DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
16 DE JUNHO DE 2015
Mais de uma década depois do “mensalão” no governo Lula, a Procuradoria-Geral da República ainda não sabe ou não calculou o tamanho do desfalque nos cofres públicos provocado por este que é considerado um dos maiores escândalos de corrupção da História. Tampouco sabe quanto foi recuperado desde o fim do julgamento no Supremo Tribunal Federal, que culminou na condenação de 23 réus.
Os mensaleiros foram condenados por corrupção ativa, passiva, peculato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta.
Por sua assessoria, a Procuradoria-Geral da República informou ter dificuldades de calcular e receber os valores de multas impostas.
Estimativas de entidades independentes estimam que o afano do mensalão nos cofres públicos foi de pelo menos R$ 170 milhões.
A Procuradoria Geral levou 48 dias para admitir que não sabe e nem fez o balanço do que foi surrupiado e recuperado, no mensalão.
O lulismo e o bolivarismo desmoralizam a FAO, organismo da ONU para agricultura e alimentos. Seu diretor, brasileiro José Graziano, ex-aspone de Lula, premiou o governo da Venezuela pelas supostas “vitórias” na “luta contra a fome”. Graziano e a FAO têm sido alvo de deboche internacional: desde a semi-ditadura de Hugo Chávez, a Venezuela enfrenta a maior crise de escassez de alimentos do mundo.
Além de caótico e autoritário, o governo venezuelano é também considerado um dos mais corruptos do Planeta.
De tão absurdo, o “prêmio” à Venezuela parecia outra mentira do fanfarrão Nicolás Maduro, até a constrangida confirmação da FAO.
A “premiação” de Graziano ao governo de Nicolás Maduro foi também ridicularizada, com abundância de números, pela rede de TV CNN.
Lula teve de agir no congresso do PT para não precipitar a ruptura com o PMDB. Para ele, isso agravaria a já complicada situação do PT nas eleições municipais de 2016. O fim da dobradinha é dada como certa.
O tucano Álvaro Dias (PR) classificou como “afronta à Constituição” a advertência do ouvidor agrário nacional de que as polícias Civil, Militar e Federal “não podem impedir as invasões promovidas por sem-terra”.
Oito meses depois da divulgação da pesquisa vexatória onde “65% dos brasileiros culpavam a vítima” em casos de estupro, o Ipea ainda não tem substituto para o diretor demitido de Estudos e Políticas Sociais.
O ministro Aloizio Mercadante, que Lula tem na conta de “uma anta”, foi criticado em conversas reservadas, no congresso do PT, pela tentativa desastrada de enfraquecer a articulação de Michel Temer.

NO DIÁRIO DO PODER
LAVA JATO
MINISTÉRIO PÚBLICO PEDE QUE VACCARI CONTINUE NA PRISÃO
MANTÊ-LO NA CADEIA, SUSTENTA O MPF, GARANTE A 'ORDEM PÚBLICA’
Publicado: 15 de junho de 2015 às 17:10 - Atualizado às 22:06
O Ministério Público Federal pediu à Justiça Federal no Paraná, base da Operação Lava Jato, que mantenha na prisão o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Em petição ao juiz Sérgio Moro, que conduz as ações penais sobre esquema de corrupção e propinas na Petrobrás, a Procuradoria da República fustigou os argumentos da defesa de Vaccari e requereu indeferimento do pedido de revogação da prisão preventiva do ex-tesoureiro. Segundo a Procuradoria, a permanência de Vaccari na prisão é necessário ‘para a garantia da ordem pública, da aplicação da lei penal e, também, por conveniência da instrução penal’.
Vaccari foi preso no dia 15 de abril, apontado como arrecadador de propinas que teriam como destinatário o PT. A ordem de custódia do ex-tesoureiro foi dada pelo juiz Moro.
“Tal decisão merece ser mantida. A prisão de João Vaccari Neto afigura-se razoável e adequada, sobretudo diante dos graves delitos que de longa data vem sendo por ele praticados”, afirmam os procuradores.
Pesa contra o ex-tesoureiro a acusação de ser operador de propina em nome do PT no esquema de corrupção na Petrobrás, alvo da Lava Jato. Já réu em um processo criminal, Vaccari é acusado de usar a mulher e a cunhada, Marice Correa de Lima, para ocultar patrimônio supostamente ilícito.
No fim de maio, o criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, constituído por Vaccari, apresentou à Justiça Federal respostas a questionamento do juiz Moro e pediu revogação da prisão do ex-tesoureiro.
Em documento de 22 páginas, porém, os procuradores enumeram ‘os motivos que ensejaram a decretação da prisão de Vaccari’ e ‘indícios de enriquecimento ilícito dos familiares’ dele. Segundo o Ministério Público Federal, ‘foram apontados, em decorrência do afastamento dos sigilos bancário e fiscal de João Vaccari Neto e de seus familiares, diversos indícios de enriquecimento ilícito’.
São citados: a) empréstimo da CRA – empresa de Carlos Alberto Pereira da Costa, réu em diversos processos da Operação Lava Jato – para Giselda Rousie de Lima, esposa de Vaccari, no valor de R$ 400 mil; b) aquisição, por Marice Correa de Lima, de apartamento junto ao Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) no valor de R$ 200 mil e a revenda dele para a construtora OAS por R$ 432 mil; c) Marice ter declarado o recebimento de R$ 240 mil fruto de indenização por rescisão de contrato de trabalho, PDV, acidente de trabalho ou FGTS, não sendo, todavia, válida a descrição da origem do montante; d) o empréstimo de R$ 345 mil de Marice para Nayara de Lima Vaccari, filha de João Vaccari Neto; e) a evolução patrimonial de Nayara entre 2012 e 2013 de aproximadamente R$ 724 mil; e f) depósitos sucessivos e de pequenos valores na conta de Giselda entre 2008 e 2014 e que totalizam R$ 583,4 mil.
Moro havia pedido esclarecimentos sobre depósitos em dinheiro no total de R$ 583,4 mil na conta de sua mulher, Giselda Rousie de Lima. Do montante total, segundo o Ministério Público Federal, R$ 322,9 mil passaram pela conta de Giselda em depósitos em dinheiro abaixo de R$ 10 mil e, R$ 206,5 mil, em depósitos em dinheiro acima de R$10 mil. Para os procuradores da força-tarefa da Lava Jato, essa movimentação provocou suspeitas sobre a origem dos valores.
Vaccari alegou que os R$ 583 mil que passaram em dinheiro vivo pela conta da sua mulher, Giselda Rousie de Lima, entre 2008 e 2014, tiveram origem em seus vencimentos e estão declarados no Imposto de Renda. Segundo ele, o valor é compatível com a renda bruta de R$ 3,4 milhões que teve no período.
“Como justificativa para os diversos depósitos bancários em pequeno valor na conta da esposa de João Vaccari Neto, Giselda Rousie de Lima, a defesa do requerente apresentou os argumentos circunstanciais de que eles se deram em função da organização financeira do casal, que mantinha o dinheiro na conta de Giselda por ser ela quem administrava as finanças domésticas, sendo que os depósitos em pequeno valor têm razão de ser em função de normativa da instituição bancária da qual são clientes, que não permite depósitos de mais de R$ 2 mil nos terminais de autoatendimento”, alegam os procuradores. “Ora, de pronto as alegações suscitam algumas dúvidas, como a necessidade de os depósitos serem feitos por meio físico, deixando de lado a opção do meio eletrônico – que viabilizaria a confirmação da origem dos valores -, e a opção injustificada de estruturar os depósitos em valores pequenos no terminal de autoatendimento, ignorando a possibilidade de promover os depósitos na ‘boca do caixa’, quando poderiam ser feitos de maneira integral.” (AE)

NO ESTADÃO
PF rastreia viagens de José Dirceu
REDAÇÃO
16 Junho 2015 | 05:00
Lava Jato investiga contratos de consultorias de ex-ministro da Casa Civil no governo Lula para empreiteiras do cartel fora do Brasil
Por Julia Affonso, Fausto Macedo e Ricardo Brandt
A Polícia Federal pediu o rastreamento de todas as viagens feitas ao exterior pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Ele é investigado nos processos da Operação Lava Jato por consultorias prestadas e recebimentos milionários de empreiteiras do cartel, acusado de corrupção na Petrobrás.
“Expeça-se solicitação de pesquisa das viagens ao exterior de José Dirceu”, registra despacho do delegado Márcio Adriano Anselmo, do dia 15 de maio.
Os investigadores suspeitam que Dirceu teria usado sua empresa, JD Assessoria e Consultoria, para ocultar propina em forma de consultoria. Da Engevix, uma das empreiteiras do cartel, ele recebeu R$ 2,6 milhões entre 2008 e 2012.
Parte desse dinheiro foi pago via empresa do lobista Milton Pascowitch – a Jamp Engenheiros Associados. Pascowitch foi preso em maio pela Lava Jato. Em um inquérito, o ex-ministro é investigado por suposta lavagem de dinheiro na compra de um imóvel de R$ 1,6 milhão, em 2012, em São Paulo, onde funcionava a JD Assessoria. Os trabalhos do ex-ministro também são investigados no caso da Camargo Corrêa – empreiteira que tem dois executivos delatores do processo.
Em março, a defesa do ex-ministro entregou à PF cópia de seu passaporte para provar que ele fez 108 viagens a 28 países. Os destinos mais frequentes foram Venezuela e Portugal, com 16 viagens para cada. Na sequência estão EUA (14 vezes) e o Panamá (8).
A maior parte dos deslocamentos ocorreu quando Dirceu já havia deixado a Casa Civil do governo Lula. O passaporte foi entregue pelos advogados do ex-ministro para comprovar que os serviços contratados pelas empreiteiras do cartel, como Galvão Engenharia, OAS e UTC Engenharia, “foram prestados regularmente pela empresa JD Assessoria e Consultoria, principalmente em relação àqueles prestados no âmbito internacional”.
Em 9 anos de atuação, segundo a defesa, a JD Assessoria prestou serviços a mais de 50 empresas no universo de quase 20 setores da economia, como comércio exterior, comunicação, telecomunicações, logística, tecnologia cia informação, construção civil, além de vários ramos da indústria, como a de bebidas, de bens de consumo, farmacêutico e insumos elétricos.
COM A PALAVRA, O EX-MINISTRO JOSÉ DIRCEU
O ex-ministro-chefe da Casa Civil no governo Lula informou, por sua assessoria de imprensa, que o número de viagens internacionais que fez é de aproximadamente 120. Os passaportes registram 108 deslocamentos para o exterior, mas porque entradas e saídas de Cuba não são anotadas em passaporte. Com segurança, destacou a assessoria, Dirceu fez cerca de 120 viagens.
A assessoria de imprensa de José Dirceu assinala que as viagens foram realizadas também para atender aos contratos com a Engevix e Camargo Corrêa.
O ex-ministro, sempre por sua assessoria, rebate taxativamente a informação de que seria acusado de corrupção na Petrobrás. “Formalmente, não há acusação feita contra o ex-ministro.”

NO BLOG DO CORONEL
SEGUNDA-FEIRA, 15 DE JUNHO DE 2015
Segundo Lauro Jardim, da Veja, a Venezuela negou autorização à Força Aérea Brasileira de pousar um jato na próxima quinta-feira com senadores que vão àquele país conversar com presos políticos do governo Maduro. Senadores buscam uma solução alternativa para a viagem.
(Estadão) Senadores do PSDB irão liderar uma comitiva da Casa que desembarca em Caracas na quinta-feira, 18, para um gesto político de apoio à oposição da Venezuela. Segundo o senador Aécio Neves (PSDB-MG), a frente será "suprapartidária" e tem como objetivo preencher a lacuna deixada pelo governo brasileiro, que apoia a gestão de Nicolás Maduro. Na foto, a visita das esposas de presos políticos ao Brasil em maio passado.
"Nós estaremos, na verdade, suprindo, com nosso gesto, a gravíssima omissão do governo brasileiro em relação a essa questão. Não estamos falando de A ou B, estamos falando de respeito à Democracia e às liberdades", afirmou.
Aécio também afirmou que a viagem atende a um pedido de Lilian Tintori, mulher do oposicionista venezuelano Leopoldo López, que está preso desde fevereiro de 2014. Ela esteve no Brasil no mês passado e se encontrou com diversos parlamentares. A visita fez parte de uma campanha internacional que pede a libertação do seu marido e de outros supostos presos políticos.
Segundo Aécio, López está em greve de fome há 22 dias para pressionar o governo venezuelano a marcar a data das eleições parlamentares daquele país, o que, pela previsão inicial, deveria acontecer no segundo semestre. "Eu tenho dito que quando se fala em democracia e em liberdade não há que se respeitar fronteiras. Vamos, portanto, um grupo suprapartidário, de forma absolutamente respeitosa, dizer que na nossa região o tempo do autoritarismo já passou. É hora de fortalecermos a democracia e a democracia pressupõe respeito ao contraditório", afirmou o tucano. 
A viagem está sendo organizada pelo senador Aloysio Nunes, presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado. Segundo ele, alguns membros de partidos da base devem integrar a comitiva, mas nenhum senador do PT manifestou interesse até agora.
Quando o grupo de mulheres de presos políticos estiveram no Brasil, elas foram recebidas por um integrante do Itamaraty. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também convocou uma coletiva para comentar o assunto e cobrou que o governo do país vizinho convocasse as eleições no "menor prazo possível".
POSTADO POR O EDITOR ÀS 20:29:00

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
16/06/2015 às 5:10
Duas notícias sobre o ex-ministro Antônio Palocci circulam nesta terça: uma, a que conteria ilegalidade, por enquanto, é só espuma; a outra, que talvez ilegalidade não seja, a ver, é do balacobaco e não deixa de ser o retrato acabado do PT.
Vamos à primeira: o juiz Sérgio Moro determinou abertura de inquérito para apurar se, em 2010, Palocci, então um dos coordenadores da campanha de Dilma, teria recebeu R$ 2 milhões do esquema corrupto que operava na Petrobras. A acusação consta da delação premiada de Paulo Roberto Costa. Segundo Costa, o dinheiro teria saído da cota do PP, do qual ele era um dos operadores, e Alberto Youssef teria sido encarregado de fazer o pagamento. Ocorre que, também delação premiada, o doleiro nega que isso tenha acontecido. Se a coisa parar no diz-que-diz-que, sem prova ou indício, isso não dará em nada. Ao fim do inquérito, há o risco de Palocci ainda sair com atestado de boa conduta.
A notícia que, em princípio, não revela um crime é que é do balacobaco. Entre 2007 e 2010, quando era deputado federal, Palocci recebeu a soma fabulosa de R$ 35 milhões atuando como consultor, por intermédio de sua empresa, a Projeto. Entre os maiores clientes, a Amil (R$ 6,3 milhões), o escritório de advocacia de Márcio Thomas Bastos (R$ 5,5 milhões), a Caoa Montadora de Veículos (R$ 5,4 milhões) e a JBS (R$ 2,3 milhões).
As consultorias de Palocci em quadro publicado pela Folha
Notem: um empresário, com efeito, não precisa sair de todas as suas atividades privadas ao se tornar um político eleito. O que espanta, obviamente, é o talento dos petistas para essa coisa meio inefável que é a “consultoria”. Ok. Que os sedizentes socialistas tenham se apaixonado pelo capitalismo de maneira tão determinada, a gente até poderia entender. Mas por que, então, não se mantêm longe das estruturas do Estado?
“Ah, mas esses clientes eram privados!”, exclamará alguém. É verdade! Mas Palocci era um deputado federal, membro influente daquele que já era o partido mais poderoso do país. É impressionante que tenha caído em meio ao turbilhão do caso Francenildo e feito do revés político a chance de se tornar um consultor milionário. A lista de clientes também indica o ecletismo da consultoria de um homem só. Parece que quem buscava seus serviços queria algo além do que a sua sabedoria. Também buscava o parlamentar influente na sua bancada e no próprio Congresso.
Já escrevi aqui: eu sou, sim, favorável à legalização do lobby. Mas sou contra a eleição de um lobista. Aí, acho que é misturar leite com carne, não é mesmo? E o ex-ministro se mostra um fanático nessa área: não custa lembrar que foram suas consultorias e seu patrimônio rechonchudo que o derrubaram da Casa Civil no primeiro mandato de Dilma. Faço-lhe justiça, sim: o governo nunca mais se acertou; a partir dali, tivemos uma sequência impressionante de erros. A habilidade política de Palocci, no entanto, não desculpa, obviamente, a ligeireza com que ele mistura público e privado.
Pensem um pouquinho: do ponto de vista ético — não entro aqui na influência que cada um tem no PT —, a sua consultoria é muito mais problemática do que a de José Dirceu. A rigor, se o ex-chefe da Casa Civil não tivesse servido a tantas empresas que tinham interesse no Estado — onde ele continuou influente —, não haveria nada de errado com a sua atividade.
É de lascar! Palocci não produz porca. Palocci não produz parafuso. Palocci não produz carne. Palocci não produz leite. Palocci só produz… influência. Pode até ser que, nas suas múltiplas e tão variadas consultorias, não tenha cometido um só ato que possa ser considerado ilegal. Mas cabe a pergunta: é ético?
Eu sei. Essa é uma questão com a qual os petistas há muito tempo já não se importam.
Por Reinaldo Azevedo

16/06/2015 às 4:32
Há coisas que não têm meio-termo. Ou são ou não são. Ou o ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, fala a verdade, e Dilma tem de vetar a nova fórmula de aposentadoria aprovada pelo congresso — aquela em que a soma de tempo de contribuição e idade tem de alcançar 85 para mulheres e 95 para homens —, ou ele está mentindo, tem de ser demitido, e a presidente sanciona a mudança.
Por que digo isso? Em entrevista coletiva, depois de se reunir com centrais sindicais, o ministro afirmou que a fórmula 85/95 começaria a inviabilizar a Previdência desde já porque haveria antecipação de aposentadoria. Que haveria, ah, isso haveria; se iria mesmo tornar inviável, não sei. Quem conhece a área diz que seria um desastre.
E por que é assim? Fácil compreender. O fator previdenciário, aprovado em 1999, no governo FHC, quando os gastos com a Previdência ultrapassaram a arrecadação, criou uma fórmula para desestimular as mulheres de se aposentar antes dos 60, e os homens, antes dos 65.
Dado o modelo aprovado no Congresso, um homem que começasse a trabalhar aos 17, o que é muito frequente, poderia se aposentar aos 56. Por quê? Simples: nessa idade, ele teria contribuído por 39 anos. Trinta e nove mais 56 somam 95. Começando aos 17, uma mulher se aposentaria aos 51: contribuiria por 34 anos, que, somados aos 51, resultam em 85. Vale dizer: para quem começasse a trabalhar aos 17, a aposentadoria ocorreria nove anos antes em relação ao modelo que está em vigor.
A reunião com as centrais sindicais resultou inútil. O governo estuda alguma fórmula intermediária, mas ainda não sabe qual. Uma das possibilidades é sancionar a emenda feita à MP como está e depois tentar uma regulamentação. Mas nada indica que os sindicalistas não entrassem de novo em pé de guerra.
Eis aí: essa é a hora em que Dilma precisaria contar com um PT unido, mas fatias consideráveis do partido já deixaram claro que, se a presidente vetar a fórmula 85/95, votarão pela derrubada do veto. Disse o ministro: “A presidente ainda não tomou decisão. Ela tem até quarta-feira (17) para fazê-lo. Ela é muito cuidadosa, não só com o cenário político, mas com o cenário das contas da Previdência Social e com as contas da União”.
Pois é… A ser assim, tem de vetar. Mas isso implicaria dizer “sim” ao fator previdenciário, aprovado no governo FHC, contra o qual o PT lutou bravamente, embora não tenha feito nada para derrubá-lo em 13 anos de poder. Demorou, mas chegou a hora da verdade. É bem possível que os petistas prefiram quebrar o país a admitir que os adversários estavam certos.
Dilma tem até amanhã para decidir.
Por Reinaldo Azevedo

15/06/2015 às 16:48
Só Luiz Inácio Lula da Silva havia conseguido antes este prodígio, no tempo em que era sindicalista e o Brasil crescia a taxas com as quais o governo petista não pode nem sonhar: parar toda a General Motors do Brasil. Isto mesmo: o governo Dilma, assim, iguala o seu feito ao do então sindicalista: paralisar toda a produção de uma montadora. No fim da década de 70, Lula se limitava a cobrar melhores condições de vida para os trabalhadores. No início da década de 80 — e o PT foi criado em 1981 —, as greves já faziam parte de uma estratégia de tomada de poder.
E eles tomaram. No 13º ano de governo, para corrigir a soma de besteiras feitas nos 12 anteriores, o país tem de mergulhar na recessão, com doses cavalares de juros, e a produção despenca. O emprego, naturalmente, vai junto.
Nesta segunda (15), as linhas de montagem de São José dos Campos (SP) e Gravataí (RS) da GM colocaram 6.200 metalúrgicos em férias coletivas. Os 5.500 da sede da empresa, em São Caetano, no ABC paulista, já estavam parados desde o dia 11. E nada indica que a situação vai melhorar. Os especialistas são unânimes em afirmar que os efeitos da recessão ainda não chegaram com toda força ao mercado de trabalho.
A economia brasileira caminha para uma séria encalacrada. A dificuldade que tem o governo para emplacar seu ajuste fiscal passa a impressão de que, sei lá, Joaquim Levy está sendo draconiano. O pior é que não está. Para equilibrar as contas, o superávit primário teria de ser muito maior. O resumo de um especialista como Celso Pastore, em entrevista à Folha, é o seguinte: a retomada do crescimento será muito mais lenta do que se imagina.
Mais uma vez, o mercado voltou a elevar a expectativa de inflação para este ano: 8,79%. O grupo que mais pressiona a taxa é o de alimentos, o que vai bater diretamente no bolso dos mais pobres: há cinco meses, ele sobe pelo menos dois pontos acima da renda nominal dos trabalhadores: no acumulado dos últimos 12 meses, ficou em 8,19%, contra uma evolução nominal da renda de 6,28%.
A política recessiva tem um efeito paralisante sobre o consumo, que era a âncora da festa petista. Segundo o Banco Central, o nível de endividamento das famílias é o mais alto em dez anos.
Qual é a alternativa? Pois é… Na entrevista que concedeu a Jô Soares, que foi ao ar na sexta-feira (12), a presidente Dilma falou de um país no qual, certamente, boa parte dos brasileiros gostaria de viver. Mas que só existe, hoje, no discurso e na imaginação dos petistas.
André Torretta, presidente da consultoria A Ponte Estratégia, especializada na classe C, informa ao Estadão que a água, luz e supermercado agora abocanham uma parcela bem maior da renda desse grupo. Por isso, a nova classe média vem cortando supérfluos: iogurte, bolacha recheada, hambúrguer na praça de alimentação e cinema aos fins de semana. O carro, conquistado em suaves prestações, não raramente fica na garagem por causa do combustível caro. A intenção de consumo das famílias está no menor nível em cinco anos.
O que impressiona, meus caros, é que nada disso se fez da noite para o dia. Os prudentes advertiam para a insustentabilidade do modelo petista desde o segundo mandato do governo Lula. Os visionários vislumbravam os pés de barro do arranjo desde o primeiro. Mas a soma de delírio de poder, má-fé e ideologia rombuda impediu que se fizesse a coisa certa.
Agora o que temos é isso aí. E a alternativa pode ser pior. Se o mercado perceber que o governo afrouxa no ajuste — e a pressão do desemprego pode levar a esse afrouxamento —, o país corre o risco de perder o grau de investimento. E, aí sim, a gente vai ver o que é dificuldade.
No início de sua carreira política, Lula parou a GM. No fim de sua carreira política, o modelo lulista… parou a GM. Antes, ele queria o poder; agora ele é o poder.
Por Reinaldo Azevedo

NO O ANTAGONISTA
Fachin mostra os dentinhos
Brasil 15.06.15 16:10
Leiam a declaração de Luiz Edson Fachin publicada pelo Uol:
"Eu entendo que ela [delação premiada] é um indício de prova, ou seja, corresponde a um indício que colabora para a formação probatória. Portanto, ela precisa ser seculada por outra prova idônea pertinente e contundente, que são as características que num processo a gente tipifica como uma prova para permitir o julgamento e apenhamento de quem tenha cometido alguma infração criminal", disse o futuro ministro do Supremo em conversa com jornalistas.
Ninguém disse que delação premiada, por si só, é prova suficiente. Mas sentir a necessidade de dizer que delação premiada não é prova suficiente funciona para mostrar os dentinhos ao juiz Sergio Moro e aos procuradores da Lava Jato.
Marcelo Odebrecht confirma ser da Odebrecht
Brasil 15.06.15 16:31
Marcelo Odebrecht disse ao jornal Valor que não há nada de ilegal e imoral no fato de o BNDES conceder empréstimos para a empreiteira fazer obras no exterior.
Marcelo Odebrecht também afirmou que está muito irritado "por estar na linha de fogo do embate político".
Marcelo Odebrecht não vê problema no seu lobista Lula, sempre no meio das transações da empreiteira, ganhar para fazer "palestras".
Marcelo Odebrecht confirma ser da Odebrecht.
Festa do apê
Brasil 15.06.15 17:00
Lauro Jardim, da Veja.com, informa que "Edson Bueno, fundador da Amil, acaba de comprar um apartamento de 53 milhões de dólares no One57, também conhecido como Carnegie 57, um arranha-céus em Nova York. O assunto, que passou despercebido no Brasil, foi tema de reportagem no NY Daily News semana passada."
Edson Bueno vendeu a Amil em 2013 e, no ano seguinte, tornou-se controlador do grupo Dasa, proprietário dos laboratórios Delboni Auriemo.
O Antagonista está feliz em poder contribuir largamente, todos os meses, para a saúde vigorosa dos donos de empresas de planos e laboratórios de análises clínicas.
O Antagonista desabafa
Brasil 15.06.15 21:38
Luciano Coutinho, presidente do BNDES, teve a cara de pau de dizer que "financiar exportação de serviços é política de Estado", para justificar os empréstimos secretos, tramados pelo lobista Lula, a empreiteiras como a Odebrecht.
Política de Estado, Luciano Coutinho, é fazer bom uso do dinheiro dos impostos. E fazer bom uso do dinheiro dos impostos é providenciar serviços dignos aos brasileiros. Um país com infraestrutura inexistente ou obsoleta, com escolas e hospitais caindo aos pedaços, sem saneamento básico universal, repleto de favelas e cochicholos nojentos, com um nível de criminalidade que passou do dramático ao trágico, com pequenas e médias empresas sem crédito barato, com um parque industrial sucateado, pode lá "exportar serviços", ainda que isso fosse verdade?
Francamente, não dá. Fôssemos uma nação civilizada, Luciano Coutinho, o senhor já teria sido demitido e estaria, neste momento, enfrentando um belo processo. Mas os seus patrões são ainda piores. Mas o senhor tem amigos em todos os partidos. Mas o senhor é, enfim, produto de uma mentalidade impossível de ser expurgada, extirpada ou exportada para o quinto dos infernos.
Dilma pessimilda
Brasil 16.06.15 04:57
Dilma Rousseff se prepara para a derrota.
Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, o “relatório técnico do TCU apontando que o governo omitiu R$ 37,1 bilhões em atrasos de repasses do Tesouro em 2014 deixou o governo pessimista quanto ao resultado do julgamento das contas de Dilma Rousseff, que acontece nesta quarta-feira”.
As ilegalidades de Dilma
Brasil 16.06.15 06:14
O relatório do ministro Augusto Nardes, do TCU, mostra que Dilma Rousseff recorreu às pedaladas para encobrir erros e mentiras de seu governo.
De fato, ela sempre arrecadou menos do que o previsto. E sempre gastou mais.
Em 2014, em particular, o governo previa arrecadar 1,3 trilhão de reais, mas conseguiu realizar apenas 1,2 trilhão de reais - 110 bilhões de reais a menos.
Isso se repetiu em todo o primeiro mandato.
O relatório do TCU, citado pela Folha de S. Paulo, calcula que, "ao longo dos quatro exercícios [2011-2014], 85 fontes de recursos apresentaram diferença entre o valor projetado e o valor realizado superior a 1 bilhão de reais".
E o que fez Dilma Rousseff para esconder esses números? Pedalou, maquiou e mentiu, violando flagrantemente a Lei de Responsabilidade Fiscal.
É o que o TCU terá de rejeitar nesta quarta-feira (17).
Só da Petrobras?
Brasil 16.06.15 06:34
A empresa de consultoria de Antonio Palocci faturou 34,9 milhões de reais entre 2007 e 2010, época em que ele exercia o mandato de deputado federal.
O levantamento feito pela Folha de S. Paulo revela que 20,9 milhões de reais - ou 60% do total - foram arrecadados em 2010, quando ele assumiu o comando da campanha eleitoral de Dilma Rousseff.
A PF abriu inquérito para apurar se Antonio Palocci repassou dinheiro de propina da Petrobras para a campanha da presidente da República. Só da Petrobras?

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Segunda-feira, junho 15, 2015
A grande imprensa nacional e internacional sempre esteve coalhada de esquerdistas. São anos e anos de lavagem cerebral, de mistificação, de mentiras e falsificações dos fatos de acordo com os interesses do movimento comunista internacional.
Antes do advento da internet e, particularmente das redes sociais, os comunistas reinaram absolutos dentro dos grandes jornais, revistas, televisões e rádios e também no âmbito cultural, sobretudo o cinema, teatro, literatura, música e até mesmo as artes plásticas.
O próprio Karl Marx chegou a escrever para jornais americanos, talvez um dos únicos momentos em que ganhou alguns trocados que não fossem aqueles que procediam dos bolsos de Friedrich Engels seu amigo de família burguesa, um autêntico esquerda caviar, como diria Rodrigo Constantino, daquela época.
Neste século XXI a grande mídia continua dominada pela vagabundagem comunista. E o curioso é que, premidos pelas redes sociais e blogs independentes, os donos desses grandes veículos de comunicação dão uma no cravo e outra na ferradura tentando iludir os incautos com suposta imparcialidade. Um dos artifícios é manter em seus quadros jornalísticos empedernidos comunistas e alguns poucos democratas, liberais e conservadores.
O conjunto da obra é uma espécie de ornitorrinco ideológico. Ao fazer-se as contas se tem como resultado uma confusão editorial absurda cujo epílogo disso tudo é o relativismo político e ideológico. 
Os veículos de mídia brasileiros, tirante a revista Veja, são todos, sem exceção relativistas políticos e ideológicos. E esse viés editorial se encaixa perfeitamente no universo do pensamento politicamente correto, a arma principal da engenharia social levada a cabo pelo movimento comunista internacional. O efeito mais pernicioso disso tudo é que a grande mídia no final das contas promove a “desinformação” e não a “informação” propriamente dita.
Tudo que estou afirmando aqui neste artigo vem à luz por causa da internet e das redes sociais já que este blog está articulado, por exemplo, como Facebook e o Twitter que são as mais poderosas ferramentas de compartilhamento de informação. 
Não fossem as novas tecnologias, ninguém saberia, por exemplo, que Marco Aurélio Nogueira, professor da Unesp é um dos responsáveis pela introdução no Brasil da obra do comunista italiano Antonio Gramsci, um dos principais ideólogos da revolução cultural, a guerrilha incruenta que já esfarelou boa parte da liberdade no Brasil e nos demais países da América Latina. Que o digam os venezuelanos por exemplo.
Marco Aurélio Nogueira assina um blog no site do jornal O Estado de S. Paulo. Se lá está é porque foi convidado e contratado para escrever nesse jornal. 
A gravura que ilustra este post está estampada na página do Facebook de Marco Aurélio Nogueira. E não precisa dizer mais nada, apenas recomendar aos estimados leitores que não gastem o seu dinheiro comprando esses veículos da grande mídia, muito menos pagando para acessar seus sites. O mesmo devem fazer em relação às grandes redes de televisão. Protejam-se contra lavagem cerebral a que estão expostos. Afinal, todos dispõem da internet, sobretudo dos blogs independentes para obter informação verdadeira.
E aqueles leitores que têm filhos nas escolas e universidade verifiquem que tipo de livros e informações estão sendo repassadas ao alunado.
Para completar: é por tudo isso que se ouve a todo momento as pessoas afirmarem sua descrença nas instituições democráticas. "Não vai dar em nada", é o que se ouve a todo momento em relação por exemplo à fabulosa roubalheira da Petrobras promovida pelo PT e seus acólitos. 
Um dos motivos pelos quais as coisas nunca dão em nada decorre do aparelhamento da grande mídia. Lembrem-se sempre que a liberdade de imprensa é principal pilar da liberdade em sentido amplo.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Terça-feira, 16 de junho de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O sistema de informações do PT, uma máquina de espionagem muito azeitada, identificou uma fonte de complô interno para derrubar Dilma Rousseff. Petistas receberam o teor de uma conversa telefônica entre o vice-presidente Michel Temer e um amigo. Abertamente, o vice deixou claro que está pronto para tudo, inclusive assumir o lugar de Dilma, se algo acontecer.
Essa informação, vazada entre lobistas e jornalistas especializados em negociar informações sujas no mercado político, aumentou ainda mais a tensão na relação de Dilma com a cúpula do PMDB. Já há quem defenda, na cúpula petista, que Temer estaria jogando contra a Presidenta, não fazendo devidamente a articulação política (que Dilma cometeu o pecado mortal de ter "terceirizado" para ele).
Os petistas também avaliam que os ataques da dupla Renan Calheiros e Eduardo Cunha são demasiadamente tolerados por Temer, sem uma reação contrária mais firme, sobretudo publicamente. Novamente, os petistas reclamam que o governo continua sem articulação política, correndo risco de sofrer novas derrotas no Congresso, desgastando ainda mais a imagem de Dilma com o aumento dos efeitos negativos da crise econômica - gerada pelas burradas cometidas na Era Guido Mantega e que Joaquim Levy não consegue produzir o milagre de resolver no curto prazo, porque o problema é estrutural, e não conjuntural.
O desfecho da crise é imprevisível. É muito desgaste para pouco governo, ainda faltando tanto tempo para terminar um segundo mandato iniciado seis meses atrás...
(...)

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