DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
8 DE FEVEREIRO DE 2015
O ex-presidente Lula, que o acusou de haver “sequestrado” o governo, e líderes de partidos aliados pressionam Dilma a se livrar de Aloizio Mercadante (Casa Civil), que azedou de vez as relações do governo com o Congresso. Trapalhão, ele conseguiu piorar o clima, após a vitória de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao ameaçar distribuir cargos de segundo escalão segundo o grau de obediência dos parlamentares.
Lula e os líderes aliados reconhecem ser difícil levar Dilma a demitir Mercadante. Ele é hoje o único contato dela com a vida “lá fora”.
Para tornar Dilma dependente, Mercadante afastou do Planalto todos os que tinham acesso a ela, inclusive o velho assessor Gilles Azevedo.
A arrogância de Mercadante derrotou o candidato do PT a presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, segundo acredita a cúpula petista.
Contrariando o PT, que quer implantar voto em lista na próxima eleição, o vice-presidente da República, Michel Temer, articula para aprovar ainda este ano a tese do “distritão”. O PMDB negocia o apoio do PSDB para derrotar a proposta de reforma política do PT. O tucanato já está unido ao PMDB para impedir a criação do Partido Liberal, articulado pelo ministro Gilberto Kassab para esvaziar o PMDB e a oposição.
O distritão, que se configura na eleição majoritária para deputados e vereadores, acabaria com puxadores de votos como Tiririca, Romário…
Mal terminou eleição, deputados já descem a lenha no novo presidente da Câmara: eles não querem trabalhar às quintas, como determinou Eduardo Cunha.

NO DIÁRIO DO PODER
EM CRISE, GOVERNO RESOLVE CORTAR BENEFÍCIOS FISCAIS
FAZENDA ESTUDA ABATER DESONERAÇÕES E REDUZIR INCENTIVO FISCAL ÀS EXPORTAÇÕES
Publicado em 7 de fevereiro de 2015 às 18:29
Para garantir o cumprimento da meta para as contas públicas deste ano, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, prepara um corte mais profundo nas medidas de desoneração tributária e estímulos fiscais concedidos ao longo do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.
O governo também busca soluções para acelerar a venda de ativos para engordar o caixa ainda este ano. Na mira, estão as empresas distribuidoras de energia da Eletrobras.
O corte de desonerações e incentivos, como a extinção do Programa de Sustentação do Investimento, virá associado a novas medidas de aumento de tributos e de um contingenciamento mais forte, esperado para março, nas despesas do Orçamento, apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.
A equipe econômica pode recuar na alíquota do Reintegra, programa que devolve às empresas 3% do faturamento com exportação de manufaturados. A ideia é reduzir a alíquota para 0,1%, o menor nível permitido pela lei que recriou o programa no ano passado.
O governo havia prometido retomar o benefício tributário com uma alíquota de 0,3% em 2014 e 3% em 2015. Mas, a seis dias do primeiro turno das eleições, o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou o aumento da alíquota para 3% a partir de outubro do ano passado. Agora, a atual equipe econômica quer manter o programa com o menor custo possível.
Os exportadores esperam um decreto da presidente regulamentando a Lei nº 13.043, sancionada em novembro. Uma fonte do Ministério da Fazenda informou que está em análise a revisão do programa, que é considerado “muito caro”. O governo não considera o programa como prioridade neste momento de dificuldade fiscal.
“O Plano Nacional de Exportação que está sendo feito sob orientação da presidente não prescinde de forma alguma da manutenção do Reintegra”, disse uma fonte do Ministério do Desenvolvimento.
O Reintegra foi criado por meio da MP 651 de julho de 2014, que já havia sido regulamentada. No entanto, a MP sofreu mudanças no Congresso antes de ser convertida na lei. Por isso, há um entendimento da área técnica de que é necessário um novo decreto. Os parlamentares permitiram que a alíquota chegue a 5% em alguns setores. É a regulamentação que define a alíquota que será aplicada.
As empresas continuam pedindo a devolução dos tributos à Receita Federal, mas há dúvidas entre os exportadores, inclusive, se o programa continua em vigor sem a regulamentação. Alguns empresários já ouviram de integrantes do governo a proposta de reduzir a alíquota para 0,1%, o que tem causado uma certa inquietação.
Salários 
Além do pente-fino nos programas de governo para auxiliar no corte do Orçamento, a equipe econômica também deve fazer uma revisão das alíquotas dos setores beneficiados com a desoneração da folha de pagamentos das empresas. Uma análise dos setores está sendo feita. A mudança pode garantir uma receita adicional.
Um dos desafios do ajuste deste ano é o risco de as medidas já adotadas, como aumento dos impostos e alterações nas regras de benefícios trabalhistas e previdenciários, desidratarem no Congresso depois da vitória de Eduardo Cunha, adversário de Dilma, para o comando da Câmara dos Deputados.
As novas frentes do ajuste serão necessárias porque o cumprimento da meta de superávit fiscal ficou mais difícil diante do quadro de recessão em 2015, que deve deprimir a arrecadação de impostos.
Aumentaram as desconfianças no mercado financeiro de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, consiga entregar a meta fiscal de R$ 66,3 bilhões. “A batalha do ajuste ainda não acabou”, disse uma fonte da área econômica.
Plano de cortes. Pacote adicional de medidas para salvar o superávit de 1,2% do Produto Interno Bruto:
Redução da alíquota do Reintegra.
Revisão das alíquotas de desoneração da folha de pagamentos.
Fim do PSI antes do previsto.
Venda de ativos.
Corte maior das despesas.
Governo vai buscar mais espaços para novos aumento de tributos (AE).

NO BLOG DO CORONEL
SÁBADO, 7 DE FEVEREIRO DE 2015
Avaliação de Dilma chega ao fundo do poço. Povo brasileiro a considera falsa, mentirosa e desonesta.
(Folha) Apenas três meses e meio depois do segundo turno, o país assiste à mais rápida e profunda deterioração política desde o governo Collor. Segundo pesquisa Datafolha, a queda abrupta de popularidade arrasta a presidente Dilma Rousseff (PT), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito da capital, Fernando Haddad (PT), juntos, para a vala comum da rejeição. É como se o sentimento de junho de 2013 tivesse voltado, mas em surdina, sem protestos de rua.
A conjuntura sombria resulta da confluência do escândalo da Petrobras com a acentuada piora das expectativas sobre a economia. O pessimismo dos entrevistados se agrava pelo contraste entre a realidade e a imagem rósea pintada nas campanhas eleitorais do ano passado e pela possibilidade cada vez mais concreta de faltar água e energia.
A presidente da República recebe o pior golpe, com uma inversão total nas opiniões sobre seu governo. Em dezembro passado, Dilma tinha 42% de ótimo/bom e 24% de ruim/péssimo. Agora, marca respectivamente 23% e 44%. São as piores marcas de seu governo e a mais baixa avaliação de um presidente da República desde Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em dezembro de 1999 (46% de ruim/péssimo).
Alckmin também viu esvair-se sua popularidade, mas menos que Dilma. O tucano perdeu dez pontos de ótimo/bom desde outubro e caiu de 48% para 38%, nível que tinha em junho de 2013. Haddad não se sai melhor. Empatou com Dilma em juízos negativos (44%) e também retornou ao patamar da crise do aumento das tarifas de ônibus em 2013.
NOTA VERMELHA
Segundo o Datafolha, Dilma obteve a primeira nota vermelha (4,8) após quatro anos no governo e uma campanha vitoriosa pela reeleição. A perda de prestígio da presidente se verifica mesmo nas faixas de renda em que encontra mais eleitores. Metade dos que ganham até dois salários mínimos consideravam seu governo ótimo ou bom em dezembro, e agora são 27% -23 pontos de queda em dois meses.
As más novas se acumulam em todas as frentes: escândalo na Petrobras, piora das perspectivas da economia, aumento do pessimismo na população, restrição de benefícios sociais e uma estiagem que ameaça apagar as luzes e secar as torneiras. O tema da corrupção, impulsionado pelo combustível do Petrolão, rivaliza com a saúde pública como principal problema do país. Cravou 21% das preferências dos entrevistados pelo Datafolha, contra 26% da saúde. 
O mensalão vicejou no governo Luiz Inácio Lula da Silva, mas em seus dois mandatos não mais que 9% dos brasileiros apontavam o desvio de dinheiro público como mal maior. Agora, a corrupção se avizinha do pódio. A presidente não se livra de responsabilidade perante a população. Segundo o Datafolha, 77% dos entrevistados acreditam que ela tinha conhecimento da corrupção na Petrobras. Para 52% ela sabia dos desvios e deixou continuar; para outros 25%, sabia e nada pôde fazer. 
Quase metade (47%) dos brasileiros a consideram desonesta, além de falsa (54%) e indecisa (50%). A imagem deteriorada alcança correligionários. Entre petistas, 15% falam em desonestidade e 19%, em falsidade. 
MENTIRAS
Não há tanto o que estranhar, quando se tem em mente que seis de cada dez entrevistados consideram que Dilma mentiu na campanha eleitoral. Para 46%, falou mais mentiras que verdades (25% em meio a petistas). Para 14%, só mentiras. Se na época do segundo turno só 6% achavam que a situação econômica do próprio entrevistado iria piorar, hoje são 26%. Como 38% acreditam que ficarão na mesma, conclui-se que o desalento contagia 2/3 da população. E isso num momento em que o tarifaço, o aumento do desemprego e dos juros e a recessão nem se materializaram completamente.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 16:56:00

(Veja) Em outubro passado, os investigadores da Operação Lava-Jato, reunidos no quartel-general dos trabalhos em Curitiba, olhavam fixamente para uma fotografia pregada na parede. A investigação do maior esquema de corrupção da história do país se aproximava de um momento decisivo. Delator do petrolão, o ex-diretor Paulo Roberto Costa já havia admitido que contratos da Petrobras eram superfaturados para enriquecer servidores corruptos e abastecer o cofre dos principais partidos da base governista. Na foto afixada na parede, Paulo Roberto aparecia de pé, na cabeceira de uma mesa de reunião, com um alvo desenhado a caneta sobre sua cabeça. Acima dela, uma anotação: “dead” (morto, em inglês). Àquela altura, a atenção dos investigadores estava voltada para os outros personagens da imagem. Era necessário pegá-los para fechar o enredo criminoso. 
Em novembro, exatamente um ano depois de a antiga cúpula do PT condenada no mensalão ter sido levada à cadeia, o juiz Sergio Moro decretou a prisão de executivos das maiores empreiteiras brasileiras, muitos dos quais aparecem abraçados a Paulinho, sorridentes, na fotografia estampada no Q.G. da Lava-Jato. A primeira etapa da missão estava quase cumprida.
Entre os alvos listados na foto, apenas um ainda escapava aos investigadores. Justamente o elo da roubalheira com o partido do governo, o personagem que, sabe-se agora, comprova com cifras astronômicas como o PT — depois de posar como vestal nos tempos de oposição — assimilou, aprimorou e elevou a níveis inimagináveis o que há de mais repugnante na política ao conquistar o poder. 
Na quinta-feira passada, agentes da Polícia Federal chegaram à casa do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, com uma ordem judicial para levá-lo à delegacia a fim de prestar esclarecimentos sobre seu envolvimento no petrolão. Vaccari recusou-se a abrir o portão. Os agentes pularam o muro para conduzi-lo à sede da PF em São Paulo. Eles também apreenderam documentos, aparelhos de telefone celular e arquivos eletrônicos. Esse material não tinha nada de relevante. Vaccari, concluíram os agentes, já limpara o terreno. Num depoimento de cerca de três horas, o tesoureiro negou as acusações e jurou inocência. Nada que abalasse o ânimo dos investigadores. No Q.G. da Lava-Jato, um “dead” já podia ser escrito sobre a cara carrancuda do grão-petista.
A nova fase da operação foi um desdobramento de depoimentos prestados pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, em novembro, como parte de um acordo de delação premiada. Barusco conquistou um lugar de destaque no panteão da corrupção ao prometer a devolução de 97 milhões de dólares embolsados como propina, uma quantia espantosa para um servidor de terceiro escalão. Ao falar às autoridades, ele disse que o PT arrecadou, entre 2003 e 2013, de 150 milhões a 200 milhões de dólares em dinheiro roubado de noventa contratos da Petrobras.
Segundo Barusco, o principal operador do PT no esquema nos últimos anos era Vaccari, chamado por ele de “Mochila”, por andar sempre com uma mochila a tiracolo. Barusco contou que o tesoureiro — identificado como “Moch” nas planilhas que registravam o rateio do butim surrupiado — participou pessoalmente das negociações, por exemplo, para a cobrança de propina de estaleiros contratados pela Petrobras. Descendo a detalhes, Barusco narrou ainda uma história que, apesar de envolver um valor bem mais modesto, tem um potencial político igualmente explosivo.
O ex-gerente declarou que, em 2010, o então diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, solicitou ao representante da empresa holandesa SBM no Brasil, Júlio Faerman, 300 000 dólares para a campanha petista daquele ano, “provavelmente atendendo a pedido de João Vaccari Neto, o que foi contabilizado pelo declarante à época como pagamento destinado ao Partido dos Trabalhadores”. 
Em 2010, Dilma Rousseff disputou e conquistou o primeiro de seus dois mandatos presidenciais. A situação do tesoureiro do PT deve se agravar nos próximos dias com o avanço das negociações para o acordo de delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC. Pessoa coordenava “o clube do bilhão”, o grupo das empreiteiras que desfalcava a Petrobras. Vaccari recorria a ele com frequência para resolver os problemas de caixa do PT. Os dois conversaram várias vezes no ano eleitoral de 2014. 
Num desses encontros, segundo integrantes da investigação que já ouviram uma prévia das histórias pouco edificantes prometidas por Pessoa, Vaccari negociou com a UTC o recebimento de 30 milhões de reais em doações eleitorais. Cerca de 10 milhões de reais seriam destinados à campanha à reeleição de Dilma Rousseff. Os 20 milhões restantes, distribuídos por Vaccari ao PT e aos partidos da base aliada.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 15:45:00


NO O ANTAGONISTA
Multiplique por quinze
Brasil 08.02.2015
Entre 2003 e 2013, o PT roubou 455,1 milhões de reais da Petrobras, segundo a planilha que Pedro Barusco entregou aos procuradores da Lava Jato.
A Folha de S. Paulo fez as contas e calculou que, pelo câmbio de hoje, isso equivale a 164 milhões de dólares. Mas o número é muito maior. Na verdade, é superior aos 200 milhões de dólares citados pelo próprio Pedro Barusco.
A planilha indica, por exemplo, que o ano em que o PT mais roubou foi 2010, quando houve a campanha eleitoral de Dilma Rousseff. Foram 120 milhões de reais, que correspondem a 44 milhões de dólares. Só que 120 milhões de reais, em 2010, valiam 68 milhões de dólares - 24 milhões de dólares do que atualmente.
Outro fator tem de ser permanentemente lembrado: os 455,1 milhões de reais roubados pelo PT referem-se apenas à área de Renato Duque e Pedro Barusco. Mas nós já sabemos que o esquema funcionou em outras áreas. E em outras estatais.
Nosso conselho é o seguinte: ao avaliar os números do PT, multiplique sempre por quinze. O resultado ficará mais próximo da realidade.
Quanto foi para o PT?

Pessimistas em águas turvas
Brasil 08.02.2015
O assalto à Petrobras deve motivar o pedido de impeachment de Dilma Rousseff, mas o que de fato alimenta a ojeriza dos eleitores é, como sempre, a economia.
De acordo com o Datafolha, 55% dos brasileiros acham que a economia vai piorar. Em meados de outubro, eram apenas 15%. Uma queda de 40% em três meses e meio só ocorre quando há o estouro de uma bolha. A única bolha que estourou, no caso de Dilma Rousseff, foi a das imposturas de seu marqueteiro. 81% dos entrevistados pelo Datafolha acham que a inflação vai aumentar. Eram 21% em outubro - uma distância assombrosa de 60%. E 62% acham que o desemprego vai aumentar.
Dilma Rousseff passou a campanha inteira atacando pessimistas e pessimildos. Eles correspondem, hoje, a praticamente todos os brasileiros.
Vai dormir, João Santana

Fernando Haddad, a bicicleta e o colapso da civilização
Brasil 08.02.2015
Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, é um poste inventado por Lula que não passará à posteridade nem mesmo pela porta dos fundos, como o outro poste que ocupa a Presidência da República. Mas ele se esforça para ser lembrado em cada momento do dia-a-dia: a cidade está mais suja do que nunca, o espaço público voltou a ser ocupado pelo comércio ambulante, os viciados da cracolândia agora ganham subsídio da prefeitura para comprar a droga, o centro velho está cheio de prédios invadidos por um certo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, chefiado por um colunista da Folha de S. Paulo, e aumentou ainda mais o risco de uma árvore podre cair na sua cabeça durante uma chuva.
Os paulistanos odeiam Fernando Haddad. Só 20% dos cidadãos aprovam a sua administração, enquanto 44% a julgam ruim ou péssima, de acordo com o Datafolha. De todos os problemas acirrados por Haddad, o mais insuportável é o trânsito. Ele criou faixas e corredores para ônibus sem o menor planejamento, porque acha que carro é coisa de rico — e como se a cidade contasse com transporte coletivo abundante e eficiente. Também encasquetou de retalhar São Paulo com ciclovias e ciclofaixas, porque acha que, desse jeito, a cidade ombreará com metrópoles europeias e americanas. Quando perguntados se aprovam a iniciativa, cerca de 80% dos paulistanos dizem que sim. Cascata, assim como resultado de pesquisa sobre sexo. É apenas medo de parecer politicamente incorreto. Na verdade, a esmagadora maioria da população xinga os ciclistas que, além de atrapalhar o trânsito por causa das vias a eles reservadas, não raro se sentem no direito de pedalar no meio da rua ou até na contramão.
A sanha de Fernando Haddad com as bicicletas inferniza São Paulo e sangra os cofres da prefeitura. Uma reportagem da última edição da Veja São Paulo mostra que:
a) O quilômetro de uma ciclovia paulistana é o mais caro do mundo. A sua construção custa, em média, 650 000 reais, cinco vezes mais do que em Paris
b) A ciclovia da Avenida Paulista, com 3,8 quilômetros, sairá por 15 milhões de reais. Mas o absurdo pode ser maior, como demonstra o item “c"
c) Cada um dos 12 quilômetros da ciclovia a ser construída na Avenida Faria Lima custará 4,5 milhões de reais. E será uma ciclovia sobre outra ciclovia existente, que custou um décimo da nova
d) O vencedor da concorrência para a construção da ciclovia da Avenida Paulista existe há menos de um ano e a sua sede fica num edifício residencial
e) Para retalhar São Paulo com ciclovias e ciclofaixas sem estudos sobre viabilidade ou impacto no trânsito, Fernando Haddad vem atropelando a lei, usando a mesma legislação que agiliza a compra de material de escritório pela prefeitura e a manutenção de semáforos (que, aliás, funcionam só com tempo bom)
O dramaturgo irlandês George Bernard Shaw dizia que um jornal era um instrumento incapaz de discernir entre uma queda de bicicleta e o colapso da civilização. A queda de Fernando Haddad pela bicicleta é o colapso da civilização, ao contrário do que ele supõe.
O que sobrará da obra do prefeito Fernando Haddad

O jornalismo a serviço de Val Marchiori
Economia 07.02.2015
O governo entrou em ação para vender a ideia a jornalistas ingênuos, ou que se fazem de ingênuos, de que Val Marchiori, mais conhecida como Aldemir Bendine, fez uma gestão exemplar no Banco do Brasil -- e, assim, reuniria as melhores condições de comandar a Petrobras.
Mentira. Apesar do aumento de ativos do BB (se é que ainda dá para confiar em balanços de estatais sob o PT, e não se esqueçam que nos ativos estão incluídos os valores a receber), Bendine diminuiu o que conta de verdade no ramo: a rentabilidade do banco. O milagre foi operado por causa da expansão do crédito e a redução dos juros cobrados por empréstimos para consumo, a mando do governo. Para completar, com a crise econômica, o número de devedores inadimplentes aumentou -- e o banco teve de reservar mais recursos para cobrir os calotes. Para não falar do já falado: favorecimento à sua "amiga" em operação irregular, multa da CVM por ocasião da abertura de capital da BB Seguridade, compra de apartamento em dinheiro vivo, denúncia do motorista que transportava maços de grana para lá e para cá e espionagem de subordinado.
Bendine foi escolhido para subestimar os danos da roubalheira na Petrobras e chegar a "um número crível" das baixas contábeis da empresa, como quer Dilma Rousseff, a ex-guerrilheira de esquerda. Val Marchiori é incrível.

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