DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
04 DE MAIO DE 2015
Aparelhada pelo PT, a Petrobras conferiu seu prêmio de Jornalismo de 2013 à TVT, emissora do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ligada à Gráfica Atitude e à CUT, todos controlados pelo partido. Usada pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto para “lavar” dinheiro afanado da Petrobras, a Editora Gráfica Atitude integra a rede de comunicação dos sindicatos dos Bancários de São Paulo e dos Metalúrgicos do ABC.
Os sindicatos são donos da “Revista do Brasil”, da gráfica Atitude, da Rádio Brasil Atual, da agência de notícias RBA e de mais dois jornais.
Em 2013, a TVT, a “TV do Lula”, ganhou licença da Anatel e aval do governo para transferir suas antenas de São Caetano para a Av. Paulista.
Por ordem de Lula, o então ministro Paulo Bernardo (Comunicações), investigado na Lava, deu aval à transferência das antenas da TVT.
A TVT, um presente de Lula, está em nome de Fundação Sociedade Comunicação dos sindicatos dos bancários e dos metalúrgicos do ABC.
No corpo-a-corpo pela própria aprovação para ministro do Supremo Tribunal Federal, o advogado Luiz Edson Fachin, tem sido mais visto no Senado que a maioria dos parlamentares. Já merece um gabinete.
O senador Aécio Neves avisou a aliados que o pedido de impeachment de Dilma só será protocolado em 27 de maio, quando a oposição pretende levar 100 mil manifestantes a Brasília.
O governo do DF continua fazendo birra para não ocupar o centro administrativo que, inaugurado há quatro meses, custou R$ 600 milhões. Por que? Porque foi construído pelo governo anterior.
Com Marta Suplicy, o PSB ganha uma senadora e um mantra, adotada por ela nos tempos de ministra do Turismo: “relaxe e goze”.

NO DIÁRIO DO PODER
MEDO DO POVO
PROTESTOS E AUSÊNCIA DE POLÍTICOS MARCAM EXPOZEBU
FUGIRAM DO POVO A PRESIDENTE DILMA, MICHEL TEMER, KÁTIA ABREU E FERNANDO PIMENTEL
Publicado: 03 de maio de 2015 às 16:23
O evento de abertura oficial da ExpoZebu 2015 foi marcado neste domingo, 3, por protestos de pecuaristas e movimentos sociais, além das ausências da presidente Dilma Rousseff, do vice-presidente Michel Temer, da ministra da Agricultura, Kátia Abreu e do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT).
Durante os discursos do prefeito de Uberaba, no Triângulo Mineiro, sede da ExpoZebu, Paulo Piau (PMDB) e do vice-governador de Minas, Antonio Andrade (PMDB), pouco mais de 50 pessoas, que já estavam no local antes do início do evento e ficaram do lado de fora da pista de julgamentos da feira e do palanque oficial onde foi a cerimônia, fizeram apitaço, panelaço e vaiaram os políticos, além de gritar frases como "Fora, Dilma", "Fora, PT", "Pimentel covarde".
O único que não sofreu manifestação contrárias foi o presidente da Associação dos Criadores de Zebu (ABCZ), Luiz Claudio Paranhos. Entretanto, quando mencionou, em sua fala, a insatisfação da entrega da Medalha da Inconfidência ao líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stédile, no dia 21, por Pimentel, os manifestantes protestaram, enquanto a plateia aplaudiu.
"Temos o dever de externar as preocupações que testemunhamos em nossos associados com a recente homenagem ao chefe do movimento que comanda as invasões de terras e a destruição de instalações de produção e pesquisa agropecuária em nosso País, afrontando constantemente a lei e o Poder Judiciário", disse Paranhos.
Já o prefeito do município aproveitou seu discurso para falar sobre as manifestações no evento. "Eu poderia estar usando espaço para pedir algumas coisas para a cidade. Mas eu quero aqui conclamar o povo brasileiro a ter amor e Justiça pelo País. Precisamos de atitude, um pacto para ordem e disciplina. Faz parte também a manifestação hoje, vocês sejam bem-vindos. Toda manifestação sendo pacifica e ordeira merece o nosso aplauso", disse. A cerimônia também fez uma ação simbólica para marcar o início da campanha nacional contra febre aftosa. As autoridades "vacinaram" um zebuíno que estava exposto na pista.
Justificativas e ausências
Andrade, após a cerimônia, disse que até à noite de ontem estava acertada a vinda de Pimentel. "Foi motivo de questão familiar, ele tem um grande apreço pela feira e pela cidade e esse governo, por exemplo, tem sete associados da ABCZ. Mas ele deve vir essa semana a Uberaba", disse.
Sobre a insatisfação do setor rural mineiro com relação à medalha concedida a Stédile, Andrade afirmou que o governo é transparente, plural, composto por vários partidos, que discutirá os problemas do Estado. "Cada um faz a sua defesa da forma que quer", disse, referindo-se ao pronunciamento do presidente a ABCZ.
Já o prefeito de Uberaba recebeu "com tristeza" a ausência de Pimentel. "Mas respeito o motivo, que ainda não sei qual foi", ressaltou. Piau iria entregar alguns ofícios ao governador, como de cobranças de uma solução definitiva sobre o gasoduto, da construção do hospital regional e de recursos para o parque tecnológico. "Com certeza se não entregamos ofício aqui, quem sabe ele vem essa semana. Se não vier, vamos a BH falar com ele", disse.
Paranhos, da ABCZ, falou que tanto a ausência da ministra quanto do governador pode ter acontecido pelo momento de "recolhimento" pelo qual o governo, principalmente o federal, está passando. "Entretanto, essas ausências não atrapalham em nada nossa interlocução com os governos estaduais e federais, já que temos agenda positiva com eles. Estamos com bandeira apartidária defendendo a pecuária brasileira", ressaltou.
Sobre sua manifestação sobre a medalha, Paranhos disse que o governador entende o posicionamento contra do setor. "Ele é um homem público e muito inteligente. Minas é um Estado-referência em agronegócio e não vai deixar de ser", declarou.
Já o presidente da Comissão da Bovinocultura de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e diretor da ABCZ, Antonio Pitangui de Salvo, disse que sabe que Kátia Abreu está viajando, mas se mostrou um insatisfeito com a ausência de Pimentel. "Continuamos a fazer nosso trabalho. Se as pessoas não se sentem confortáveis de estar com o setor que produz, paciência. O setor precisa ser respeitado", declarou.

NO BLOG DO CORONEL
SEGUNDA-FEIRA, 4 DE MAIO DE 2015
Na próxima quinta-feira, o PT, partidos dos trambiques ou partido dos tesoureiros, leva ao ar o seu programa eleitoral. Às 20:30, antes do Jornal Nacional. Dilma se escondeu de novo e não gravou participação. N seu lugar vai Lula, investigado pelo MPF por tráfico de influência para favorecer seus principais clientes: as empreiteiras corruptas do Petrolão. Todos os brasileiros estão convidados a ir à janela com uma panela e fazer o mais simples: bater e gritar "Fora, PT". Você está convidado. Ou melhor: convocado. Organize o seu prédio. Convoque seguidores nas redes sociais. Curta e compartilhe este convite. Vamos fazer um panelaço inesquecível para esta quadrilha que está acabando com o país.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 06:53:00

Matéria de 2012 da BBC Brasil afirma que a campanha custou U$ 75 milhões. Santana nunca desmentiu. Hoje ele afirma que cobrou U$ 20 milhões e lucrou U$ 16 milhões. Uma campanha presidencial riquíssima custar apenas U$ 4 milhões? Conta outra, marqueteiro!
(Folha) Líderes da oposição defenderam neste domingo (3) que os antecedentes históricos do PT legitimam o inquérito da Polícia Federal que investiga o marqueteiro do partido, João Santana. O jornalista é alvo de investigação, conforme revelou a a Folha, por ter trazido por meio de suas empresas US$ 16 milhões para o Brasil em 2012 em uma operação sobre a qual os investigadores suspeitam de lavagem de dinheiro para beneficiar o PT. 
Ao comentar o fato, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), evocou os escândalos do mensalão e do petrolão que, segundo ele, "foram arquitetados para desviar dinheiro público e financiar o projeto do PT para se manter no poder". Assim, disse o tucano, "sendo o marqueteiro João Santana uma peça importante nessa obsessão petista do poder pelo poder, é provável, como desconfia a Polícia Federal, que os recursos trazidos para o Brasil de Angola tenham como origem empresas brasileiras que prestam serviço no país africano". 
O vice-líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), defendeu que a lavagem de dinheiro se tornou uma prática petista. "A informação não me surpreendeu. Está se revelando rotina do partido a lavagem de dinheiro via despesas eleitorais", afirmou o senador. 
Para o deputado federal Marcus Pestana, presidente do PSDB mineiro, o fato também pode ser reincidente. "Lembremos que o esquema do mensalão foi desvendado a partir da relação do PT, seu publicitário [Marcos Valério] e empresas privadas com depósitos no exterior", disse. 
Já o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), chamou atenção para a importância de apurar a origem do dinheiro. "O pagamento dos impostos poderia ter servido apenas para esquentar um dinheiro de origem duvidosa. É um caso que não pode cair no esquecimento como aconteceu com os pagamentos feitos pelo PT no exterior ao marqueteiro Duda Mendonça na época do mensalão." 
RETRATAÇÃO
No domingo, o PT divulgou nota em defesa de Santana. O partido considerou "satisfatórias as explicações e provas documentais divulgadas pela Pólis", empresa do marqueteiro investigada pela PF. Para responder às denuncias, Santana criou um site (www.averdadesobreapolis.com.br) com documentos referentes a contratos e pagamentos das campanhas do prefeito Fernando Haddad e do presidente de Angola, José Eduardo dos Santos. Ambas foram feitas em 2012, ano da remessa do exterior. 
Ele também gravou um vídeo em que pede retratação à PF. "Confio na Justiça, mas espero retratação futura pelos danos possíveis causados a minha imagem". O site também declara que não procede informação publicada pela Folha de que parte do dinheiro entrou no Brasil pela Pólis Caribe, na República Dominicana. "A remessa oriunda de Angola para o Brasil foi totalmente realizada pela Pólis Propaganda & Marketing [sediada no Brasil]", diz a nota. O marqueteiro tem ainda empresas em El Salvador e Argentina.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 06:20:00

Clique na imagem para ampliar.
(O Globo) A corrupção, a ineficiência e a queda no preço do barril do petróleo fizeram a Petrobras liderar (e de longe) as perdas no ano passado em relação às grandes petroleiras globais que repassam seus dados à Securities and Exchange Commission (SEC), órgão que regula o mercado de capitais dos Estados Unidos. Em 2014, a estatal contabilizou baixas contábeis (chamadas no jargão financeiro de impairments) de R$ 44,6 bilhões, mais que o dobro da segunda colocada, a britânica BP, com “ajustes” de R$ 22,094 bilhões. A conclusão faz parte de um levantamento feito pela consultoria Ernst & Young (EY) a pedido do GLOBO. Ao todo, foram analisados os dados de seis empresas de óleo e gás com atividades integradas de exploração e refino, conhecidas no setor como majors.
Na lista estão ainda a francesa Total e a anglo-holandesa Royal Dutch Shell, com perdas de R$ 21,194 bilhões e R$ 18,548 bilhões, respectivamente. Petrobras, Total e Shell têm volume de reservas provadas similares, com 13,12 bilhões de barris de petróleo, 11,52 bilhões e 13 bihões, respectivamente.As americanas Chevron e ExxonMobil optaram por não registrar baixas em seus balanços no ano passado. As baixas contábeis ocorrem quando uma empresa precisa ajustar o valor de seus ativos devido a fatores como mudança no câmbio, na cotação do petróleo ou, no caso da Petrobras, a má gestão.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 06:18:00

(Folha) Alvo da Operação Lava Jato, Cândido Vaccarezza (PT-SP) abriu uma consultoria empresarial uma semana após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki autorizar investigação contra ele e outros políticos por suposto envolvimento no desvio de recursos da Petrobras.
O petista, que é ex-deputado federal e ex-líder dos governos Lula e Dilma, é alvo de inquérito porque o doleiro Alberto Youssef declarou ter feito "três ou quatro" entregas de R$ 150 mil para ele a pedido do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. O petista nega as acusações. 
Dados da Junta Comercial de São Paulo mostram que as atividades da CB Assessoria e Consultoria Empresarial começaram em 13 de março. A lista dos investigados na Lava Jato foi liberada no dia 6.
A CB foi constituída para ''outras atividades profissionais, científicas e técnicas'', além de ''serviços combinados de escritório e apoio administrativo''. 
Vaccarezza tem outra consultoria: a CESV Assessoria e Planejamento Eireli começou a funcionar em 30 de janeiro de 2015, véspera da posse do novo Congresso. Ela foi constituída para prestar ''atividades de consultoria em gestão empresarial'' e ''preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo''. 
O ex-deputado não é o primeiro petista que, após deixar a vida pública, abre uma consultoria. Adotaram o modelo os ex-ministros Antonio Palocci e José Dirceu. Procurado pela reportagem, Vaccarezza disse que, como ex-deputado, pode prestar consultoria ''em qualquer área'' e que está tudo ''dentro da lei''. 
O petista não quis dizer para quais empresas presta serviços e negou trabalhar para firmas investigadas no caso Lava Jato. ''Nunca fiz nenhuma consultoria para empreiteira, nem quando era deputado nem agora. Na minha casa só entrou até hoje fruto do meu trabalho, não tem nenhuma facilidade", disse.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 06:10:00


NO O ANTAGONISTA
Dilma tem medo do panelaço
Brasil 04.05.15 06:16
Um dos vídeos gravados por Dilma Rousseff para o primeiro de maio não foi ao ar.
Lauro Jardim citou um trecho do discurso abortado. Dilma Rousseff dizia:
"Disseram que eu não fui para a TV por ter medo de panelaço. Eu não tenho medo das vozes das ruas".
Ela tem tanto medo de panelaço e das vozes das ruas que, ridiculamente, cancelou esse vídeo.

João Santana: o homem, o mito
Cultura 03.05.15 20:48
Em 26 de janeiro, resenhamos à nossa maneira o livro "João Santana: Um Marqueteiro no Poder", de autoria do jornalista Luiz Maklouf. Agora que João Santana está sendo investigado por lavagem de dinheiro, decidimos republicar a resenha. Quem não leu o livro poderá ter, assim, uma ideia de quem é e como pensa mais esse gênio do petismo.
a) João Santana tomava drogas
b) João Santava fumava muito
c) João Santana tem uma filha chamada Suriá Luirí
d) João Santana tem um filho chamado Aylê Axé
e) João Santana fazia parte de um grupo musical chamado Bendegó
f)) João Santana tinha um parceiro cujo apelido era Gereba
g) João Santana escreveu um romance cheio de expressões pornográficas
h) João Santana não termina todas as frases de forma inteligível, preferindo grunhidos e chiados
i) João Santana diz ter um "pensamento diacrônico e uma linguagem onomatopaica"
j) João Santana, como resposta, recebia de Dilma Rousseff fins de frase igualmente incompreensíveis
k) João Santana acredita que no Brasil "vão ocorrer, neste século, as grandes tramas políticas, neoestéticas e ciberétnicas"
l) João Santana gosta muito da "definição espiritualista de que o Brasil é o laboratório do Espírito Santo"
m) João Santana não acha que fez uma campanha para Dilma Rousseff marcada pela baixaria, a mentira e a chantagem com os pobres
n) João Santana acha Dilma Rousseff "sofisticada"
o) João Santana acha Lula "vulcão" e Dilma "raio laser"
p) João Santana define-se um "socialista cibernético"
Conclusão de O Antagonista: João Santana é um grande brasileiro. A sua obra-prima ocupa atualmente o Palácio do Planalto.
O Antagonista usou as mesmas técnicas de marketing de João Santana, para mostrar acima uma foto de João Santana

O samba do sociólogo doido de FHC
Brasil 03.05.15 19:26
Fernando Henrique Cardoso está dançando o samba do sociólogo doido em relação ao impeachment de Dilma Rousseff. Hoje, O Globo traz um artigo em que o ex-presidente expõe a sua confusão. Confusão, porém com cálculo.
Leiam o seguinte trecho:
"Não quero ser pessimista. Mas o que mais falta faz neste momento é liderança. Gente em quem a gente creia, que não só aponte os caminhos de saída, mas comece a percorrê-los. Não estou insinuando que sem impeachment não há solução. Nem dizendo o contrário, que impeachment é golpe. Estou apenas alertando que as lideranças brasileiras (e escrevo assim no plural) precisam se dar conta de que desta vez os desarranjos (não só no plano econômico, mas no político também) foram longe demais.
Reerguer o país requer primeiro passar a limpo os erros. Não haverá milagre econômico sem transformação política. Esta começa pelo aprofundamento da operação Lava-Jato, para deixar claro por que o país chegou onde chegou. Não dispensa, contudo, profundas reformas políticas.
Não foram os funcionários da Petrobras os responsáveis pela roubalheira (embora alguns nela estivessem implicados). Nenhuma diretoria se mantém sem o beneplácito dos governos, nem muito menos o dinheirão todo que escapou pelo ralo foi apropriado apenas por indivíduos. Houve mais do que apadrinhamento político, construiu-se uma rede de corrupção para sustentar o poder e seus agentes (pessoas e partidos).
Não adianta a presidente dizer que tudo agora está no lugar certo na Petrobras. É preciso avançar nas investigações, mostrar a trama política corrupta e incompetente. Não foi só a Petrobras que foi roubada, o país foi iludido com sonhos de grandeza nacional enquanto a roubalheira corria solta na principal companhia estatal do país.
Quase tudo o que foi feito nos últimos quatro mandatos foi anunciado como o “nunca antes feito neste país”. É verdade, nunca mesmo se errou tanto em nome do desenvolvimento nacional nem jamais se roubou tanto sob a proteção desse manto encantado. Embora os diretores da Petrobras diretamente envolvidos na roubalheira devam ser penalizados, não foram eles os responsáveis maiores.
Quem enganou o Brasil foi o lulopetismo. Lula mesmo encharcou as mãos de petróleo como arauto da falsa autossuficiência. E agora, José? Não há culpabilidade política? Vai-se apelar aos “exércitos do MST” para encobrir a verdade?
É por isso que tenho dito que impeachment é uma medida prevista pela Constituição, pela qual não há que torcer, nem distorcer: havendo culpabilidade, que se puna. Mas a raiz dos desmandos foi plantada antes da eleição da atual presidente. Vem do governo de seu antecessor e padrinho político. O que já se sabe sobre o petrolão é suficientemente grave para que a sociedade repudie as forças e lideranças políticas que teceram a trama da qual o escândalo faz parte. Mas é preciso que a Justiça não se detenha antes que tudo seja posto às claras. Só assim será possível resgatar os nossos mais genuínos sentimentos de confiança no Brasil e no seu futuro."
Em resumo, FHC não acha que o impeachment seja a solução, mas também não acha que é golpe, porque está na Constituição (obrigado pela informação, presidente). Ele acha que falta liderança, mas que as lideranças foram longe demais. Acredita que a Operação Lava Jato precisa ir fundo, apesar de os diretores corruptos da Petrobras não serem os responsáveis maiores, mas a mão da Justiça não dispensa profundas reformas políticas. Afirma que quem enganou o Brasil foi o lulopetismo, e que a raiz dos desmandos foi plantada antes da eleição da atual presidente. Que não se deve torcer pelo impeachment, nem distorcer.
Se você não entendeu aonde FHC queria chegar, nós explicamos: ele quer preservar Dilma Rousseff e queimar apenas Lula. Como se fosse possível separar criatura e criador. Como se Dilma Rousseff não tivesse culpa pelos desmandos na Petrobras, da qual foi presidente do Conselho de Administração enquanto a lambança corria solta. Como se não houvesse, para além do petrolão, o flagrante crime de responsabilidade de Dilma Rousseff no caso das pedaladas fiscais. Como se, na última campanha da petista, não houvesse ocorrido o crime de lavagem de dinheiro.
FHC ainda sonha em cooptar uma parte do PT para formar, com o PSDB, um partido social-democrata -- e, por que não, aproveitar que as lideranças foram longe demais, para ir ainda mais longe e instaurar o parlamentarismo, sob o comando de PSDB e PT juntinhos para sempre.
A sua alma de esquerda, enfim, não aprendeu nada com o mensalão, quando achou que poderia domesticar Lula e os seus acólitos infernais.
FHC, com todo o respeito, feche o bico. E, para não dar margem a suposições, não se sente mais ao lado de Marcelo Odebrecht.

Brasil 03.05.15 17:35 
Na quinta-feira (07), Lilian Tintori e Mitzy Capriles de Ledezma, mulher do prefeito de Caracas raptado e preso pela polícia política de Nicolas Maduro, irão ao Congresso, para falar sobre as arbitrariedades do regime bolivariano.
Ótimo para constranger o PT.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
04/05/2015 às 6:03
Tudo indica que o PSDB — ou senadores do PSDB, para ser mais preciso — estão prestes a fazer uma grande besteira. E não seriam poucos os leitores que ousariam dizer: “Mais uma!”. A que me refiro? Tucanos do Senado estão dispostos a referendar o nome de Luiz Edson Fachin, um homem com ideias de extrema esquerda, para o Supremo Tribunal Federal. Não sei quantos podem fazê-lo por convicção, não sei quantos estariam apenas sendo simpáticos ao senador paranaense Alvaro Dias, que decidiu adotar o advogado nascido no Rio Grande do Sul e fez carreira no Paraná. Ou por outra: Dias vira cabo eleitoral de Fachin por razões meramente bairristas, e seus colegas de partido o seguem por camaradagem. Ou por outra ainda: a república dos compadres é mais importante que a República Federativa do Brasil. Sendo assim, vamos ser diretos na pergunta: por que o país precisa de tucanos se já tem os petistas?
A um partido de oposição não basta apenas combater a corrupção. Isso é um imperativo moral, que deveria independer da escolha política. A um partido de oposição não basta apenas apontar os erros do governo. Isso é um imperativo administrativo, que também deveria independer da escolha política. E essas duas coisas, como sabe o PT dos tempos em que estava fora do poder, não bastam para conduzir uma legenda à vitória. Um partido só se organiza e se prepara para isso quando consegue construir, consolidar ou capturar valores, tornando-os também seus. A agremiação tanto tem de estar atenta às novas demandas que vão surgindo nas ruas como tem de ter a coragem de propor caminhos. E, nisso, o PSDB sempre falhou miseravelmente. Foi eleito duas vezes pelo Plano Real, não porque tivesse plasmado uma mentalidade.
Ora, o PSDB vociferar em plenário, em artigos de jornal e em ambientes estritos e selecionados contra a corrupção é fácil. Só faltava fazer o contrário, não é? Também não há moleza maior, hoje em dia, do que apontar as incompetências de Dilma. Isso tudo é meramente reativo. Sim, é necessário cumprir também esse papel, mas isso não basta. Uma agremiação que pretenda desbancar outra não se afirma apenas negativamente. Também tem de se expressar de forma positiva — de construir, em suma, valores.
E isso, lamentavelmente, o PSDB ainda não percebeu. E é por isso, já adverti em artigos, que pode ser tragado pelo rescaldo da crise que hoje engolfa o PT. No fim das contas, há entre os dois uma espécie de pacto de duelistas, não é? Seria conveniente perceber que parte considerável do eleitorado já se cansou dessa guerra entre vermelho e azul, entre o Boi Garantido e o Boi Caprichoso.
O PSDB tem apenas uma alternativa decente no caso Fachin: votar contra a sua indicação. E não apenas com o propósito de “reagir” a Dilma, mas de AFIRMAR QUAIS SÃO OS VALORES DO PARTIDO. E, nesse ponto, pergunto: QUAIS SÃO? ELES EXISTEM? Em seu editorial crítico a Fachin (ver nesta home), o Estadão observa ser “natural que a visão de mundo de um magistrado, necessariamente conformada por suas inclinações ideológicas, influa de alguma forma em seu julgamento – e isso faz parte da condição humana, constituindo, portanto, um elemento subjetivo inevitável (…)”. Pois é…
Mas, então, vamos pensar. Se é natural que a visão de mundo interfira no juízo de um magistrado, cumpre indagar: qual é a visão de mundo de Fachin? Resposta: ele é um marxista empedernido, um adversário severo da propriedade privada, um defensor do confisco de terras sem indenização, um apologista da desapropriação de áreas produtivas, um defensor de teses asquerosamente heterodoxas sobre direito de família, que avançam na defesa da poligamia e da incorporação da figura do amante como parte da estrutura familiar.
Reportagem da Folha de domingo (03) diz que as ideias “progressistas” de Fachin estão criando dificuldades. O jornal emprega a palavra sem aspas, sem nada, como um dado da realidade. Venham cá: quer dizer que os defensores da propriedade privada, da legalidade e da família monogâmica são “regressistas”? Quer dizer que o progresso está com a desapropriação de terras produtivas? Com o confisco sem indenização de propriedades? A Folha acha isso progressista só no campo ou defende o mesmo para as cidades?
Que o PT se alinhe com esse lixo ideológico, vá lá. Socialista, em sentido estrito, o partido não é, mas tem muito claro que a destruição de valores essenciais, que formam a sociedade brasileira, lhe é útil porque serve a seu projeto autoritário. E o PSDB? Quer o quê?
Um leitor da Folha ficou zangado com a minha coluna no jornal de sexta-feira (1º), que criticou duramente Fachin. Acusa-me tolamente de não respeitar a democracia, como se eu tivesse a intenção de proibir Fachin de pensar o que pensa. Eu não! Ele é livre para defender o que bem entender. Eu exerço o meu direito de achar que ele não pode levar suas ideias ao Supremo.
Os dez senadores tucanos não podem, sozinhos, barrar a indicação feita por Dilma. Mas quem disse que estão sós? A questão é saber se vão ter a coragem de dizer “não” a Fachin e aos valores que representa, que agridem o povo brasileiro e a Constituição, ou se vão se dedicar às mesuras de praxe, que humilham a República.
Uma pergunta a Aécio Neves (MG), Aloysio Nunes (SP), Antonio Anastasia (MG), Cássio Cunha Lima (PB), Flexa Ribeiro (PA), José Serra (SP), Lúcia Vânia (GO), Paulo Bauer (SC) e Tasso Jereissati (CE): vocês vão aderir ao voto do compadrio ou vão escolher um caminho que reafirma valores que são do povo brasileiro e da Constituição? No primeiro caso, endossem o nome do Fachin e evidenciem por que o PSDB, de fato, não está à altura de representar os anseios de uma esmagadora maioria do povo brasileiro que hoje cobra que um partido de oposição vá além da simples crítica aos corruptos. No segundo caso, há a chance de vocês marcarem um encontro com os eleitores.
Sei, reitero, que os tucanos não são os únicos senadores da Casa, mas a sua passividade no caso de Fachin é dessas coisas irritantes, incompreensíveis, desastradas, que traem de forma aberta e escancarada o voto de milhões de brasileiros.
E, notem, se há coisa de que os eleitores já estão com o saco cheio, fiquem atentos, senhores tucanos, é de traidores.
Texto publicado originalmente 1h49
Por Reinaldo Azevedo

NO BLOG ALERTA TOTAL
Segunda-feira, 4 de maio de 2015
Factóide: André Corrêa, no Fantástico de ontem, mergulhando na poluída Baía da Guanabara, para fazer média com a Olimpíada de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A Rede Globo exibiu neste domingo (03), no Fantástico, uma das cenas mais patéticas que a incompetente e perdulária (falta de) administração pública tem a incapacidade de produzir e reproduzir nas redes sociais. Foi um deboche com a cara dos brasileiros o mergulho dado nas águas poluídas da Baía da Guanabara pelo secretário estadual de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, André Corrêa. O factóide aconteceu para refutar uma reportagem da semana passada, constatando que não sairá do papel a prometida despoluição da baía para a Olimpíada de 2016.
O Fantástico fez questão de frisar que a "autoridade" escolheu cuidadosamente o local e o horário para dar o mergulhinho: um ponto junto à entrada da Baía, onde a corrente é mais forte, e durante a maré cheia, quando a água limpa do oceano está entrando. Corrêa nem foi original. Repetiu um factóide do então governador fluminense Chagas Freitas, no começo da década de 80, quando deu um mergulho no Rio Paraíba do Sul, em Campos dos Gpoytacazes (RJ), para vender a imagem de que a sujeira não era tanta por lá. Até hoje, a imundície só se agravou...
Concebido no distante ano de 1992, como marketagem para a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro (a Rio 92), o PDBG (Programa de Despoluição da Baía da Guanabara) só torrou bilhões de dólares, que pegamos emprestados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Agência de Cooperação Internacional do Japão. O PDBG é um atestado do subdesenvolvimento e da falta de vergonha na cara dos políticos brasileiros e do nosso próprio povo - que nada cobra das autoridades, mas faz ocupações irregulares, suja rios e mananciais e despeja toneladas de lixo em canais que desaguam na poluída baía.
O PDBG, com certeza, enriqueceu muitas empreiteiras e colaborou, indiretamente, com o financiamento milionário de muitas campanhas eleitorais, ao longo de mais de 20 anos. Seus resultados são dignos de uma hecatombe ou de um tsunami de sujeira. Trata-se de um espetáculo de falta de planejamento - que deveria ser motivo de uma Ação do Ministério Público Estadual e Federal no Rio de Janeiro (mas os promotores preferem prevaricar, se omitir e nada fazer contra os irresponsáveis por tanta sacanagem. O PDBG construiu gigantescas estações de tratamento de esgoto. O problema é que a ligação até elas, via redes coletoras, praticamente não saíram do papel. Além disso, com o crescimento populacional desordenado e criminoso no fundo da baía, a sujeira se ampliou geometricamente.
O incansável biólogo Mario Moscatelli, que monitora diariamente as bacias cariocas e a Baía de Guanabara, atribui a poluição à falta de unidades de tratamento de lixo. Após a implantação dessas estruturas, não haveria mais despejo de novos dejetos nos sistemas lagunares: "Uma estratégia que pode ser realizada a curto prazo é a blindagem de quilômetros de rios que se transformaram em esgoto. As unidades de tratamento de lixo bloqueariam a contaminação do sistema lagunar. Depois destas instalações, viriam medidas mais amplas, como a dragagem da Bacia de Jacarepaguá e a remoção de lixo na Baía de Guanabara, concentrada em sua região mais poluída — os litorais de Duque de Caxias, Rio, São Gonçalo e Niterói".
Quem é o grande culpado por tudo de errado que acontece no Brasil, de forma historicamente cumulativa? É o Lula? É a Dilma? É o FHC? É o PQP? Ou seria o FDP?
A resposta mais correta é: a culpa é nossa!
Da omissão irresponsável e criminosa de cada cidadão incapaz de se unir para cobrar a solução de um problema pontual, causado pela nossa própria falta de educação e mentalidade subdesenvolvida. Os políticos fazem o que querem, e o Estado abusa completamente de nós, porque somos coniventes.
Se tal postura não mudar, o Brasil será sempre uma linda baía da Guanabara cheia de lixo e esgoto.
O lamentável é que tudo que não acontece de bom por lá é o retrato idêntico ao que ocorre no resto do Brasil, um desastre em termos de saneamento básico e respeito ao meio ambiente.
(...)

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