DA MÍDIA SEM MORDAÇA - PRIMEIRAS DO DIA DE HOJE

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
30 DE MAIO DE 2015
O Planalto optou por ofender a Lei de Acesso à Informação, que Dilma sancionou, para esconder o relatório de gastos do cartão corporativo utilizado pela ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, amiga íntima de Lula. Após 45 dias enrolando, o Planalto alegou ontem, em resumo, que a farra de gastos de Rosemary virou caso de “segurança da sociedade e do Estado”.
Rosemary foi alvo da operação Porto Seguro, da Polícia Federal, e denunciada pelo Ministério Público por improbidade administrativa.
Acusada de tráfico de influência, corrupção passiva e formação de quadrilha, Rose ficou conhecida como “facilitadora-geral da República”.
Quase sempre presente em viagens internacionais nas ausências de d. Marisa, Rose Noronha até fez indicações para cargos importantes.
Mesmo sob a Lei de Acesso à Informação, o Planalto não mostrou valores, datas, locais e transações de Rose com cartão corporativo.
Acusado de aplicar calote em servidores e fornecedores, alegando que o antecessor o deixou na pindaíba, o governo do DF tinha nesta sexta (29) saldo bancário de fazer inveja aos Estados mais ricos do País: R$ 1.923.688.484,01. Esta coluna obteve o saldo junto ao Siggo, o sistema oficial de movimentação financeira. São R$ 824,6 milhões de liquidez imediata e R$ 1,09 bilhão em “recursos vinculados”, mas no caixa.
Eleito prometendo transparência, o governador Rodrigo Rollemberg ainda não tornou pública a senha de acesso aos números do Siggo.
Alegando “crise”, Rollemberg mantém dezenas de obras inacabadas, algumas abandonadas, só por terem sido iniciadas no governo anterior.
No DF, mais de 24 mil crianças pobres esperam vaga em creches. Apesar disso, o governo não conclui 19 delas, praticamente prontas.
Cartola e senador, Zezé Perrela (PDT-MG) reuniu colegas para jantar, em sua casa de Brasília, e saborear a classificação do Cruzeiro na Libertadores. Foi a noite em que seu time perdeu por 3x0. Em casa.
Utilizando-se da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, o deputado Luciano Ducci (PSB-PR) tem se mostrado bem guloso. Ele pediu ressarcimento até de dois almoços, num mesmo dia.
Colegas da jornalista Carolina Oliveira, primeira-dama de Minas, não estão preocupados com a Operação Acrônimo, da PF: acham que ela nada tem com isso. A preocupação é com a gravidez: ela espera seu primeiro filho com o governador Fernando Pimentel (PT).
Parlamentares contam que o ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil) parece ter largado de vez a pasta. “Só quer saber de meter o bedelho na articulação política”, entrega um enciumado deputado petista.
Tiririca (PR-SP) dá gorjeta generosa, mas só com imprensa por perto. Pagou R$ 100 pelo corte que custa R$ 25, na barbearia do Senado, mas quando o barbeiro tentou lembrar que era hora de aparar as madeixas, um assessor respondeu: “Ele só corta em São Paulo”.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, faz parte da extensa lista de petistas insatisfeitos com o partido. Ele só amenizou críticas ao PT após ganhar força o projeto “volta Lula 2018”, do qual ele faz parte.
Não prosperou a ideia da ministra Izabela Teixeira (Meio Ambiente) na missão do Brasil na OEA. Dilma manteve o princípio de nomear apenas diplomatas. O escolhido foi o embaixador José Luis Machado Costa, que já estava designado para o cargo de cônsul-geral em Frankfurt.
Visando palanque forte no Rio em 2016, o senador Aécio Neves (MG) pressiona a deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ) a mudar de partido. Quem anda enciumado com o “flerte” é o tucano Otavio Leite (RJ).
Atos contra o projeto da terceirização também condenam terceirização da articulação política e da chefia econômica do governo?

NO DIÁRIO DO PODER
COMISSÃO DE SEGURANÇA REJEITA PL QUE ESTENDE ATUAÇÃO DA PF
PARA FRAGA A PF NÃO CONSEGUE CONCLUIR NEM AS INVESTIGAÇÕES QUE LHE SÃO ATRIBUÍDAS
Publicado - 29 de maio de 2015 às 18:21 - Atualizado às 18:21
A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado rejeitou na quarta-feira (20) o Projeto de Lei 191/15, do deputado Vicentinho (PT-SP), que autoriza a Polícia Federal a participar de investigação de crimes contra a atividade jornalística e contra autoridades dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário quando houver omissão ou ineficiência das esferas competentes nos estados e municípios após 90 dias de investigações.
Segundo o relator, deputado Alberto Fraga (DEM-DF), que defendeu a rejeição da proposta, a alteração na competência da Polícia Federal não vai contribuir para uma melhor taxa de resolução de crimes. Para Fraga, a instituição não tem conseguido concluir as investigações e exercer as funções que lhe são atribuídas. 
“Ela não consegue prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes, o contrabando e o descaminho, e de exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras”, listou o parlamentar.
A proposta altera a Lei 10.446/02, que já prevê atuação conjunta da PF com outros órgãos de investigação para crimes como formação de cartel, violação de direitos humanos, sequestro, cárcere privado e extorsão por motivos políticos. 
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Agência Câmara)

NO BLOG DO CORONEL
(Veja) Documentos constantes do inquérito da Operação Acrônimo mostram que vai muito além da amizade a relação do empresário Benedito Oliveira Neto, operador do PT preso nesta sexta-feira (29), com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel. Obtidos com exclusividade por VEJA, os documentos levantam a suspeita de que Bené operava uma espécie de caixa paralelo na campanha de Pimentel ao governo. Além disso, indicam que a mulher de Pimentel, Caroline Oliveira, seria dona de uma empresa fantasma utilizada pela organização criminosa.
A PRIMEIRA-DAMA: Ministério Público Federal levanta a suspeita de que a mulher de Pimentel, Caroline Oliveira, seria dona de uma empresa fantasma ligada à organização criminosa comandada por Bené(VEJA.com/VEJA)
A PF investiga se dinheiro proveniente de contratos públicos foi desviado, como no escândalo do petrolão, para campanhas políticas. Há a suspeita de que as empresas de Bené, que receberam cerca de meio bilhão de reais do governo federal desde 2005, tenham bancado gastos de campanhas eleitorais petistas. O termo de busca e apreensão da PF lista documentos que ligam Bené a um suposto esquema de caixa dois na campanha do petista ao governo de Minas.
“CAMPANHA PIMENTEL”: o termo de busca e apreensão da PF lista documentos que ligam Bené a um possível caixa paralelo na campanha de Fernando Pimentel ao governo de Minas Gerais(VEJA.com/VEJA)
Bené, como se sabe, é um generoso pagador de contas do PT. Em 2010, bancou as despesas de uma casa que era usada como comitê de campanha da candidata Dilma Rousseff. Também financiou o grupo de arapongas arregimentado para produzir dossiês contra os adversários políticos dos petistas. Naquela ocasião, o empresário lidava diretamente com Pimentel, que era um dos coordenadores da campanha de Dilma.
Quem abriu as portas do PT para o empresário foi o ex-deputado federal Virgílio Guimarães, o mesmo que apresentou Marcos Valério, o notório operador do mensalão, ao partido. Segundo os investigadores, Virgílio mantém uma "sociedade dissimulada" com Bené e recebeu pelo menos 750 000 reais do parceiro.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 00:10:00


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
29/05/2015 às 16:08
Abaixo, há um link para a denúncia contra a presidente Dilma Rousseff por crime de responsabilidade, protocolada na Câmara dos Deputados pelo Movimento Brasil Livre.
O texto passará por uma primeira análise da Mesa. Se não for recusado nessa fase, forma-se uma comissão para analisar os motivos apresentados. Tendo sequência, segue para o plenário. Para que a denúncia seja aceita — hipótese em que a presidente tem de ser afastada do cargo —, são necessários 342 votos.
Para ler a íntegra da denúncia, clique aqui
Por Reinaldo Azevedo

NO O ANTAGONISTA
Guardanapos milionários
Brasil 29.05.15 10:34
Jamil Chade, do Estadão, que faz uma ótima cobertura do escândalo da FIFA, conta este detalhe revelador:
"José Maria Marin, detido na última quarta-feira depois de ser indiciado por corrupção nos Estados Unidos, adotou uma metodologia inusitada para solicitar as suas propinas que chegou a surpreender parceiros comerciais, principalmente aqueles que não conheciam a CBF: para não deixar qualquer rastro do valor que pediria a cada contrato, o dirigente escrevia o quanto queria em sua conta privada sempre em guardanapos de papel".
Cuba: terrorismo é caro
Mundo 29.05.15 14:59
Os Estados Unidos retiraram Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo internacional.
Cuba só não patrocina o terrorismo internacional porque não tem mais dinheiro. Terrorismo apenas contra os seus próprios cidadãos.
Vende-se casa em Miami
Brasil 29.05.15 15:59
Para evitar que sua casa em Miami seja confiscada pelo FBI, Ricardo Teixeira decidiu vender o imóvel de mais de 600 metros quadrados, segundo a Folha.
Ele anunciou a propriedade no ano passado após tomar conhecimento que o empresário J. Hawilla, do Grupo Traffic, passou a colaborar com a polícia americana.
Segundo a Folha, ele pagou 22 milhões de reais pelo imóvel em 2012 e agora quer vendê-lo a um preço abaixo do valor de mercado.
Erenice Guerra no Século III
Brasil 30.05.15 05:26
Erenice Guerra está na mira da PF.
Em maio do ano passado, segundo a Época, ela "acertou um contrato de sociedade com a Brasil Século III", a empresa por meio da qual o petista Virgílio Guimarães recebeu 750 mil reais do esquema de Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené.
O contrato entre Erenice Guerra e Virgílio Guimarães visava “promover o desenvolvimento sustentável e competitivo” da FBM Farma, uma indústria farmacêutica pertencente ao grupo Hospfar Indústria e Comércio de Produtos Hospitalares que recebeu 61,4 milhões de reais dos cofres públicos em 2014, o dobro do ano anterior.
Bené na campanha de Dilma
Brasil 30.05.15 05:45
Vamos ao que de fato importa.
Diz a coluna Painel, da Folha de S. Paulo:
"Agentes da Polícia Federal que acompanham as investigações que levaram à prisão do empresário Benedito Rodrigues, o Bené, têm tratado a Operação Acrônimo como mais um caso com potencial de revelar um grande esquema de corrupção. A partir do material apreendido e dos indícios detectados na apuração, integrantes do órgão já vislumbram caminhos para a comprovação de crimes eleitorais - tanto na campanha de 2010 quanto em 2014". 
E diz a Veja, a partir dos dados dos celulares apreendidos no ano passado:
"Bené se comunicava com pessoas do PT nacional e também ligadas à campanha presidencial".
Se a polícia deixar
Brasil 30.05.15 09:06
Lula disse "a interlocutores" que ele só será candidato em 2018 se a avaliação de Dilma Roussef melhorar e ela tiver um legado a defender.
Lula só será candidato em 2018 se a polícia deixar.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 29/05/2015 21:13
É bom saber que o governo acompanha o noticiário. É ótimo verificar que o governo reage às notícias. Seria insuportável conviver com um governo que desprezasse a realidade. Mas um governo assim, atento às descobertas alheias, também é preocupante. O que as autoridades fazem em reação às manchetes é o que se abstiveram de fazer por obrigação. Ou precaução.
No escândalo da Fifa, Brasília se esforça para pegar uma carona no trabalho do FBI. A presença do ex-presidente da CBF José Maria Marin entre os presos da Suíça é constrangedora para essa terra de palmeiras. Ficou evidente que, por omissão ou negligência, os órgãos de investigação do país do futebol foram driblados pela cartolagem. Agora, chegam com atraso no lance.
Com o escândalo já estampado nas manchetes, o ministro José Eduardo Cardoso(Justiça) foi à grande área. Mas o campo pareceu-lhe mal demarcado. “Só podemos investigar delitos que sejam tipificados pela legislação brasileira. Se neste caso houver, a Polícia Federal abrirá um inquérito e fará uma investigação rigorosa em relação a isso.''
Segundo Cardozo, o Departamento de Justiça Americano propôs uma tabelinha. Um dos procuradores que atuam no caso, Kelly Currie, disse que a Justiça dos Estados Unidos pretende compartilhar informações. Se quiser, o Brasil poderá abrir suas próprias investigações.
“A cooperação do Brasil será feita”, disse Cardozo, chutando uma bola quadrada. “Havendo indício de práticas ilícitas perante a legislação brasileira e de órbita federal, agiremos com rigor”, completou, com a disposição de um zagueiro de time de várzea. “É interesse do Brasil que tudo se esclareça.''
Nesta sexta-feira (29), a Receita Federal veio à lateral do campo para informar que investiga fraudes no futebol brasileiro desde 2002. Hã?!? O fisco diz ter perscrutado 96 pessoas e empresas ligadas à bola. Em 13 anos, cobrou R$ 4,7 bilhões em tributos, multas e juros. Não disse se acionou o Ministério Público Federal ou a PF. Tampouco revelou os nomes dos investigados. Alegou que estão protegidos pelo sigilo fiscal.
Informou-se que o setor de Inteligência da Receita busca informações no fisco americano. Quer saber se há novas provas contra personagens que já auditou ou acusações contra envolvidos que jamais farejou.
De repente, o futebol tornou-se uma urgência governamental. Não que já não fosse, por malcheiroso, urgente há décadas. Fica-se imaginando por quanto tempo a CBF continuaria fazendo o que bem entende se o FBI não tivesse transformado o urgente em alarmante.
Editoria de Arte/Folha
NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Sábado, maio 30, 2015
A série histórica de pesquisas do instituto GPP na cidade do Rio de Janeiro mostra como a imagem da presidente Dilma Rousseff derreteu desde 2011, seu primeiro ano à frente do governo brasileiro. 
Em dezembro de 2011, 10% dos eleitores cariocas classificavam o governo Dilma como ruim ou péssimo. Em novembro de 2013, logo depois das manifestações que tomaram as ruas do país, esse índice saltou para 27%. E neste mês, a reprovação chegou ao auge na capital fluminense: 71% dos entrevistados dizem que a gestão da petista é ruim ou péssima.
Enquanto a avaliação negativa não para de subir, a positiva só faz despencar. Em dezembro de 2011, 57% dos cariocas classificavam o governo Dilma como ótimo ou bom. Hoje, essa taxa desabou para 7% dos entrevistados.
Na eleição do ano passado, Dilma superou o senador tucano Aécio Neves (MG) por 50 mil votos na cidade do Rio, uma margem de menos de dois pontos porcentuais. A pesquisa mais recente do GPP foi encomendada pelo ex-prefeito e hoje vereador do Rio, Cesar Maia (DEM). Do site da revista Época


NO BLOG ALERTA TOTAL
Sábado, 30 de maio de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
"Meu governo é Padrão Felipão". Foi o que Dilma declarou em 1º de julho de 2013, um dia depois de a Seleção Brasileira da CBF ter conquistado a "Copa das Confederações", naquele joguinho em que a poderosa seleção da Espanha abusou do corpo mole no Maracanã. Depois da Copa do Mundo de 2014, aquela em que perdemos de 7 a 1 para Alemanha, o técnico Felipão caiu em desgraça no Grêmio - time gaúcho pelo qual a Presidenta torce. Foi igualzinho ao desgoverno da Dilma no segundo mandato. Uma queda vergonhosa...
Antes do "Padrão Felipão", Dilma tinha proclamado que seu governo era "Padrão Fifa" - o que pegou muito mal na época. Agora, com dirigentes da Fifa presos e investigados por corrupção, tráfico de influência e má gestão, as pessoas começam a entender o que Dilma deve entender como um "padrão de governo". O Mensalão e o Petrolão já deram boas dicas do que seria tal "padrão". O presidente petista Rui Falcão é quem tem mesmo razão: "É um governo de merda, mas é o nosso governo"...
O Brasil "sobrevive" uma conjuntura "tragisurrealista" (um movimento estético que nem existe). Enquanto ficamos esperando que o Departamento de Justiça dos EUA faça o serviço de punir nossos ilustres corruptos (nos processos contra Petrobras e agora sobre a Fifa/CBF), as pessoas comuns começam a ficar de saco completamente cheio com a impunidade explícita em relação aos ditos "poderosos". Está muito evidente o rigor seletivo na hora de processar bandidos. O sistema é implacável com o andar de baixo. Já na hora de pegar e punir a turma da cobertura triplex, tudo anda muitíssimo mais devagar, quase parando, com chances altíssimas de nada acontecer... 
O Alerta Total já avisou que o FBI dos EUA pode prender, a qualquer momento e de surpresa, ilustres políticos tupiniquins que forem passear ou movimentar grana no exterior. Autoridades norte-americanas já reuniram elementos comprobatórios para punir quem tirou proveito do sistema empresarial e fiscal dos EUA para fins delitivos. Nos bastidores das investigações já se dava como certo que os altos dirigentes petistas serão os primeiros alvos. A turma do gargarejo, que a tudo assiste bestificada no Brasil da impunidade ampla, geral e irrestrita, aguarda que tal "milagre" aconteça...
Enquanto nada acontece no coração corrupto do arremedo de república em Bruzundanga - que tem uma estrutura estatal Capimunista organizada, criminosamente, para assaltar a sociedade na base da injustiça flagrante, do imposto alto e do juro extorsivo -, assistimos a cenas dignas de uma tragicomédia no noticiário policial. Ontem, o alvo foi a linda esposa do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, um dos melhores e raros amigos pessoais de Dilma Rousseff. A Operação Acrônimo, que mobilizou mais de 400 policiais federais, rendeu um noticiário digno de uma piada de alta qualidade produzida pela turma do Casseta & Planeta - aquela que cunhou o apelido $talinácio (o $ foi a gente que sugeriu, dado o poderio de grana e blindagem do mítico personagem).
Olha a piada-pronta. Ria se seu intestino tiver a mesma capacidade pensante que os gênios do desgoverno Dilma-Lula. O responsável pela Operação Acrônimo, Denis Cali, garantiu que nenhum partido, nem nenhuma figura pública, está sob investigação que começou em outubro do ano passado, após a eleição de 2014. O policial foi bem claro: "Até o momento, o Pimentel não é alvo da operação". Será??? Então por que a PF realizou uma revista na antiga residência da primeira-dama de Minas Gerais, Carolina Oliveira Pimentel - que atualmente mora no Palácio dos Mangabeiras, em Belo Horizonte, residência oficial do governador do estado?
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Se Freud não explicar, os fatos passados ajudam a esclarecer alguma coisa. Antes de se casar com Fernando Pimentel, Carolina trabalhava como assessora de imprensa do petista no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Por uma dessas aberrações do capimunismo tupiniquim, ela era contratada por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), órgão vinculado ao ministério liderado, na época, pelo petista, amigão da Dilma desde os tempos da luta armada contra a tal dita-dura, na década de 60.
Freud pode explicar mais um pouco... O principal alvo da operação de ontem, o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, mais conhecido como Bené, atuava na produção de materiais de comunicação para campanhas e também para órgãos do governo federal. Matérias na imprensa recordam que, em 2010, Bené foi interrogado pela PF sobre a denúncia de que teria pago o aluguel da casa usada na campanha presidencial.
Tem mais... Bené ainda teve de prestar informações sobre um grupo de inteligência da campanha da então candidata Dilma Rousseff (PT) que estaria envolvido na produção de um dossiê contra o ex-governador José Serra (PSDB). O empresário teve também que dar explicações sobre supostas irregularidades em um contrato da empresa Dialog com o Ministério das Cidades. A firma dele tinha contratos da ordem de R$ 49 milhões com vários ministérios em 2009.
Na operação de ontem, a PF constatou que empresas do ramo gráfico e de publicidade eram usadas para lavar dinheiro. Ao todo, 30 pessoas jurídicas pertencem a pessoas do grupo investigado. A principal delas, segundo fontes, é a Gráfica Brasil, da família do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto. Mais conhecido como Bené, a empresa seria a responsável pela maior parte do faturamento de R$ 500 milhões do grupo desde 2005. O alto valor chamou a atenção da PF - já que antes as empresas do grupo faturavam R$ 400 mil. A PF constatou que o enriquecimento aconteceu depois de contratos superfaturados com o governo federal.
Por ordem da Justiça Federal, foi arrestado um bimotor turboélice King Air, avaliado em R$ 2 milhões, de propriedade do empresário Bené, que é publicamente ligado ao PT. O avião tem o prefixo PEG, iniciais dos nomes dos filhos dele. Por isso, o PEG foi o acrônimo que batizou a operação da PF. Ao longo dos quase 8 meses de investigação, a PF informou que realizou acompanhamentos dos suspeitos, vigilâncias, e analisou dados de notebooks, smartphones, tablets, além de outros dispositivos e mídias apreendidos durante uma outra ação, no ano passado.
Depois de tudo isso, vamos indagar ao intestino cerebral: a turma do desgoverno pode realmente respirar aliviada com tal declaração de que nenhum partido ou político é investigado, sabendo que 600 gigabytes de informação relevante foram cruzados pela PF, com outras fontes e bases de dados, para deflagrar mais uma operação de nome engraçado?
Agora, a gente entende, mais ainda, o que pode significar, para a Polícia, para o Ministério Público e para a Justiça Federal, a velha indagação do folclore mineiro:
- Mas será o Benedito?!
(...)














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