DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
12 DE MARÇO DE 2015
Informações dos serviços de inteligência sobre as manifestações de domingo (15), contra a corrupção e em defesa do impeachment de Dilma levam pânico ao Palácio do Planalto. Ministros começaram a ser informados ontem de que não poderão deixar Brasília a partir de sexta-feira (13). Todos os órgãos do governo estarão mobilizados para tentar esvaziar os protestos ou para enfrentar eventuais “consequências”.
Serviços de inteligência advertem para possíveis confrontos, domingo: milícias do MST podem agredir manifestantes pró-impeachment.
Os milicianos do MST fizeram sua estreia nas manifestações em favor do impeachment, no Rio, cercando e agredindo opositores do governo.
Na Itália de Mussolini, jovens milicianos eram treinados para caçar e agredir opositores do fascismo. Era os “camisas pretas”.
Os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça) adotam a estratégia de chamar indignação popular de “ódio”.
A Câmara dos Deputados declarou guerra ao ministro Joaquim Levy (Fazenda). Pressionado pela bancada ruralista, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), mandou-lhe o seguinte recado: reduza imediatamente a alíquota de PIS/Cofins sobre combustível ou os caminhoneiros voltarão à greve no fim de semana. Os ruralistas estão loucos para mandar o governo às favas, assim como o próprio Cunha.
Os caminhoneiros interromperam a greve após Dilma sancionar a Lei dos Caminhoneiros. Mas o que eles querem mesmo é reduzir o diesel.
Lula não precisou reiterar a Dilma sua recomendação de demitir Aloizio Mercadante da Casa Civil. Ele já fez isso em duas ocasiões.
Líderes governistas e de oposição se reuniram a portas fechadas em almoço na casa do deputado Paulinho da Força (SP), do Solidariedade, terça (10), discutindo estratégias de impor novas derrotas ao Planalto. Esse “blocão” planeja devolver a crise do Petrolão ao colo de Dilma.
Criado em 2014 para emparedar o governo, o blocão tem oito partidos (PMDB, SD, PP, PR, PTB, DEM, PSC e PHS) e 221 deputados em exercício. Sem contar PSDB e PSB, que jogam no time da oposição.
Intimado a comparecer ao plenário da Câmara para informar quais são os deputados “achacadores”, o ministro Cid Gomes (Educação) piscou, alegando uma suposta doença, e não foi. A Câmara decidiu investigar.
O governo Dilma aplicou multas de R$ 10 mil nos caminhoneiros que bloquearam rodovias, mas a “cumpanherada” do MST, em vez de multa, ganhou tratamento VIP e escolta da Polícia Rodoviária Federal. Mesmo depois de provocar três mortes num bloqueio em Sergipe.
A senadora Marta Suplicy (PT-SP) está se sentindo à vontade para abandonar o PT. Ontem, ela usava vestido azul, cor característica do PSDB, e ficou sentada no lado direito do plenário, onde fica a oposição.
A fala do ex-presidente FHC de que “não é hora de afastar Dilma” foi motivo de desconforto na bancada do PSDB na Câmara. O partido está dividido sobre defender publicamente o impeachment da presidente.
Dilma e seus ministros que andam com medo das ruas e dos protestos de domingos são os mesmos que na juventude foram “incendiários”?

NO DIÁRIO DO PODER
MOBILIZAÇÃO
PARTIDO SOLIDARIEDADE COLETA ADESÕES AO IMPEACHMENT DE DILMA
SOLIDARIEDADE INICIA A COLETA DE ASSINATURAS PARA AFASTAR DILMA
Publicado: 11 de março de 2015 às 20:15 - Atualizado às 20:21
OS FORMULÁRIOS PARA ASSINATURA ESTÃO DISPONÍVEIS NO SITE DO PARTIDO SOLIDARIEDADE
O partido Solidariedade decidiu começar um movimento nacional de coleta de assinaturas para o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O presidente do partido, deputado federal Paulinho da Força (SP), afirmou que “nenhum brasileiro aguenta mais a corrupção, as mentiras e a incompetência do governo Dilma”.
Segundo Paulinho, o Solidariedade vem há meses conversando com juristas e ministros e está convencido de que há bases legais sólidas para a abertura de um processo de impeachment.
“A principal questão que estamos levantando é a culpa de Dilma Rousseff por omissão, imperícia, imprudência ou negligência. Na prática, o cargo que Dilma ocupava à época da compra de Pasadena [refinaria localizada nos Estados Unidos], de presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, lhe dava responsabilidade sobre as decisões da empresa e, consequentemente, sobre o prejuízo de quase 800 milhões de dólares, que a compra causou à empresa” - afirmou Paulinho da Força
Por este motivo, o Solidariedade iniciou nesta quarta (11) a coleta de assinaturas para o impeachment. Quem quiser participar desse movimento pode baixar as páginas que devem ser impressas, para a coleta de assinaturas, no endereço http://www.solidariedade77.org.br/wp-content/uploads/abaixoassinadosolidariedadefinal.pdf.

DIRETORIA-GERAL ALEGA
PETROBRAS NUNCA PEDIU AUTORIZAÇÃO À ANP PARA CONSTRUIR REFINARIAS
AGÊNCIA REGULADORA JAMAIS RECEBEU SOLICITAÇÃO PARA CONSTRUIR AS REFINARIAS PREMIUM I NO MARANHÃO E PREMIUM II NO CEARÁ
Publicado: 11 de março de 2015 às 18:17
A diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, disse hoje (11), em audiência pública na Câmara dos Deputados, que a agência reguladora jamais recebeu solicitação da Petrobras para construir as refinarias Premium I e Premium II, no Maranhão e Ceará, respectivamente.
“Nem Premium I, nem Premium II. Nenhuma das duas jamais recebeu a solicitação de construção. Essa solicitação jamais foi submetida à ANP”, frisou a diretora. Segundo ela, para que qualquer refinaria seja construída no Brasil, a autorização deve passar pela ANP.
Magda disse ainda que, como não houve pedido de autorização para construção dessas refinarias, a falta delas não altera os estudos de desempenho do país na produção, refino e distribuição de petróleo e combustíveis. Questionada por parlamentares, Magda disse que a ausência de autorização da ANP não impediria as providências preliminares que já haviam sido tomadas, como demarcação da área, contratação de pessoal e obras de terraplanagem do terreno.
A informação surpreendeu os parlamentares da comissão externa que trata do caso. “Nos causou surpresa esse descompasso que está acontecendo. Isso é muito sério. O estado do Ceará investiu R$ 650 milhões na obra”, disse o deputado Raimundo de Matos (PSDB-CE), relator da comissão. Na próxima quarta-feira (18), a comissão espera poder contar com a presença de representantes da Petrobras.
As duas refinarias constam no Plano de Negócios e Gestão 2014-2018 da Petrobras. Em janeiro, no entanto, a estatal desistiu de avançar nos dois empreendimentos. As justificativas da Petrobras para o cancelamento do projeto são a ausência de parceiros econômicos, a falta de atratividade econômica, além do aumento da capacidade nas refinarias já em operação.
O custo estimado de cada refinaria girava em torno de R$ 20 bilhões. No Maranhão, por exemplo, as obras estão paradas há três anos. O governador do estado, Flávio Dino, já tenta articular a retomada do projeto. Ele considera, inclusive, a construção de uma refinaria de menor porte, que reduziria em R$ 8 bilhões o custo inicial.(Marcelo Brandão/ABr)

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
11/03/2015 às 21:42\Direto ao Ponto
Apenas 7% dos brasileiros com direito ao voto consideram bom ou ótimoo governo de Dilma Rousseff, constatou a pesquisa monitorada diariamente pelo Palácio do Planalto. Nunca antes neste planeta um governante eleito nas urnas despencou para um índice tão desastroso ainda nos primeiros 100 dias de mandato. É mais que um recorde mundial de impopularidade. É uma marca de tal forma impressionante que só a própria campeã parece capaz de superá-la.
Cinco observações comprovam que os 7% de Dilma equivalem a completar a prova dos 100 metros rasos em 7 segundos:
1. Pela primeira vez desde a invenção da pesquisa de popularidade, a taxa de aprovação do chefe de um governo em seu começo coube num algarismo só.
2. Para descer a um dígito, Dilma teve de reduzir a taxa de bom ou ótimo em 40 pontos percentuais num período inferior a quatro meses.
3. A presidente reeleita no fim de outubro com mais de 54 milhões de votos não iria além de 10 milhões neste começo de março.
4. Os 51 milhões que votaram contra o PT no segundo turno vão chegando a 70 milhões.
5. Às vésperas do impeachment, Fernando Collor desceu a 15% de bom ou ótimo ─ mais que o dobro da marca da nova recordista.
Se o regime fosse parlamentarista, o poste fabricado por Lula teria caído fora do Planalto duas semanas depois da posse. Se o Código do Consumidor fosse incorporado à legislação eleitoral, milhões de iludidos pela propaganda enganosa estariam exigindo aos berros a devolução do voto desperdiçado num produto de quinta categoria. Como nestes trêfegos trópicos vigora o presidencialismo imperial, Dilma e o PT sonham com mais quatro anos de tapeação.
Apavorados com o sucesso do programa Minha Cara, Minha Vaia, insones com as manifestações de rua que ampliarão a campanha pelo impeachment ou pela renúncia da presidente, os farsantes no poder vão decerto fingir que esses 7% são consequência da crise econômica internacional. Nada a ver com a incompetência sem precedentes, nem com a roubalheira monumental do Petrolão. É dura a vida de quem enfrenta a elite golpista.
Os jornalistas estatizados juraram até ontem que toda demonstração de hostilidade a Dilma é coisa de gente rica, que usa panela francesa, tem a barriga cheia e odeia a presença de ex-miseráveis em aeroportos. Segundo o coro dos colunistas contentes, o que há é uma guerra movida pelos endinheirados contra os desvalidos e os humildes, que continuam apaixonados por Lula e sua afilhada.
Se é assim, a imprensa oficial logo enxergará o lado bom do recorde desmoralizante: visto de perto, é uma prova que o lulopetismo cumpriu a promessa de acabar com os pobres. Pelos números da pesquisa, entre os brasileiros que votam restam só 7%.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
12/03/2015 às 4:40
Ah, Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2014 está inconformado com o que considera passividade de seu partido. Ele até redigiu uma carta aberta expressando esse seu inconformismo. Sim, claro, quer que os responsáveis pela roubalheira sejam punidos. Afinal, vocês sabem, ele é um homem honrado. Só não se conforma com o que considera a paralisia da legenda.
Erros? Ele até admite alguns. Mas não os que vocês possam eventualmente estar pensado. O principal, segundo diz, é este: “Nunca na nossa história assimilamos com tanta facilidade o discurso oportunista de uma direita golpista e nunca estivemos tão paralisados”. Onde estaria a direita golpista brasileira? Certamente não são os empreiteiros, por exemplo. Boa parte está na cadeia, incapaz de dar um golpe, não é mesmo?
Edinho cobra uma reação do binômio PT/governo. Faz sentido. Ao longo de sua história, essa gente nunca distinguiu o aparelho partidário da máquina do estado. Para eles, tudo é uma coisa só. Devem-se somar à equação também as entidades sindicais e os ditos movimentos sociais — aqueles que formam, em suma, a nova elite patrimonialista brasileira. Como um aprendiz de Zé Dirceu, ele conclama: “É hora de pegarmos nossa história nas mãos e irmos para a luta política”. É o mesmo vocabulário.
Que coisa! A carta de Edinho vem a público dois dias depois de Pedro Barusco ter dito na CPI que a roubalheira institucionalizada na Petrobras começou mesmo em 2003, com a chegada do PT ao poder, e que, em 2010, a campanha de Dilma recebeu R$ 300 mil do esquema.
Edinho é um homem que enxerga conspirações continentais. Ele indaga: “Achávamos que a elite brasileira, insuflada por uma retomada das mobilizações da direita no continente, iria ficar assistindo nós nos sucedermos na presidência da República? (…) Achávamos que aqueles que hoje nos acusam, que também são os mesmos que armam trincheiras contra reformas estruturais, seriam benevolentes conosco?”.
Como? Direita no continente? Edinho deve achar que, sem o concurso de reacionários, o povo venezuelano não estaria cobrando nem comida nem papel higiênico. A propósito: gostaria que este senhor enviasse uma carta ao blog — também quero divulgar no meu programa de rádio — revelando qual reforma estrutural o PT tentou fazer, malogrando em seu intento por obra de reacionários…
Edinho Silva, Edinho Silva… Ah, lembrei. Em seus manuscritos, o empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, ex-amigão de Lula e que está preso na PF de Curitiba desde novembro, registra: “Edinho Silva está preocupadíssimo. Todas as empreiteiras acusadas de esquema criminoso da Operação Lava-Jato doaram para a campanha de Dilma. Será que falarão sobre vinculação campanha x obras da Petrobras?”.
Pois é… Pessoa tentou fazer um acordo de delação premiada, que não foi adiante. Estava disposto a contar que doou R$ 30 milhões, pelo caixa dois, a campanhas eleitorais do PT, R$ 10 milhões dos quais teriam ido para a reeleição de Dilma. O tesoureiro era Edinho Silva, o homem que quer fazer a guerra do “nós” contra “eles”.
Definitivamente, Edinho é um deles, não um de nós.
Por Reinaldo Azevedo

12/03/2015 às 2:48
Não! Dilma Rousseff decidiu não ouvir Reinaldo Azevedo. Mais uma vez! E vai se dar mal de novo, eu acho. E não porque não tenha me ouvido. Mas porque eu vocalizava o óbvio. A mulher resolveu meter mais três ministros na coordenação política do governo: Gilberto Kassab (Cidades), Eliseu Padilha (Aviação Civil) e Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia). E os outros continuam lá. Não há o menor perigo de isso dar certo. Vamos ver.
Quando a presidente nomeou Aloizio Mercadante para a Casa Civil, podem procurar em arquivo, alertei para o erro. Sua tarefa era a articulação política, Jesus! “Articular” é uma palavra de emprego curioso. O verbo “articulo”, em latim, quer dizer “dividir”, “separar”. O braço articulado de um robô, por exemplo, é composto de partes — dividido, pois — que, no entanto, unidas, permitem o movimento. O que são as articulações do nosso corpo senão isto: partes distintas, que ganham mobilidade com as junções? Um “articulador” reconhece as especificadas de cada parte, mas as torna, uma vez unidas, funcionais. É tudo o que Mercadante não sabe fazer. Ele é excelente para desarticular…
Formam ainda o Quarteto da Desarticulação Política os ministros Pepe Vargas (Relações Institucionais), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral) e Jaques Wagner (Defesa). Ah, sim: também Ricardo Berzoini (Comunicações) faz o meio de campo com os políticos. A turma tem feitos notáveis em sua biografia: uma derrota humilhante na disputa pela Presidência da Câmara; a devolução, pelo Senado, da MP da (re)oneração da folha de salários; a certeza da derrubada do veto da presidente à correção da tabela do IR caso não houvesse negociação; a instalação da CPI da Petrobras; a humilhação na tramitação da PEC da reforma política. E vai por aí…
Nunca se viu nada igual. É claro que era preciso mudar. E Dilma fez o quê? Meteu mais três ministros na tal coordenação: Kassab, Padilha e Rebelo. Pronto! Agora haverá nada menos do que oito para cuidar de tanta… desarticulação. Na única vez em que a tartaruga e o peixe aqui de casa passaram fome, eu e a empregada julgamos que o outro estava alimentando esses animais de sangue frio, com expressões muito econômicas de afeto e que não sabem pedir. Pois é… Tartaruga e peixe de muitos donos morrem de fome. A tarefa ficou pra mim. Eu sou o Coordenador da Ração da Fauna Pecilotérmica. E pronto! Ela cuida dos homeotérmicos. Como Scarlett O’Hara, fome nunca mais!
Dilma, está na cara, nunca cuidou de uma tartaruga. Não é possível que essa multidão de oito ministros — quase 20% de seu já gigantesco ministério — possa fazer a coordenação política. Fico cá a pensar nas diferenças de estilo e de argumentos de cada um. Como aqueles fundamentos profundos da governabilidade, que costumam embalar as preocupações de um comunista como Aldo Rebello, se coadunam com o pragmatismo sempre muito raso de Gilberto Kassab? Que bons argumentos terá um ministro da Aviação Civil, como Padilha? Como tudo isso vai se combinar com o exasperante nada de Pepe Vargas?
Dilma disse nesta quarta (11), depois da entrega de unidades do Minha Casa, Minha Vida, no Acre, com uma claque organizada para aplaudi-la, que esse sistema de coordenação é “muito flexível, é um sistema de governo”.
Lamento presidente, isso não é nada! É só uma grande confusão!
Por Reinaldo Azevedo

NO O ANTAGONISTA
Ele é senador?
Brasil 12.03.2015
Do nosso correspondente no Palácio do Planalto, que sabe tudo:
1 - "O PGR só não pediu a abertura de inquérito contra Fernando Bezerra, ex-ministro de Dilma, porque, acredite, não estava informado de que ele agora é senador".2 - "O PSB ameaçou o governo dizendo que, se Fernando Bezerra entrar numa nova lista, vai fazer oposição ao governo no Senado".

O PSDB é uma azeitona
Brasil 12.03.2015
Aécio Neves disse que, no dia 15, “o PSDB estará nas ruas através dos seus militantes, mas sem o apoio institucional do seu presidente”.
Em seguida, entrevistado no programa de rádio de Reinaldo Azevedo, ele argumentou que, se participasse dos protestos, poria “uma azeitona na empada” do governo, que pretende caracterizar o dia 15 como o terceiro turno eleitoral.
Parabéns.
O presidente do PSDB tem medo de ser visto como oposicionista. E ele tem medo também da patrulha do PT.
Ao atacar os protestos do dia 15, os petistas dizem que o PSDB está explorando o movimento, mas de maneira dissimulada, sem aparecer. E o que faz Aécio Neves? Tenta explorar o movimento, mas de maneira dissimulada, sem aparecer.
A maior azeitona na empada do governo é, como sempre, a ambiguidade tucana. É ser a favor do impeachment e, ao mesmo tempo, contra o impeachment. É querer derrubar Dilma e, ao mesmo tempo, planejar um governo junto com ela.
Se os militantes do PSDB forem às ruas no domingo, Aécio Neves tem o dever de estar na linha de frente.
A azeitona e a empada de US$ 300 milhões

Cardozo adverte Lula e Stedile
Brasil 11.03.2015
Hoje, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi firme com Luiz Inácio Lula da Silva e João Pedro Stédile, que ameaçaram promover um banho de sangue caso Dilma Rousseff sofresse impeachment. Disse Cardozo: " Neste momento, é legítimo que as pessoas se manifestem, desde que o façam de forma pacífica. Da mesma forma, o respeito às regras democráticas também deve estar colocado neste processo. Ou seja, que manifestem-se dentro da lei e da ordem, respeitem as autoridades constituídas e afastem-se de quaisquer posturas golpistas."
Boa, Cardozo.

NO BLOG DO CORONEL
QUINTA-FEIRA, 12 DE MARÇO DE 2015
(Folha) O governo Dilma Rousseff decidiu mudar a concessão de recursos pelo Fies, maior programa de financiamento estudantil do país, com quase 2 milhões de alunos. Bandeira da gestão petista que teve uma explosão de gastos nos últimos anos, ele passará a limitar a quantidade de financiamentos concedidos em cada curso e em cada faculdade e contará com um novo sistema unificado on-line para mostrá-las. 
O aluno que adere ao Fies tem a mensalidade bancada pelo governo em instituição privada. O valor é restituído à União após a formatura. Atualmente, a intermediação do programa ocorre diretamente em cada faculdade e não existe nenhum limite divulgado oficialmente para a concessão de vagas. Até 2014, conseguia acesso ao financiamento praticamente todo mundo que pleiteava vaga em curso com nota 3 ou superior em avaliação federal (que vai de 1 a 5). 
Neste ano, em meio à crise orçamentária, já estão sendo aplicados novos critérios para conceder financiamento -- embora sem anúncio oficial. Na prática, foram impostos alguns obstáculos (como teto das mensalidades) que estão dificultando as inscrições, revoltando alunos e provocando filas nas faculdades à espera de cadastros.
O próximo passo será uma mudança geral no Fies, provavelmente a partir do segundo semestre deste ano. O secretário-executivo do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, disse à Folha que a pasta já tomou a decisão de criar um sistema unificado do Fies nos moldes do Sisu (que distribui vagas das universidades federais). A definição da quantidade de vagas no Fies considerará, primeiramente, a verba do Orçamento disponível. 
A partir daí, a distribuição seguirá critérios de qualidade (quanto maior a nota do curso, mais financiamentos) e proporcionalidade (quantos alunos pedem financiamento para determinado curso historicamente). Segundo Costa, a lógica já está sendo aplicada num momento de "transição". 
Nesta quarta-feira (11), pela primeira vez, a pasta reconheceu que as mudanças no programa neste ano foram tomadas também devido a restrições orçamentárias. O discurso até então era de garantia de qualidade ao ensino. O Fies foi reformulado em 2010 para incentivar um aumento de matrículas. Os juros da dívida do aluno passaram de 6,5% para 3,4% ao ano --financiamentos privados chegam a 2% ao mês. O total de financiados saltou de 76 mil em 2010 para 1,9 milhão em 2014. O gasto federal no programa foi de R$ 1 bilhão para R$ 14 bilhões. 
No fim de 2014, foi fixado que alunos devem ter ao menos 450 pontos no Enem para obter o crédito. Até então, não havia trava. A União também passou a demorar mais para pagar as faculdades. Em audiência no Congresso, Costa citou portaria de dezembro, que determinou que a União fará oito pagamentos às faculdades em 2015, em vez dos tradicionais 12. "Essa portaria foi feita simplesmente pensando na questão orçamentária deste ano."
POSTADO POR O EDITOR ÀS 07:52:00


NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 12/03/2015 03:22
O problema do governo tem nome e sobrenome. Alguns aliados do Planalto o chamam de Aloizio Mercadante. Outros o tratam por Pepe Vargas. Se estivessem certos, a solução seria simples. Bastariam dois golpes de esferográfica. Mas estão enganados. Chama-se Dilma Rousseff o problema do governo. Nunca um governante começara sua gestão tão por baixo. E as pessoas se perguntam sobre o que está havendo, afinal, com a Dilma, que não reage.
Hoje, a estratégia de Dilma é clara como a gema. Resume-se a três lances: 1) para não potencializar seu isolamento político, engole todos os sapos que os investigados Renan Calheiros e Eduardo Cunha conseguem lhe servir. 2) para evitar o aprofundamento da crise econômica que herdou de si mesma, tolera Joaquim Levy, o ministro da Fazenda que as circunstâncias lhe enfiaram goela abaixo. 3) para disfarçar seu déficit de iniciativa, reúne-se regularmente com Lula, o ventríloquo que regula as doses de cinismo que lhe escorrem pelos lábios.
Dilma esteve com Lula na noite de terça-feira (10), em Brasília. Ouviu basicamente três conselhos: faça política, faça política e faça política. Em vez de ceder às pressões pela entrega do escalpo dos “articuladores'' Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Pepe Vargas (Relações Institucionais), Dilma optou por adicionar mais três cabeças ao seu núcleo de (des)coordenação política: os ministros Gilberto Kassab (Cidades) Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia) e Eliseu Padilha (Aviação Civil).
Com esses ajustes, a coordenação política do governo Dilma ficará muito parecida com a das gestões de Lula. Com uma diferença: hoje, há um excesso de cabeças e carência de miolos. Ontem, havia a mesma carência, mas com uma cabeça só.
Nas últimas 48 horas, para livrar-se da humilhação de ver derrubado no Congresso o veto que apôs à proposta de reajustar em 6,5% a tabela do Imposto de Renda, Dilma deu ouvidos a Lula. Primeiro, peemedebizou-se, redescobrindo o vice Michel Temer, que vinha tratando como versa. Com a ajuda de Temer, Dilma promoveu uma engenharia política.
Abre parágrafo: no Brasil de hoje, “engenharia política” é eufemismo para acerto com o Renan. Fecha parênteses. Ainda assim, entregando os aneis para perder poucos dedos, o Planalto prevaleceu raspando na trave. O veto presidencial foi mantido com uma diferença de escassos 18 votos.
Doravante, será sempre assim: para aprovar o que deseja no Legislativo, essa Dilma debilitada terá de ajoelhar no milho. Ela já prepara os meniscos para a tortura que será a negociação das medidas provisórias que restringem o acesso dos trabalhadores a benefícios trabalhistas e previdenciários.
Se depender dos seus aliados, bastará a Dilma permanecer ajoelhada para ser considerada uma gestora de grande altivez. E o segundo governo da ex-supergerente, nunca é demasiado recordar, tem apenas 71 dias de vida.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Quinta-feira, março 12, 2015

Está aqui um ótimo programa da TVEJA, a TV do site de Veja, que tem como âncora a jornalista Joice Hasselmann que se encontra em Brasília. Contatada por audio desde Brasília, Joice Hasselmann consegue um furo exclusivo, revelando que o resultado de pesquisas internas (tracking) do Palácio do Planalto, registram uma queda de popularidade de Dilma Rousseff que pode ser considerada um recorde. Dilma tem agora apenas 7% de aprovação.
Ao mesmo tempo, prestem a atenção: um alto figurão do PT, segundo informa Joice Hasselmann, afirmou que o PT combaterá um eventual processo de impeachment da Dilma colocando nas ruas os seus ditos “movimentos sociais”. 
Nesse momento, a jornalista Joice Hasselmann ponderou que isto seria provocar uma guerra civil, ao que o alto figurão petista respondeu: é isto mesmo!, o que dá a medida da situação. 
Na segunda parte do vídeo, o editor do site de VEJA, Silvio Navarro conversa com o colunista e analista político Augusto Nunes sobre os fatos mais importantes que emergem da crise que engole Lula, Dilma e o PT inteiro. Vale a pena ver.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quinta-feira, 12 de março de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Político brasileiro, familiar ou laranja dele que movimentar empresa nos Estados Unidos da América, com indícios de lavagem de dinheiro ou evasão fiscal, têm tudo para terminar condenado nas barras dos tribunais, além de ser obrigado a fechar o negócio, perder o direito ao "Green card" e ainda puxar uns anos na cadeia, em regime fechado, sem direito a extradição ao Brasil. Esta é a orientação do Departamento de Justiça norte-americano que realiza uma operação pente fino para detectar empresários brasileiros suspeitos de qualquer ligação com grandes escândalos político-financeiros, como o Mensalão, o Petrolão e outros menos votados. A ação já é informalmente batizada de "Follow the money" (Siga o dinheiro).
Autoridades das 16 agências fiscalizadoras dos EUA, que trabalham com informações cruzadas e interligas, já detectaram pelo menos dois setores nos quais os brazucas andam fazendo "money laundering" (lavagem de dinheiro): turismo e hotelaria. A investigação tem rigor seletivo explícito. A primeira pergunta das equipes de auditoria aos "investigados" e seus advogados é: "qual a ligação de negócios entre sua empresa e a administração pública brasileira, seja federal, estadual, municipal ou empresas estatais"? A segunda é se o inquirido é uma "pessoa politicamente exposta", tendo ligações de parentesco, negócios ou até amizade com políticos.
Os depoimentos das autoridades norte-americanas costumam durar de duas horas e meia a até cinco horas. O empresário brasileiro convocado a prestar esclarecimentos tem a obrigação de apresentar, espontaneamente, todo o balanço de sua empresa, nos EUA, e da filial (que sempre tem) no Brasil. Notas fiscais em sequência e extratos bancários comprovando pagamentos ou recebimentos são analisados, detalhadamente, por fiscais do Departamento de Justiça e demais agências. Quem for pego com indícios de irregularidades fica impedido de deixar os EUA. Quem fugir é condenado à revelia. Os autores de falcatruas já estão mapeados.
O rigor contra os empreendedores brazucas (honestos e bandidos) é uma preparação para as ações que vão se concentrar na Corte de Nova York sobre o escândalo na Petrobras. Nos EUA, a tendência é de condenação pesada, com multas e penas de prisão, para os que forem indiciados nos crimes de corrupção que lesaram investidores norte-americanos detentores de ações e títulos da dívida da petrolífera brasileira. As principais "vítimas" são carteiras de fundos de pensão - negócio sagrado na terra do Tio Sam. A tendência é que os processos e investigações levem até dois anos para chegar ao final. A rapidez vai atingir dirigentes e ex-dirigentes e conselheiros da Petrobras.
Os EUA não poupam ninguém. Até Dilma Rousseff entrará no meio, mesmo sendo Presidenta da República no Brasil, simplesmente porque foi "presidente" do Conselho de Administração da Petrobras nos tempos em que ocorreram os negócios lesivos aos investidores norte-americanos, principalmente a aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas. Não procede a lenda política de que existiria um acordo entre os governos dos EUA e Brasil para que dirigentes não sejam processáveis nos States. Os promotores e juízes de lá não querem saber se malandro é malandro ou se é mané: processam e condenam todos com todo o rigor, e sem vantagens como prisões domiciliares e prescrições de penas.
Já no Brasil, terra da impunidade, os políticos corruptos e seus empresários comparsas contam com a lentidão do judiciário, e o infindável arsenal de recursos processuais, para conseguirem escapar das condenações, com prescrições dos crimes e cumprimento de penas atenuado por regime aberto de prisão (muito comum para bandidos de fino trato com muito dinheiro). Não é outra a aposta dos envolvidos no atual escândalo do petrolão. Os processos no foro privilegiado do Supremo Tribunal Federal não se resolvem antes de cinco anos. no mínimo. A esperança de salvação fica maior com a chance de as investigações agora iniciadas não darem em nada, com a recusa de denúncias feitas pela Procuradoria Geral da República.
Por isso, pegou muito mal a indicação (dele próprio ou dos colegas do STF) para que José Dias Toffoli fosse transferido para a segunda turma do Supremo, que vai presidir a partir de maio, a fim de cuidar do julgamento dos políticos envolvidos no Petrolão. Se Toffoli, que no passado foi advogado do PT, assessor de José Dirceu, indicado pelo partido para a Advocacia Geral da União e, depois, para o "olimpo" do STF, repetir o desempenho no julgamento do Mensalão, no qual julgou pela absolvição dos réus na maioria dos votos, a maioria dos políticos pode contar com a esperança da salvação. O desgoverno joga de forma tão irresponsável que, ontem, Toffoli, no mesmo dia em que mudou de turma, teve uma reunião, extra-agenda, com a Presidenta Dilma, e ainda saiu avisando que nem tratou com ela do escândalo em vigor...
Quem não levou muita fé nessa versão foi a cúpula do PMDB no Congresso Nacional. Eduardo Cunha e Renan Calheiros interpretaram a amigos e assessores próximos que a jogada de Toffoli tem a clara intenção de tentar intimidá-los. Os dois já fazem vazar, nos bastidores, que "mais este tiro n'água do governo Dilma tem tudo para sair pela culatra". Os dois já fecharam um pacto para emparedar Dilma. Pode ser com a ameaça constante de fazer um indesejado processo de impeachment andar, ou nas dificuldades para aprovar questões essenciais do governo na Câmara e no Senado. Renan e Cunha - indiciáveis no Petrolão que será julgado por Toffoli - avaliam que Dilma tem muito mais a perder que ambos...
Assim, o armageddon tupiniquim está armado... Depois das manifestações de rua do próximo domingo (15 de março), o que parece ruim agora pode ficar muito pior, depois...
Temporada de vaia aos políticos 
Vaias e xingamentos se transformam em tortuosa rotina para os políticos. Terça, às 7h30min da manhã, no Aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, a segunda chamada para uma ilustre passageira em atraso causou uma onda de protesto no embarque para Brasília. Quando o sistema de som citou o nome da senadora petista Gleisi Hoffmann, que não apareceu para a viagem, houve uma explosão espontânea de gritaria e furor. A bronca durou vários minutos contra a ex-ministra da Casa Civil de Dilma - que figura na lista de investigáveis do Petrolão. Gleisi é mulher de um dos cardeais petistas: o ex-ministro do Planejamento e das Comunicações, Paulo Bernardo.
Gleisi não é uma vítima isolada do fenômeno das vaias que tiram completamente o humor (já péssimo) da sempre irada Presidenta Dilma Rousseff - alvo de recentes "panelaços". Outro que figura na ilustre lista de investigáveis do petrolão, Renan Calheiros, não consegue mais sair para almoçar ou jantar nos restaurantes nobres de Brasília, sem passar pelo vexame público de ser molestado com vaias e xingamentos. O presidente do Senado e do Congresso Nacional é um dos alvos preferenciais da ira popular (inclusive da elite) na capital da República Sindicalista do Brasil. A desqualificada classe política nunca esteve em tão baixa cotação. O fenômeno tende a se agravar depois das passeatas agendadas para o próximo domingo, dia 15 de março, em grandes cidades e capitais do País.
Jogo de cena contra empreiteiras
A Controladoria-Geral da União determinou a abertura de processos administrativos de responsabilização contra dez empresas envolvidas na Operação Lava-Jato.
A decisão do ministro-chefe da CGU, Valdir Simão, publicada no Diário Oficial da União, atinge as empresas: Alumni Engenharia, Andrade Gutierrez, Odebrecht, Odebrecht Óleo e Gás, Odebrecht Ambiental, GDK, Promon Engenharia, Fidens Engenharia, Sanko Sider e SOG Óleo e Gás.
Em dezembro, a CGU já tinha aberto processos contra contra oito empresas também envolvidas na Operação Lava Jato: UTC-Constran, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Mendes Junior, OAS, Engevix, Galvão Engenharia e Iesa.
Breve, serão firmados acordos de leniência, as empresas pagam multas, com os superfaturamentos obtidos nas obras estatais, e tudo fica como sempre no Brasil da impunidade e da roubalheira institucionalizada...
Afinal, as obras e os financiamentos de campanha não podem parar...
Papo do General de Lula
Imagem com crítica feita por João Pedro Stédile, aquele a quem Lula convocou o "exército do MST", circula entre e-mails e redes sociais dos militares.
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