DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
22/02/2015 às 2:03 \ Opinião
VALENTINA DE BOTAS
Em cima do guarda-chuva tem a chuva à espera da manhã tão bonita em que o Brasil estará livre de tantos canalhas, enquanto eles jamais se livrarão de si mesmos, presos entre a consciência do que são e a farsa como se impõem ao país. Não sei se haverá impeachment ou se a súcia será derrotada nas urnas. Só sei que virá a tão demorada aurora como um céu atrás do arranha-céu. E os vigaristas que a adiaram, ainda que se livrem da cadeia, não escapam da própria mentalidade miserável, cela estreita que só abre por fora.
Você reconhece um ditador quando ele manda capangas encapuzados prender um opositor acusado de se opor, afinal oposição na patologia bolivariana é golpismo. Reconhece outra quando ela acusa um promotor de ser assassinado só para incriminá-la. Paulo Betti acha, “por exemplo, a Suíça tão imoral quanto a Guiné Equatorial”, incorrendo na ética da cela exígua onde cabem folgadas as consciências dos seguidores da ideologia que mata para viver.
Exemplos? Que tal Venezuela, Argentina ou Irã que assassinam dissidentes? Neste cinismo crônico que planifica diferenças, o regime lulopetista se promove do mais corrupto para o que mais investiga. Por exemplo, ensaiar uma CPI com os investigados, o jeca assediar Gilmar Mendes, Cardozo debochar da república no encontro clandestino com Renault, o déficit moral e/ou técnico dos novos ministros do STF, a norma obscura enxertada no TCU por Adams, o cerco a Sergio Moro.
A imoralidade sabotadora da fronteira entre o certo e o errado não está apenas no financiamento espúrio do Carnaval, da contravenção inzoneira à grana arrancada de uma nação miserável por um homenzinho repugnante; em a Beija-Flor aceitar o dinheiro e na vitória infame da escola: o desfile de indignidades tem o clímax na justificação cínica delas. Porém, saibam os lulopetistas e os habitantes do território hostil à dignidade, há resposta ao cinismo visceral deles.
Para Betti, se a Suíça – a Suíça! que paira entre os cinco primeiros países na classificação da Transparência Internacional, a Suíça dos chocolates, dos relógios, do lago Zurich e do Roger Federer – é imoral, a escória que ele enaltece pode torrar uma Petrobras inteira para se arrumar no vidão e prevenir o golpe da alternância no poder. Da cela obscura, as bestas quadradas espertalhonas bradam que é tudo igual, tramando naturalizar espantos. Reagir a isso é golpismo, sentencia outro manifesto dos intelectuais de pensamento enjaulado tanto para defender os vigaristas quanto para nos convencer da nossa solidão porque seríamos poucos os indignados.
Ora, no meio da couve-flor tem a flor e tem sabor: sim, nossos heróis morreram de overdose e nossos porta-vozes institucionais estão mudos frequentemente; mas somos muitos e nossa solidão resulta de sermos livres para sermos diferentes, andarmos solitários (e não em manadas) por entre as gentes e constatarmos a diferença entre FHC e um jeca, Moro e um cardozo, Juca de Oliveira e um paulobetti, d. Ruth e uma dilma, Augusto Nunes e um pha, a Suíça e a Guiné Equatorial.
As primeiras pessoas de cada par não são nossos heróis, apenas admirados por quem distingue a decência – somos todos os heróis, cada indignado é herói de si mesmo por um dia, todos os dias, na sobrevivência física e moral ao país em tudo, mas não todo, sucateado. Com a arte de segurar o porta-estandarte até que façamos aquela manhã.

NO BLOG DO CORONEL
DOMINGO, 22 DE FEVEREIRO DE 2015
(Estadão) Presidente da Constran, empresa da holding UTC, João Santana (foto), afirmou em entrevista ao Estado que o governo Dilma Rousseff tem usado a Operação Lava Jato como desculpa para atrasar pagamentos às empreiteiras. “Eu já tenho quase 60 anos, eu nunca vi um governo numa situação como esta. Ele não paga fornecedor. No nosso caso tem fatura desde outubro que não são pagas”, reclamou Santana. 
Por que o senhor procurou o Paulo Okamotto?
Eu estive com o Paulo Okamotto no ano passado, em novembro ou dezembro. Fui porque há três anos o presidente Lula estava na nossa empresa fazendo uma palestra de final de ano e nos incentivou muito que sempre procurássemos o instituto (que leva o nome do ex-presidente e é dirigido por Okamoto), o próprio Okamotto, para contar para ele o que estava acontecendo, se tivéssemos algum problema.
O senhor queria falar com o Okamotto ou com o próprio presidente Lula?
Eu queria falar com o presidente Lula, mas cheguei lá e o presidente Lula não estava. 
O presidente Lula queria saber como estão as coisas? 
Eu quero dizer que as coisas estão muito difíceis, que o governo não está pagando faturas vencidas, de um trabalho realizado, isso faz com que as empresas fiquem sem dinheiro e demitam. Vai ter que parar as obras, o que aliás é o que está acontecendo no Brasil independentemente de Lava Jato. Nesse sentido que eu fui conversar com ele. 
Mas as empresas envolvidas na Lava Jato não estão recebendo justamente por esse motivo, por estarem sob suspeita?
O governo está usando essa coisa de Lava Jato para aproveitar e não pagar ninguém. O crédito para a educação não foi pago (uma referência a atrasos nos repasses do Pronatec). Da mesma maneira o governo sistematicamente não vem pagando seus fornecedores. Eu já tenho quase 60 anos, eu nunca vi um governo numa situação como esta. Ele não paga fornecedor. No nosso caso tem fatura desde outubro que não é paga. 
O senhor não tentou procurar a presidente Dilma?
Não. Eu não tenho essa proximidade com ela. 
Mas por que não procurar alguém do governo?
O problema é que o ministro da Fazenda que deveria fazer os pagamentos, que era o Guido Mantega na época, estava demissionário; a presidente já tinha dito que ele não seria mais o ministro, e nem ele nem a equipe dele faziam nada (Joaquim Levy foi confirmado no lugar de Mantega em 27 de novembro, mas só assumiu o cargo no início do segundo mandato de Dilma). No Ministério dos Transportes o ministro Paulo Passos simplesmente preenchia uma cadeira (...)  
O senhor disse que procurou o presidente Lula porque ele deu essa abertura. O que ele poderia fazer nessa situação?
É um político, um cara que pode... O que é que você faz? Tem um governo, o governo é político, você vai procurar as pessoas que estão no governo, não tem ninguém no governo, ninguém mais se dizia responsável. Você está tendo uma resultante social que é o fato de o governo não pagar suas obrigações. O Instituto Lula é ligado aos trabalhadores, defende (a manutenção do) emprego. A gente vai lá para o ex-presidente procurar a amiga dele e dizer: “Amiga, veja o que você faz. Obrigação tem que pagar”. 
Com a entrada da nova equipe econômica, o senhor acha que melhorou a interlocução? 
Continua sem ter interlocutor. O governo pagou um pedaço do que devia, mas ainda deve muito, ainda tem resto a pagar em 2014. O que está acontecendo com o atual governo? Se não está pagando, então é porque há uma crise administrativa no Estado. Não é que não está pagando a Constran. Não está pagando ‘n’ fornecedores. Eu imaginava que não pagava para a construção civil, mas vimos que não é só isso. 
A Lava Jato foi assunto de sua reunião com Paulo Okamotto?
Eu não procurei o senhor Paulo Okamotto para tratar com ele sobre Lava Jato. Ele até perguntou, mas eu mudei porque é um assunto que no nosso caso tem que ser tratado por nossos advogados. O nosso grupo, a UTC/Constran, não procurou qualquer autoridade política para discutir Lava Jato. As únicas autoridades públicas procuradas por nós são os juízes, promotores, através dos nossos advogados. 
Os relatos são de que sua reunião com o Okamotto foi tensa. Teve até murro na mesa.
Não tinha nem mesa para bater, porque a gente estava sentado numa sala de estar. 
Falou-se muito que o Ricardo Pessoa, ex-presidente da UTC que foi preso pela PF em novembro, faria uma delação premiada e que isso teria sido colocado nessa conversa com o Okamotto. As dificuldades de caixa poderiam levar a uma delação....
Isso não foi colocado de maneira alguma. Até porque essa reunião com o Paulo Okamotto foi no final do ano. As prisões eram recentes, naquele momento todo mundo imaginava que mais alguns dias as pessoas estariam soltas. A conversa não foi boa porque ele começou a dizer: “Sabe, eu vou ver”. Eu falei para ele: “Paulo, desculpe, estou apenas colocando uma realidade conforme o seu chefe disse, que sempre que a gente precisasse, trouxesse aqui para o Instituto Lula. Isso não está acontecendo apenas com a empresa que eu dirijo, mas com todo o setor”. Não só empresas nominadas na famosa Operação Lava Jato, mas com outras. O governo federal não paga as empresas. 
O senhor pediu ajuda para liberar dinheiro do BNDES? Okamotto disse que orientou o senhor a procurar os bancos.
Para o Okamotto, não. Até porque eu sei que ele não tem capacidade nenhuma (para isso). As relações que a gente tem com o BNDES são formais, o contrato foi aprovado e está em curso. 
Vocês conseguiram o empréstimo antes ou depois da conversa com Okamotto?
Foi posteriormente a isso. Mas não tem nada a ver com a conversa. Até porque o Paulo Okamotto não sabe nem onde fica o BNDES. Era simplesmente um empréstimo complementar. 
Qual a impressão do senhor sobre o fato de a empreiteira Odebrecht não ter executivos presos pela Lava Jato?
O juiz do caso tem que responder por que parte das empresas denunciadas tem executivos presos e parte não tem. Ele deve ter suas razões para isso. Esse desbalanceamento das ações judiciais é um tanto estranho. 
Ricardo Pessoa fará delação premiada? 
A condução da defesa é tratada pelos advogados criminais e pela família. Por questão de governança, deixamos de tratar da defesa do dr. Ricardo. Mas eu, pessoalmente, também como advogado, acho que é um instrumento que o réu, com o advogado, tem que lançar mão quando achar necessário. Depois que virou lei você não pode deixar de ser contra. 
*Para Lembrar.* 
A UTC, grupo do qual faz parte a Constran, é uma das seis empreiteiras que tiveram executivos e funcionários denunciados pelo Ministério Público Federal em dezembro do ano passado sob suspeita de envolvimento no esquema de corrupção e desvios na Petrobrás. Segundo a denúncia da Procuradoria, a empreiteira pagava comissões para dirigentes da Petrobrás em troca da obtenção de contratos da estatal, além de simular ambiente de competição, fraudar a concorrência e, em reuniões secretas, definir quem ganharia as licitações. 
Uma semana após a denúncia do Ministério Público, a Justiça Federal abriu ação penal e tornou réus por corrupção ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro os três denunciados ligados à UTC: Ricardo Pessoa, presidente da companhia, João de Teive e Argollo, executivo, e Sandra Raphael Guimarães, funcionária da empresa. Pessoa está preso em Curitiba desde 14 de novembro do ano passado, quando foi deflagrada a 7.ª fase da Operação Lava Jato, que mirou nas empreiteiras. 
Segundo um dos delatores da operação, Augusto Mendonça, o presidente da UTC era o “coordenador” do “clube” de construtoras que atuava em cartel na Petrobrás. Mendonça disse que Pessoa, como “chefe do clube”, atuou, por exemplo, na obra de modernização da Refinaria Presidente Getúlio Vargas no Paraná. Em depoimento à Polícia Federal prestado logo depois de ser preso, Pessoa afirmou que “nunca existiu” formação de cartel para contratação de obras na Petrobrás.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 01:06:00


NO BLOG DO NOBLAT
A receita para quebrar o Brasil
Ganha um fim de semana na Guiné Equatorial quem acredita que esses financiamentos dados com critérios frouxos e fianças capengas fecharão a conta na bolsa da Viúva
22/02/2015 - 08h04
Elio Gaspari, O Globo
Em novembro, a doutora Dilma sancionou um projeto refinanciando as dívidas de estados e municípios. Coisa de R$ 500 bilhões, que deveriam ser pagos até 2039. Governadores e prefeitos que herdaram o espeto mexeram-se para mudar as condições de pagamento.
No carro-chefe ficou o comissário de São Paulo Fernando Haddad. Argumentava que a cidade tinha perdido a capacidade de investimento. Mudando-se o sistema, sua divida cairia de R$ 62 bilhões para R$ 36 bilhões. Como dinheiro não nasce em árvore, a Viúva perderá receita. Neste ano, seria uma mixórdia, apenas R$ 1 bilhão. Quem pagou tudo direitinho ferrou-se.
Esse assunto não tinha personagens satanizáveis, nem podia ser tratado como um escândalo. Teve até o apoio do PSDB. Virou uma coisa boa.
Quatro anos antes, o mesmo Fernando Haddad estava no Ministério da Educação e mudou as regras do Fundo de Financiamento Estudantil, o Fies.
Vivendo na ponta que distribui dinheiro, baixou os juros para 3,4% ao ano, ampliou os prazos de pagamento para três vezes o tempo de duração do curso e relaxou as exigências para os fiadores.
Criou-se a fiança solidária, bastando juntar três colegas da faculdade. De onde sairá o dinheiro emprestado a juros subsidiados e em condições imprevisíveis de retorno? Um palpite: da bolsa da Viúva.
Aquilo que poderia ser uma boa iniciativa virou uma estatização do risco do financiamento das universidades privadas. Esse tipo de crédito é socialmente necessário, desde que seja matematicamente sustentável.
Faculdades estimularam seus alunos a migrar para o Fies e, com isso, o número de bolsistas passou de 150 mil em 2010 para 4,4 milhões em 2014. Os financiamentos pularam de R$ 1,1 bilhão para R$ 13,4 bilhões.
Há faculdades onde os alunos que pagam as mensalidades tornaram-se uma raridade. Formaram-se conglomerados universitários, com ações na Bolsa.
O repórter José Roberto Toledo mostrou que, entre 2012 e novembro de 2014, enquanto o Ibovespa caiu 18%, as ações do grupo Kroton, com um milhão de alunos, valorizaram-se em 500% (Em 2014 o grupo recebeu R$ 2 bilhões do Fies, cifra inédita até para a Odebrecht).
O ministro Cid Gomes quis colocar método na maluquice, exigindo padrões de desempenho acadêmico às escolas, notas melhores dos alunos para o acesso ao programa e associou parte do desembolso à formatura do jovem.
Prenunciou-se uma “catástrofe”. Ou, nas palavras de Gabriel Mario Rodrigues, presidente da guilda das escolas privadas, “o governo fez uma cagada”, “o ministro não é do ramo” e “fala demais”.
Com toda a razão, ele diz que “não podemos confiar no governo”. Nem eles nem a torcida do Flamengo. Com a ajuda de parlamentares e de “gente trabalhando nas altas esferas” (em quem confiam), as empresas se articulam para desossar as medidas.
Ganha um fim de semana na Guiné Equatorial quem acredita que esses financiamentos dados com critérios frouxos e fianças capengas fecharão a conta na bolsa da Viúva. Vem por aí outro rombo. Como aconteceu com a dívida de estados e municípios, certamente será renegociado, noutros governos. É assim que se quebra um país.
Cid Gomes, ministro da Educação (Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil)Cid Gomes, ministro da Educação (Imagem: Elza Fiúza / Agência Brasil)

Professores do Paraná vencem primeiro round do ano do ‘pacotaço’
Com greve e invasão da Assembleia, docentes barram lei que corta direitos trabalhistas
22/02/2015 02:58
Talita Bedinelli, El País
O Centro Cívico de Curitiba, charmoso bairro da região central da capital paranaense que concentra os prédios administrativos do Estado, ganhou no último 9 de fevereiro centenas de habitações temporárias.
Os novos moradores, distribuídos em barracas coloridas de acampamento, com uma cozinha comunitária no centro e banheiros químicos ao redor, são professores da rede estadual em greve há 12 dias.
Representando os mais de 92.000 funcionários do Estado, 65.000 deles docentes, tinham como um dos objetivos barrar a aprovação do pacote de austeridade do governador Carlos Alberto Richa (PSDB), que em duas extensas leis, encaminhadas em regime de urgência para a votação dos deputados, trazia medidas administrativas que cortavam direitos da categoria para aumentar o caixa, que fechou 2014 com um déficit de um bilhão de reais.
O pacotaço, como foi apelidado, seria votado às pressas, num único dia, por meio de uma comissão especial - e não nas comissões fixas, como manda o trâmite normal - que seria formada na semana passada. Por isso, o acampamento foi montado entre o Palácio do Iguaçu, de onde despacha Richa, e a Assembleia.
Saiba mais
Parte do acampamento dos professores, na frente do Palácio do Governo  (Foto: Talita Bedinelli)Parte do acampamento dos professores, na frente do Palácio do Governo (Imagem: Talita Bedinelli)

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
22/02/2015 às 7:57
Leia antes o texto “A NATUREZA DO JOGO 1 – RICARDO PESSOA TEM NITROGLICERINA PURA CONTRA O PT, ESTÁ DISPOSTO A FALAR, MAS PARECE QUE O MINISTÉRIO PÚBLICO NÃO QUER OUVIR. E POR QUE NÃO QUER? EIS A QUESTÃO” (clique aqui)
José Eduardo Cardozo com Rodrigo Janot. Tudo positivo? Para quem?
Muito bem! O Brasil está de olho em Rodrigo Janot, procurador-geral da República. E espera-se que Rodrigo Janot esteja de olho no Brasil, mais preocupado em dar a resposta necessária à impressionante sucessão de descalabros na Petrobras do que em, digamos, “administrar” a denúncia para amenizar a crise política. Esse é, afinal, um papel que cabe aos… políticos. Sim, é preciso que a gente acompanhe com lupa o trabalho do Ministério Público Federal.
Janot andou a pensar alto por aí. E este blog revela um desses pensamentos, prestem atenção: “Passei a régua e, felizmente, Lula e Dilma estão limpos”. É? Então é hora de voltar à prancheta. E isso implica, parece, encaminhar o acordo de delação premiada com o empresário Ricardo Pessoa, da UTC. Ele está disposto a contar como repassou R$ 30 milhões para as campanhas eleitorais do PT em 2014 — R$ 10 milhões desse total para os cofres da candidatura de Dilma Rousseff. Que diabo, então, de “limpeza” é essa?
Como já resta mais do que evidente, José Eduardo Cardozo, um dos “Três Porquinhos” de Dilma, andou transitando — e transita ainda — freneticamente nos corredores para impedir novas delações premiadas de empreiteiros, com atenção especial dedicada a Pessoa, ex-amigão de… Luiz Inácio Lula da Silva!
Um dos interlocutores frequentes de Cardozo, diga-se, tem sido justamente Janot. E isso não é bom. É evidente que um procurador-geral deve manter relações institucionais com o ministro da Justiça. E só! Em dias como os que vivemos, conversas cordiais entre quem investiga e porta-vozes informais de investigados não parecem constituir atitude muito prudente.
E tudo se torna institucionalmente mais arriscado quando um interlocutor de Janot — como tem sido Cardozo — anuncia ao advogado de um dos réus uma “reviravolta” no caso, com suposto potencial para tragar também a oposição. É preciso muito rigor para que não se alimente a desconfiança, não é?, de que Cardozo sabe mais do que deveria saber sobre o que anda apurando o Ministério Público Federal.
Ademais, não cabe a Jonot saudar o fato de que Lula e Dilma estão limpos. De saída, cabe a pergunta: estão mesmo, ou isso traduz apenas a leitura mais conveniente?
Para entender
O que muita gente não entendeu até agora é que a obsessão do Ministério Público — e, sim, do juiz Sérgio Moro — de provar a existência de um “cartel” e de um suposto “Clube das Empreiteiras”, ao qual se confere um perfil mafioso, muda aquela que é a natureza evidente do jogo.
Fosse assim, os descalabros que se viram poderiam ter se dado em qualquer governo, com qualquer esquema de poder, em parceira com qualquer partido político. E ISSO, LAMENTO DIZER, É ESCANDALOSAMENTE MENTIROSO. O PT e o Planalto gostariam muito que essa versão triunfasse. A verdade é que o esquema, como estava organizado, só poderia ter sido liderado, como foi, pelo PT. O modelo traduz uma forma de entender e de se apropriar do estado, que difere do mensalão apenas na escala e na ousadia. Reportagem de VEJA desta semana revela que Delúbio Soares está na raiz também desse escândalo. A UTC simulou um contrato com a consultoria de José Dirceu para repassar ao chefão petista R$ 2,3 milhões.
A banqueira Kátia Rabello foi condenada a 16 anos e oito meses de cadeia; o publicitário Marcos Valério, a 40 anos e um mês. Você pode achar muito justo, leitor. Ocorre que Dirceu e Delúbio, que agora voltam à ribalta, já estão gozando do conforto de seus lares. Assim, a julgar pelas penas, a gente fica com a impressão de que eles foram muito mais efetivos na arquitetura do mensalão do que a dupla dinâmica do petismo. E essa hipótese, convenham, é ridícula.
Sim, eu sei como as coisas funcionam. A Kátia e Valério, foram imputados mais crimes, as penas foram se somando, e o resultado é o que vemos. Mas é preciso que se analise, então, se algo não acabou sendo mal encaminhado desde a denúncia, erro que não se pode repetir desta feita. A hipótese de que o petrolão chegue à fase de julgamento como mero esquema de assalto aos cofres do país, protagonizado por empreiteiros que decidiram corromper agentes públicos, é coisa ainda mais grave do que uma mentira: É UMA CORRUPÇÃO DA VERDADE. Tal leitura busca absolver o PT de seu crime principal: O ASSALTO À INSTITUCIONALIDADE.
Não cabe a Janot dar-se por satisfeito e aliviado que, passada a régua, nada exista de concreto contra Lula e Dilma. Sugiro ao procurador-geral que encaminhe logo a delação premiada de Ricardo Pessoa. Aí, então, veremos. E sugiro também que suspenda as conversas com José Eduardo Cardozo. Afinal, doutor Janot, como esquecer as palavras de Paulo Okamotto, sócio e faz-tudo de Lula, em entrevista ao Estadão? Ao se referir às relações do PT com as empreiteiras, foi cristalino: “Funciona assim: ‘Você está ganhando dinheiro? Estou. Você pode dar uma pouquinho do seu lucro para o PT? Posso, não posso.’”
Tudo muito claro.
Por Reinaldo Azevedo

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 22/02/2015 00:01
Reza a Constituição que os Poderes da República são independentes e harmônicos entre si. Sempre firme no seu propósito de presidir o Legislativo com independência, Renan Calheiros já demonstrou que é a favor de tudo e absolutamente contra qualquer outra coisa. Desde que esteja em perfeita harmonia com o Executivo.
Para socorrer Dilma Rousseff novamente, Renan empurrou com a barriga a votação do veto presidencial ao texto que havia reajustado a tabela do Imposto de Renda em 6,5%.
Deputados e senadores esperavam deliberar sobre a matéria em sessão marcada para terça-feira (24). Como presidente do Congresso, Renan é o responsável pela elaboração da pauta. Relacionou quatro vetos presidenciais. Nenhum deles trata do Imposto de Renda. A exclusão ocorre num instante em que até um pedaço PMDB, partido de Renan, tramava juntar-se à oposição para ajudar a derrubar o veto de Dilma.
Às voltas com a herança que deixou para si mesma, Dilma faz por pressão o ajuste fiscal que não fez por opção. E afirma que não há dinheiro no Orçamento da União para cobrir o custo de um reajuste de 6,5% na tabela do IR. Coisa de R$ 7 bilhões. Ela oferece 4,5%, um percentual bem abaixo da inflação, que fechou 2014 em 6,41%. Com o gesto de Renan, o Planalto ganhou tempo para seduzir seus aliados mais fiei$.
A partir de 8 de março, o veto do IR passa a “trancar'' a pauta do plenário do Congresso, que reúne deputados e senadores em sessões unicamerais. Significa dizer que nada poderá ser votado antes que os congressistas decidam se vão manter ou derrubar o veto de Dilma.
Autor da emenda dos 6,5%, o deputado pernambucano Mendonça Filho, líder do DEM, disse que protocolará na Mesa do Congresso um requerimento para que o veto do IR seja incluído na pauta desta terça. “Não há razão nenhuma para esperar mais tempo. Os trabalhadores estão sendo penalizados. A presidente diz concordar com o reajuste de 4,5%, mas não fez nada para assegurar nem mesmo esse percentual. Já se passaram quase dois meses de 2015 com correção zero. Agora, querem impor o terceiro mês sem reajuste.”
Mendonça acrescenta: “Não é aceitável que o Planalto exerça seu poder de pressão sobre o presidente do Congresso para impedir a apreciação de um veto que prejudica os trabalhadores, impondo um aumento de imposto disfarçado. Faremos o possível para evitar.”

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Domingo, fevereiro 22, 2015
Calvice da Dilma já é evidente (Foto: Diário do Poder). Clique sobre a imagem para vê-la ampliada.
Em meio a uma crise política, com momentos intermináveis de tensão, reuniões incontáveis e denúncias que surgem por todos os lados, a presidenta Dilma Rousseff luta bravamente para mudar a imagem. Pelo menos a própria imagem. Desde o ano passado, decidiu adotar um regime rigoroso. Não, não se trata de adotar medidas contra o pedido de impeachment alardeado pela oposição. Nada político – apenas mais uma dieta –, mas o fantasma da queda ronda a cabeça da presidenta. O objetivo era secar 13kg até a posse, no início deste ano mas, a olhos vistos, Dilma perdeu muito mais que as gordurinhas indesejadas. Para manter a nova imagem, magra e elegante, sua assessoria vai precisar esconder não só as guloseimas que eram comuns na cozinha do Palácio da Alvorada: as fotos revelam que com os lipídeos, foram-se alguns fios de cabelo. É preciso avaliar se a queda dos fios é decorrente da mudança provocada pela restrição alimentar ou resultado das inúmeras trocas no visual de Dilma.
Desde o início do ano, quando desfilou elegante, em um vestido de renda nude, passando em revista a tropa no dia da posse, a presidenta inaugurou um novo corte de cabelo, destacando fios com luzes mais claras escovadas displicentemente, dando um ar mais natural ao penteado.
A queda de cabelos, no entanto, é uma batalha que a presidente já enfrentou com sucesso quando anunciou em abril de 2009 – então ministra da Casa Civil do governo Lula – o uso da quimioterapia contra o linfoma Hodgkin, um tipo de câncer no sistema linfático, que a obrigou a usar uma peruca para disfarçar a calvície temporária. Oito meses depois, Dilma assumiu o corte do tipo Joãozinho, surgindo em dezembro com os cabelos bem curtos, renascendo.
Calvície
A alopecia é um problema que afeta principalmente aos homens, em decorrência da testosterona, o hormônio masculino, que sofre a ação de uma enzima ao atingir a raiz do cabelo, provocando a atrofia dos bulbos capilares impedindo o crescimento dos cabelos. As mulheres, com menor quantidade do hormônio no organismo, também sofrem o mesmo fenômeno.
Uma em cada cinco mulheres pode enfrentar algum tipo de calvície. Há vários tipos de calvície. A mais comum delas, que geralmente atinge as mulheres é a Alopécia Difusa, que pode ser provocada tanto por uso de medicamentos problemas psicológicos, efeito decorrente de dietas ou disfunções hormonais. Existe também a Alopécia Aerata que se apresenta com áreas únicas ou variadas, arredondadas ou ovais, sem cabelo ou difusas. A causa não é conhecida. 
Alerta
Os médicos, no entanto, alertam para um tipo que tem se tornado mais frequente: a Alopécia Mecânica, causada pela ação física frequente contra o couro cabeludo. Geralmente as mulheres que se submetem a alisamentos, aquecimento e uso de escovas, que provocam tração, além de substâncias químicas para a mudança da cor dos fios ou cobertura de fios brancos. Do site Diário do Poder


NO O ANTAGONISTA
Lava Jato na imprensa
Brasil 22.02.2015
Eu, Diogo, conto um episódio antigo (tenha paciência, por favor), mas acrescento um fato inédito que revela a promiscuidade entre a verba de publicidade da Petrobras e uma parcela da imprensa.
Em primeiro lugar, o episódio antigo, uma coluna que publiquei na Veja em setembro de 2006, em pleno escândalo dos aloprados:
“Fim de agosto. Base aérea de Congonhas. Lula se encontra com Domingo Alzugaray, dono da IstoÉ. O encontro está fora da agenda presidencial. Alzugaray se lamenta dos problemas financeiros da revista. Lula pergunta como pode ajudá-lo. Alzugaray sugere o pagamento imediato de uma série de encartes encomendados pela Petrobras. Valor total: 13 milhões de reais. Lula promete se interessar pelo assunto. Duas semanas depois, a IstoÉ publica a matéria de capa com os Vedoin, incriminando os opositores de Lula. Quem relatou o encontro confidencial entre Lula e Alzugaray foi o editor da sucursal brasiliense da IstoÉ, Mino Pedrosa. E quem o relatou a mim foi o PFL. Creio que seja verdade. Creio em tudo o que contam de ruim a respeito de Lula. O que posso garantir é que a imprensa lulista funciona assim mesmo. O presidente manda. O jornalista publica. O contribuinte paga".
Agora conto o fato inédito, que só me foi repassado sete anos mais tarde.
Durante a Operação Monte Carlo, a PF apreendeu um vídeo realizado por um araponga dois dias depois da publicação daquele meu artigo. Nele, o jornalista da IstoÉ, Mino Pedrosa, comentava minha coluna e confirmava o encontro entre Lula e o dono da revista.
Cito o relatório da PF:
“MINO mostra-se preocupado com seu futuro na ISTOÉ em função de um texto publicado na VEJA por DIOGO MAINARDI sobre um encontro entre o dono da ISTOÉ e o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Este encontro teria sido viabilizado por MINO, segundo ele próprio confidencia".
Dois meses depois do encontro entre Lula e o dono da IstoÉ, a CPI dos Sanguessugas revelou que o chefe dos aloprados, Hamilton Lacerda, trocara dezenas de telefonemas com o diretor de Marketing da Petrobras, Wilson Santarosa.
Na época, escrevi o seguinte:
“Analisando os telefonemas de Hamilton Lacerda, descobri que ele recebeu também chamadas do celular de Dudu Godoy. Dudu Godoy é um dos sócios da Quê, agência de propaganda que atende a Petrobras. Ele foi um dos marqueteiros da campanha de Lula, em 1998, e fez carreira em Campinas, assim como Wilson Santarosa, que presidiu o sindicato dos petroleiros local. De maio a setembro de 2006, a IstoÉ veiculou 58 páginas de anúncios da Petrobras. Pelos dados do Ibope Monitor, foram 2,6 milhões de reais investidos pela estatal na revista. Carta Capital lucrou ainda mais, proporcionalmente à sua tiragem. Foram 789.000 reais".
Se você chegou até aqui, peço desculpas. Não tenho o menor interesse em me vangloriar por artigos escritos quase dez anos atrás. Só quero dar essa pista aos investigadores da Lava Jato, que leem regularmente O Antagonista.
Bom domingo para você e para eles também.

O advogado das empreiteiras
Brasil 22.02.2015
José Eduardo Cardozo usou o seguinte argumento para defender as empreiteiras que roubaram a Petrobras:
"É preciso separar as pessoas das empresas. As condutas individuais devem ser investigadas. Outra coisa é tomar decisões contra as empresas, que possam prejudicar a economia do País. Temos que ter o cuidado para não atentar contra a economia, contra o emprego e contra o bem-estar da sociedade". 
É exatamente o mesmo argumento usado por outra categoria que movimenta a economia e gera empregos - a Máfia.
Obra pública realizada por empreiteira ligada à Máfia

Lava Jato na publicidade
Brasil 22.02.2015
O diretor de Marketing da Petrobras, Wilson Santarosa, está no cargo desde 2003.
Ele é homem da CUT - como Lula, Delúbio Soares e João Vaccari Neto. E é ligado a José Dirceu - como Renato Duque.
A Lava Jato está esquadrinhando os roubos cometidos em pelo menos duas diretorias da Petrobras. O Antagonista sugere que os procuradores esquadrinhem igualmente as contas de publicidade da estatal.
Porque o dinheiro que entrou por meio de contratos superfaturados das empreiteiras saiu para financiar, entre outras coisas, a propaganda eleitoral.
Desde os tempos de Marcos Valério, sabemos que uma parte do dinheiro roubado pelo PT é remetida para contas de publicitários no exterior. Mais do que isso: sabemos que as empresas de propaganda tornaram-se instrumentos perfeitos para esquentar notas frias e lavar dinheiro.
A Lava Jato está fazendo um trabalho extraordinário. Para completá-lo, porém, ela tem de seguir o rastro da propaganda da Petrobras. Será muito útil para o inquérito e, em determinados casos, permitirá até mesmo fazer uma faxina na imprensa.
Santarosa e o dinheiro de publicidade da Petrobras

Ricardo Pessoa na CPI da Petrobras: sim, sim, sim
Brasil 21.02.2015
Vamos recapitular, neste final de sabadão, os principais pontos da reportagem da Veja sobre Ricardo Pessoa, o dono da empreiteira que está pronto a explodir. São eles:
a) O ministro ocupador da pasta da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi pego na mentira. Não foi o advogado da UTC a procurá-lo, e sim ele a procurar o advogado da UTC, com quem manteve reunião secreta para implorar que Ricardo Pessoa não entregasse Lula e Dilma em delação premiada. O assunto foi a Lava Jato, ao contrário do que o ministro havia afirmado. Agora, José Eduardo Cardozo diz que vai processar os interlocutores de Ricardo Pessoa. Vai nada...
b) Ricardo Pessoa deu 30 milhões de reais a campanhas do PT no ano passado, inclusive a de Dilma Rousseff, que recebeu um terço do total. O dinheiro veio de contratos superfaturados da Petrobras
c) As campanha de Jaques Wagner e Rui Costa ao governo da Bahia foram igualmente financiadas com dinheiro sujo da estatal
d) José Dirceu recebeu 2,3 milhões de reais de dinheiro do Petrolão, em 2011, a pedido de João Vaccari Neto. A grana foi repassada por meio de contratos simulados de consultoria
e)) Lula não pode mais fingir que nada tem a ver com a lambança. Ricardo Pessoa, amigo seu até ir preso, afirma que o esquema de corrupção na Petrobras começou em 2003, sob o comando de Delúbio Soares, sucedido depois do mensalão por João Vaccari Neto
Diante dessas revelações (imagine-se o que Ricardo Pessoa tem ainda a contar, se esse foi só um recado), a oposição quer convocar o empreiteiro para depor na CPI da Petrobras. O melhor resumo é do deputado José Carlos Aleluia, do DEM: “Quem com porcos se mistura farelo come. E Lula criou um chiqueiro na Petrobras. Por isso, não tem cabimento estarem soltos o ex-diretor Renato Duque, o tesoureiro João Vaccari Neto e o próprio Lula. Eles estão atrapalhando a investigação."
Lula, segundo o deputado Aleluia

O advogado-geral da União mente
Brasil 21.02.2015
Assim como Luiz Inácio Lula da Silva, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams é um fanfarrão. Depois de escrever, no Palácio do Planalto, uma instrução normativa que coloca o Tribunal de Contas da União a reboque da Controladoria-Geral da União, na assinatura de acordos de leniência indecentes com as empreiteiras do Petrolão, Luís Inácio Adams gravou um vídeo assombroso -- para dizer que a tramóia com a cúpula do PT "não tem nenhuma função penal, não isenta o criminoso, não impede a produção de prova".
É mentira. Os acordos de leniência, na forma imaginada por Luís Inácio e os seus patrões petistas, foram feitos para:
a) Permitir às empreiteiras bandidas que passem ao largo da Justiça, no caso do Petrolão, mais especificamente do juiz Sergio Moro e dos procuradores da Operação Lava Jato.
b) Permitir às empreiteiras bandidas que continuem a assinar contratos públicos e a receber empréstimos do BNDES, mediante o pagamento de uma simples multa.
c) Permitir às empreiteiras bandidas que paguem pelo silêncio dos executivos presos em Curitiba.
d) Permitir a Lula e Dilma que se safem do envolvimento no Petrolão, visto que as empreiteiras bandidas, pelos acordos de leniência feitos diretamente com a GGU, não precisarão contar tudo o que sabem, ao contrário do que ocorreria com a delação premiada. Mais impedimento de produção de prova, impossível.
Luís Inácio Adams precisa explicar:
1) Por que que foi ele a escrever a instrução normativa assinada por Bruno Dantas, ministro do TCU.
2) Por que ele correu para o TCU, a fim de obter a aprovação da instrução normativa em tempo recorde.
3) O que ele terá em troca pelo servicinho sujo. Uma vaga no Supremo Tribunal Federal, quem sabe?
4) Por que a União tem um advogado-geral que trabalha contra a União, em favor de um bando criminoso.

A caça ao doleiro da Odebrecht
Brasil 21.02.2015
A revista Época traz uma reportagem excelente na edição desta semana: a caça ao doleiro Bernardo Freiburghaus, suíço-brasileiro que se escafedeu em junho do ano passado, poucos meses antes da etapa Juízo Final, da Operação Lava Jato.
Bernardo Freiburghaus operava para muitos malandros do escândalo do Petrolão, mas principalmente para a Odebrecht. De acordo com o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, por exemplo, ele próprio recebeu 5,6 milhões de dólares -- parte da propina de 23 milhões de dólares paga pela empreiteira comandada por Marcelo Odebrecht -- numa conta no banco suíço Julius Baer, aberta pelo doleiro a mando de Rogério Araújo, ex-diretor da empreiteira.
Se acharem Bernardo Freiburghaus, a Odebrecht está frita.
Atenção, se acharem o Bernardo, estou frito

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