DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
17 DE ABRIL DE 2015
Animado com a pesquisa Datafolha, indicando que 63% dos brasileiros querem o impeachment de Dilma Rousseff, em razão da crise política, da crise econômica e da crise ética do governo, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, tem se reunido com aliados para discutir como formalizar o pedido ainda no primeiro semestre. A maior resistência ainda é do ex-presidente FHC, para quem “não é hora”.
Em reunião na terça (14), os deputados do PSDB declararam apoio unânime à inciativa de Aécio. Falta ainda ouvir os senadores.
No mensalão, o PSDB quis deixar Lula “sangrando” até a eleição, em lugar do impeachment. Lula estancou a hemorragia e se reelegeu.
Henrique Alves, que adora jatinhos, não poderá fazer pose chegando a Natal em aviões da FAB, depois das restrições impostas pelo Planalto.
Quando presidiu a Câmara, Henrique Alves usou jatinho da FAB para levar amigos ao Maracanã num domingo, em 30 junho de 2013.
O explosivo ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) já se habilita ao troféu “Lixo Atômico” do ano, ao anunciar a construção de doze usinas nucleares no Brasil, sendo quatro até 2030. Aí tem coisa.
O senador Renan Calheiros está zonzo com a exibição de força do rival Eduardo Cunha, presidente da Câmara, que lhe tirou o Ministério do Turismo e ainda obrigou Dilma a nomear um ministro que ela despreza.

NO BLOG DO CORONEL
17-4-2015
PF espera cunhada foragida de Vaccari.
vaccari
(Estadão) O advogado criminalista Claudio Pimentel confirmou que nesta sexta feira, 17, irá apresentar a cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto à Polícia Federal, em Curitiba. “Ela (Marice Correa de Lima) estava em um congresso no exterior, no Panamá, mas já está retornando e vou apresenta-la amanhã (17) em Curitiba. Portanto, ela não não está foragida.”
Claudio Pimental destaca que a cunhada de Vaccari “não sabia da operação, ninguém sabia”. “Marice já estava no exterior há mais de 10 dias”, afirma o advogado. Ele revela preocupação com as notícias de que a Polícia Federal já dava Marice como foragida. A cunhada de Vaccari teve a prisão temporária decretada, por cinco dias, pela Justiça Federal no Paraná. A força tarefa da Operação Lava Jato suspeita que Marice tenha participado de esquema de propinas na Petrobrás, em parceria com o ex-tesoureiro do PT. 
Na quarta feira, 15, a PF a procurou em seu apartamento, em São Paulo, mas não a encontrou. “Me preocupa muito as notícias de que Marice foi dada como foragida. Temos preocupação porque podem tentar transformar a prisão temporária numa prisão preventiva. Ela não está foragida; amanhã, sem falta, eu a apresentarei em Curitiba.”
POSTADO POR O EDITOR ÀS 06:29:00

Pedalada fiscal para maquiar as contas pode levar ao impeachment de Dilma.
(Folha) A decisão do Tribunal de Contas da União de considerar irregulares manobras fiscais feitas pelo governo para arrumar suas contas no ano passado criou novos riscos para a presidente Dilma Rousseff e animou os defensores da abertura de um processo de impeachment contra ela. Segundo a Folha apurou, há no Tribunal disposição da área técnica e também de alguns ministros de recomendar ao Congresso a rejeição das contas de Dilma em razão do descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, fato que seria inédito no TCU. 
No Congresso, líderes da oposição apontaram a decisão do TCU como novo elemento para justificar a abertura de um processo de impeachment, que provocaria o afastamento de Dilma do cargo para ser processada por crime de responsabilidade. 
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), que perdeu para Dilma a eleição de 2014, disse que seu partido vai pedir o impeachment da presidente se for comprovada sua participação nas manobras fiscais. "Precisamos averiguar agora quais foram os responsáveis por essa fraude", afirmou. "Temos que ver se esse crime se limita à equipe econômica ou vai além dela." 
Na quarta-feira (15), o TCU concluiu que o governo desrespeitou a Lei de Responsabilidade Fiscal ao usar bancos públicos para cobrir despesas que deveriam ter sido pagas com recursos do Tesouro. O tribunal cobrou explicações de 17 autoridades, sem incluir a presidente entre elas. 
Com as manobras, que ficaram conhecidas como "pedaladas" fiscais, o Tesouro segurou repasses de R$ 40 bilhões devidos a bancos oficiais que executam programas como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida e pagam benefícios sociais como o seguro-desemprego. 
O ministro Luís Inácio Adams, chefe da Advocacia-Geral da União, disse que recorrerá contra a decisão do TCU nesta sexta (17) e criticou os que falam em possibilidade de impeachment em razão da decisão do tribunal. "Vamos devagar", afirmou o ministro. "É muito estranho. Afinal, desde 2001, quando foi criada a Lei de Responsabilidade Fiscal, esta sistemática de pagamentos acontece. Por que só agora estão questionando isto?" 
O descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal prevê punição ao gestor público por crime de responsabilidade. A abertura de processo criminal contra o gestor depende do Ministério Público Federal, porque o TCU não tem essa competência. O papel do TCU é analisar as contas do governo e verificar o respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal. Se houver descumprimento, os ministros podem apresentar parecer recomendando ao Congresso a rejeição das contas.
O relator das contas de 2014 é o ministro Augusto Nardes, ex-deputado do PP que chegou ao tribunal por indicação da Câmara em 2005. "Vamos esperar a defesa do governo para fazer considerações", afirmou Nardes. 
As contas de 2014 de Dilma têm que ser votadas neste semestre. Antes, o governo espera derrubar a decisão do TCU contra as "pedaladas" fiscais, evitando que ela seja usada na análise das contas. O Congresso nunca rejeitou as contas de um presidente. Nem mesmo o ex-presidente Fernando Collor, afastado do cargo por corrupção. O Congresso não tem prazo para analisar as contas dos governos. Se as contas de Dilma forem rejeitadas durante seu mandato, qualquer cidadão poderá pedir à Câmara dos Deputados a abertura de um processo de impeachment.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 06:23:00

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
17/04/2015 às 6:46
Os parlamentares de oposição na Câmara — DEM, PPS, PSB e PSDB — conseguiram reunir 199 assinaturas para a instalação da CPI do BNDES, 28 a mais do que o necessário: 171, correspondentes a um terço dos 513 deputados. O objetivo é investigar os financiamentos secretos feitos pelo banco, muito especialmente com países estrangeiros, como Cuba, Venezuela e Angola.
O banco se nega a fornecer informações, alegando sigilo comercial. Pois é… Uma instituição pública de fomento, obviamente, não pode funcionar como se fosse um ente privado. Que o Itaú, o Bradesco ou o Santander mantenham em sigilo as operações com seus clientes, é mais do que compreensível: é necessário. Não o BNDES, que é uma instituição pública, que recebe aportes do Tesouro.
Há quatro CPIs em funcionamento na Câmara, e apenas cinco podem operar ao mesmo tempo. E já outros cinco pedidos na fila. O governo atuou e conseguiu impedir a instalação de uma comissão no Senado, que havia conseguido reunir 28 assinaturas — 27 são exigidas. Seis senadores retiraram seu apoio. Na Câmara, a tarefa é mais difícil, embora a maioria dos signatários pertença a partidos da base aliada.
É claro que chegou a hora de jogar luzes sobre a atuação do BNDES, muito especialmente porque o banco demonstra predileção por financiar projetos em notórias ditaduras. Então ficamos assim: por aqui, ninguém conhece as condições do contrato em nome do “sigilo comercial”; por lá, ninguém sabe de nada porque, afinal, tiranias não prestam contas de seus atos.
Uma emenda à MP 661, de autoria do deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR), que proíbe o BNDES de alegar sigilo contratual, foi aprovada na Câmara. Precisa passar ainda pelo Senado. Se for bem sucedida ali também, Dilma ainda pode vetar. Mas um verto sempre pode ser derrubado.
Por Reinaldo Azevedo

17/04/2015 às 5:31
Sabe, leitor, quem sai ganhando, numa sociedade, com a luta entre as corporações? As corporações. A sociedade só perde. É o caso da disputa entre o Ministério Público e a Polícia Federal para saber quem é mais protagonista na Operação Lava Jato. É preciso que a gente se pergunte se esses dois entes estão ocupados em fazer o seu trabalho em benefício da população ou em ganhar mais espaço, dedicados, então, mais a fortalecer a posição do próprio grupo do que a chegar à verdade. Os crimes e os réus não são presas disputadas por carnívoros famintos. Resultado, até agora, do quiproquó entre o MP e a PF: o Supremo cancelou diligências em inquéritos que ouviriam políticos.
O que se deu nos bastidores? Procuradores telefonaram a parlamentares para informar que eles não precisariam depor na sede da Polícia Federal. Tudo poderia se resolver com uma oitiva na própria Procuradoria-Geral. Ao tomar ciência do fato, o comando da PF foi apurar o que tinha acontecido e descobriu que os próprios procuradores estavam passando aos investigados essa orientação. Rodrigo Janot, procurador-geral, e Leandro Daiello, superintendente da PF, falaram-se ao telefone. A conversa não foi proveitosa.
O MP, por sua vez, se abespinhou porque a PF pediu ao STF novas diligências, a partir de documentos até então inéditos, sem consulta prévia aos procuradores, que lembram que o ministro Teori Zavascki, relator do mensalão no Supremo, decidiu que é o MP o autor da investigação. Os delegados sugerem que os procuradores estão tentando estreitar o campo de apuração.
Para o MP, na base da divergência, está a PEC 412, que transforma a PF numa agência autônoma, e os policias estariam agindo como se ela já estivesse em vigor. O ministro José Eduardo Cardozo, da Justiça. entrou em cena e conseguiu evitar ao menos que a polícia emitisse uma nota, o que poderia elevar a tensão. Mas a Associação dos Delegados da Polícia Federal, redigiu a sua. Escreveu: “O que a entidade rejeita é a intenção de um controle exclusivo do Ministério Público Federal sobre a PF. Tendência essa cada vez mais evidenciada na postura institucional do Ministério Público Federal de promover o esvaziamento e o enfraquecimento da Polícia Federal com o nítido objetivo de transformá-la de uma polícia judiciária da União em uma verdadeira polícia ministerial, sob o comando de [Rodrigo] Janot”.
Muito bem, leitores! Quem está certo? Os dois! Quem está errado? Os dois. A titularidade da investigação está mesmo com o Ministério Público, mas isso não implica que a PF — que é uma policia judiciária — seja sua subordinada. Ela não atua como mero contínuo do MP, que faz o controle externo da atividade policial, sem que isso implique relação de subordinação.
Esse confronto é uma desnecessidade e um desserviço ao país. Nessa história, Polícia Federal, Ministério Público e, sim, Justiça não podem e não devem se engalfinhar para ver quem fica com o maior naco dos despojos. Basta que sirvam ao País. Todos ganhariam se essa gente trabalhasse com mais afinco, mais discrição e mais apego às regras.
Por Reinaldo Azevedo

16/04/2015 às 21:45
Por Felipe Frazão, na VEJA.com:
A Polícia Federal (PF) apreendeu na casa do ex-deputado petista André Vargas, em Londrina (PR), umaplanilha com registro de pagamentos recebidos por uma empresa dos irmãos do ex-parlamentar, a LSI Solução em Serviços Empresarias Ltda. No documento, constam 203 transferências de dinheiro feitas por supostas contratantes de serviços da LSI, entre elas uma empresa controlada por duas offshores, além de dezenas de agências de publicidade e produtoras de vídeo. Há gigantes do setor de propaganda e cinema e agências de marketing político, como a Pepper Comunicação Interativa, de Brasília (DF), que é ligada ao PT e colaborou em campanhas eleitorais da presidente Dilma Rousseff.
O documento foi encontrado na última sexta-feira, quando a 11ª fase da Operação Lava Jato prendeu Vargas e revelou um esquema pelo qual ele recebia dinheiro repassado por produtoras do ramo audiovisual, a mando da agência de publicidade Borghi Lowe, detentora de contratos milionários com a Caixa Econômica Federal e o Ministério da Saúde. O ex-deputado recebia 10% do chamado bônus por volume, gratificação que as produtoras subcontratadas pela Borghi Lowe devolviam à agência. Para isso, ele emitia notas fiscais falsas, de serviços nunca prestados, de acordo com o Ministério Público Federal. Além da LSI, o ex-parlamentar usava a Limiar Consultoria e Assessoria em Comunicação, já encerrada.
As transferências para a LSI somam 3,1 milhões de reais, entre 2011 e 2014. A empresa está registrada na Junta Comercial de São Paulo em nome de Leon Vargas (que também chegou a ser preso) e Milton Vargas, irmãos do ex-deputado petista. O órgão informa que a empresa tem sede declarada na Vila Mariana, Zona Sul da capital paulista, mas a PF diz que se trata de uma empresa de fachada, sem funcionários. Segundo a contabilidade da empresa dos irmãos Vargas, onze das 203 notas fiscais emitidas foram canceladas. Em geral, os valores variam de 1.300 reais a 70.000 reais. Mas quatro depósitos chamam a atenção.
O maior pagamento que aparece na planilha, de 311.000 reais, foi registrado em nome da O2 Filmes, em fevereiro de 2014. Também fogem da média os pagamentos da Jumbo Tratamento Térmico e Indústria Mecânica, registrada em nome do empresário Marco Antônio Bomtempo, irmão do ex-prefeito de Assaí (PR) Tuti Bomtempo (PMDB). Em 2012, a indústria Jumbo repassou 200.000 reais para LSI em março e mais 150.000 reais em setembro, segundo a planilha.
Paraíso fiscal 
A Alta (América Latina Tecnologia Agrícola Ltda) pagou aos irmãos Vargas 150.000 reais em agosto de 2012. Dois meses depois, aparece na planilha uma nota de 50.000 reais, seguida da inscrição “cancelada”. A empresa é um braço do grupo Agrihold, que produz e distribui no Brasil insumos agrícolas como fungicidas, inseticidas e herbicidas.
Com capital social de 1,4 milhão de reais, a Alta é controlada por duas empresas que atuam na América Latina e têm sedes em paraísos fiscais: Agrihold Management Corp, nas Bahamas, e Agrihold Investment Ltd, e nas Ilhas Virgens Britânicas. O representante no Brasil é o engenheiro agrônomo e sócio Rafael Caixeta Albuquerque.
Eleições
A Pepper Comunicação Interativa aparece em cinco transferências de dinheiro para a empresa fantasma dos irmãos Vargas. Os depósitos somam 98.865 reais e foram realizados entre 2012 e 2013. Até o ano passado, a Pepper ainda recebia dinheiro público do governo federal, por campanhas para os ministérios da Saúde e Integração Nacional, além da Presidência da República.
A Braspor Gráfica e Editora, empresa que também costuma prestar serviços eleitorais ao PT e trabalhou para as campanhas do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff, fez três repasses entre 2013 e 2014 no valor total de 78.800 reais. Do mesmo grupo empresarial, a Leograf Gráfica e Editora transferiu 157.975 reais, entre 2011 e 2014.
O Ministério Público Federal obteve a confirmação de cinco produtoras de vídeo listadas na planilha de que as empresas de Vargas e seus irmãos nunca prestaram serviços a elas. A Justiça Federal decretou a quebra dos sigilos bancários e fiscal das produtoras: “Vale lembrar que, em diligência, a Receita Federal recebeu informações das empresas ENoise Estúdios de Produção, Luiz Portela Produções, Conspiração Filmes S/A; Sagaz Digital Produções de Vídeos e Filmes e Zulu Filmes Ltda- de que a LSI e a Limiar não prestaram serviços para essas sociedades”.
André Vargas, Leon Vargas e o publicitário Ricardo Hoffmann, da Borghi Lowe, são investigados pelos crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Para o juiz Sérgio Moro, as produtoras podem ter sido envolvidas nos crimes “sem intenção”.
O gerente jurídico da Jumbo Mecânica, Adaílton Alves Maciel Júnior, confirmou ao site de VEJA os pagamentos feitos à LSI. Ele disse que a empresa fechou um “contrato comercial” com a LSI, para atuar na “venda de equipamentos”. Maciel Júnior afirmou também que não pode informar mais detalhes por cláusulas de confidencialidade. “Não houve ilicitude alguma, nossa empresa não tem caixa dois. Estamos fora da área política e não tivemos contato com André Vargas. Acho estranho, não sei por que o documento estava na casa dele. Vendemos bens de capital, fabricamos máquinas e equipamentos de grande porte, mas não teve nada a ver com a área pública.”
Os pagamentos da Jumbo à LSI já foram auditados em novembro do ano passado pela Receita Federal, segundo Júnior. Ele também disse que a Polícia Federal solicitou nesta quarta-feira os documentos do contrato e cópia dos pagamentos.
Em nota, a O2 Filmes afirmou que vai apurar o pagamento e que se surpreendeu ao saber que estava citada na contabilidade da empresa de fachada dos irmãos Vargas. “A O2 está apurando os fatos alegados e que até o presente momento não foi contatada pelas autoridades competentes a prestar qualquer esclarecimento. De antemão, o que podemos informar é que a O2 pauta suas práticas comerciais com clientes e fornecedores na mais elevada ética e transparência, razão pela qual se surpreendeu com tal notícia.”
O site de VEJA enviou perguntas por e-mail às gráficas Braspor e Leograf e à agrícola Alta, mas ainda não obteve resposta. A reportagem não conseguiu contato com a Pepper Interativa.
Por Reinaldo Azevedo

16/04/2015 às 20:37
A declaração mais estupefaciente sobre a pedalada fiscal é de Adams, da Família Luís Inácio, advogado-geral da União. Atenção para a sua fala: “O que houve no caso de 2014? Vivemos uma situação de estresse fiscal maior, que, obviamente, também estressou essas dinâmicas da sistemática de pagamento, mas essa sistemática existe há 14 anos”.
Entendi. O doutor chama a agressão à Lei de Responsabilidade Fiscal de “estresse das dinâmicas de pagamento”, seja lá o que isso queira dizer. Adams, pelo visto é chegado a misturar metáforas, perífrases e eufemismos para, ao fim, dizer coisa nenhuma.
Ademais, digamos que fosse verdade e que tal “sistemática” existisse há 14 anos. Um crime deixa de ser crime porque outro o praticara antes? Sei… Os petistas podem lamentar não terem entrado com uma denúncia contra FHC, né?
Eu acho que a “situação de estresse” está “estressando a dinâmica de pensamento” de Luís Inácio.
Por Reinaldo Azevedo

NO O ANTAGONISTA
Exclusivo: O esquema de André Vargas se alarga
Brasil 17.04.15 06:37
O Antagonista descobriu o nome de outra agência de publicidade que deu dinheiro a André Vargas.
Trata-se da FCB Brasil.
A Lava Jato já havia denunciado o vice-presidente da Borghi/Lowe, Ricardo Hoffmann, preso em Curitiba, acusado de mandar depositar propina em favor de André Vargas.
Ao prender o deputado petista, a PF encontrou em sua casa uma planilha com o nome de todos aqueles que efetuaram depósitos na conta da LSI, uma de suas empresas de fachada. Algumas das maiores produtoras de publicidade do Brasil aparecem na planilha, como a Conspiração, a Zulu e a Academia de Filmes.
A O2 também está lá. Em 26 de fevereiro de 2014, ela repassou 311 mil reais à LSI.
A O2 não sabia que o dono da empresa era André Vargas. Depositou o dinheiro naquela conta imaginando tratar-se de um fornecedor da agência. De fato, quem coordenou todo o pagamento, mandando a produtora depositar o dinheiro do BV na conta da LSI, foi FCB Brasil.
A FCB Brasil, em 26 de fevereiro de 2014, data do pagamento de 311 mil reais a André Vargas, acabara de ganhar a conta da Petrobras, com seu faturamento de 110 milhões de reais.
A partir de hoje, portanto, o esquema petista de propina em publicidade tem mais dois nomes: FCB Brasil e, sobretudo, Petrobras.
Tem trampo na FCB Brasil. Candidate-se!

Um punho de propinas
Brasil 17.04.15 06:22
André Vargas, no dia em que foi preso, ergueu o punho cerrado, repetindo o gesto que havia feito em solidariedade aos mensaleiros condenados por Joaquim Barbosa.
O fato ocorreu na carceragem de Curitiba, quando André Vargas avistou o advogado João Gomes, que disse à Folha de S. Paulo:
"É um gesto que apoio. É um gesto de resistência. Pena que custou a ele a antipatia da direita''.
O Antagonista também apoia o gesto de André Vargas, porque exprime melhor do que qualquer outro de onde ele veio e para onde ele vai.
O gesto que se repete pavlovianamente

Obrigado, Guido Mantega
Brasil 17.04.15 06:09
O TCU deve recomendar ao Congresso Nacional a rejeição das contas de Dilma Rousseff. A Folha de S. Paulo falou com o ministro Augusto Nardes, relator do processo, que foi evasivo:
"Vamos esperar a defesa do governo para fazer considerações".
Se o Congresso Nacional acatar a recomendação do TCU e rejeitar as contas de Dilma Rousseff, o impeachment será inevitável.
Quem disse que Guido Mantega fez tudo errado? Seu rombo fiscal pode derrubar a presidente.
O rombo fiscal de Mantega e o impeachment

Centro de Reprodução das Propinas
Brasil 17.04.15 06:01
O Jornal Nacional, ontem à noite, fez uma reportagem que enterrou definitivamente o tesoureiro do PT.
Depois de revelar as falcatruas de João Vaccari Neto envolvendo sua cunhada e sua filha, o Jornal Nacional se concentrou no dinheiro depositado por Alberto Youssef na conta de sua mulher, Giselda Rousie de Lima:
“Os procuradores destacam que, embora sem condições econômicas, ela declarou a aquisição por R$ 500 mil de um apartamento em São Paulo. Parte desses recursos, R$ 400 mil, seria originária de um empréstimo contratado junto à empresa CRA, Centro de Reprodução das Américas.
De acordo com o Ministério Público, a CRA é uma empresa controlada por Carlos Alberto Pereira da Costa, sócio do doleiro Alberto Youssef.
Carlos Alberto da Costa disse que não se recorda dessa operação. Mas que acredita que este contrato de empréstimo seja fictício e que tenha sido feito apenas para formalizar a saída de recursos da CRA em favor de Giselda Rousie de Lima”.

Atitude petista
Brasil 16.04.15 16:46
O tesoureiro do PT usou a Gráfica Atitude para lavar 2,5 milhões de reais em propinas da SOG/Setal.
Ontem publicamos que a Gráfica Atitude é de propriedade do Sindicato dos Bancários de São Paulo e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
O mandado de prisão de João Vaccari Neto, porém, não registrou um fato importante. A sede da Gráfica Atitude está registrada na Rua Abolição, 297. No mesmo endereço, está localizado o Diretório Estadual do PT.
Atenção: Gráfica Atitude e PT são a mesma coisa.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 17/04/2015 05:41
O PT reúne seu diretório nacional nesta sexta-feira (17). Há sobre a mesa três problemas: um governo na UTI do PMDB, um coletor de verbas na carceragem da Polícia Federal e um partido a caminho da cova. Os dirigentes petistas estão tontos. Não têm nada razoável a dizer a respeito de nenhum desses temas. Não dispondo de uma solução, convivem com a meia-sola.
Num momento em que a palavra impeachment caiu no gosto de 63% dos brasileiros, convém tourear os humores de Eduardo Cunha e Renan Calheiros, os peemedebistas que presidem a Câmara e o Senado. E Michel Temer revelou-se um interlocutor mais promissor do que o ministro petista Aloizio Mercadante, detestado por ambos. De resto, é melhor ter o vice como coordenador do que como conspirador político.
Num instante em que a delação premiada virou ferramenta trivial de investigação, resta ao petismo encarar a cadeia como um puxadinho do próprio PT. O partido está preso junto com o companheiro João Vaccari Neto. O coletor de verbas passou o chapéu munido de procuração da estrela vermelha. Ainda integra a coordenação nacional da corrente majoritária do PT, Construindo um Brasil Novo, a mesma que abriga Lula. Para o PT, um cúmplice parece a essa altura menos danoso do que como delator.
Numa hora em que a conjuntura começa a roer até o prestígio de Lula, o cinismo é o mais próximo que o PT consegue chegar da honestidade. Um líder honrado que comanda uma ilicitocracia há 12 anos e continua enrolado na bandeira da moralidade já não consegue retirar o partido do rumo do cemitério. Mas pelo menos concede ao PT o último privilégio de poder escolher o seu próprio caminho para o inferno.

Josias de Souza - 16/04/2015 22:40
Pelo discurso que ostenta e pela atitude que adota o PMDB é a contradição de si mesmo. Nesta quinta-feira (16), o paradoxo foi elevado à última potência. No instante em que Henrique Eduardo Alves assumia o Ministério do Turismo, no Planalto, celebrava-se na Câmara um acordo para votar em cinco dias, na Comissão de Constituição Justiça, a proposta de Eduardo Cunha que reduz de 39 para 20 o número de ministérios.
Isso é que é partido eficiente. Ele mesmo critica o excesso de ministérios, ele mesmo pressiona o governo para controlar as pastas, ele mesmo apresenta a emenda que enxuga a Esplanada. Se Brasília fosse uma cozinha, o PMDB colocaria o açúcar na lata de sal, com um adesivo na frente onde se lê café.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Sexta-feira, 17 de abril de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Embora afirme e reafirme o contrário em público, o Luiz Inácio Lula da Silva já admite a interlocutores, reservadamente, que a situação da Presidenta Dilma Rousseff é insustentável politicamente. Lula já faz até uma "opção" pelo cenário que lhe seria menos desfavorável do ponto de vista pessoal. Prefere que Dilma sofra um impeachment, pela via política, de repente por ter descumprido a Lei de Responsabilidade Fiscal, em vez de acabar afastada do poder por comprovação de corrupção em sua gestão. Lula avalia que a segunda hipótese o prejudicaria em uma tentativa de retorno eleitoral à Presidência da República.
O clima é de altíssima tensão para os petistas. Tudo indica que hoje deve se entregar a cunhada do tesoureiro João Vaccari Neto (preso pela 12a etapa da Operação Lava Jato). Considerada foragida pela Polícia Federal, Marice Corrêa de Lima estaria no Panamá (paraíso fiscal onde se sabe que ilustres políticos brasileiros, através de "laranjas" costumam ter contas correntes e empresas de fachada facilmente abertas). Parentes da cunhada Marice já teriam sinalizado que ela tem informações e provas valiosas a oferecer à Força Tarefa da Lava Jato. Petistas farão o possível e o impossível para Marice não aderir à "colaboração premiada".
Ontem, nos bastidores da Lava Jato, já se comentava abertamente que existem pelo menos dois grandes alvos nas próximas fases da operação: Rosemary Noronha e José Dirceu de Oliveira e Silva. A investigação se concentra em provas confirmando como ambos teriam sido abastecidos (ou não) pelos esquemas do "tesoureiro" Vaccari. Também se analisa, claramente, que o envolvimento comprovado do ex-Secretário Nacional de Finanças na Lava Jato atinge, diretamente, Luiz Inácio Lula da Silva, ainda mais se Rose e Dirceu acabarem formalmente envolvidos e investigados.
A Lava Jato apavora mais Lula que as broncas que estouram contra a Presidenta Dilma Rousseff. O pavor é tanto que, ontem, já se especulava sobre uma absurda e despropositada nomeação de Lula para algum ministério do governo, só para lhe devolver o direito ao foro privilegiado de julgamento pelo Supremo Tribunal Federal - que ele não tem mais desde que deixou o trono imperial do Palácio do Planalto.
Em meio ao cagaço generalizado, gerado por tanta cagada cometida por incompetência ou corrupção, Lula ajuda a costurar um grande acordo de bastidores, para salvação geral, junto com o eternamente governista PMDB. Os petistas também mantém de prontidão seus "exércitos" (com militantes ou meliantes) para o caso extremo do que chamam de "golpe". 
Em resumo: o clima é infernal, com crise econômica, descrédito do governo, insatisfação popular e claros conflitos entre os três poderes, principalmente pela desmoralização quase completa da classe política - que vem se demonstrando desqualificada para o trato da coisa pública. O caminho está escancarado para as sempre perigosas "saídas" autoritárias.
A sorte do governo do crime institucionalizado é que, por enquanto, o Exército estará mais concentrado na guerra contra o mosquito da dengue do que na batalha contra os grandes roedores da nossa república de mentirinha...
(...)



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