DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
02 DE ABRIL DE 2015
Empresas enroladas no assalto à Petrobras, como OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão, ganharam do BNDES dezenas de financiamentos de obras no exterior. Somente as vinte principais obras totalizam US$ 8,5 bilhões (R$ 27 bilhões). A “caixa preta” do BNDES guarda os segredos desse esquema engenhoso, que transfere recursos do Tesouro para empreiteiras sem licitação e até sem autorização do Senado Federal.
Basta um país contratar empreiteira brasileira e o BNDES paga a obra, com direito a 20 anos de carência, contrato secreto e juros irrisórios.
O país com obra financiada pelo BNDES não vê a cor do dinheiro, que é pago diretamente à empreiteira amiga que realiza o serviço.
Órgãos de controle do Brasil não têm prerrogativa de fiscalizar obras no exterior, por isso não há como conferir o serviço das empreiteiras.
A maioria dos países “financiados” por meio do BNDES têm governos autoritários e não têm órgão de controle, como Tribunal de Contas.
Os déficits de R$ 5,6 bilhões no fundo de pensão da Caixa (Funcef) e R$ 1,2 bilhão no do BNDES (Fapes) deixaram empregados em alerta para aumento na contribuição para cobrir o rombo, assim como ocorre nos Correios com o Postalis. Pela regra, o fundo deve ser equacionado quando apresentar déficit por três anos consecutivos ou se representar 10% dos ativos. No Funcef, o valor chega a 10,33% e 11% no Fapes.
O Petros, da Petrobras, segue pelo mesmo caminho dos demais e já contabilizava déficit de R$ 5,5 bilhões, equivalente a 8% do patrimônio.
A situação no Postalis é também ruim, pois o déficit de R$ 5,6 bilhões é maior que os ativos avaliados em R$ 5 bilhões.
Na contramão, a Previ do Banco do Brasil apresentou superávit de R$ 12,5 bilhões no mesmo período, deixando funcionários rindo à toa.
Está explicado o abatimento de Dilma na posse do ministro Edinho Silva (Comunicação Social): ela já sabia da devastadora pesquisa CNI/Ibope indicando que 78% dos brasileiros desaprovam seu governo.
Das áreas do governo avaliadas pela pesquisa CNI/Ibope, o combate ao desemprego foi o calcanhar de Aquiles. A avaliação positiva despencou 23%. O combate à fome segue a lista, com queda de 21%.
O doleiro Alberto Youssef não se revela minimamente arrependido, como sugere seu acordo de delação premiada, e continua arrogante: em depoimento, destacou os empregos que gerou e impostos que pagou, como se fosse homem de bem, cumpridor de obrigações.
Um dos assuntos mais comentados no Twitter neste 1º de abril foi a hashtag #DiaDaDilma. Os maceioenses foram além, esticaram na movimentada av. Fernandes Lima faixa “Dia da Mentira, Dia da Dilma”.
Sobre a redução da maioridade penal, o ministro Marco Aurélio (STF) diz que cadeia “não conserta ninguém”. Tem razão. Mas é uma beleza para tirar de circulação quem usa a liberdade para cometer crimes.
A semana legislativa morreu de véspera, no Congresso, feito peru. O expediente acabou na terça (31), e os parlamentares só retomam ao trabalho na segunda (6), às 14h, na melhor das hipóteses.
Muitos criticam a Justiça pelo fato de ter sido iniciado ontem, dia 1º, o feriadão do Judiciário. Mas é pura desinformação: isso não é uma opção dos tribunais, está previsto em lei federal.
Como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, vai passar a Semana Santa no exterior, a pergunta não se cala: é Dilma quem assume o poder?

NO DIÁRIO DO PODER
LAVA JATO
PF TEM DOCUMENTOS DE PROPINA QUE DOLEIRO DIZ TER ENTREGUE NO PT
DOCUMENTOS CONFIRMAM AS REVELAÇÕES DE YOUSSEF À JUSTIÇA
Publicado: 01 de abril de 2015 às 23:23 - Atualizado às 23:24
A PAPELADA CONFIRMA O QUE DISSE YOUSSEF SOBRE VACCARI E O EX-DIRETOR DA PETROBRAS PAULO ROBERTO COSTA.
A Operação Lava Jato tem as notas, a proposta de contrato e as cópias de e-mails trocados entre a Toshiba Infraestrutura América do Sul e os laranjas do doleiro Alberto Youssef que teriam respaldado o pagamento da propina de pelo menos R$ 1,5 milhão ao PT e ao PP, em 2012.
O pagamento para a Empreiteira Rigidez seria a propina pelo contrato firmado com a Petrobras, nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. A Toshiba, que estava com problemas para ser contratada, recorreu aos serviços do doleiro e do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa - cota do PP no esquema de fatiamento político das diretorias.
Abaixo, trecho do relatório da Polícia Federal com análise do material sobre a Toshiba e a Rigidez:
A Rigidez era uma das empresas usadas pelo doleiro para emitir notas por serviços não prestados. A PF já tem provas de que ela fechava contratos para cobrir o dinheiro desviado das empreiteiras do cartel. Em depoimento, no dia 15 de agosto de 2014, o advogado e laranja do doleiro, Carlos Alberto Pereira da Costa, já havia apontado que "contratos e notas fiscais visando justificar o fluxo financeiro de Alberto Youssef eram fornecidos por Waldomiro de Oliveira por meio das empresas MO Consutloria e Empreiteira Rigidez".
Em novo depoimento ontem (1º) ao juiz federal Sérgio Moro - que conduz todos autos da Lava Jato -, o doleiro confessou pela primeira vez na Justiça Federal que operacionalizou a entrega de cerca de R$ 800 mil do PT, metade disso pago em dinheiro vivo na porta da sede do PT, em São Paulo.
O destinatário era o atual tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, alvo da Operação Lava Jato como suposto operador de propina no esquema da Petrobras. O pedido, segundo o doleiro, foi feito por um executivo da Toshiba, José Alberto Piva Campana.
A primeira parcela dos R$ 800 mil foi retirada, segundo Youssef, no estacionamento de seu escritório, também em São Paulo, pela cunhada de Vaccari, Marice Correa Lima.
Pelo esquema desbaratado pela força-tarefa da Lava Jato, PT, PMDB e PP arrecadavam de 1% a 3% em contratos da estatal. Ao PP era destinado 1% do valor do contrato, nos negócios da Diretoria de Abastecimento. O PT ficava com 2% de todos os contratos das demais diretorias, via Diretoria de Serviços. A área que era ocupada por Renato Duque era responsável pelos processos de contratação e execução.
Materialidade
No material que faz parte do inquérito aberto em janeiro tendo como alvo o negócio da Toshiba há três notas fiscais emitidas pela Empreiteira Rigidez contra a Toshiba, totalizando R$ 1.494.318,42. As notas de número 16, 22 e 24 foram emitidas nos dias 9 e 24 de abril e no dia 15 de maio, de 20123. Todas no valor de R$ 498.106,14.
Há ainda cinco folhas de uma proposta de contrato da RIgidez para a Toshiba com valor final de contrato de R$ 2.088.310.
O material foi encontrado nas buscas que a Polícia Federal fez na Arbor Contábil, empresa da contadora do doleiro, em São Paulo, em abril do ano passado e fazem parte do inquérito aberto para apurar o caso da Toshiba.
No local, foram obtidas ainda cópias de dois e-mails trocados entre outro executivo da Toshiba, Rubens Takimi Nomada, e Waldomiro Oliveira - laranja de Youssef na empresa Empreiteira Rigidez.
No primeiro e-mail o executivo pede proposta de contratação e a minuta do termo para "prestação de serviços para o projeto Comperj Substações Unitárias". No segundo e-mail o executivo solicita a revisão da proposta e indica a necessidade de reconhecimento de firma no contrato.
Abaixo, cópia de uma das notas fiscais de pagamento da Toshiba para a empresa de fachada de Youssef:

Confissão
Em seu depoimento de terça-feira, 31, Youssef contou como mandou entregar R$ 400 mil na porta do PT, em São Paulo, a pedido de Piva.
"O valor do PT foi negociado com João Vaccari, que na época representava o PT nos recebimentos oriundos dos contratos com a Petrobras", revelou o doleiro.
Segundo Youssef, na contratação da Toshiba para as obras da Casa de Força, do Comperj, entre 2009 e 2010, a empresa corria o risco de ser desclassificada e buscou Youssef e o ex-diretor de Abastecimento para vencer o contrato - que segundo ele, era de R$ 130 milhões, aproximadamente, e com descontos teria baixado para R$ 117 milhões.
Foi Piva que pediu para usar uma das empresas de fachada de sua lavanderia - a Rigidez - "para fazer o repasse tanto do PP quanto do PT".
No caso da entrega na sede do PT, Youssef afirmou que "Piva informou que almoçaria com João Vaccari e ali aproveitaria para fazer a entrega de parte do restante destinado ao PT".
Contou o doleiro que o executivo da Toshiba dias antes havia ido até seu escritório "mas ficou receoso de sair com uma quantia alta, e por isso, marcou uma segunda oportunidade para receber os valores e de imediato já entregar a Vaccari".
Foi Rafael Ângulo Lopes - um dos carregadores de dinheiro de Youssef - que levou a quantia, segundo afirmou o delator. Ele diz ter pedido ao "funcionário" para levar a quantia em um restaurante indicado por Piva, que fica perto da Avenida Paulista e ali lhe entregar uma sacola lacrada com os valores devidos".
No dia 3 de fevereiro, porém, perante a delegada da Polícia Federal Erika Mialik Marena e os procuradores da República Carlos Fernando Santos Lima e Januário Palludo, o doleiro prestou depoimento complementar no âmbito da delação premiada que firmou. Na ocasião, foi indagado a dar mais detalhes sobre "as operações financeiras em que destinou valores para João Vaccari Neto".
Youssef anotou que "posteriormente tomou conhecimento que no meio do caminho Rafael foi orientado a entregar o dinheiro diretamente na sede do PT em São Paulo, tendo entregue os valores na porte da sede do partido para Piva, que lá se encontrava".
PT
O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, por meio de seu advogado, o criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, repudia taxativamente as acusações. D’Urso tem reiterado que o tesoureiro só arrecadou quantias declaradas à Justiça eleitoral. O criminalista rechaça o valor dos depoimentos prestados em regime de delação premiada. Segundo D’Urso, os delatores "não dizem a verdade".
O PT tem reafirmado que todos recursos arrecadados têm origem lícita. A Toshiba nega pagamento de propinas a políticos.
A Toshiba tem negado os fatos veiculados pela mídia, afirmando que todo e qualquer contrato com entidades publicas resultaram de processo licitatório regular, nos termos da legislação vigente. "Portanto, considera caluniosa qualquer alegação de participação em cartel e pagamento de propina."

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
JUSTIÇA BLOQUEIA BENS E QUEBRA SIGILOS DE BENEDITA
AÇÃO CIVIL DO MP DO RIO ACUSA BENEDITA DA SILVA DE IMPROBIDADE
Publicado: 01 de abril de 2015 às 18:01 - Atualizado às 18:15
PARA DESBLOQUEAR BENS, BENEDITA DA SILVA TEM QUE DEVOLVER R$ 32.094.569,03 REFERENTES AO DANO CAUSADO AO PATRIMÔNIO PÚBLICO (FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO)

Com base em uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, a 6ª Vara de Fazenda Pública determinou o bloqueio de bens e a quebra de sigilo bancário e fiscal da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), ex-governadora do Rio (2002-2003). A medida vale até que seja ressarcido o valor de R$ 32.094.569,03 referentes ao dano causado ao patrimônio público.
Benedita é acusada de improbidade administrativa enquanto gestora da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, por supostas fraudes em convênios entre a Fundação Darcy Ribeiro (FUNDAR) e ONGs com o Ministério da Justiça. Também são acusados o ex-subsecretário da pasta e secretário executivo dos programas sociais, Raymundo Sérgio Borges de Almeida Andrea e o gestor e representante legal da FUNDAR, Paulo de F. Ribeiro.
“A citada providência de indisponibilizar bens dos réus possui natureza acautelatória, sobretudo quando se verifica que objetiva assegurar o ressarcimento aos cofres públicos de ocasionais danos causados pelo ato apontado como ímprobo”, afirma a juíza Adriana Marques dos Santos Laia Franco, da 8ª Vara de Fazenda Pública da Capital, em sua decisão.
As informações foram divulgadas na tarde quarta-feira, (1º), pelo Ministério Público do Rio. A deputada e ex-governadora do Rio ainda não se manifestou.
De acordo com a ação proposta pela 5ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania, as irregularidades foram detectadas na execução dos projetos sociais “Mulheres da Paz”, “Protejo” e “PEUS – Espaços Urbanos Seguros”, realizados entre 2008 e 2011, para os quais foram destinados R$ 32.094.569,03 para instrução e profissionalização de mulheres e jovens, além de melhorias urbanísticas em comunidades carentes. O valor teve origem por repasses de recursos federais do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (PRONASCI), feitos por meio de oito convênios celebrados entre o Estado, através da Secretaria de Estado de Direitos Humanos (SEASDH), e a União, através do Ministério da Justiça/Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP). Outra parcela foi oriunda de verbas estaduais aplicadas como contrapartidas àqueles repasses.
Dentre as irregularidades, a ação destaca: grave prejuízo ao patrimônio público estadual, execução financeira irregular, falta de controle sobre a prestação do serviço; precária prestação de contas; dispensa irregular de licitação e evidente direcionamento da contratação em favor da Fundação Darcy Ribeiro, subcontratação de ONGs para a execução do objeto, ligações pessoais e políticas das ONG’s com os gestores da SEASDH, além de objeto contratual genérico e ausência de justificativa adequada.
A Subsecretaria de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos e Territórios da Secretaria de Estado de Assistência Social, em fevereiro de 2011, instaurou procedimento administrativo que examinou os dados contábeis e financeiros da FUNDAR e apontou irregularidades na execução dos projetos sociais. O resultado da análise foi objeto de relatório encaminhado ao Ministério da Justiça pela Subsecretaria. As impropriedades foram detectadas em auditorias realizadas por equipes do próprio Ministério da Justiça e do Tribunal de Contas da União.
A ação, assinada pela promotora de Justiça Gláucia Santana, alega que “os demandados impuseram ao Estado do Rio de Janeiro despesas da ordem de R$36 milhões, verba que poderia ter sido aplicada em tantas outras políticas públicas necessárias à população”. (AE)

NO BLOG DO CORONEL
QUINTA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2015
(Estadão) Atrasos no repasses da Caixa Econômica Federal afetaram duas obras públicas nos últimos dois dias. Conforme o Estado apurou, nesta quarta-feira (1º), o consórcio responsável pela construção do Complexo Esportivo de Deodoro, que vai abrigar parte dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, deu aviso prévio para metade dos operários. Nesta quinta-feira (02), o consórcio responsável pelas obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) da Baixada Santista, em São Paulo, também vai adotar o mesmo procedimento.
No Rio, o Consórcio Complexo Deodoro é formado pelas empresas Queiroz Galvão e OAS, ambas investigadas na Operação Lava Jato. Em São Paulo, o Consórcio Expresso VLT Baixada Santista reúne também a Construtora Queiroz Galvão e a Trail Infraestrutura. A Caixa é o agente financiador dos dois projetos. O contrato do Complexo de Deodoro foi assinado em agosto e, desde então, foi feito apenas um pagamento. Quase R$ 80 milhões ainda não foram repassados ao consórcio. No caso das obras do VLT, as transferências foram interrompidas em outubro. Cerca de R$ 30 milhões não foram repassados.
Na tarde desta quarta-feira, no Rio, 550 funcionários que atuam nas obras do Complexo de Deodoro receberam aviso prévio - o que representa quase metade dos operários da obra. A partir da próxima semana, o restante da equipe, formada por operários em fase de experiência, também começa a deixar o canteiro. A previsão é de que a obra possa parar nos próximos 30 dias.
O complexo será palco de 11 modalidades olímpicas e quatro paraolímpicas durante os Jogos de 2016. O atraso na licitação do projeto, cujas obras começaram só em julho do ano passado, foi motivo de preocupação constante da Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI). Nesta quinta-feira, outros 450 operários, entre cerca de 700, que constroem o VLT da Baixada Santista também recebem aviso prévio.
Restrição 
O setor financeiro como um todo praticamente suspendeu a liberação de financiamentos para as construtoras por causa da Operação Lava Jato, mas em ambos os casos profissionais ligados ao setor de infraestrutura atribuem os atrasos ao ajuste fiscal, que estaria postergando e restringindo liberações para obras em todo o País. A alegação leva em consideração que os recursos dessas duas obras não são repassados diretamente às construtoras, mas a entes públicos. No Rio, quem recebe é a prefeitura; em São Paulo, o governo do Estado.
Especialistas em contabilidade pública têm afirmado que boa parte da economia do governo terá de vir de corte de investimentos em obras públicas como essas. No entanto, o Ministério dos Transportes, que acompanha as obras ligadas à Olimpíada, nega que, no caso do complexo Deodoro, o ajuste fiscal tenha restringido a liberação do financiamento.
Em nota enviada ao Estado, diz que “não há nenhum corte de recursos federais para as obras olímpicas”. Segundo a pasta, “os recursos são liberados pela Caixa mediante a apresentação de documentação completa por parte do consórcio responsável pelas obras e a aprovação das medições das referidas obras”. E completa: “A Caixa aprovou duas medições recentes que somam R$ 25 milhões, cujos pagamentos estão autorizados”. Procurada, a Queiroz Galvão, que integra os dois consórcios, não se manifestou.
Por intermédio de sua assessoria de imprensa, a Caixa informou que “existem recursos disponíveis para liberação na conta” dos dois empreendimentos. E reiterou: “Das medições apresentadas, todas as etapas de obra estão com documentação regulamentar (projetos analisados, orçamentos, cronogramas e medições) e tiveram suas liberações de recursos efetuadas”.
Mas ressaltou: “Para etapas de obras que tiveram projetos alterados, aguarda a regularização da documentação para que possa analisar e liberar os recursos”. Até o fechamento da edição, a assessoria do gabinete do prefeito do Rio e a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), que acompanham as obras, não responderam.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 07:08:00


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
02/04/2015 às 7:15 \ Opinião
VALENTINA DE BOTAS
As manifestações têm múltiplas vozes, aconteceram por anseios misturados, arrastaram muita gente e tal, mas todos estávamos lúcidos: ninguém protestou contra miragens como virtudes do PT. Tirar 36-milhões-de-pessoas-da-miséria é obrigação mínima em 12 anos e é menos que o mínimo para o partido que nasceu para refundar o país: deveríamos ser hoje uma fagueira versão ampliada de uma Suíça com praia, falando três línguas, inclusive; e finalmente, chegaria a hora de essa gente bronzeada mostrar seu valor integrando a elite branca de olhos azuis.
Em vez disso, somos uma versão piorada de nós mesmos, ex-governados por um jeca cuja gramática moral inspirou o assalto ao Estado e, hoje, por uma fraude que se orienta pela gramática moral do jeca e tem o próprio idioleto imbecil. Com metade do que roubou, faria mais quantos ex-miseráveis? Se o partido não tivesse “robado nem deixado robá”, como disse aquele JD condenado por roubo, os 36 milhões de ex-miseráveis não teriam educação pública vergonhosa, saúde pública indigente, segurança pública segura para criminosos, saneamento básico pela metade.
Não foi a virtude que obrigou os petistas a alianças com quem xingavam de ladrão até outro dia, nem a apoiar a escória internacional. Uniram-se em torno da ojeriza à virtude, qualquer virtude. Não, Rui Falcão não entendeu nada mesmo: as marchas não foram e não serão contra as virtudes imaginárias do PT, mas a favor das do país, reais e resistentes. Depois de fazer tanto mal à Nação, os vícios do partido exterminador de virtudes já não fazem tão bem a ele. Antes agora do que ainda mais tarde: que morra de petismo.

NO O ANTAGONISTA
Propina e Pronatec
Brasil 02.04.15 07:30
O presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, confirmou em sua delação premiada que a empreiteira pagou 100 milhões de reais de propina na usina de Belo Monte.
O dinheiro foi repartido entre PT e PMDB: 1% do valor do contrato para cada partido.
O Globo informa também que o presidente da Camargo Corrêa admitiu o pagamento de propina para a obra da ferrovia Norte-Sul, uma das glórias da campanha eleitoral de Dilma Rousseff.

A dúvida de 20 bilhões de reais
Economia 02.04.15 06:41
A Petrobras ainda não decidiu o valor final de sua baixa contábil.
Segundo o Estadão, que cita uma fonte ligada à estatal, o prejuízo "deve ficar entre 20 bilhões de reais e 40 bilhões de reais".
É espantoso que, à beira de um calote técnico, a Petrobras esteja tão perdida. Qual é a confiabilidade de um balanço com 20 bilhões de reais de incerteza.
O espanto é ainda maior quando se considera que a empresa simplesmente eliminou de seus cálculos a perda com a roubalheira revelada pela Lava Jato.
O Estadão acrescenta que a Petrobras mandou seu relatório contábil para os reguladores americanos da SEC. Até agora, não obteve uma resposta.
O Antagonista tem uma resposta perfeita: Fora, PT.
A SEC e o custo PT

O parceiro de Mantega
Brasil 02.04.15 06:16
O ex-presidente do Carf, Edison Pereira Rodrigues, enviou um e-mail oferecendo "95% de chances" de abater as multas da Ford na Receita Federal.
Ele agia através da SGR Consultoria, juntamente com sua filha, Meigan Sack Rodrigues, conselheira do Carf.
A Folha de S. Paulo informa que a SGR foi contratada por outra empresa investigada pela PF, a Cimento Penha, autuada pelo fisco em 106 milhões de reais.
A Cimento Penha pertence a Victor Sandri, que tem negócios com Guido Mantega.
Diz a Folha:
"Mantega vendeu terrenos para a empresa de Sandri especializada no ramo imobiliário. Recebeu parte do pagamento em dinheiro e outra parte em escritórios nos edifícios construídos. A transação rendeu R$ 2,6 milhões, em valores da época, além de cinco escritórios e metade de um outro e 13 vagas de garagem. Hoje, esses imóveis estão avaliados em cerca de R$ 30 milhões, segundo corretores".
Contabilidade criativa

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
02/04/2015 às 6:39
A Folha informa na edição desta quinta (02) que o ex-presidente voltou a reclamar de Dilma Rousseff em conversa com sindicalistas no encontro de terça-feira (31). Já havia feito o mesmo com dirigentes petistas na segunda. Ele estrila para que ela saiba, não para que não saiba.
O chefão decadente criticou a coordenação política do governo, a cargo de Aloizio Mercadante, no que está certo (é ruim de doer mesmo), mas o fez, não duvidem nunca, por motivos errados. Os sindicalistas, por sua vez, se queixaram da falta de diálogo com o governo, e o Babalorixá de Banânia não se fez de rogado: tornou-se o porta-voz da chiadeira no discurso que fez:
“Dilma, se estiver ouvindo, gostaria de dizer o seguinte. Você precisa lembrar sempre que quem está aqui é o seu parceiro, nos bons e nos maus momentos. A gente não quer ser convidado só para festa, não. A gente quer ser convidado para discutir coisas sérias, para fazer boas lutas e boas brigas.”
As palavras fazem sentido. Prestem atenção ao “se estiver ouvindo”. Poderia ser substituído por sua “teimosa”, “cabeça-dura”, “desobediente”. Lula tem dito por aí que Dilma está isolada no Palácio, que tem de andar mais e se aproximar dos movimentos sociais. Ou por outra: ele quer que ela cole justamente nos setores que pretendem mandar às favas o ajuste fiscal.
Isso é o que Lula diz. E o que ele não diz? O homem quer voltar, sim, e acha que a ainda aliada está obstruindo o seu caminho. Não é só ele. Boa parte da máquina petista e da máquina sindical pensa a mesma coisa. Ou, na expressão de um petista graúdo, conversando com um de seus pares: “Ela [muitos “companheiros” só se referem a Dilma por “ela”] vai conseguir o que a direita não conseguiu; vai quebrar as pernas do PT”.
Lula diz por aí que, no primeiro ano de seu primeiro mandato, viveu circunstâncias até piores do que as de Dilma, mas as venceu “conversando com a sociedade”. É claro que se trata de uma mentira. Entre outras delicadezas, o chefão se esquece de que ele e o PT não tinham a memória de 12 anos de poder, com todos os seus descalabros.
Um dos luminares petistas lembra que o partido não dispõe hoje, e não disporá nos próximos três anos e pouco, de uma alternativa a Lula para disputar a sucessão de Dilma e que ouvi-lo antes de tomar decisões seria uma espécie de obrigação da presidente. Com ironia, comentou com um interlocutor: “Só faltava agora ela estar preocupada com a própria biografia. Há outras prioridades”.
Dilma tem, sim, de se preocupar com as ruas. Mas quem mais a ameaça hoje é Lula, que não aceita o óbvio: seu tempo acabou!
Por Reinaldo Azevedo

02/04/2015 às 3:02
Já escrevi um post nesta quarta (1)º sobre a pesquisa CNI/Ibope, indicando que apenas 12% acham que o governo é ótimo ou bom, contra 64% que o consideram ruim e péssimo. São apenas dois de uma safra de números devastadores para a presidente. As causas se mostram claras: economia em declínio casada com corrupção desabrida. As implicações parecem certas: os protestos continuarão. Quando se analisam as informações no detalhe, a gente se dá conta do quão desastrosas elas são para a presidente Dilma Rousseff.
No que respeita à avaliação do governo, a petista vive uma situação praticamente inversa àquela experimentada em março de 2013, quando atingiu seu auge: naquele mês, 63% diziam que o governo era ótimo ou bom; hoje, só 12%; apenas 7% acusavam a gestão de ser ruim ou péssima; dois anos depois, são 64%. Até então, o pior momento da petista havia sido junho de 2013, com 31% de ótimo e bom e 33% de ruim e péssimo.
Ibope Dilma 2 - avaliação
A mesma drástica inversão na comparação com dois anos atrás se dá na aprovação do governo. Em março de 2013, espantosos 79% o aprovavam; agora, igualmente espantosos 78% o reprovam; minguados 17% o reprovavam; agora, também minguados 19% o aprovam. Nas pesquisas Ibope, em apenas dois momentos os que desaprovam Dilma haviam superado os que aprovam — e, ainda assim, por pequena margem: 49% a 45% em julho de 2013 e 50% a 44% em junho de 2014, durante a Copa do Mundo.
Ibope Dilma 3 - aprovação jeito de governar
Não é diferente com a confiança. No auge de sua popularidade, em março de 2013, 75% confiavam na presidente; agora, 74% não confiam; só 22% não confiavam; agora, só 22% confiam.
Ibope Dilma 4 - confiança
Na sua desastrada entrevista depois dos protestos de 15 de março, o ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou que eram os eleitores de Aécio Neves (PSDB-MG) que estavam nas ruas. É fato que os que votaram no senador fazem um juízo mais severo sobre Dilma, mas a sua situação é periclitante também entre os que votaram no PT. Apenas 2% dos que escolheram o tucano acham o governo ótimo ou bom; mas esse índice não passa de modestíssimos 22% entre os que escolheram a petista — em dezembro, era de 63%.
Só 3% dos que ficaram com o candidato do PSDB aprovam o governo, número que chega a 34% entre os eleitores que sufragaram o PT — há três meses, eram 80%. Confiam na petista 5% apenas dos que optaram pelo candidato tucano. Entre os que preferiram a petista, o índice alcança 42%. Parece bom? Em dezembro do ano passado, somavam 80%.
Ibope Dilma 5 - segundo o eleitorado
Os petistas, as esquerdas, o governo e, claro!, Lula — o poderoso chefão — insistem na falácia de que a onda de rejeição à gestão Dilma e ao petismo se deve a preconceitos. A pesquisa Ibope evidencia tratar-se de um pós-conceito. Nada menos de 90% desaprovam a carga de impostos; 89%, a taxa de juros; 85%, a área de saúde; 84%, o combate à inflação; 81%, a segurança pública; 79%, o combate ao desemprego; 73%, a educação, e 66%, a política de meio ambiente. Até a ação oficial de combate à pobreza, que sempre foi uma peça de resistência do governo petista, alcança índices negativos inéditos. Só uma vez a reprovação tinha sido maior do que a aprovação: em junho de 2014: 53% a 41%; agora, é de 64% a 33%.
Atenção, meus caros: há muito tempo já, áreas como saúde, educação, impostos, segurança pública, combate à inflação e combate ao desemprego têm uma reprovação maior do que a aprovação — vejam os gráficos. Ocorre que, por qualquer estranha razão, os brasileiros não associavam os maus serviços e o mau desempenho à incompetência do governo. Agora, isso mudou.
Ibope Dilma 6-1 áreas
Ibope Dilma 6-2 áreas
Ibope Diulma 6-3 áreas
Se quiser tomar a trilha errada, o governo pode argumentar que é tudo culpa da imprensa. Segundo o Ibope, 72% acham que o noticiário é desfavorável ao governo, só 9% acham que é favorável, e 13%, nem uma coisa nem outra. Ora, estamos diante do óbvio: o noticiário reflete os fatos, e os fatos formam a opinião dos brasileiros, não? Pelo visto, os blogs sujos não contam mesmo. Naquelas páginas, o Brasil vive um momento mágico, e o mal é a imprensa independente, que eles chamam “golpista”…
Ibope Dilma 7 - noticiário
Dados os números devastadores, o prudente seria que o partido do governo investisse em alguma forma de diálogo com a sociedade. Na segunda, documento de 27 diretórios estaduais resolveu atacar a “direita golpista” e afirmou que tudo não passa de reação das pessoas descontentes com o partido que teria tirado 36 milhões de pessoas da miséria. Na terça, Lula e Rui Falcão pediram uma salva de palmas para José Sérgio Gabrielli, que presidiu a Petrobras no período do horror. E o ex-presidente ainda negou que a roubalheira tenha beneficiado partidos políticos.
A rua acordou. E os petistas, com a sua arrogância de supostos monopolistas do povo, não perceberam. Melhor para o futuro do Brasil!
Por Reinaldo Azevedo

NO BLOG DO JOSIAS
Dilma diz que Brasil exportará petróleo em 2020
Josias de Souza - 02/04/2015 03:58
.
Há na praça duas estatais chamadas Petrobras. A mais conhecida encontra-se pendurada de ponta-cabeça nas manchetes policiais. Com os cofres profanados no maior caso de corrupção já visto no país, tem dificuldades até para fechar um reles balanço.
A outra Petrobras é uma companhia de fábula. Surgiu do gogó de Dilma Rousseff, numa entrevista à Bloomberg, agência de notícias americana. Essa nova Petrobras está na bica de tornar-se autossuficiente na produção de óleo. Em cinco anos, passsará da condição de importadora para a de exportadora de petróleo.
Gravada na terça-feira (31), a entrevista de Dilma, disponível acima, veio à luz nesta quarta (1º). Uma data sintomática: 1º de abril, o Dia da Mentira. “A Petrobras, hoje, ultrapassou as suas dificuldades técnicas”, disse a presidente a certa altura. “As dificuldades técnicas diziam respeito ao aumento na produção de petróleo.”
Retomando um discurso do tipo ‘Brasil grande’, muito comum nas gestões do padrinho e antecessor Lula, a presidente anunciou: “Estamos, progressivamente, voltando à condição de, primeiro, autossuficiente. E, depois, nós viraremos exportadores.” Noutro ponto da conversa, Dilma soltou uma frase a esmo: “Nós acreditamos que o Brasil será um exportador de petróleo até 2020.”
Depois de amargar quedas na produção em 2011 e 2012, a Petrobras teve de “reaglutinar alguns empreendimentos e refazer a curva de produção”, afirmou Dilma. Mas os problemas da estatal acabaram. “Estamos produzindo 2,1 milhões de barris/dia”, ela comemorou. “Só a Petrobras, sem contar as demais empresas que produzem no Brasil.”
Dilma soltou mais fogos: “A boa notícia nisso tudo é que no pré-sal, que era um desafio, nós já passamos de uma produção média de 300 mil barris para uma de 660 mil barris.” Não é só: o óleo extraído das profundezas exibe uma qualidade “melhor do que a gente esperava.”
Enquanto a autossuficiência não chega, “uma parte dessa produção vai significar uma redução bastante grande das nosssas importações de petróleo”, acrescentou Dilma. Nesse ponto, ela fez uma rara concessão à realidade: “Não acredito que isso se dê de forma súbita. Mas vai ser sistemática, ao longo do tempo.”
A Operação Lava Jato ainda não concluiu a lavagem. Mas Dilma já começa a enxergar a petrorroubalheira pelo retrovisor. “No que se refere à governança, eu acho que nós estamos ultrapassando os desafios da nossa gestão através de várias medidas de compliance [respeito às leis e aos regulamentos]”, declarou, antes de assegurar que o balanço da Petrobras sairá “até o final de abril”.
Desde o último trimestre de 2014 que a estatal petroleira não consegue exibir uma escrituração, um demonstrativo financeiro. Tem dificuldades para estimar quanto foi surrupiado dos seus cofres. Coisa superada, assegurou Dilma: “Tenho certeza que a Petrobras conseguirá resolver todos os seus problemas até o final de abril. A nova direção da Petrobras e o novo conselho estão caminhando para construir essa solução. Isso eu posso te assegurar.”
Embora presidisse o Conselho de Administração da Petrobras no auge da pilhagem, Dilma sempre tangenciou o escândalo à moda Lula, escapando pela porta do “eu não sabia”. Na conversa com a Bloomberg, ela foi instada a explicar-se.
Embromou: “Nós tivemos uma investigação que está envolvendo toda a Polícia Federal do país, o Ministério Público Federal, todo o Judiciário para descobrir até o fundo o que ocorreu dentro da Petrobras. Não era pura e simplesmente uma questão de gestão.” Suspeita-se que Dilma tenha desejado declarar que o roubo foi tramado de fora para dentro da estatal, não o contrário.
Ela tomou distância: “Você veja que os dois presidentes [José Sérgio Gabrielle e Graça Foster] não tem nenhuma evidência do envolvimento deles. O Conselho [de Administração] era integrado por empresários bastante qualificados, não era só por mim. Eu era presidente junto com vários grandes empresários brasileiros.”
Mas não viu nem um sinal de que algo desandava? “Nenhum de nós sequer viu um sinal. E quem descobre os sinais foi uma investigação de crime de lavagem de dinheiro, de manipulaçao de reservas. É assim que começa a história. E se descobre por essa questão, não investigando a Petrobras.”
Dilma reiterou: “Não se trata de uma prática de gestão pura e simplesmente dentro da Petrobras.” Nesse ponto, ela se animou a dizer o que se passava na estatal que sempre esteve sob seus cuidados, desde que foi nomeada ministra de Minas e Energia no primeiro reinado de Lula.
“Tudo indica que envolve formação de cartel, envolve corrupção de funcionários…” Como se sabe, envolve muito mais coisa. Dilma, porém, se absteve de dizer que envolve também a decisão, tomada sob Lula, de mercadejar diretorias da Petrobras no balcão das baixas negociações políticas, entregando-as ao PT, ao PMDB e ao PP. Envolve a permanência no comando da Transpetro, por 12 anos, de um apaniguado de Renan Calheiros. Envolve a cegueira cúmplice dos que nunca souberam de nada.
Nesse ponto da entrevista, após sonegar aos entrevistadores a maior parte dos elementos que compõem o escândalo, Dilma pronunciou uma as frases mais desconexas de toda sua presidência. Repare:
“E esta é uma questão que, necessariamente, pra essa dimensão, nao é, vamos dizer…, uma questão que, ahhhh.. impedir a corporaaa…, ahhh… impedir que a corporação cometa, éééé, irregularidades, você segura.”
Dilma foi se reconciliando com sua língua aos poucos: “Essa é uma questão que envolve também, no Brasil, a construção de um ambiente de não-impunidade”, ela disse. Jactou-se: “Pela primeira vez foi aprovada uma lei que pune o corruptor e o corrupto. Pela primeria vez no Brasil nós vamos também, agora, por iniciativa do governo, criminalizar o caixa dois de campanha.”
Quem ouve Dilma fica tentado a perguntar aos seus botões: 1) Se a impunidade imperava no país e não havia nem mesmo uma lei que alcançasse corruptos e corruptores, como conseguiu o STF enviar para a Papuda a bandidagem do mensalão, incluindo a cúpula do PT. 2) Se a ideia é criminalizar o caixa dois, como enquadrar as propinas auferidas pelo PT no petrolão depois que o partido lavou-as na Justiça Eleitoral com o sabão das “doações legais”?

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Quinta-feira, abril 02, 2015
Lula, fique ligado. Não temos medo de cara feia.

Três procuradores da República, integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato, assinam este artigo. São eles: Athayde Ribeiro Costa, Deltan Dallagnol e Roberson Pozzobon.
Concordo totalmente com os argumentos que estes procuradores apresentam. Sim, são necessárias as prisões preventivas desses ladrões vagabundos que em conluio com a bandalha do PT dividem o butim resultante do assaque aos cofres públicos. É essa gente que mantém o PT no poder. Esses tipos não são empresários, nunca foram. São os boliburgueses ladravazes que ajudam o PT a golpear a Democracia para a instalação de uma ditadura de tipo cubana facilitado e eternizando a pilhagem dos cofres públicos. Não passarão!
Segundo os procuradores, são desviados por ano no Brasil R$ 200 bilhões de reais. Entretanto, o novo chefete da comunicação pretalha em entrevista à Folha considera que tudo isso é apenas uma “crise conjuntural”. O bom senso aconselha a esse sujeito a medir as palavras...
No mais, falta apenas pegar o Lula e a Dilma. 
O título do artigo é "A prisão dos réus da Lava Jato". Leiam:
A corrupção sempre esteve em nossas mentes, mas hoje incendeia nossos corações. Faltam escola, hospital, água encanada, rede de esgoto, policiamento e segurança. Os R$ 200 bilhões desviados por ano no Brasil (estimativa da Organização das Nações Unidas) triplicariam o investimento federal em educação ou em saúde.
Corrupção é um câncer que mata, e há um grande tumor descoberto na Petrobras que está sendo diagnosticado e tratado para evitar novas metástases. A quimioterapia, como a prisão preventiva, é um remédio amargo, mas necessário.
A prisão antes do fim do processo deve ser exceção. A regra é que a pessoa seja presa após o julgamento. A exceção ocorre quando a liberdade da pessoa gera um risco à sociedade: de reiteração de crimes, risco econômico, de fuga ou de atrapalhar a colheita das provas.
Na Operação Lava Jato, vários fatos demonstram esses riscos e, consequentemente, a imprescindibilidade das prisões. Há provas de que a corrupção nas empresas é um modelo de negócio praticado há muito e que envolve bilhões de reais.
Pior do que isso, existem provas de que a corrupção continuou ao longo de 2014, mesmo após a deflagração da operação, o que revela completo destemor e crença na absoluta impunidade. Vários dos réus ainda escondem dinheiro sujo no exterior, o que é um crime atual.
A necessidade de frear os crimes justifica a prisão como medida extrema. O risco dos crimes coloca também em xeque a economia. Muito se diz sobre o prejuízo econômico vinculado à Lava Jato. Deixemos as coisas claras. O que traz prejuízos econômicos é a corrupção, e não o combate a ela. E essa corrupção precisa ser estancada.
O simples desligamento formal dos empresários presos de seus cargos nas empreiteiras não atenua esse risco, pois eles mantêm ampla influência nas empresas, na qualidade de donos ou altos executivos.
Eles têm os contatos com agentes públicos envolvidos no esquema e poder de decisão, ainda que informal. Têm a faca, a massa e o queijo na mão para continuar a corrupção e fazer desse caso uma pizza, caso sejam soltos.
O risco é também para a colheita de provas. Os réus não só cometeram os crimes, mas os esconderam, praticando lavagem de dinheiro. Além disso, depois de descobertos, tentaram enganar a Justiça, apresentando documentos falsos e dizendo que repasses de dinheiro para as empresas de fachada, controladas pelo doleiro Alberto Youssef, eram pagamentos de serviços de consultoria prestados licitamente. Um total desrespeito à Justiça.
Presentes as justificativas para a prisão, existe ainda um limite temporal: o processo não pode demorar além do razoável. A Lei das Organizações Criminosas previu um prazo de até oito meses para o fim da colheita de provas pelo juiz. Tudo indica que esse prazo será atendido na Lava Jato, ou seja, não há ou haverá excesso injustificado.
Assim, as diversas razões para as prisões permanecem, como as cortes têm reconhecido em mais de uma centena de recursos (habeas corpus), em decisões que estão em harmonia com a lei.
O argumento de que os crimes praticados não são violentos não convence. A corrupção é tão violenta quanto o tráfico de drogas. Corrupção mata, e mata mais do que o tráfico. Precisamos de um Brasil que trate igualmente corruptores, corruptos e traficantes.
Caso a suposta ausência de violência seja fundamento para soltar os réus acusados de corrupção na Lava Jato, por coerência, o mesmo tratamento deveria ser estendido aos milhares de traficantes de drogas presos preventivamente no país.
Revogar prisões que foram decretadas para estancar uma corrupção sistêmica e bilionária significaria deixar esse câncer ganhar terreno no paciente, por receio de administrar um remédio amargo capaz de impedir o avanço desse mal. Da Folha de S. Paulo desta quinta-feira


NO BLOG ALERTA TOTAL
Quinta-feira, 2 de abril de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Qual o interesse do governo capimunista Chinês em emprestar dinheiro para a Petrobras fazer caixa, além de garantir fornecimento de petróleo futuro? A resposta simples é que os chineses estão de olho em uma futura "desestatização" da Petrobras, assim que a empresa não tiver condições de arcar com suas imensas dívidas. O grande capital árabe, que enxerga os chineses como concorrentes, tem a mesma intenção. Eles já são os compradores de ações da companhia na atual bacia das almas. O impopular desgoverno petista dá sua colaboração para a "privatização" da estatal de economia mista - afetada pela corrupção sistêmica em seus negócios.
Por isso, só idiota tem o que bebemorar com o empréstimo concedido pelo Banco de Desenvolvimento da China (CDB), no valor de US$ 3,5 bilhões. A operação foi fechada durante visita do diretor financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro, à China. O contrato de financiamento foi assinado pela a Petrobras Global Trading BV (PGT), subsidiária da Petrobras na Holanda, que é alvo de investigação no processo judicial movido por investidores estrangeiros da companhia na Corte de Nova York. A ação cita a Presidenta Dilma Rousseff e o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega como pessoas de interesse para o processo, mas não os indica como réus.
A Petrobras tem problemas de crédito internacional, porque até agora não conseguiu publicar seu balanço auditado de 2014. Ainda bem que os bondosos capimunistas chineses aparecem sempre prontos a ajudar quem precisa de "dinheiro fácil". A Petrobras nem informou quanto pagará de juros nesta operação. Também não ficou claro se o negócio prevê venda de petróleo futuro para os chineses, ou se está atrelado à compra de equipamentos pesados exportados por eles. Em 2009, a Petrobras já tinha pego US$ 10 bilhões emprestados do CDB, para pagamento em 10 anos.
A Petrobras cai naquela armadilha de captar recurso para socorrer o caixa e alongar a dívida. No futuro próximo, a fatura será cobrada com a perda do controle da companhia pelo governo brasileiro. Mais previsível que isto impossível... 
(...)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 10/12/2023 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 05/8/2023 - SÁBADO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 08/4/2024 - SEGUNDA-FEIRA