DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
01 DE MAIO DE 2015
Os “conterrâneos” de Dilma (ela é mineira, mas fez carreira política no Rio Grande do Sul) estão tão infelizes com seu governo quanto em qualquer outro Estado. Pesquisa do Instituto Paraná revela que 79,4% dos gaúchos repudiam o atual governo. Para 81,8% dos eleitores entrevistados, a corrupção na Petrobras é o maior escândalo da história e 85,9% não têm dúvidas de que Dilma sabia da roubalheira.
O Instituto Paraná ouviu 1.340 eleitores em 80 municípios gaúchos de 24 a 27 de abril. A pesquisa completa está no DiariodoPoder.com.br.
Partidos da oposição marcaram para quarta-feira (6) reunião conjunta para definir o rumo da próxima ofensiva contra o Planalto. Devem participar os líderes no Senado e na Câmara do DEM, SD, PSDB e PPS. A coalizão avalia que, neste momento, a chance de sucesso de um pedido de impeachment ainda é pequena, e vai discutir a aceitação de uma Emenda Constitucional para instituir o parlamentarismo.
O ex-presidente da estatal Transpetro Sérgio Machado perambulou em Brasília esta semana. Teve dificuldade de falar até com o padrinho Renan Calheiros, que o sustentou no cargo por cerca de doze anos.
Nesta semana, a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) deu bronca em um garçom no cafezinho. Ao pedir seu almoço, a distinta parlamentar disparou: “Ei, senador tem preferência, e precisa sair logo”.

NA VEJA ON LINE
PF descobre laços impróprios entre Toffoli e empreiteiro do petrolão
Investigação mostra que o ministro do STF e Léo Pinheiro, envolvido no petrolão e recém-libertado da cadeia, têm preocupante proximidade. O ministro Benedito Gonçalves, do STJ, também está no rol de amigões do ex-presidente da OAS
30/04/2015 às 23:29 - Atualizado em 30/04/2015 às 23:29
O ministro Toffoli e o empreiteiro Léo Pinheiro: festas de aniversário, presentes e visitas para tratar de assuntos de interesse da OAS, uma das principais construtoras envolvidas no escândalo da Petrobras(Beto Barata / Folhapress/Estadão Conteúdo)
No dia 13 de novembro do ano passado, o engenheiro Léo Pinheiro, sócio e presidente da empreiteira OAS, não imaginava que sua rotina estaria prestes a sofrer uma reviravolta em algumas horas. Era noite de quinta-feira. Trocando mensagens com um amigo, ele parecia tranquilo e informava: "Estou indo para a África na segunda". Depois, perguntou: "Você vai ao aniversário do ministro Toffoli no domingo?". O amigo respondeu que ainda não sabia se compareceria à festa. Marcaram um encontro para o sábado no Rio de Janeiro e outro para segunda-fei­ra, 17, em São Paulo. Léo Pinheiro acabou não indo à África, ao Rio, a São Paulo nem ao aniversário do ministro. A Polícia Federal prendeu o engenheiro horas depois da troca de mensagens. Seis meses se passaram e esse diálogo, aparentemente sem relevância, ganhou outra dimensão. Léo Pinheiro foi solto na última semana no fim de um julgamento dividido, em que o voto do ministro Toffoli foi decisivo para sua libertação. Toffoli votou com o relator, ministro Teori Zavascki, para conceder habeas corpus ao empreiteiro Ricardo Pessoa, da OAS - decisão logo estendida aos demais presos da Lava-Jato. Se Toffoli tivesse votado contra a concessão do habeas corpus, Pessoa e Léo Pinheiro teriam sido mantidos atrás das grades.
Léo Pinheiro, ponta de lança do esquema de corrupção da Petrobras, acusado de desviar bilhões de reais e de subornar algumas dezenas de políticos, deve sua soltura à inadequada e estranha proximidade com o ministro Toffoli? É tão difícil afirmar que sim quanto que não. Para que os empreiteiros con­ti­nuas­sem presos bastaria que um dos outros ministros que votaram a favor do habeas corpus, Gilmar Mendes e Teori Zavascki, tivesse discordado do relator. A questão é que, até onde se sabe, nem Gilmar Mendes nem Teori Zavascki têm relações com empreiteiros. Como mostra o relatório da Polícia Federal, Toffoli é próximo de Léo Pinheiro, da OAS. Ambos são amigos diletos do ex-presidente Lula, em cujo governo Toffoli, ex-advogado do PT, foi nomeado para o STF.
VEJA teve acesso a um relatório produzido pelos investigadores da Operação Lava-Jato a partir das mensagens encontradas nos telefones apreen­di­dos com Léo Pinheiro. O documento mostra que o empreiteiro frequentava as altas esferas de poder da capital. O interlocutor que aparece marcando encontros com ele no Rio e em São Paulo e a ida à festa de aniversário de Toffoli é o ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Vale lembrar que Benedito chegou a ser o nome preferido do governo para assumir uma vaga no STF. "As mensagens demonstram uma proximidade entre Léo Pinheiro e Benedito Gonçalves, bem como a proximidade destes com o ministro Toffoli", conclui o relatório da Polícia Federal.


NO BLOG DO CORONEL
SEXTA-FEIRA, 1 DE MAIO DE 2015
A denúncia contra Lula, publicada pela Época.
A revista Época denuncia que Lula está sendo investigado pelo MPF por tráfico de influência, usando o seu prestígio e força política para fazer com que o BNDES financiasse a Odebrecht, especialmente, em outros países. Especialmente em ditaduras amigas do PT, verdadeiros antros da corrupção como Venezuela, Cuba, Equador, Gana, onde o comissionamento pelos serviços prestados deve ter sido altíssimo. Estes empréstimos são uma verdadeira caixa preta, mas suspeita-se que os juros tenham sido altamente subsidiados. Estes empréstimos, junto a subsídios vergonhosos a meia dúzia de grandes grupos, abriram um rombo nas contas do BNDES. Cerca de R$ 30 bilhões. Onde o banco quer buscar dinheiro para cobrir parte do buraco? No Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o FGTS. O BNDES quer R$ 10 bilhões dos trabalhadores. Lula já deve ter planos para onde mandará este dinheiro. Abaixo, notícia da Folha de São Paulo.
O governo quer usar R$ 10 bilhões de um fundo que conta com recursos do FGTS para ajudar o BNDES a fechar suas contas neste ano. Com esse dinheiro, o FI-FGTS, fundo responsável pela operação, poderá cobrir sozinho um terço do buraco no BNDES, que precisará neste ano de R$ 30 bilhões para fazer todos os desembolsos que já estavam programados. 
Administrado pela Caixa, o fundo usa recursos do trabalhador para investir em projetos de infraestrutura. A pressão para que o "investimento" no BNDES seja feito partiu da Fazenda. Inicialmente, a pasta tinha pedido à Caixa R$ 15 bilhões, com a justificativa de que o dinheiro seria destinado ao novo plano de concessões. 
A Folha apurou que os recursos, no entanto, serão usados para cobrir o possível saldo negativo do BNDES, que, neste ano, não terá repasses do Tesouro, já que a Fazenda se comprometeu a economizar 1,2% do PIB para reduzir a dívida pública. Só no ano passado, o Tesouro repassou R$ 60 bilhões ao banco de fomento
POSTADO POR O EDITOR ÀS 06:38:00


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
01/05/2015 às 7:12
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, negociou com chefes do narcotráfico da Cracolândia, informa a Folha, a intervenção da Prefeitura na região, que acabou resultando, depois, em confronto entre viciados e forças de segurança: Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Civil Metropolitana. Ou por outra: o prefeito Fernando Haddad escolheu bandidos como seus interlocutores. Ou por outra: o prefeito Fernando Haddad tem de ser política e criminalmente responsabilizado por dividir com traficantes os destinos da maior cidade do país. Ou por outra ainda: o prefeito Fernando Haddad não pode continuar à frente da capital do Estado.
Vamos à história. Agentes do prefeito negociaram, sob a sua orientação, a ação que seria empreendida pela Prefeitura para desmontar a tal “favelinha” na Cracolândia. Tudo foi meticulosamente combinado com marginais, que não eram, atenção!, usuários de drogas, mas traficantes. Na hora h, os interlocutores de Haddad deram no pé, sumiram, e os dependentes armaram a reação. Aí foi preciso chamar a Polícia Militar.
Haddad, claro!, não admite que o acordo se deu com traficantes. Assume um “compromisso” com dependentes, como se esses pobres desgraçados estivessem em condições de fazer e de cumprir alguma forma de acordo. Diz ele: “Alexandre [de Moraes, secretário estadual da Segurança Pública] foi avisado por mim da operação. Falei com ele que não precisaria de apoio da PM porque havia firmado compromisso. Quando o acordo foi rompido, liguei para ele e disse que poderia haver incidente”.
Eis aí uma clara confissão.
E que se note: ainda que a conversação tivesse ocorrido com viciados, já seria imprópria. Eles não podem ser considerados interlocutores da administração para temas que dizem respeito à cidade como um todo. De resto, não custa lembrar: o consumo de drogas ilícitas continua a ser crime. E uma Prefeitura não negocia com criminosos, pouca importa a sua periculosidade. Quando se trata de narcotraficantes, não mesmo!
Uma das pessoas envolvidas na operação revela à Folha que a conversa se deu foi com traficantes: “Não era como zumbis”. “Zumbi” é o termo habitualmente empregado para designar os viciados em crack. De tal sorte estão debilitados e sem condições de responder por si que são tidos como “mortos-vivos”.
Impeachment
O senhor Fernando Haddad tem de ser alvo de um processo de impeachment. E já. Aliás, se os petistas tiverem um mínimo de juízo, não moverão uma palha para salvar o mandato deste celerado. Se eu fosse do partido, aplaudiria o impedimento de um sujeito que, obviamente, depõe contra uma legenda cuja reputação já está no lixo. Ser tida como um covil de ladrões parece ser ruim o bastante, não é mesmo?
Existe lei para pôr Haddad na rua? É claro que sim! Trata-se do Decreto-Lei 201, de 1967, que foi recepcionado pela Constituição de 1988.
Vejam o que define o Inciso X do Artigo 4º da Lei:
Art. 4º São infrações político-administrativas dos Prefeitos Municipais sujeitas ao julgamento pela Câmara dos Vereadores e sancionadas com a cassação do mandato:
X – Proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.
Negociar com traficantes é incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.
O Artigo 5º da mesma lei define a forma do processo, destacando que a denúncia pode ser feita por qualquer cidadão — e, claro!, por vereadores.
Fim de papo
Acabou! Acho que, desta feita, este senhor passou dos limites. Uma coisa é comportar-se como um ser idiossincrático, monomaníaco, autocentrado. Outra, muito distinta, é quebrar o decoro de forma determinada, clara, consciente, e transformar traficantes em interlocutores da administração.
A Prefeitura se torna, nesse caso, cúmplice de bandidos. Espero que a oposição ao prefeito na Câmara não esgote a sua ação na simples crítica em plenário aos desastres perpetrados por este senhor.
De resto, cumpre indagar o que fará o Ministério Público. Já temos a confissão do prefeito. Ele assume ter negociado com o que diz ser “dependentes” a intervenção da Prefeitura na Cracolândia. Ora, suponho que seus agentes tenham ao menos anotado os nomes dos interlocutores. Quem são?
Chega! Não dá mais! A cidade pode esperar as eleições para mandar para casa um autocrata dos pedais. Mas não pode esperar até 2016 para pôr na rua quem negocia os destinos de São Paulo com marginais.
Impeachment já!
PS: Os petistas chamariam também essa ação de golpe? Golpista das instituições não é quem negocia com traficantes?
Por Reinaldo Azevedo


NO O ANTAGONISTA
Brasil 30.04.15 21:03 
A revista Época que está chegando às bancas traz uma reportagem exclusiva com o título "Lula, o Operador". Subtítulo: "O Ministério Público abre investigação contra o petista por tráfico internacional de influência. Ele é suspeito de ajudar a construtora Odebrecht a ganhar contratos na América Latina e na África com dinheiro do BNDES".
É a primeira vez que Lula é formalmente investigado. E o míssil é nuclear.

Os dois crimes de Lula
Brasil 01.05.15 06:40
O Ministério Público Federal está investigando Lula.
Ele pode ser enquadrado, segundo a reportagem da Época, em dois crimes:
O primeiro, 337-C, é “solicitar, exigir ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado a transação comercial internacional”.
O nome do crime: tráfico de influência em transação comercial internacional.
O segundo, 332, refere-se à suspeita de tráfico de influência junto ao BNDES, e é descrito da seguinte maneira pelos procuradores que investigam o lobista da Odebrecht:
“Considerando que as mencionadas obras são custeadas, em parte, direta ou indiretamente, por recursos do BNDES, caso se comprove que o ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva também buscou interferir em atos práticos pelo presidente do mencionado banco (Luciano Coutinho), poder-se-á, em tese, configurar o tipo penal do artigo 332 do Código Penal (tráfico de influência)”

Lula flagrado fazendo lobby
Brasil 01.05.15 07:23
Lula foi à República Dominicana em janeiro de 2013, em viagem paga pela Odebrecht.
Acompanhou-o Alexandrino Alencar, o homem que, segundo Alberto Youssef, pagava a propina em nome da empreiteira.
Lula foi recebido pelo presidente da República Dominicana, Danilo Medina.
Agora veja estas imagens.
https://youtu.be/USPUE3cEfXA
Elas mostram Lula com Danilo Medina. A certa altura, quem é que aparece para cumprimentar o presidente dominicano, apresentado por Lula? Sim, ele mesmo: Alexandrino Alencar.

As palestras de Lula e as providências logísticas da Odebrecht
Brasil 01.05.15 08:31
Quando O Globo noticiou que a Odebrecht havia bancado a viagem de Lula à República Dominicana através de um de seus fornecedores, a empreiteira divulgou uma nota dizendo que contratou Lula para a realização de palestras e que "Alexandrino Alencar o acompanhou nas viagens patrocinadas para efetuar as providências logísticas".
Bem, como mostram as imagens encontradas por O Antagonista, Lula deve ter dado uma palestra de negócios ao presidente da República Dominicana. E a principal providência logística de Alexandrino Alencar, no Palácio Nacional, deve ter sido garantir a construção da termelétrica de Punta Catalina.

O jatinho do lobista da Odebrecht
Brasil 01.05.15 06:57
O Ministério Público Federal está investigando se, em suas viagens ao exterior, bancadas pela Odebrecht, Lula praticou o crime de tráfico de influência.
Uma das viagens sob suspeita é aquela para Cuba, República Dominicana e Estados Unidos, realizada em janeiro de 2013.
Duas semanas atrás, O Globo revelou que a Odebrecht bancou a viagem, mas o pagamento do jatinho foi feito por um de seus fornecedores, com o claro propósito de apagar o rastro do dinheiro.
O Antagonista citou a reportagem do jornal:
Lula, em janeiro de 2013, fez um périplo por Cuba, República Dominicana e Estados Unidos, pago pela Odebrecht.
Ele acompanhou Alexandrino Alencar, o executivo que, segundo Alberto Youssef e outros dois delatores da Lava Jato, era encarregado de distribuir a propina da empreiteira.
Em sua reportagem, O Globo informa que, embora a viagem tenha sido paga pela construtora, Lula não possuía qualquer relação oficial com as atividades da empresa naqueles países.
O documento da Líder Táxi Aéreo, que forneceu o avião usado por Lula, mostra que o contratante exigiu discrição. No campo “passageiro principal” do formulário, o funcionário da Líder escreveu: “voo completamente sigiloso”.
Para evitar que fosse vinculada ao fretamento, a Odebrecht usou uma de suas parceiras para pagar a despesa: a DAG Construtora, da Bahia.
O dono da empresa, Dermeval Gusmão, primeiro negou ter pagado pelo voo. Anteontem à noite, porém, ele ligou para O Globo informou ter localizado um pagamento de 435 mil reais à Líder e disse que um de seus diretores pode ter feito isso a pedido da Odebrecht.
O Antogonista fez outro post sobre o assunto:
Lula, o lobista, não viajou sozinho no jatinho pago pela Odebrecht.
A relação oficial de passageiros do voo, obtida por O Globo, mostra que, além de Alexandrino Alencar, o homem encarregado de distribuir propinas da Odebrecht, ele viajou com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, e com o biógrafo de José Dirceu, Fernando Morais.
A viagem de Fernando Morais a Havana teve um propósito cultural: ele aproveitou a generosidade da Odebrecht para publicar seu livro "Os Últimos Soldados da Guerra Fria".
Fernando Morais, em 1976, viajou a Cuba e fez uma apologia do regime cubano. 37 anos depois, ele finalmente concretizou seu sonho retornando à ilha com o lobista Lula, num jatinho fretado pela Odebrecht.
O lobista da Odebrecht e o biógrafo da Odebrecht

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 01/05/2015 04:58
Dilma Rousseff deu um tiro contra o próprio pé ao reunir sindicalistas ligados à CUT para criticar o projeto de terceirização na véspera do Dia do Trabalho. Com seu gesto, a presidente afagou o sindicalismo ligado ao PT. Mas deixou irritado o PMDB. Um pedaço da legenda passou a condicionar a aprovação do ajuste fiscal do governo ao aval da CUT.
Braço sindical do petismo, a CUT torce o nariz para o ajuste de Dilma. Rejeita a imposição de regras que reduzirão o pagamento de benefícios como pensão por morte, auxílio-doença, abono salarial, seguro-desemprego e seguro-defeso. E os peemedebistas, tachados de inimigos do trabalhador em manifestações da CUT por ter apoiado a proposta de terceirização, agora ameaçam aderir à central na resistência ao pacote de Dilma.
O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) expressou em voz alta o sentimento que seus colegas de bancada sussurram na Câmara: “Eu estava inclinado a aprovar o ajuste fiscal para tirar o país da crise. Mas, ao ouvir a presidente criticar a terceirização a pretexto de defender as conquistas do trabalhador, fiquei tentado a me associar a ela nas suas preocupações trabalhistas, votando contra o ajuste fiscal criticado pela CUT.”
Lúcio arrematou: “O governo alega que seu ajuste não tira direitos dos trabalhadores, apenas corrige distorções. Se é assim, Dilma e Lula precisam chamar os dirigentes da CUT e das demais centrais sindicais e convencê-los a defender publicamente o pacote fiscal. Se o presidente da CUT disser que não prejudica os trabalhadores, eu voto a favor. O que não é aceitável é que os partidos aliados do governo assumam o ônus do ajuste enquanto Dilma, Lula e o PT fazem média com a CUT para ficar bem na fita.”
As primeiras votações do ajuste fiscal devem ocorrer a partir de terça-feira (5). Hostilizado em protestos de CUT por ter apoiado a proposta da terceirização de mão de obra, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, já avisou que franqueará o acesso da CUT e dos seus filiados às galerias da Casa. Em privado, insinua que fará isso para constranger o PT.

Josias de Souza - 01/05/2015 03:17
A notícia de que foram destruídas as gravações de reuniões do Conselho de Administração da Petrobras deixou intrigados os tucanos. “Estamos diante de um típico caso de destruição de provas”, disse o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB). “O partido usará de todos os meios legais possíveis para esclarecer esse episódio.”
Após conversar sobre o tema com o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, Cunha Lima informou: além das cobranças que serão feitas na CPI da Petrobras, o partido cogita protocolar na Procuradoria-Geral da República, na semana que vem, um pedido de investigação para esclarecer as circunstâncias que envolveram a eliminação do áudio e das imagens das reuniões do Conselho da estatal.
Em resposta a um pedido de informações feito pelo Estadão, a Petrobras confirmou ter destruído as gravações. Foram para o beleléu inclusive os arquivos eletrônicos de reuniões que aprovaram decisões que agora estão sendo investigadas na Operação Lava Jato. Entre elas a compra da refinaria texana de Pasadena, que resultou num prejuízo estimado em US$ 792 milhões.
Destruíram-se inclusive os registros de reuniões presididas por Dilma Rousseff. Ela comandou o Conselho da Petrobras entre 2003 e 2010, sob Lula. Nesse período, Dilma foi ministra de Minas e Energia e chefe da Casa Civil.
A CPI e o TCU já haviam requisitado as gravações à Petrobras. A estatal empurrava os pedidos com a barriga. A CPI chegou mesmo a fixar um prazo para o envio do material. Vence na próxima segunda-feira (4).
“Não faz o menor sentido gravar as reuniões para depois apagar as gravações”, disse Cunha Lima. “É preciso que isso seja esclarecido.” A Petrobras informa que as gravações são destruídas depois que ficam prontas as atas das reuniões. Essas atas, porém, são meros resumos do que sucedeu a portas fechadas.
A estatal alega que o procedimento está previsto no Regimento Interno do Conselho de Administração. Instada a exibir o documento, a Petrobras fechou-se. Sustenta que o regimento contém normais sigilosas.
Alega que de aniquilamento das a perda Petrobras informou que a destruição está prevista no Regimento Interno do Conselho de Administração. Mas, questionada pelo jornal “O Estado de S. Paulo'', a Gerência de Imprensa não apresentou o documento. A reportagem também o solicitou à secretaria responsável por auxiliar o Conselho de Administração. O órgão informou que a norma é sigilosa.
“Não faz sentido”, disse Cunha Lima. “É preciso investigar tudo isso. E nós, do PSDB, vamos às últimas consequências.”










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