DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
12 DE ABRIL DE 2015
Dono de um dos maiores orçamentos publicitários do Brasil (R$ 544,3 milhões em 2014), o Banco do Brasil reservou mais de 10% de toda essa bolada apenas para um patrocínio, em 2015: a equipe Sauber, de Fórmula 1, do piloto brasileiro Felipe Nasr. Relatórios de audiência da Federação Internacional de Automobilismo revelam queda de 15% de espectadores da F1 entre 2012 e 2014. O patrocínio é por um ano.
O Banco do Brasil não revela o valor pago à equipe Sauber, nem foi necessário. É que a mídia inglesa já revelou a cifra: R$ 55 milhões.
O PMDB estabeleceu prazo de um mês para o vice-presidente Michel Temer reorganizar a articulação política do governo; definindo cargos, liberação de emendas e nomeações do segundo escalão. Há receio, no entanto, de que Dilma não dará autonomia ao vice. Por isso, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, já definiu a retaliação: votar a proposta que cria o piso salarial nacional para policiais militares.
Temer disse a amigos que ficou constrangido com a proposta de Dilma. Aliados acreditam que sua nova função funcionará para “fritá-lo”.
Sem carta-branca, Temer pode perder a credibilidade que hoje possui junto a parlamentares. E o governo, seu principal articulador.
Em vez de alugar manifestantes contra a Lei da Terceirização, a CUT poderia usar sua ligação ao governo para saber por que a Caixa Econômica Federal gastou R$ 1,5 bilhão com terceirizados em 2014.
Parece até que havia um “clamor” pela prisão do ex-deputado André Vargas (ex PT-PR), tal a reação positiva que causou em Brasília. Os políticos, inclusive os nada santos, acham que poucos contribuíram tanto quanto Vargas para arruinar a imagem do Congresso.

NO O ANTAGONISTA
#VaiSerMaior (é a torcida)
Brasil 12.04.15 06:38
Os primeiros veredictos sobre os protestos de hoje serão dados daqui a duas horas, em cidades como Salvador, Manaus, Campinas e Bauru.
Em seguida, Brasília, às 9:30, e Belo Horizonte, às 10.
No mês passado, Brasília reuniu 45 mil manifestantes e Belo Horizonte outros 30 mil.
#VaiSerMaior, #VaiSerMenor ou #VaiDarEmpate?

Fora Lula
Brasil 12.04.15 06:30
O juiz Sergio Moro, no despacho que determinou a prisão do petista André Vargas, disse:
“Infelizmente, no Brasil, não raramente agentes políticos surpreendidos na prática de crimes graves, alguns até presos e condenados, mantém surpreendente longevidade na vida pública, passando alguns a nela influir pelos bastidores, enquanto outros, de forma ainda mais assustadora, logram recuperar mandatos formais". 
Duas palavras sobre o assunto:
1 - Fora
2 - Lula

Vamos surpreender Dilma Rousseff
Brasil 12.04.15 04:03
A colossal impopularidade de Dilma Rousseff na pesquisa do Datafolha surpreendeu o governo.
Gerson Camarotti conversou com um ministro do núcleo político (Aloizio Mercadante?) e ele disse que a expectativa, depois de "ampliar a exposição de Dilma nas últimas semanas, com discursos, entrevistas e eventos", era de que houvesse uma pequena melhora em sua avaliação.
O ministro se surpreendeu sobretudo com os 63% de brasileiros que querem o impeachment. Ele comentou:
“Apesar de não ter um ambiente para um impedimento de Dilma, isso mostra que o escândalo de corrupção da Petrobras colou na presidente”.
O ministro está enganado. Na verdade, foi a presidente que colou na corrupção.
Mas o que importa, hoje, é outra coisa. O mesmo governo que se surpreendeu com a aversão dos brasileiros por Dilma Rousseff acha que os protestos deste domingo serão menores dos que os de 15 de março.
Vamos surpreendê-los novamente.
Cartazes preparados por nossa leitora Gabriela Salomão (e enviado para antagonistasnasruas@gmail.com)

NO BLOG DO CORONEL
DOMINGO, 12 DE ABRIL DE 2015
Os protestos de 15 de março foram a prova cabal de que a população repelia as mentiras que reelegeram Dilma Rousseff e a corrupção que gerou dinheiro sujo, roubado especialmente da Petrobras, para financiar as campanhas petistas. Quase dois milhões de brasileiros foram às ruas em cerca de 250 cidades, cada cidadão com a sua pauta: impeachment, corrupção, inflação, rejeição ao governo e outros tantos temas.
Os protestos de 12 de abril devem ser diferentes. A pauta está unificada no pedido de impeachment de Dilma Rousseff e as manifestações ocorrerão em quase 450 cidades. Diminui o peso das grandes cidades, onde o número de pessoas tende a ser menor (especialmente São Paulo), mas aumenta a capilaridade dos protestos, envolvendo mais regiões, inclusive algumas tradicionalmente petistas.
No intervalo entre as manifestações foram publicadas diversas pesquisas de opinião, comprovando que as ruas refletem o que pensa o país. Na última, 63% querem o impeachment de Dilma Rousseff e mais de 80% afirmam que ela sabia da corrupção na Petrobras. Todos os dados sobre saúde, educação, economia e emprego são desaprovados por mais de 70% da população. 
Hoje, se houver em cada cidade apenas um homem ou uma mulher protestando contra Dilma Rousseff, estará representando a grande maioria do povo brasileiro que quer o fim de um governo corrupto, construído em cima de mentiras. O Brasil mudou. Não são mais as manifestações que estão dizendo. São as pesquisas de opinião.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 07:29:00

Vargas e Argôlo rumo ao exame de corpo de delito.
(Folha) Preso pela Polícia Federal na sexta-feira (10), o ex-deputado federal André Vargas acumulou mágoas com seu antigo partido, o PT, após cair em desgraça com a revelação de sua ligação com o doleiro Alberto Youssef, um dos operadores do esquema de corrupção descoberto pela Operação Lava Jato na Petrobras. 
Em conversas reservadas antes da prisão, Vargas costumava apontar o partido como seu "algoz mais duro" e se dizia abandonado. Ao mesmo tempo, ele defendia o tesoureiro petista, João Vaccari Neto, que virou nos últimos meses um dos principais alvos da Operação Lava Jato.
Afastado da política, desfiliado do PT e sem mandato desde sua cassação pelo plenário da Câmara dos Deputados no fim do ano passado, Vargas avisou a amigos em fevereiro que iniciaria uma nova empreitada com a esposa: passaria a vender perfumes. 
Segundo relatos obtidos pela Folha, ele enviou mensagem a colegas avisando que entrara no "mundo do Marketing Multinível da Up Essence". O site da Up Essência informa que a empresa fabrica perfumes e oferece uma "excelente oportunidade" para quem quiser revender seus produtos. A empresa promete lucros polpudos, "muito dinheiro em curtíssimo prazo". 
Segundo a Folha apurou, Vargas também cogitou expandir e investir numa franquia de sorvete de iogurte, mas o negócio não prosperou, dizem amigos. Desde que foi cassado, ele afirmava que sua prioridade era a família. 
As ligações de Vargas com Youssef foram reveladas logo no início da Operação Lava Jato, antes mesmo da descoberta dos desvios na Petrobras que se tornaram o foco principal das investigações.
Vargas ajudou um laboratório controlado pelo doleiro a fazer negócios com o Ministério da Saúde, foi flagrado trocando mensagens comprometedoras com Youssef e pegou carona em um jatinho pago pelo doleiro para passar férias no Nordeste em 2014. O Conselho de Ética da Câmara concluiu que Vargas quebrara o decoro parlamentar e ele foi cassado pelos colegas no plenário em dezembro.
Antes da cassação, dirigentes do PT pressionaram Vargas a se desfiliar do partido, para evitar que o caso criasse embaraços para a campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição. Em maio, o PT chegou a pedir ao Tribunal Superior Eleitoral a perda do mandato de Vargas. O ex-deputado, que se desfiliou do partido, disse na época que o "PT só o prejulgou no processo" e foi "mais duro comigo do que os demais partidos com seus filiados". Sem legenda, ele ficou impedido de disputar cargos nas eleições do ano passado. 
MALAS
Em novembro, quando Vaccari foi apontado nas investigações da Lava Jato como um operador encarregado de distribuir dinheiro de propina ao PT, Vargas saiu em defesa do antigo companheiro em conversas reservadas. 
"Operador sem contas no exterior e sem carregar malas. Para pegá-lo, vai ter que atacar as doações oficiais, conforme já adiantou o MPF [Ministério Público Federal]", disse Vargas numa ocasião. Vaccari nega qualquer ligação com o esquema de corrupção na Petrobras e afirma que todas as doações que recebeu no PT foram registradas de acordo com a lei. Os procuradores da Lava Jato dizem que muitas doações eram parte da propina devida pelas empresas envolvidas com o esquema na Petrobras. 
Em suas conversas antes da prisão, Vargas dizia ser "vítima" de um "linchamento midiático por causa de um voo [de jatinho] e meia dúzia de conversas" com Youssef e reclamava por receber o mesmo tratamento que o do ex-deputado Luiz Argôlo (SD-BA), outro amigo de Youssef que foi preso na sexta-feira. 
Ao listar suas diferenças, Vargas gostava de dizer que era "pobre". Segundo o Ministério Público Federal, ele recebeu com um de seus irmãos R$ 13 milhões em propina de duas agências de publicidade que têm contratos com a Caixa Econômica Federal e o Ministério da Saúde.
Argôlo é acusado de ter recebido R$ 2,7 milhões em propina do doleiro Youssef.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 07:15:00


NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 12/04/2015 08:02
Os pesquisadores do Datafolha perguntaram: Considerando tudo o que se sabe até o momento a respeito da Operação Lava Jato, o Congresso deveria abrir um processo de impeachment para afastar a presidente Dilma da Presidência? A resposta foi eloquente: 63% dos brasileiros consultados responderam “sim”. Isso ajuda a entender por que desejo de puxar o tapete da presidente ganha as ruas.
Os petistas reclamam muito da atmosfera de fim do mundo que rodeia o Palácio do Planalto. Fariam um bem a si mesmos se examinassem o próprio rabo. O ‘Fora Dilma’ não é senão um feitiço do PT virando-se contra o feiticeiro. No ano pré-eleitoral de 2001, a moda era o ‘Fora FHC’. Foi incorporado ao discurso de líderes do petismo. E ganhou as ruas nas faixas de uma CUT implacável com o governo.
Naquela ocasião, já estava claro, muito claro, claríssimo que atear fogo no cenário político não era um bom negócio para o PT. O partido chegara ao poder em alguns Estados e em vários municípios. No ano seguinte, Lula se tornaria presidente, prevalecendo sobre José Serra.
Desde então, o PT trocou o desejo de virar a mesa pelo hábito de sentar-se em torno dela. Perdeu-se num detalhe. Em vez de usar o tampo para recostar os cotovelos em rodadas de diálogo, usou-o para repartir dinheiro com pseudo-aliados. O fisiologismo e o patrimonialismo foram elevados à potência máxima. Deu no mensalão. Continuou compartilhando propinas. Deu no petrolão.
Aquele PT casto e imaculado morreu. E, suprema desgraça, não foi para o céu. Hoje, 75% dos brasileiros apoiam os protestos anti-Dilma, informa o Datafolha. Uma maioria ainda mais tonitruante de 83% diz acreditar que Dilma sabia da corrupção na Petrobras. Desses, 57% avaliam que ela deixou que a roubalheira progredisse. Outros 26% acham que ela nada podia fazer.
Meio tonto, o ex-PT aciona a ex-CUT e o notório MST para levar às ruas “exércitos” de militantes remunerados contra um golpe inexistente. Não há quarteis na jogada. E a multidão olha de esguelha para os políticos. Querem revogar o resultado eleitoral, insiste o ex-PT. E o Datafolha: 64% dos brasileiros acham que Dilma não será afastada por causa das denúncias de corrupção na Petrobras.
Quer dizer: por ora, há mais histeria do que estratégia na causa do impeachment. O brasileiro deseja. Mas sabe que a via democrática exige mais do que isso. De concreto mesmo apenas uma evidência: o ex-PT e suas ramificações sindicais e sociais tornaram-se forças minoritárias no asfalto. Natural. Na época do ‘Fora FHC’, diziam que o governo do presidente tucano achegara-se à gestão de Fernando Collor em matéria de corrupção. Hoje, Collor é sócio do petrobutim e frequenta a lista do procurador Rodrigo Janot.

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