DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
13 DE FEVEREIRO DE 2015
Além da incapacidade de realizar projetos de geração e transmissão, diretores de Engenharia de estatais do setor elétrico como Eletrobras, Eletronorte, Eletrosul, Chesf e Furnas, prepostos do PT, fixaram um modelo de negócio vulnerável à corrupção. Eles definem projetos, fazem “chamamento” (e não licitação) e escolhem parceiros de EPEs (Empresas de Propósito Específico) constituídas para a execução das obras. Apesar de “minoritárias” nas EPEs, as estatais é que mandam.
As empresas escolhidas pelos diretores petistas ficam com 51% das EPEs e as estatais com 49%. Por isso, a EPE é considerada privada.
Na estatal Chesf, o PT “aparelhou” de 34 das 52 EPEs, indicando como diretores militantes incapazes, impondo ritmo de cágado às obras.
Tanta incapacidade provocou atraso em 272 obras na área de energia e prejuízo R$ 65 bilhões ao Brasil, segundo estudo da Firjan.
Dilma tem dado mais ouvidos ao assistente pessoal Anderson Dornelles do que ao ex-presidente Lula, antigo guru e padrinho político. O gaúcho de 35 anos, que Dilma conheceu quando ele tinha 13 anos como seu office-boy, Anderson é chamado por ela de “Bebê” ou “Menino” e acabou promovido de “porta-celular” a confidente e até conselheiro político. Ele se dirige a ministros como se fosse um deles.
Anderson ficou ainda mais próximo de Dilma, na medida em que cresceu o desprezo dela por ajudantes de ordem militares.
Dornelles controla o celular, o tablet e a agenda de Dilma, e não é apenas um garoto de recados. É mesmo a voz da presidente.
Dilma anda tão emburrada que sobrou até para seu porta-voz, Thomas Traumann, que há um mês não consegue falar com ela. Pede hora, insiste, mas não recebe resposta do gabinete da madame.
Líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB) garante que, haja carnaval ou não, o tucanato “colocará o bloco na rua” para investigar o governo Dilma no Petrolão, Eletrobras, fundos de pensão e BNDES.
Presidente, Lula prometeu que nordestino algum precisaria recorrer mais a um caminhão-pipa. Hoje são mais de mil, segundo contabilizou o deputado Raimundo Matos (PMDB-CE).

NO DIÁRIO DO PODER
EX-DIRETOR LIGADO AO PT PUNIA EMPRESAS QUE ATRASASSEM PROPINA, DIZ YOUSSEF
YOUSSEF CONTOU À PF QUE DUQUE PUNIA EMPRESAS QUE ATRASAVAM SUBORNO
Publicado em 13 de fevereiro de 2015 às 1:09
Por: Redação

Empresas que atrasavam o pagamento de propina eram “punidas” pelo então diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras Renato Duque, conforme revelou o doleiro Alberto Youssef à Polícia Federal em depoimento sob acordo de delação premiada. Além disso, segundo o doleiro, “caso precisasse de aditivo, a empresa ‘não contribuinte’ não contaria com qualquer auxílio ou facilitação para que os aditivos fossem aprovados ou agilizados”. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com o doleiro, Duque procurou representes da Alusa e sugeriu que eles apresentassem uma determinada proposta para arrematar uma obra do Comperj, complexo petroquímico no Rio de Janeiro, que estaria prometida para a Camargo Corrêa.
Youssef relatou que o ex-diretor pretendia prejudicar a Camargo Corrêa, que “fazia jogo duro” para desembolsar o suborno.
No mesmo relato à PF, o doleiro deu outros detalhes, confirmando que empresas refratárias ao esquema de corrupção enfrentavam mais dificuldades na Petrobras.
Ele relatou que os obstáculos surgiam quando havia a necessidade de estatal aprovar alterações de prazos e reajustes de valores.
O doleiro também explicou como funcionava a sistemática usada por outro ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa (Abastecimento), na hora de exigir suborno dos empresários.
Como exemplo, lembrou a ocasião em que foi cobrar propina da construtora Delta referente a um contrato firmado com a área de Abastecimento, mesmo não sabendo se a empreiteira havia se beneficiado pelo esquema.
Os representantes da Delta teriam informado que não tinham recursos para arcar com o suborno.
“A orientação que recebia, tanto por parte da liderança do PP quanto de Paulo Roberto Costa, foi (…) de cobrar comissão de todas as empresas que celebrassem contratos no âmbito da diretoria de Abastecimento”, disse Youssef aos policiais.
Com a anuência de Costa, segundo ele, o doleiro interferia no funcionamento do cartel que atuava junto a Petrobras, no sentido de reduzir a concorrência entre as participantes do grupo.
Youssef disse ter atendido a um pedido de Marcio Farias, da Odebrecht, para pedir aos diretores da Galvão Engenharia que parassem de “furar os contratos”, ou seja, oferecer preços menores para vencer as concorrências na estatal.
O doleiro relatou que disse aos representantes da Galvão: “se prosseguisse nessa conduta, a empresa não seria mais convidada a participar das licitações”.
“(…) Os executivos entenderam a mensagem e pararam de agir de forma diferente do combinado”, relatou Youssef.

ODEBRECHT PREMIOU ‘BOM RELACIONAMENTO’ COM PROPINA DE US$ 31,5 MILHÕES, DIZ COSTA
COSTA DIZ TER RECEBIDO US$31,5 MILHÕES DA EMPRESA DE ODEBRECHT 
Publicado: 13 de fevereiro de 2015 às 0:55
Por: Redação

A empreiteira baiana Odebrecht pagou 31,5 milhões de dólares em propina ao ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, segundo ele, como reconhecimento pelo “bom relacionamento” entre ele e a empres. A confissão do ex-diretor ocorreu em acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. A Odebrecht é a empresa com o maior volume de contratos na Petrobras, durante o período em que se deu o roubo, de 2004, no goberno Lula, a 2012, no governo Dilma. Como é habitual, a empresa divulgou nota negando as acusações e dizendo ser alvo de “calúnia”.
Costa detalhou irregularidades da Odebrecht em contratos com a Petrobras. Foi o caso de um contrato no valor de US$ 800 milhões, no final de 2010, na área de segurança, meio ambiente e saúde que somou. A Diretoria Executiva da Petrobras propôs o negócio, que compreendia o controle de emissão de poluentes, saúde dos trabalhadores e segurança nas instalações da estatal. Paulo Roberto Costa disse que, “posteriormente”, ficou sabendo pela imprensa que Graça Foster, à época em que ela presidia a estatal, determinou a criação de uma comissão interna que reviu o contrato e reduziu o valor para a metade, cerca de US$ 400 milhões.
O ex-diretor da petroleira afirmou ter achado “estranha” a redução, já que a própria Graça Foster aprovou o contrato, em 2010, quando comandava a diretoria de Gás e Energia. Costa disse aos policiais federais que, na opinião dele, possa ter havido alguma “irregularidade” no contrato, considerando-se que envolvia uma empreiteira que fazia parte do cartel de empresas que dividia entre si as obras da Petrobras.
A confissão de Paulo Roberto Costa, somente agora revelada, foi feita inicialmente à Polícia Federal em 4 de setembro passado e anexadas aos processos da Lava Jato nesta quinta-feira (12). O dinheiro pago pela construtora era depositado em contas na Suíça pelo operador Bernardo Freiburghaus, dono da Diagonal Investimentos. Paulo Roberto Costa contou que os US$ 31,5 milhões foram depositados entre os anos de 2012 e 2013 em quatro momentos diferentes. Ele disse ainda que o dinheiro foi enviado pela construtora para quatro contas correntes distintas em nome de empresas criadas por ele.
O ex-diretor da Petrobras relatou ainda que o pagamento da propina foi sugerida, “entre 2008 e 2009”, por Rogério Araújo, então diretor de Engenharia da Odebrecht. Na conversa, Araújo teria dito que o ex-dirigente da Petrobras era “muito tolo” por “ajudar mais aos outros que a si mesmo”, referindo-se à fatia do suborno que Costa repassava ao Partido Progressista (PP).
“Em relação aos políticos que você [Paulo Roberto Costa] ajuda, a hora que você precisar de algum deles eles vão te virar as costas”, teria dito o diretor da construtora, conforme relato de Costa à PF.
O ex-diretor da Petrobras disse que, então, o diretor da Odebrecht o apresentou a Bernardo Freiburghaus, que seria responsável por efetuar o pagamento da propina no país europeu.
No depoimento, Paulo Roberto Costa afirmou que se reunia a cada dois meses com Freiburghaus e que os depósitos nas contas bancárias da Suíça ocorriam a cada “dois ou três meses”.
Por meio de comunicado, a Odebrecht negou ter feito “qualquer pagamento ou depósito em suposta conta de qualquer político, executivo ou ex-executivo da estatal”.
Costa destacou que o dinheiro que recebeu da Odebrecht como propina teve origem em contratos firmados entre a Petrobras e a construtora, entre os quais o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e a Refinaria Abreu e Lima.

‘JÁ ERA ESPERADO”, DIZ LÍDER TUCANO SOBRE ENVOLVIMENTO DE DIRCEU NA LAVA JATO
SENADOR CASSIO CUNHA LIMA: DIRCEU NO PETROLÃO ERA QUESTÃO DE TEMPO
Publicado em 12 de fevereiro de 2015 às 22:17
Por: Redação

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), afirmou nesta quinta-feira, 12, que a notícia de que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi citado na delação premiada do doleiro Alberto Youssef já era esperada.
“É uma suspeita que se confirma. O Brasil sempre suspeitou do envolvimento daqueles que foram os atores principais do mensalão no petrolão”, disse em referência à forma como escândalo na Petrobrás vem sendo chamado pela oposição.
Cunha Lima acusou o PT de montar uma “estrutura criminosa” nos órgãos públicos para perpetuar o projeto de poder da sigla e que, por isso, é natural que os personagens envolvidos em escândalos se repitam.
“A cada investigação que for feita, seja na Petrobras, seja no BNDES, provavelmente nós encontraremos as mesmas figuras carimbadas”, disse.
Personagem central da Lava Jato, o doleiro envolveu Dirceu e o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci a um suposto recebimento de propina em outro trecho de sua delação. Atualmente, Dirceu cumpre pena em regime aberto por envolvimento no mensalão. Ele foi considerado, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), como o “chefe da quadrilha” do esquema de compra de apoio político no Congresso em troca de apoio durante o primeiro mandato do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
CPI
O líder tucano afirmou ainda que não vê problemas em a CPI da Petrobrás na Câmara ser ampliada e apurar também fatos ocorridos no período do governo de Fernando Henrique Cardoso, como querem os petistas.
“Nós somos a favor de qualquer forma de investigação. Vamos investigar tudo, passado e presente, para que possamos ter um futuro livre da corrupção”, disse.

NO BLOG DO CORONEL
SEXTA-FEIRA, 13 DE FEVEREIRO DE 2015
Os três porquinhos das Dilma: José Eduardo Dutra, diretor da Petrobras, José Eduardo Cardozo, atual ministro da Justiça e Antônio Palocci, demitido por ter se envolvido em consultorias fantasma e citado na Lava Jato. Cardozo, ao defender o PT, está defendendo a sua participação na campanha de 2010 que, segundo várias delações, recebeu dezenas de milhões do propinoduto da Petrobras. Será que ele sabia?
(Folha de São Paulo) O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta quinta-feira (12) que denúncias de pagamento de propina na Petrobras durante o governo Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, devem ser investigadas na Operação Lava Jato.Em entrevista à Folha, o ministro disse que o dever da polícia é apurar qualquer suspeita de ato ilícito. 
A declaração de Cardozo ocorre depois de o PT, seu partido, contestar o fato de investigadores não terem indagado depoentes sobre denúncias que envolvem o pagamento de propina na Petrobras no período anterior a 2003, ano do primeiro mandato petista na Presidência da República. Em delação premiada divulgada na semana passada, o ex-gerente de Engenharia Pedro Barusco relatou ter começado a receber propina em 1997, época em que o PSDB comandava o país. Procurado na ocasião para comentar as declarações de Barusco, o partido não comentou.
"Se foram relatados ilícitos nas delações, pouco importa sob quais governos ocorreram, pouco importa se isso aconteceu no governo da presidente Dilma, do presidente Lula ou do presidente Fernando Henrique Cardoso, tudo tem de ser investigado." Pressionado pelas investigações da Lava Jato, o PT adotou como estratégia exigir que o PSDB também seja alvo da investigação após declarações de que as irregularidades vinham lá de trás, portanto antes de a legenda assumir o poder e, assim, passar a controlar a Petrobras. 
Na reclamação feita à Procuradoria-Geral da República, petistas alegam que o Ministério Público estaria fazendo uma investigação "dirigida e ilegal" com fins "político-partidários" nos processos da Lava Jato. Na opinião dos deputados, procuradores que atuam no caso não teriam questionado de forma correta, nem aprofundado a acusação do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco. 
O ministro negou que esteja se manifestando a favor de sua sigla e contra o PSDB. "Não é o PSDB, são todos os fatos narrados", argumentou Cardozo. "Determinei à PF que esclareça as indagações do PT tomando todas as providências cabíveis ao caso." Para ele, não se trata de fazer jogo político, mas de cumprir o "dever legal" da polícia de apurar qualquer notícia de ocorrência de crime. "Não é opção, é um dever. Não investigar significa prevaricação", afirmou o ministro.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 06:46:00

QUINTA-FEIRA, 12 DE FEVEREIRO DE 2015
Hoje pela manhã publicamos um post sobre o grande problema do FIES e, especialmente, a postura ditatorial do coronel Cid Gomes, ministro da Educação, que entende tanto do ramo quanto eu de preparar uma buchada de bode. Cid havia cortado o FIES para as instituições que houvessem aumentado a mensalidade mais de 4,5%, mesmo que a inflação oficial, muito abaixo da real, tenha sido 6,4%. Somente à tarde a Oposição, instada há dias por este blog, deu algum sinal na liderança do Senado de que o assunto preocupava o senador Cássio Cunha Lima. Na Paraíba. Pois bem. Agora o Estadão informa que o coronel Cid Gomes piscou e "permitiu" aumento de 6,4%. Além disso, manteve as regras para quem já tinha FIES. Os estudantes venceram a parada. Nosso blog também. E a Oposição deixou o cavalo passar encilhado. Uma pena!
POSTADO POR O EDITOR ÀS 21:10:00


NO BLOG DO NOBLAT
Como chegar a Lula no escândalo da Petrobras
13/02/2015 - 03h00
Ricardo Noblat
O cerco começa a se fechar em torno da Odebrecht, a maior empreiteira do país suspeita de envolvimento com a corrupção na Petrobras.
Em delação premiada ao Ministério Público Federal, Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras preso em Curitiba desde o ano passado, disse que a Odebrecht lhe pagou propinas a “cada dois ou três meses” em suas contas na Suíça entre 2008 e 2013.
Por baixo, Paulo Roberto calcula que recebeu no total algo como US$ 31,5 milhões. Os pagamentos tiveram a ver, segundo ele, com uma política da empreiteira de “bom relacionamento”.
A iniciativa partiu do diretor da Odebrecht Plantas Industriais Rogério Araújo. Paulo Roberto confessa que ouviu dele:
- Você é muito tolo, você ajuda mais os outros que a si mesmo. E em relação aos políticos que você ajuda, a hora que você precisar de algum deles eles vão te virar as costas.
A empreiteira desmentiu Paulo Roberto.
Há uma força tarefa formada por representantes do Ministério Público Federal e da Polícia Federal que atua desde a fase inicial da Operação Lava-Jato investigando contratos da Odebrecht com a Petrobras e o eventual pagamento de suborno.
A empresa sabe disso. E está pronta para rebater o que lhe imputem tão logo isso ocorra. E por meio da Odebrecht que o Ministério Público e a Polícia Federal imaginam que podem chegar ao ex-presidente Lula.
Assim que largou a presidência da República, Lula passou a prestar serviços a empreiteiras com negócios no exterior. A Odebrecht é uma delas. A OAS, outra.
Lula aproveita relações que estabeleceu com governos na época em que era presidente para defender os interesses das empreiteiras.
O que ele faz não é ilegal. Imoral? Pode ser.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
13/02/2015 às 6:07
A Corte de Cassação da Itália, a mais alta instância da Justiça daquele país, autorizou a extradição de Henrique Pizzolato, ex-gerente de marketing do Banco do Brasil, condenado a 12 anos e sete meses de prisão por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Notem: o que fez o tribunal foi afirmar que a extradição é possível. A decisão cabe ao governo, mais especificamente ao ministro Andrea Orlando, da Justiça. A questão só chegou à alta corte do país porque Pizzolato tem dupla nacionalidade. No Brasil, quem andou a dizer sandices foi o ministro Roberto Barroso, relator do processo do mensalão no Supremo. Por que afirmo isso? Vamos lá.
Indagado a respeito do caso, Barroso afirmou o seguinte: “Se houve uma condenação, e a Itália não entregar Pizzolato para que a pena seja cumprida no Brasil, certamente haverá uma sensação de impunidade. Pior do que uma sensação de impunidade: haverá um fato real e concreto de impunidade já que há uma decisão transitada em julgado”.
Sim, eu concordo com o ministro. Mas quem é ele para falar?
Antes de chegar ao Supremo, Barroso foi advogado de Cesare Battisti, o terrorista que conseguiu refúgio no Brasil por obra do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Battisti, membro de um grupo de extrema esquerda chamado Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), foi condenado à prisão perpétua na Itália pelo assassinato de quatro pessoas. O criminoso fugiu para a França, que decidiu extraditá-lo. Seus advogados recorreram à Corte Europeia contra a extradição. Perderam. O bandido fugiu, então, para o Brasil.
Em 2009, Tarso Genro, ministro da Justiça, lhe concedeu refúgio político — embora Battisti tenha sido condenado na Itália por crime comum. Em sua justificativa, o petista escreveu uma das peças mais patéticas da história. Afirmou, o que é escandalosamente mentiroso, que Battisti tinha sido vítima de um julgamento de exceção, durante os chamados “anos de chumbo”. A expressão designa o tempo em que a Itália enfrentou tanto o terrorismo de extrema esquerda como o terrorismo de extrema direita. Ocorre que, atenção!, jamais deixou de ser uma democracia.
O governo da Itália pediu a sua extradição, e a questão chegou ao Supremo. O grande e midiático defensor de Battisti, na fase final do julgamento, foi justamente Barroso. O Supremo tomou, então, uma das mais escandalosas decisões de que se tem notícia, prestem atenção: considerou, sim, ilegal o refúgio concedido ao italiano, mas disse que caberia ao presidente da República dar a palavra final, nos termos do Tratado de Extradição. Lula fez o quê? Concedeu o refúgio — contra o tratado. O Supremo voltou a se pronunciar. Consideraram a decisão de Lula ilegal os ministros Gilmar Mendes, Ellen Gracie e Cezar Peluso. Viram a decisão do petista como ato de soberania de estado Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Carlos Ayres Britto, Joaquim Barbosa e Marco Aurélio. Ou por outra: seis ministros consideraram que o presidente é soberano para tomar uma decisão ilegal.
Agora volto a Barroso. Perguntaram a ele se o caso de Pizzolato não era semelhante ao de Battisti. Ora, é claro que é! Com duas diferenças: o terrorista não tinha dupla cidadania e cometeu crime de morte. O ministro, claro, negou a semelhança: “Não há nenhum tipo de analogia possível, nem muito menos eu imaginaria que uma democracia madura como a italiana, com instituições consolidadas, teria a preocupação de retaliar numa situação como essa”.
Espero que não! Espero que o governo da Itália não decida ficar com um criminoso brasileiro, assim como o governo do Brasil decidiu ficar com um criminoso italiano. Até porque não seria retaliação, mas burrice.
Torço para que Pizzolato volte e aterrorize os pilantras mensaleiros. Quanto ao ministro Barroso, dizer o quê? Deveria ser menos falastrão. 
Por Reinaldo Azevedo

13/02/2015 às 6:05
Leiam trecho:
Não disputo o poder e, para mim, ganhe este ou aquele, a vida segue a mesma. Os petralhas ainda não conseguiram a minha cabeça na bandeja, rodeada de cerejas e com uma maçã na boca, embora já tenham tentado algumas vezes. Gostam de propor trocas indecorosas aos contratantes, até agora rejeitadas.
Pouco afeitos ao trabalho duro, os companheiros ignoram que tenho outras habilidades além de juntar coordenadas e subordinadas. E nenhuma delas é executada de joelhos ou depende de patrocínio da Petrobras ou de estatais que virarão, cedo ou tarde, caso de polícia.
E porque não disputo o poder, a irritação ou o gozo que me provoca a política são, vá lá, puramente intelectuais. E, ora vejam, vou me irritando ou gozando cada vez menos com ela. Para que algo excite a nossa imaginação, é preciso haver “encantamento”, palavra oriunda do mesmo manancial semântico de que vêm o canto e o poema. Pesquisem. Irrita-se aquele que se deixa estimular, excitar, que se sente instigado. Encantamento e irritação são expressões benignas de importar-se.
No meu próximo artigo, defendo o impeachment da Dilma. Neste, permitam-me que expresse o tédio que essa gente provoca em mim. O tédio é parente do ódio, mas se trata de uma aversão mais contida, mais serena, mais preguiçosa. E me enfadam menos os donos do poder, que estão por aí tentando achar uma saída, uma desculpa, uma trilha culposa que os livre do dolo e da cadeia, do que seus escribas.
(…)
Leiam a íntegra aqui
Por Reinaldo Azevedo

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Sexta-feira, fevereiro 13, 2015
O que será, que será? Que andam suspirando pelas alcovas; O que será que estão combinando no breu das tocas?
Embora a capa da revista Veja faça uma brincadeira com os leitores estimulando-os a abrir a revista só depois do carnaval e aproveitar o feriadão para desplugar da parafernália eletrônica que nos mantém plugados 24 horas do dia, o certo é que o miolo da revista está irresistível. 
A reportagem-bomba de Veja desta semana revela uma reunião dos petistas de alto coturno com representantes dos empreiteiros grandalhões ocorrida nesta semana. O objetivo do encontro foi garantir aos mega empresários que na verdade mantiveram os petralhas no poder até explodir o petrolão, que passadas os festejos de Momo, Lula sairá da toca para comandar uma "operação-abafa", cujo objetivo é esfarelar a Operação Lava-Jato, impedindo que os empreiteiros entreguem o próprio Lula e a 'Presidenta'. Ninguém desconhece o fato de que os grandalhões envolvidos no petrolão estão prontos para explodir e não há Revotril que os apascente. Estão presos e humilhados. E, ao que parece, gostariam muito de falar com o demiurgo de Garanhuns, vulgo 'Barba'.
É nesse ambiente nervoso, quando cresce o movimento popular pelo impeachment da Dilma, que se realizou a tal reunião cujo desfecho foi a notícia de que Lula sairá da toca para transformar o petrolão em piada de salão. Será?
Por tudo isso, este modesto escriba continuará ligado full-time. Afinal, longe dos ruidosos folguedos carnavalescos figuras de cenhos franzidos estarão procurando de todas as formas fazer sumir do horizonte político as nuvens carregadas do petrolão.
Nesta madrugada o site de Veja ofereceu um resumo da reportagem-bomba que chegará às bancas nesta sexta-feira (13) que transcrevo para vocês. Leiam:
A MORTE DO 'DEUS' PETRALHA
Desde a morte do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos no ano passado, o PT perdeu seu grande estrategista em momentos de crise. Chamado carinhosamente de “God” (Deus, em inglês) pelos amigos, o onipresente MTB foi convocado para coordenar a defesa das empreiteiras tão logo deflagrada a Operação Lava-Jato. Ele tinha uma meta clara: livrar seus clientes de penas pesadas na Justiça e, de quebra, o governo petista da acusação de patrocinar um novo esquema de corrupção para remunerar sua base aliada no Congresso.
Negociador nato, Thomaz Bastos se dedicava a convencer o Ministério Público Federal de que a roubalheira na Petrobras não passava de um cartel entre empresas -- e que, como tal, deveria ser punido e superado com o pagamento de uma multa bilionária. Nada além disso. A morte tirou o criminalista cerebral da mesa de negociação. MTB deixou um vácuo. O governo perdeu sua ponte preferencial com as empreiteiras, o diálogo entre as partes foi interrompido, e as ameaças passaram a dominar as conversas reservadas. Foi nesse clima de ebulição que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, assumiu o papel de bombeiro. Ex-deputado pelo PT e candidato há anos a uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cardozo se lançou numa ofensiva para acalmar as construtoras acusadas de envolvimento no petrolão, que, conforme VEJA revelou, ameaçam implicar a presidente Dilma Rousseff e o antecessor Lula no caso se não forem socorridas. Há duas semanas, o ministro recebeu em seu gabinete, em Brasília, o advogado Sérgio Renault, defensor da UTC, que estava acompanhado do ex-deputado petista, Sigmaringa Seixas.
O relato da conversa percorreu os gabinetes de Brasília e os escritórios de advocacia como um sopro de esperança para políticos e empresários acusados de se beneficiar do dinheiro desviado da Petrobras. 
UMA ARAPUCA PARA A OPOSIÇÃO
Não sem razão. Na reunião, que não constou da agenda oficial, Cardozo disse a Renault que a Operação Lava-Jato mudaria de rumo radicalmente, aliviando as agruras dos suspeitos de crimes como corrupção e lavagem de dinheiro. O ministro afirmou ainda que as investigações do caso envolveriam nomes de oposicionistas, o que, segundo a tradição da política nacional, facilitaria a costura de um acordo para que todos se safem. Depois disso, Cardozo fez algumas considerações sobre os próximos passos e, concluindo, desaconselhou a UTC a fechar um acordo de delação premiada. Era tudo o que os outros convivas queriam ouvir. Para defender a UTC, segundo documentos apreendidos pela polícia, o escritório de Renault receberá 2 milhões de reais. Além disso, se conseguir anular as provas e as delações premiadas que complicam a vida de seu cliente, amealharia mais 1,5 milhão de reais. Renault esgrime a tese de que a Lava-Jato está apinhada de irregularidades, como a coação de investigados. No encontro, Cardozo disse o mesmo ao advogado, ecoando uma análise jurídica repetida como mantra pelos líderes petistas.
LULA E AS CINZAS
Depois da reunião no ministério, representantes de UTC e Camargo Corrêa recuaram nas conversas com o Ministério Público para um acordo de delação premiada. A OAS manteve-se distante da mesa de negociação. “Na quarta-feira (11) (um dia depois do encontro em Brasília), fomos orientados a suspender as conversas com os procuradores”, confidencia um dos advogados do caso. Cardozo não operou esse milagre sozinho. “Chegou o recado de que o Lula entrará para valer no caso e assumirá a linha de frente. Isso aumentou a esperança de que o governo não deixe as empresas na mão”, diz outro advogado de uma empreiteira.
Procurados por VEJA, Cardozo, Renault e Sigmaringa tropeçaram nas próprias contradições ao tentar esclarecer a reunião no Ministério da Justiça, classificada por eles como um mero bate-papo entre amigos sobre assuntos banais. Cardozo disse inicialmente que não se reuniu com Renault. Depois, admitiu o encontro. A primeira reação de Sigmaringa também foi negar a audiência com Renault no gabinete do ministro, para, em seguida, recuar. Os amigos compartilham, como se vê, do mesmo problema de memória. Na versão de Cardozo, a reunião teria sido obra do acaso. Sigmaringa, um “amigo de longa data”, teria ido visitá-lo. Renault, que estava em Brasília e tinha um almoço marcado com o ex-deputado, decidiu se encontrar com Sigmaringa também no ministério. Pimba! Por uma conjunção cósmica, o advogado da UTC, empresa investigada pela Polícia Federal, acabou no gabinete de José Eduardo Cardozo.
Conforme os estimados leitores podem constatar não há clima de jeito nenhum para as brincadeiras de carnaval, haja vista que o circo está de fato pegando fogo. Não dá para ficar de bobeira. Sugiro que passem cedo na banca mais próxima e apanhem o exemplar de Veja e se preparem para a quarta-feira de cinzas!

NO BLOG ALERTA TOTAL
Sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Qual é a verdadeira identidade do cabra Fabrício Melgaço, principal inimigo oculto do comendador José Alfredo, um bilionário quase falido, porém bonitão, na trama macabra escrita por Agnaldo Silva, na novela Império? Breve, todo mundo ficará sabendo, quando o folhetim global acabar. Enquanto isto, quem fez ontem uma pergunta parecida a um amigo, com resposta previamente sabida, foi o empresário Eike Batista. No Brasil surreal, desgovernado pelo regime nazicomunopetralha, a realidade começa a imitar até a ficção.
Indignado com a ação da Polícia Federal na casa de sua ex-mulher, a bela musa carnavalesca Luma de Oliveira, Eike desabafou que tem arsenal suficiente para prejudicar muita gente graúda, principalmente quem agora age para destruí-lo. Apenas para não deixar dúvida no ar, Eike não se referia ao juiz do caso OGX, que os advogados dele querem fora do caso. Mas sim a um complô orquestrado, politicamente, por quem já foi aliado dele até recentemente, mas agora deseja acabar com ele. Eike se sente traído, e ameaça se vingar? Ou tudo não passa de bravata?
Qual será a surpresa desta carnavalesca sexta-feira 13? Provavelmente nenhuma. O cenário é o mesmo de sempre. Todos os acusados ou suspeitos de envolvimento a partir das 13 denúncias de delação premiadas da Lava-Jato repetem o mesmo procedimento padrão defensivo. Soltam notas oficiais para alegar que tudo dito contra eles é mentira. A mídia amestrada, agora em fase de morder e assoprar o desgoverno, divulga as duas versões, e tudo fica por isto mesmo. Até que, depois do reinado de Momo, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, divulgue finalmente os nomes dos políticos denunciáveis no Petrolão. Até lá, haja nota...
O show de negativas continua ridículo. A transnacional brasileira Odebrecht nega, insistentemente, que tenha pago qualquer propina ao delator premiado Paulo Roberto Costa. No entanto, o ex-diretor de Abastecimento (só da Petrobras?) afirmou à Justiça que a Odebrecht, um das empresas investigadas por suspeita de participar do cartel da Petrobras, depositou em contas abertas em seu nome no exterior pelo menos US$ 31,5 milhões, entre 2008 e 2013, a título de "política de bom relacionamento". Tudo teria acontecido por meio do operador Bernardo Schiller Freiburghaus, da Diagonal Investimentos — um dos 11 investigados na nona fase da Operação Lava-Jato, deflagrada na semana passada.
Ainda no show mambembe de negativas. O advogado e consultor José Dirceu de Oliveira e Silva, que já foi conhecido como "Capitão do Time de Luiz Inácio Lula da Silva", também insiste em botar a assessoria para soltar notas negando tudo que a Lava-Jato fala contra ele. Atitude defensiva idêntica do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, outro braço direito de Lula. O probleminha é que o doleiro Alberto Youssef afirmou, em delação premiada à Justiça, em outubro, que o consultor Júlio Camargo tinha uma relação “muito boa” com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. De acordo com Youssef, Dirceu usava o jatinho do consultor com frequência. Na contabilidade de propinas pagas por Camargo, o nome de Dirceu aparecia como “Bob”. Youssef detonou: “Julio Camargo possuía ligações com o Partido dos Trabalhadores, notadamente com José Dirceu e Antonio Palocci”.
Os petistas vão seguindo em sua especialidade: negar qualquer acusação, alegar que de tudo nada sabiam e atacar os adversários-inimigos, para desviar o foco do tiroteio contra eles. Terão de fazer o mesmo se o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, retornar ao Brasil, devidamente extraditado pela Itália. O condenado no Mensalão, que fugiu do Brasil com a identidade falsa de um irmão morto, para não cumprir pena, pode se transformar em um explosivo "colaborador premiado" nos inúmeros processos que vêm por aí.
O caso Pizzolato já causa um pavor concreto, mesmo que ele não retorne imediatamente. O Departamento de Recuperação de Ativos, do Ministério da Justiça, formalizará “nos próximos dias” pedido junto às autoridades italianas para que a PF tenha acesso a três computadores e cartões de crédito utilizados por Pizzolato, preso em Modena. A PF quer que o material seja remetido para a Superintendência em Santa Catarina, local onde foi aberto inquérito para investigar a fuga de Pizzolato. Se os dados não passarem pelo filtro de uma censura, a coisa pode ficar feia...
O Globo informa que procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedidos de abertura de inquérito contra parlamentares suspeitos de envolvimento nas fraudes em contratos de empreiteiras com a Petrobras logo depois do Carnaval. As informações sobre a decisão do procurador-geral chegaram a pelo menos três ministros, dois do STF e um do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Janot deve pedir investigação sobre 42 fraudes narradas por Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef, ao longo das investigações da Operação Lava Jato. Nos bastidores da Justiça, se fala em 33 alvos...
Como é duro viver em um País que promove um carnaval permanente de incompetência, roubalheira e falta de visão soberana...
Grana para campanha?
Vale repetir por 13 x 13, uma tese simples da nossa conjuntura de crime institucionalizado já serve para exterminar politicamente a Dilma Rousseff, aquela que é Presidenta, sem nunca ter sido Presidente.
Nem precisa de impeachment para detoná-la. Se as investigações da Operação Lava Jato comprovarem que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, usou dinheiro do petrolão para irrigar a campanha presidencial dela, conforme revelam as "delações premiadas", a própria Legislação Eleitoral em vigor determina que ela seja automaticamente cassada.
Ou não vale nada o que está escrito na Lei 9.504, de 30 de setembro de 1997?
Investidores se manifestam
A Associação Nacional de Proteção aos Acionistas e Investidores Minoritários (ANA) repudia as manobras sorrateiras no intuito de substituir o Juiz Federal Flávio Roberto de Souza, no caso Eike Batista.
A ANA soltou um manifesto criticando que "o único objetivo que se vislumbra nessa insurgência é o tumulto e conseqüente perpetuação processual, mitigando-se, com isso, a efetividade de aplicação das medidas judiciais ao caso de maior irresponsabilidade empresarial já apurado no Brasil, quiçá, no mundo".
O Juiz Flávio Roberto de Souza, da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro/RJ, está por um fio de ser tirado da apreciação do caso Eike Batista/OGX, porque dois desembargadores da 2ª Turma Especial do Tribunal de Justiça Federal do Rio já aceitaram a tese dos advogados de Eike para afastá-lo do caso.
Lamentável
Eis a grande diferença entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
Nos primeiros, se alguém tocar no juiz figura do Estado e disser que ele é suspeito e não provar, estará fadado a pagar uma pesada multa e sofrer processo-crime.
Aqui não: é tudo faz de conta e se repete aquilo que denunciou o empresário Auro Gorentzvaig: resolve-se tudo nos corredores e bastidores do Judiciário, entre amigos.
(...)

NO O ANTAGONISTA
3 minutos e 42 segundos de desastres
Economia 13.02.2015
"O Brasil está realmente na pior".
É o título de um novo vídeo do Financial Times, que resume em três minutos e quarenta e dois segundos todos os desastres econômicos associados a Dilma Rousseff: incompetência, corrupção, estagflação, queda das vendas no varejo, risco de rebaixamento por parte das agências de rating e a ameaça de impeachment por causa do escândalo na Petrobras.
A propósito da Petrobras, o Financial Times cita aquilo que John Kenneth Galbraith chamou de "Bezzle" - a quantidade desconhecida de fraudes dentro das empresas. Não está na hora de investir no Brasil. O que está ruim pode piorar.
Caiu até aqui, mas deve cair ainda mais

A tara por cotas
Economia 13.02.2015
O assunto é aborrecido, mas mexe com seu dinheiro.
O Brasil está tentando impedir a volta do livre-comércio com o México no setor automobilístico. Uma reportagem da Reuters diz que um carro mexicano custa a metade de um brasileiro, por causa de impostos, de gargalos em infra-estrutura e dos sindicatos. Por isso mesmo, Dilma Rousseff quer descumprir um acordo assinado no passado e manter o regime de cotas atualmente em vigor.
A tara petista por cotas é realmente abrangente: vale para a Universidade Federal de Pelotas assim como para o Nissan produzido em Cuernavaca ou para os contratos das empreiteiras na Petrobras.

Cruzando Lava Jato e SwissLeaks
Brasil 13.02.2015
Fernando Rodrigues, colunista do UOL, fez um ótimo trabalho esquadrinhando as contas do HSBC reveladas pelo SwissLeaks.
Ele descobriu que "11 pessoas ligadas ou citadas de alguma forma no escândalo da Operação Lava Jato mantiveram contas na filial suíça do HSBC nos anos de 2006 e/ou 2007". A lista de correntistas totaliza depósitos de US$ 110,5 milhões.
Alguns nomes já eram conhecidos, como o de Pedro Barusco. Outros, como o de Júlio Faerman, implicado no caso da holandesa SBM, são uma novidade. Ele tinha exatos US$ 20.820.893 no HSBC.
A família Queiroz Galvão, que controla as empreiteiras Queiroz Galvão e Galvão Engenharia, aparece em peso no SwissLeaks, com oito nomes, relacionados numa tabela publicada pelo UOL.
Um pedido a Fernando Rodrigues: na lista de contas secretas de integrantes do governo Lula que Daniel Dantas entregou a Veja, em 2006, havia um depósito no HSBC. Por favor, dê uma olhada.
As contas, os nomes, os cargos, os dólares

Gao Ma Kio Ri e Al D'Emir Ben Ladine
Cultura 12.02.2015
Era uma vez, num país distante do Oriente, uma mulher chamada Gao Ma Kio Ri, que gostava de dizer que era muito, muito rica. Mas isso estava longe de ser verdade. Um dia, ela encontrou o seu príncipe das Mil e Uma Noites. O nome dele era Al D'Emir Ben Ladine. Penalizado com a situação financeira de Gao e, ao mesmo tempo, sedento por mais riquezas, ele propôs à amada que pedisse um empréstimo ao banco do reino da sua mãe, a rainha Di El Ma Housseif.
"Mas eu não posso pagar", disse Gao.
"A coisa não funciona assim, bobinha", respondeu Ben Ladine. "Eu conheço bem o pessoal do banco, sou o príncipe, e podemos fazer um ótimo negócio."
"Podemos?", Gao estranhou o plural.
"Sim, levanto em seu nome uns três milhões a juros bem mais baixos do que os de mercado e com prazo a perder de vista."
"Nossa..."
"Depois, investimos escondido o dinheiro em fundos que rendem o triplo ou até mais. A gente paga o empréstimo, ou nem paga, sei lá, e fatura uma grana alta. Partilhamos por igual: um terço para você e o resto para mim."
"Mas qual será a minha justificativa para pedir o empréstimo?"
''Você diz que é para comprar tapetes voadores para a sua empresa. Você abriu uma empresa, não abriu?"
"Tentei ser empresária... Mas não há tapetes voadores neste país distante do Oriente, só no seu."
"Hello, esta é uma fábula fabulosa... O que eu, um príncipe das Mil e Uma Noites, estaria fazendo num país distante do Oriente?"
"Te adoro, Ben Landine!"
"Vem cá, meu bem."
Fim.


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