DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
13 DE JUNHO DE 2015
A negociação entre PT e PSDB para aprovar proposta alternativa à redução da maioridade penal foi interrompida. Os petistas estão enfurecidos com o tucano Antônio Imbassahy (BA), que concluiu a aprovação de 140 requerimentos na CPI da Petrobras, entre eles a convocação do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e a quebra do sigilo fiscal, telefônico e bancário do ex-ministro José Dirceu.
A pauta avançava. O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) até se reuniu nesta semana com os tucanos Geraldo Alckmin e José Serra.
Os petistas desconfiam do PMDB. Acusam o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), de se aliar aos tucanos para desgastar o PT.
Motta deixou a CPI antes do fim da votação e Imbassahy tocou o barco. A comissão não votou nada contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Michel Temer, o bombeiro de Dilma, também se irritou. Se a picuinha PTxPSDBxPMDB for adiante, a confusão pode travar sua articulação.
A soma das despesas com a verba indenizatória dos dez deputados campeões de gastos é de R$ 1,66 milhão em 2015. A “bancada dos gastões”, formada por Marcos Rogério (PDT), Nilton Capixaba (PTB), Marco Tebaldi (PSDB), Alceu Moreira (PMDB), Silas Câmara e Heuler Cruvinel, do PSD, Paulão e Sibá Machado, do PT, Balhmann (PROS) e Márcio Marinho (PRB), gastou entre R$ 156 mil e R$ 194 mil cada.
O único deputado federal que não gastou a verba indenizatória é Wadih Damous (PT-RJ), ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil-RJ
Fernando Francischini (SD-PR), que passou só algumas horas como deputado na legislatura, nos fez pagar R$ 103 de multa por passagem.
A bancada do PT, a segunda maior da Câmara, é também a que mais gastou com o cotão este ano: R$ 5,6 milhões com seus 63 deputados.
Apesar dos pedidos da presidente Dilma no congresso nacional do PT, integrantes do partido não querem “apoiar integralmente” o ajuste fiscal de Joaquim Levy (Fazenda), que arrochou até direitos trabalhistas.
Os encontros secretos do grupo destacado pelo presidente Lula para pavimentar seu retorno em 2018 são feitos no ‘QG’ do ex-presidente, o Instituto Lula. Rui Falcão, presidente do PT, também aparece por lá.
Ao apresentar programa de arrecadação partidária do PT o ex-presidente Lula portava um cartão de crédito de bandeira Visa, emitido pelo PT, que foi apresentado como “a salvação do partido”. O cartão foi originalmente lançado em 1995 e renovado em 2004. Mas está vencido.
Grande parte do PMDB na Câmara já acha que pega mal a aliança com o PT. Já falam em trocar da vice-presidência por candidatura própria, em 2018. O nome mais citado é o de Eduardo Cunha.
A ata da última reunião da cúpula do Banco Central, que aumentou a taxa básica de juros para 13,75%, baniu a ideia de alguns petistas de que “um pouquinho de inflação não faz mal”. Faz e fez estragos graves.
Com situação bem diferente da presidente brasileira, ninguém vaiou a presidente do Chile, Michelle Bachelet, na abertura da Copa América no país. Inflação de 4%, juros a 3% e PIB em alta devem ter ajudado.
Circula na internet, no site Avaaz, mais um abaixo-assinado contra políticos, com 7,3 mil assinaturas. O pedido agora é que Dilma vete o Parlashopping e privilégios para igrejas “contrabandeados” na MP 668.
A Câmara Legislativa do DF promove debate nesta segunda sobre os peritos papiloscopistas. Rodrigo Meneses, presidente da associação local (Asbrapp), reclama da falta de leis que disciplinem a atividade.
... com FBI e Interpol na página de esportes e FIFA e CBF nas policiais, o noticiário anda tendo crise de identidade.

NO DIÁRIO DO PODER
APÓS POLÊMICA...
ITAMARATY VAI LIBERAR DOCUMENTOS SOBRE LULA E ODEBRECHT
MINISTÉRIO HAVIA BARRADO A LIBERAÇÃO DOS ARQUIVOS
Publicado: 12 de junho de 2015 às 18:49
O Ministério das Relações Exteriores vai liberar os documentos que citam a empreiteira Odebrecht e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, requisitados pela revista Época, e que seriam reclassificados do caráter "reservado", com sigilo de cinco anos, para "secreto", com 15 anos. A informação oficial deve sair por meio de uma nota, a ser divulgada ainda esta tarde pelo ministério.
De acordo com informações do jornal O Globo, o diretor do Departamento de Comunicações e Documentação do Itamaraty, João Pedro Corrêa Costa, consultou a Subsecretaria-Geral de América do Sul, Central e Caribe e outros departamentos do Itamaraty sobre a necessidade de se reclassificar os documentos requeridos por um repórter da revista Época, já que o jornalista já havia feito reportagens sobre as viagens internacionais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua relação com a empreiteira. O Memorando, classificado como secreto, teria sido distribuído no dia nove de junho para que as áreas dessem resposta até o dia de hoje, quando vencia o prazo de 20 dias para apresentar resposta ao repórter.
Classificados apenas como reservados, os documentos pedidos pelo jornalista já deveriam ser públicos, já que o prazo de sigilo é de apenas cinco anos. Se fossem reclassificados para secretos, o sigilo passaria a ser de 15 anos; ou seja, os mais antigos seriam abertos apenas em 2018.
De acordo com informações do Itamaraty, os documentos não chegaram a ser reclassificados - a possibilidade ainda estava sob análise da área - e serão liberados para consulta pública a partir desta sexta. A consulta sobre a reclassificação seria praxe na época do vencimento dos prazos de sigilo e quando os documentos possam ter relação com a presidência da República. No entanto, o memorando citava especificamente o fato de repórter que pedira acesso já ter feito reportagens sobre a relação de Lula com a Odebrecht e o apoio internacional que o ex-presidente dá à empreiteira brasileira. (AE)

NO BLOG DO CORONEL
SEXTA-FEIRA, 12 DE JUNHO DE 2015
Hoje, (12) Lula comemorou a demissão de centenas de jornalistas em vários órgãos de comunicação. Comemorou, desta forma, o fracasso do governo petista, que mergulhou o país em grave crise econômica. Todos sabem que, exceto os blogs chapa branca e certas revistas como a Carta Capital, vivem de anúncios de empresas que competem no mercado. Se elas vendem menos, cortam investimentos, anunciam menos e fazem com que os meios de comunicação tenham que demitir profissionais.
Já Rui Falcão chamou de setores da mídia monopolizada aqueles que estão repercutindo as graves denúncias contra Lula, de receber dinheiro mal explicado de empreiteiras do Petrolão, além de benesses em propriedade particular, sem falar no Itamaraty querendo tornar secretas as negociatas que o ex-presidente realizou com a Odebrecht no exterior.
Toda essa raiva da mídia, expressa pelo PT, não impede que a filha de José Américo Dias (foto), secretário nacional de comunicação do partido, seja a jornalista da Folha de São Paulo que cobre o partido, em Brasília. Seu nome, Marina Dias. Sua especialidade: matérias positivas para o PT, tipo aquela de Lula praticando academia que ela publicou em primeira mão. E muitas e muitas outras. Procurem no acervo da Folha uma reportagem da sua lavra que seja negativa para o Partido dos Trabalhadores. São raríssimas e quando ocorrem a matéria é dividida com outros repórteres. Aliás, “furos” sobre o PT são a especialidade da repórter, pois dizem, inclusive, que ela é afilhada de Edinho Silva, o secretário de comunicação do governo. Fontes e privilégios não devem faltar.
Aliás, foi a repórter Marina Dias quem produziu aquela devastadora matéria de Marina Silva chorando em função das críticas de Lula, na campanha eleitoral. Ela estava no carro, acompanhando a candidata e em off. Posteriormente, Marina Silva disse que foi traída por uma jornalista criada dentro do PT. Que brincava com seus filhos. Aquele episódio, que virou matéria da Folha, deu munição para uma furiosa campanha de Dilma e Lula contra a Marina. O petismo falou mais alto.
Não há nada contra a filha do Secretário Nacional de Comunicação do PT, Marina Dias, ser a jornalista que cobre o PT em Brasília, para a Folha de São Paulo. Não é crime, a não ser um tremendo conflito ético. No entanto, esconder este fato como a Folha esconde pega muito mal para a isenção do jornal. A ombudsman poderia explicar esta ligação de forma transparente, deixando os leitores informados. É o mínimo que se exige de um grande jornal. Afinal de contas, as matérias que ela produz, sob qualquer análise, são praticamente 100% favoráveis ao PT. O que nos leva a perguntar: estamos lendo notícias ou press releases? Se Lula, Falcão e o PT em geral atacam furiosamente a Imprensa, temos ou não temos o direito de ter dúvidas diante de um caso como este?
POSTADO POR O EDITOR ÀS 16:28:00

Depois de receber R$ 4,5 milhões de apenas uma empreiteira corrupta do Petrolão, além de um sítio luxuoso de outra, no valor de mais alguns milhões, hoje (12) Lula incentivou os 'militontos' do PT a doarem para o partido. É um velho cínico e sem moral. Teve a coragem de lembrar, durante o lançamento da plataforma de doações individuais do PT, realizado no 5º Congresso da legenda em Salvador," que na campanha de 1989, a gente vendia camiseta, vendia até adesivo de carro para o segundo turno. Os tempos mudaram. Acho que naquele tempo a gente fazia PT com mais intensidade que hoje. Militante precisa ter a obrigação de dar uma pequena doação ao seu partido". Perguntem quanto ele doou dos milhões que faturou baseado em lobby e tráfico e influência investigados pela PF e pelo MPF. Zero!
POSTADO POR O EDITOR ÀS 15:02:00

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
12/06/2015 às 16:15
Sabem como é… Em caso de dificuldade, arranque mais dinheiro da sociedade. Afinal, os companheiros precisam sustentar suas pantomimas, e o dinheiro tem de sair de algum lugar.
A presidente Dilma Rousseff autorizou seu ministro da Saúde, Arthur Chioro, a fazer proselitismo por aí em favor da volta da CPMF. Agora, ele busca o apoio dos governadores e, segundo disse no Congresso do PT, já conversou com a maioria deles. “É preciso dar sustentabilidade ao sistema. E o partido já mostrou o caminho.” O governo deve apresentar a sua proposta no segundo semestre, durante a Conferência de Saúde.
Uma das ideias é estabelecer um piso de movimentação a partir do qual se cobraria o imposto. É impossível! Não tem jeito: a única forma de aplicar esse tipo de taxação é mesmo fazê-la incidir sobre qualquer movimentação.
Dilma foi eleita faz sete meses. Prometeu mundos na área da Saúde, mas não disse de onde sairiam os fundos. Ora, deveria ter anunciado ao distinto eleitor que pretendia recriar a CPMF. Não disse. A conversa é parte do estelionato.
Joaquim Levy, ministro da Fazenda, diz não haver perspectiva para a volta do imposto: “Não que eu esteja vendo”.
Por Reinaldo Azevedo

NO O ANTAGONISTA
Cana dura para os abaixo da média também
Brasil 12.06.15 21:19
Petrolão: o Ministério Público Federal pediu ao menos 30 anos de prisão para os mandachuvas da Mendes Júnior por corrupção e lavagem de dinheiro.
Uma das justificativas para a pena alta é que "Todos possuem excelente formação acadêmica e qualificação, com discernimento acima do homem médio. Tinham mais condições, portanto, de não apenas perceberem a gravidade de suas condutas como também de recusarem o seu envolvimento em tais práticas ilícitas. Usaram sua formação e conhecimento para produzir males sociais."
O Antagonista espera que a falta de formação acadêmica e qualificação não sirva de atenuante para vocês sabem quem.
Eike Batista e o sócio de José Dirceu
Brasil 13.06.15 06:22
Se Lula comemora quando jornalistas são demitidos, jornalistas podem se vingar fazendo jornalismo.
Um exemplo é a reportagem da Veja sobre as negociatas de Eike Batista com a Petrobras.
Em 2012, a OSX de Eike Batista, em sociedade com a Mendes Júnior, que está para ser condenada pela Lava Jato, ganhou um contrato para construir duas plataformas de petróleo por 1,8 bilhão de reais.
Meses depois, Eike Batista repassou 6 milhões de reais para a empresa de consultoria de Júlio Oliveira Silva, sócio de José Dirceu na JD Consultoria e empregador de Erenice Guerra.
Júlio Oliveira Silva embolsou o dinheiro, "mas não prestou serviço algum - fato confirmado a Veja por dois ex-executivos do consórcio".
O passivo oculto de Dilma
Economia 13.06.15 07:37
O Estadão conta que, segundo o relatório técnico que vai embasar a decisão do TCU sobre as contas da gestão Dilma Rousseff, "37,1 bilhões de reais gerados pelas pedaladas fiscais foram omitidos do balanço de 2014".
O TCU tratou essa omissão como “passivo oculto”.
O total de "distorções no balanço" encontradas pelos técnicos do TCU é, porém, muito maior: 281 bilhões de reais, incluindo os restos a pagar que não foram registrados corretamente pelo governo.
O relatório aponta que foram feitas “estimativas contábeis inadequadas ou inexistentes” e que os ativos imobilizados da União têm “problemas graves de mensuração, por causa de deficiências na depreciação de bens móveis e imóveis”.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza-13/06/2015 06:10
Foi ao ar na madrugada deste sábado (13) uma conversa afável de Dilma Rousseff com Jô Soares. A presidente se divertiu muito. Brincou com os problemas nacionais como quem brinca de roleta russa, com a certeza de que as críticas que seus antagonistas manuseiam estão completamente descarregadas de fundamento.
Descobriu-se, finalmente, por que a presidente não faz uma autocrítica. Dilma se autoconcedeu uma isenção para exercer seu ineditismo na Presidência, para ser a solução natural de todos os problemas que ela não admite ter criado.
Dilma alcançou a fase do pós-cinismo. Passou a acreditar piamente em todas as presunções que construiu a seu próprio respeito. Isso inclui aceitar a tese segundo a qual tem uma missão no mundo divina e, portanto, inquestionável. Não deve contas senão à sua própria noção de superioridade.
Instada a comentar a crítica da oposição de que descumpriu suas promessas, Dilma como que apagou da memória os quatro anos do seu primeiro mandato. “Como eu estou no quinto mês, estou entrando no sexto mês de mandato, é muito difícil dizer que eu não cumpri minhas promessas de campanha”, disse. “Eu tenho um mandato para cumpri-las.”
Não é o cinismo de Dilma que assusta. O cinismo é usual na política. A presidente poderia dizer que aderiu ao programa dos tucanos como um aceno ao diálogo. Ou que escolheu o Joaquim Levy para a Fazenda porque ele era um espião disfarçado do PT na diretoria do Bradesco. Qualquer coisa seria aceitável. O que assusta mesmo é a percepção de que Dilma não está sendo cínica. Ela acredita que sua missão especial no Planeta lhe dá o direito de desafiar a lógica.
O Brasil precisa de um ajuste, mas “não passa por uma situação em que ele é estruturalmente doente”, disse Dilma. “Pelo contrário, ele está momentaneamente com problemas e dificuldades. Por isso, é importante fazer logo o ajuste para a gente sair mais rápido da situação.”
Quando terminam as razões cínicas, sobra a licença que Dilma deu a si mesma para não explicar por que deixou de fazer o ajuste em 2011, quando tomou posse pela primeira vez. O país teria desativado a armadilha da economia criativa bem mais rapidamente. E com um custo social muito menor.
A inflação alta não lhe dá agonia? “Eu fico bastante agoniada, Jô. É das coisas que mais me preocupam. Eu sei que é passageiro, mas eu sei também que, mesmo sendo passageiro, afeta o dia a dia das pessoas. Fico preocupada porque eu acho que nós vamos ter que fazer um imenso esforço. Nós iremos fazer o possível e o impossível para o Brasil voltar a ter uma inflação bem estável, dentro da meta.”
Quando termina a lógica, sobra o direito que Dilma julga ter de apagar da memória os anos em que tolerou índices de inflação bem acima da meta de 4,5%. Chamou de normais taxas que roçavam o teto da meta, de 6,5%. Hoje, cavalgando uma taxa anualizada de 8,47%, Dilma crê que ela desceu de Marte.
Todo ser humano cultiva um desejo oculto de ser excepcional. Mas poucas pessoas chegam ao estágio em que se encontra Dilma. No Programa do Jô, a presidente atingiu uma espécie de nirvana autocongratulatório.
Perto do final da conversa, Dilma lamentou: “No Brasil tem uma coisa que eu não vejo em outros países. Nós somos mais críticos conosco do que nós merecemos. […] Um povo que não tem esperança também não constrói o futuro. Nós precisamos de esperança, precisamos da confiança do povo em si mesmo.”
É mais fácil cultivar a esperança quando se tem carro com motorista na porta, avião no hangar, um palácio como moradia e toda a mordomia que o dinheiro público é capaz de pagar. A coisa fica mais difícil no instante em que começa a sobrar mês no fim do salário. Piora um pouco mais quando a principal responsável pelo oco na geladeira acha que não deve nada para ninguém. Muito menos um pedido de desculpas.


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