha campanha qualquer irregularidade. Primeiro porque não houve. Segundo, se insinuam, alguns têm interesses políticos.” Do site de Veja
MEU COMENTÁRIO: Quem está bancando essa canalhada que está destruindo o Brasil são os empresários e banqueiros. São esse escrotos vagabundos que têm mantido o PT até aqui. 
Eu sei muito bem o que estou dizendo pois ao longo da minha vida profissional estive bem perto deles. Só para terem uma ideia, numa das últimas eleições para governador aqui em Santa Catarina, um empresário de Jaraguá do Sul concorreu como vice na chapa do PT, tendo na cabeça Ideli Salvatti. E não precisa dizer mais nada.
Bom, para começo de conversa não existem e nunca existiram empresários no Brasil. Essa gente sempre viveu saqueando o dinheiro público de todas as formas. Trata-se daquilo que se conceitua como 'patrimonialismo' e que deu origem ao famigerado "Estado cartorial". O PT apenas inovou no modus operandi de governar, associando-se a esses parasitas que acabaram se tornando seus moleques de recado, como esse empreiteiro grandalhão da UTC e seus homólogos.
Convenhamos: empresários de verdade não levam malas de dinheiro vivo para financiar o projeto de poder dos comunistas. 
E para concluir: O que a Dilma diz não faz a menor diferença. Sua expulsão do poder é apenas um detalhe burocrático. O epílogo de tudo isso será o esmagamento dos vermes comunistas. O PT e seus satélites terão que ter seus registros partidários cassados.
E anotem: não há alternativa. Nem precisa prender ninguém. Basta a proibição de partidos comunistas e a aprovação de lei anti-terrorismo.

NO BLOG UCHO.INFO
29/06/2015 | Escrito por admin
Lava-Jato: UCHO.INFO antecipa-se à Folha e anuncia com exclusividade calvário de Cunha e Calheiros
Pole position – Com quatro dias de antecedência, a reboque da costumeira exclusividade, o UCHO.INFO saiu à frente do jornal “Folha de S. Paulo” e, na edição da última sexta-feira (26), afirmou que a investigação do Ministério Público Federal sobre Eduardo Cunha e Renan Calheiros, respectivamente presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, avançava e que a dupla poderia se abatida a qualquer momento.
Desde a divulgação da fatídica lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de Barros, ambos os parlamentares passaram a se dedicar à produção de fatos “positivos”, assim como polêmicos, estratégia combinada para desviar a atenção da mídia, que continua com um olho nos desdobramentos da Operação Lava-Jato. A ideia inicial era proporcionar suposta blindagem a Calheiros e Cunha, fazendo com que a opinião pública não considerasse as denúncias que devem surgir em breve.
Enquanto o plano dos peemedebistas cumpre o script à risca, com recuos e avanços previstos como correção de rota, a Procuradoria-Geral da República colecionou provas contra os dois mais ilustres investigados no âmbito da Operação Lava-Jato, sendo que Janot poderia, inclusive, solicitar, por meio de medida cautelar, o afastamento de Cunha da presidência da Câmara dos Deputados.
Se por um lado a hipótese de afastamento de Cunha ganha contornos de viabilidade, pelo menos em termos jurídicos, por outro não se pode descartar o fato de que Rodrigo Janot espera ser reconduzido ao cargo, algo que depende da aprovação do Congresso Nacional, mais precisamente do Senado Federal. Sofrendo forte resistência no Parlamento, em especial nos partidos que tiveram parlamentares flagrados no esquema de corrupção, Janot sabe que a política é um jogo sujo que exige atenção e frieza.
No contraponto está o Partido dos Trabalhadores, refém do PMDB e cada vez mais atolado no maior escândalo de corrupção da História, que quer escapar da fila da degola ou, então, arrastar para a guilhotina o maior número possível de aliados, que agora se fazem de desentendidos.
Eduardo Cunha, principalmente, vem trabalhando para embolar uma eventual candidatura petista em 2018, até porque o presidente da Câmara tem projetos políticos muito mais ousados do que podem imaginar os incautos. Há meses, o UCHO.INFO afirmou que Eduardo Cunha começava a articular, nos bastidores, a inserção da discussão sobre o Parlamentarismo na pauta da Câmara. No final de semana, veículos da grande imprensa noticiaram o desejo de Cunha de aprovar a matéria o quanto antes, confirmando notícia deste site.


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