DA MÍDIA SEM MORDAÇA - DESTAQUES POLÍTICOS DO DIA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
08 DE MAIO DE 2015
Desesperado pela aprovação do ajuste fiscal do ministro Joaquim Levy (Fazenda), o governo prometeu o Ministério do Trabalho, ainda ocupado por Manoel Dias (PDT), aos deputados peemedebistas. O porta-voz da oferta foi o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), em reunião a portas fechadas. Dilma decidiu defenestrar o apadrinhado de Carlos Lupi, que acusou o PT de “roubar demais”.
Dilma resolveu ceder novo ministério ao PMDB quando o pacote corria risco na Câmara. Foi aprovado por margem apertada: 252 x 227.
Deputados do PMDB ironizam a oferta. “Nem Michel Temer conseguiu destravar as nomeações, quem dirá o Guimarães”, disse um vice-líder.
Conhecido pelo apetite por cargos, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) resolveu pôr o pacote em votação a todo custo. Para agradar Dilma.
O chanceler Mauro Vieira recebeu a caricatura de autoridade chamada “Defensor do Povo da Venezuela”, mas recusou audiência às mulheres dos presos políticos do regime de Nicolás Maduro. Que vexame.
Apesar da pose sorridente com Renan Calheiros, ontem, Eduardo Cunha não esconde a aliados, inclusive de Alagoas, que um dos seus maiores objetivos é neutralizar o poder do senador. Está conseguindo.
O governo chinês continua sua cruzada implacável anticorrupção nas estatais do setor petrolífero. Deve ser triste viver num país onde as empresas estatais são geridas por ladrões. Esses chineses...

NO BLOG O ANTAGONISTA
Lula confessou que pagou o mensalão
Brasil 08.05.15 08:08
Lula confessou o pagamento do mensalão.
Ele disse a José Mujica, presidente do Uruguai:
“Neste mundo tive que lidar com muitas coisas imorais, chantagens. Essa era a única forma de governar o Brasil”.
O relato consta de um livro-reportagem publicado no Uruguai esta semana, e traz depoimentos de José Mujica sobre seus cinco anos de governo.
O Globo conta que a confissão de Lula foi feita durante um encontro em 2010. Segundo José Mujica, Lula "viveu esse episódio do mensalão com angústia e um pouco de culpa”.
Pouco. Bem pouco.

A fraude de Guido Mantega na Petrobras
Brasil 08.05.15 06:57
Guido Mantega tentou esconder o rombo de 88,9 bilhões de reais da Petrobras.
A Folha de S. Paulo teve acesso às atas da reunião do Conselho de Administração da estatal que acarretou a demissão de Graça Foster. Quando os técnicos da Petrobras apresentaram o cálculo de 88,9 bilhões de reais de prejuízo, Guido Mantega disse:
"Acho uma temeridade divulgar esse número".
Graça Foster respondeu:
"E se a CVM me pergunta sobre esse número? Se existe, por que não divulgaram? Quem está escondendo esse número? De quem é a responsabilidade? Da diretoria ou do conselho?".
E Guido Mantega retrucou:
"O que discutimos aqui está sobre regra de sigilo. Somos todas pessoas responsáveis". 
Guido Mantega, de fato, é responsável por um monte de descalabros ocorridos nos últimos anos. A mesma estratégia que ele usou para tentar esconder o rombo da Petrobras foi usada para esconder o rombo nas contas públicas. As pedaladas fiscais não são uma simples maquiagem para melhorar o resultado financeiro - elas são uma deliberada fraude contábil.
Guido Mantega acha uma temeridade divulgar determinados números. O Antagonista acha uma temeridade entregar o país a Guido Mantega.

Jandira Feghali e o DEM: juntos para sempre
Brasil 08.05.15 06:26
Alberto Fraga, do DEM, discutiu com Jandira Feghali, que é uma farsante. Na verdade, porém, ele deveria discutir com os farsantes de seu próprio partido, que se reuniram com Michel Temer para negociar sua adesão ao governo.
Daqui a pouco, Alberto Fraga e Jandira Feghali estarão na mesma bancada.
ACM Neto, Rodrigo Maia e Michel Temer: quem paga a conta e quem embolsa a gorjeta?

A morte do terrorista (bom dia)
Mundo 08.05.15 03:47
O Antagonista festeja a morte de Nasser bin al-Ansi, porta-voz da al-Qaida no Iêmen, eliminado por um drone americano.
Ele foi o terrorista que reivindicou o massacre do Charlie Hebdo.
Nasce mais uma estrela

Brasil 07.05.15 17:07 
O PT divulgou a seguinte frase no Facebook: "O financiamento público é o antídoto para nossa sociedade enfrentar a corrupção. Daí a importância da (sic) Câmara Federal proibir o financiamento empresarial para partidos políticos".
Errado: o antídoto para a nossa sociedade enfrentar a corrupção é tirar Dilma Rousseff do Palácio do Planalto e cassar o registro partidário da organização criminosa.

Economia 07.05.15 16:53 
Da série "quanto pior, pior, e ainda vai piorar: em abril, as retiradas da caderneta de poupança superaram os depósitos em 5,85 bilhões de reais, o pior resultado para um mês de abril
Só nos primeiros quatro meses de 2015, a caderneta de poupança perdeu 29 bilhões de reais.

NO BLOG DO CORONEL
SEXTA-FEIRA, 8 DE MAIO DE 2015
É espantoso que 51 mil empresas dependam de 23 empreiteiras nas operações da Petrobras. Estas 23 empreiteiras foram transformadas em empresas de fachada que, com contratos cheios de aditivos e comissões espúrias, subcontratam e terceirizam os trabalhos para empresas menores. São estas empresas que a AGU defendem, em vez de promover a expansão daquelas que efetivamente trabalham, de forma mais econômica e sem, os custos da extorsão e da corrupção. A matéria abaixo é de O Globo.
O Advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams, disse nesta quinta-feira, em São Paulo, estar preocupado com o fechamento de pelo menos 51 mil empresas que dependem das 23 empreiteiras investigadas pela Operação Lava-Jato, que podem a ter as atividades extintas em função do envolvimento com as irregularidades no escândalo da Petrobras. 
— O governo está comprometido em potencializar os instrumentos de combate à corrupção. Está buscando fortalecer as instituições para que se elimine a corrupção como realidade do país, criando um estado mais eficiente para a sociedade e para o cidadão brasileiro. Mas o que não é possível é que a dinâmica da implementação dessa legislação de combate à corrupção leve ao fechamento em série de diversas empresas. No caso da Lava-Jato, o conjunto de 23 empresas que são objeto de investigação compõe um quadro de 51 mil CNPJs, que são empresas fornecedoras, são investidores, prestadores de serviços, empresas que seriam afetadas pela restrição ou fechamento das 23 empreiteiras. É óbvio que elas vão se recuperar depois, mas persiste o trauma do fechamento das empresas — disse Adams.
Segundo o chefe da Advocacia Geral da União (AGU), a empresa tem que ser objeto de preocupação do Estado, embora ele prefira que as empresas se adaptem às novas leis de combate à corrupção. — Muitos me acusaram de estar defendendo as empresas. Eu defendo a preservação da atividade empresarial como um todo. Se a empresa, tendo os instrumentos para fazer essa mudança, não o faz ou não deseja fazer, vai sofrer as consequências da lei. Vai ser punida. Fechar os olhos para esse impacto, no entanto, se torna um verdadeiro absurdo — disse Adams, durante seminário promovido pelo jornal Valor, que debateu a Lei Anticorrupção, a 12.846, implantada em janeiro do ano passado. 
Para Adams, o grande desafio no caso da Lei de Combate à Corrupção é a concorrência com outras legislações, como a lei da improbidade, a legislação de defesa da concorrência, a legislação do Tribunal de Contas da União (TCU), gerando uma sobreposição da atuação desses órgãos sobre a mesma matéria, "criando uma verdadeira babel de línguas que muitas vezes não se entendem".
O chefe da AGU disse também que a burocracia no Brasil estimula a corrupção.— O escopo da formação do processo de corrupção está na sobreposição de entidades de órgãos na regulação da atividade empresarial. Como exemplo, no processo de licenciamento ambiental. Só recentemente viemos a regular a sobreposição, com a Lei Complementar 140, para eliminar essa sobreposição. No passado, havia uma sobreposição que forçava a necessidade das empresas a fazerem múltiplas interlocuções com diversos entes da federação. Isso se dá ainda em várias áreas da administração pública, o que é um motor claro nas ações corruptivas. Quanto mais necessidade você tem de resolver os impasses com o Estado, que se sobrepõe em diversos órgãos, mais a busca de atalhos por empresários acontece, como é o caso do processo corruptivo. Recentemente liberei um parecer sobre o assunto na questão do licenciamento ambiental. O processo de geração de energia que era liberado com três ou quatro anos, desrespeitando legislação do Conama, que prevê um ano, e isso inviabilizava o investimento.
Já o ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Valdir Simão, informou que o órgão foi procurado por quatro empreiteiras envolvidas no escândalo da Lava-Jato, interessadas em negociar acordos de leniência, mas adiantou que não pode revelar o nome das empresas interessadas nos acordos.
— O Tribunal de Contas da União (TCU) precisa se manifestar favoravelmente à realização dos acordos de leniência. Somente após essa etapa é que vamos negociar as bases de eventual acordo com as empresas que já manifestaram interesse nos acordos de leniência.
Simão disse que as empresas desejam evitar serem declaradas inidôneas e com isso serem impedidas de continuar a se relacionar com a União.
— Essa é a punição mais grave. Então vamos analisar caso a caso e só vamos fechar acordos se houver reparação do dano público e quando estiver preservado o interesse público no processo. As empresas também precisam confessar os crimes e apresentar documentos que auxiliem nas investigações.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 06:56:00

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