DA MÍDIA SEM MORDAÇANA COLUN

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
16 DE JANEIRO DE 2015
A relutância do Comando do Exército em cassar as condecorações dos mensaleiros condenados por corrupção, como José Genoino, como determina o decreto 4.207/02, pode parar na Justiça. Milicos ignoraram a interpelação da Procuradora da República, Eliana Pires Rocha, cobrando explicações pelo fato de as condecorações dos mensaleiros não terem sido cassadas automaticamente, como determina a Lei.
O prazo do Exército para responder ao ofício do MPF, encaminhado em 16 de dezembro, terminou ontem (15) sem qualquer satisfação.
O general Enzo Peri não cumpriu o decreto com medo de desagradar Dilma. E passou a bola ao substituto, general Eduardo Villas Bôas.
Apesar das manobras do site de abaixo-assinados Avaaz, controlado por petistas, pedido de impeachment de Dilma Rousseff da Presidência da República já totaliza 1.481.606 adesões. No Brasil, o Avaaz é chefiado pelo petista Pedro Abramovay, ex-secretário Antidrogas, e há denúncias de manipulações para inibir adesões ao impeachment. Outra proposta idêntica, no site Petição Pública, já reúne 57.404 assinaturas.
Outros sites como o change.org e o manifestolivre.com.br, também já têm petições e abaixo-assinados contra Dilma.
Presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard dividiu ontem a mesa de almoço no “Mosteiro”, no Rio, perto da Praça Mauá, com ex-diretores, um lobista e Nelson Tanure, empresário de muitas facetas e ex-dono de estaleiro. De comida eles não falaram.
No Fórum de Agronegócios em 2013, Kátia Abreu mirou o grupo Friboi e atacou a “concentração de recursos” do BNDES em grandes frigoríficos. Hoje, ministra da Agricultura, não quis comentar o assunto.
Reportagem do jornal Financial Times mostrou que o BNDES é sócio importante das maiores empresas “privadas” brasileiras, como Vale, Lojas Americanas e de quase todas as telefônicas e empreiteiras.
Na primeira semana de janeiro não se encontravam dólares à venda no Banco do Brasil. Um leitor procurou três agências, incluindo a sede em Brasília. Foi inútil. Foi aconselhado a procurar agências de câmbio.
José Pimentel (PT-CE) deixará a liderança no Congresso para tentar ser vice-presidente do Senado. O PT quer trocar seu cargo, inútil (nem fala com Dilma), pela liderança do governo na Casa, hoje do PMDB.
… se a roubalheira na Petrobras não parou, como diz o MPF, vale a pena a PF verificar se o Mensalão também continua no Congresso.

NA COLUNA DIÁRIO DO PODER
CERVERÓ DIZ QUE GABRIELLI APROVOU NEGÓCIO SUSPEITO
EX-DIRETOR DA ESTATAL QUE TERIA RECEBIDO PROPINA MILIONÁRIA, DECLAROU À PF QUE COMPRA DE NAVIOS-SONDAS FOI FEITA ‘FORA DO PROCEDIMENTO LICITATÓRIO’
Publicado em 15 de janeiro de 2015 às 18:21
O ex-diretor da área de Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró afirmou que a compra dos navios-sondas de perfuração marítima, que teriam sido alvo de propina de US$ 30 milhões para a força tarefa da Lava Jato, foram feitas “fora de procedimento licitatório” e aprovada pela Diretoria Executiva da estatal petrolífera, “composta por seis diretores e o presidente a quem cabe examinar a compra de equipamentos e construção de refinarias e gasodutos”.
Na época, o presidente da Petrobrás era Sérgio Gabrielli, apadrinhado político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Gostaria de esclarecer de forma espontânea que a aquisição das sondas em questão se deu fora de procedimento licitatório, por ser incabível diante das circunstâncias que cercavam o negócio, que visava atender uma necessidade específica e imediata da Petrobrás”, disse Cerveró em depoimento de mais de três horas na manhã de hoje (15).
Cerveró afirmou ainda que o negócio teve parecer jurídico da estatal. O ex-diretor, preso desde terça-feira (13), acusado de tentar ocultar patrimônio mesmo depois de denunciados por corrupção e lavagem de dinheiro no esquema multibilionário alvo da Lava Jato. Por meio de indicações políticas, partidos da base do governo (PT, PMDB e PP) controlavam um esquema de corrupção, cujas propinas variavam de 1% a 3%.
Fernando Baiano
Cerveró foi questionado em especial sobre seu envolvimento com outro réu da Lava Jato, Fernando Baiano. Ele respondeu que “conheceu por volta do ano de 2000, quando era gerente executivo de Energia” da Petrobrás e que ele teve participação ativa no negócio das sondas, sabendo que recebeu comissão por isso.
Trata-se de Fernando Antônio Falcão Soares, apontado como operador do esquema de propina para o PMDB via Cerveró. O ex-diretor diz tê-lo conhecido em 2000 e ter relação de amizade com ele.
“Fernando representava empresas espanholas do ramo de energia térmica”, afirmou a quatro delegados da Polícia Federal, que ouvira seu depoimento. Cerveró lembrou que, nesse período, o País passava por uma crise de abastecimento e apontou a Union Fenosa como uma dessas empresas representadas pelo suposto operador do PMDB.
“Tais empresas tinham interesse em entrar no mercado brasileiro e que outras teriam feitos contatos semelhantes a época”, disse Cerveró.
Segundo ele, Baiano continuou atuando na Petrobrás, “tendo se dirigido a outras diretorias, como a de Abastecimento e Gás e Energia.
A primeira, era ocupada pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, por intermédio do PP. Preso em março de 2014, ele acabou confessando os crimes e virou delator do caso. A de Gás e Energia era ocupada pela atual presidente da Petrobrás, Graça Foster. Cerveró não citou nome no depoimento.
Sua única referência à Graça, foi quando perguntado sobre as transferências de imóveis que fez para as filhas.
“A atual presidente da Petrobrás realizou operações semelhantes, transferindo imóveis aos filhos dela”, afirmou Cerveró ao ser questionado sobre as informações veiculadas na imprensa em que o nome de Graça foi citado pela sua defesa.
Acompanhado do criminalista Beno Fraga Brandão, Cerveró negou ter recebido propina nas negociações de navios-sonda, que teriam resultado em uma propina de US$ 30 milhões paga pelo executivo Julio Camargo, delator do processo. Ele afirmou também que suas transações financeiras foram legais e feitas para deixar dinheiro para filha, que mora do Rio, durante sua viagem à Londres. (Ricardo Brandt e Fausto Macedo/AE)

NO BLOG DO CORONEL
SEXTA-FEIRA, 16 DE JANEIRO DE 2015
Jayme "Careca" é o mesmo policial que acusou de forma mentirosa o senador Antonio Anastasia (PMDB-MG). A matéria abaixo, bem como a reprodução acima, são da Folha de São Paulo.
Em seu depoimento à Polícia Federal, o policial afastado Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como Careca, disse ter ''ouvido'' que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa teria aterrado uma piscina em sua casa, no Rio de Janeiro, para guardar dinheiro. 
Ainda não é possível saber o que os investigadores fizeram com a vaga informação fornecida por Careca. Mas uma comparação entre imagens aéreas antigas e recentes do local mostra que, de fato, uma piscina desapareceu do imóvel de Costa, que fica num condomínio na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). 
No local onde havia um nítido quadrado azul rodeado de um piso claro, bem na entrada de sua residência, há agora só um gramado plano. Conforme o histórico de imagens de satélite do Google Earth, recurso disponível para quem faz download da ferramenta, a casa de Costa ainda era equipada com a piscina em 17 de setembro de 2009. A imagem mais nítida da piscina, feita três meses antes, é a que ilustra esta reportagem. Em 18 de janeiro de 2010, porém, a piscina já não estava mais lá. Nesta quinta-feira (15), a Folha sobrevoou o local. Na foto mais recente, feita pela reportagem, também só é possível identificar um gramado. 
Preso na sétima etapa da Operação Lava Jato, em novembro, mas já em liberdade, Careca trabalhava como carregador de dinheiro para o doleiro Alberto Youssef, detido até agora. Ele respondeu questionamentos sobre o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras no dia 18 de novembro. 
CONTATO
No depoimento, disse que não mantinha contato com Costa, mas com seu genro, Márcio Lewkowicz. "Conheço o Márcio da loja de móveis que ele tem em Ipanema. Era a pessoa para quem eu entregava o dinheiro", disse. O agente federal afirmou ter entregue ''umas seis vezes'' dinheiro ao genro de Costa, mas não soube informar os valores. Ele negou frequentar a casa do ex-diretor da Petrobras: "Não sei nem onde fica'', afirmou. 
Indagado sobre o local onde Costa guardava o dinheiro que lhe era entregue através do genro, disse supor que os montantes eram levados para casa. Foi aí que o policial, voluntariamente, levantou a questão da piscina. "Posso acrescentar que já ouvi informações que, antes de sua prisão, Paulo Roberto possuía uma piscina em sua residência na Barra da Tijuca, onde está preso atualmente. Ouvi dizer que a mesma foi aterrada antes da sua prisão e que possivelmente ele teria guardado valores onde existia a piscina", afirmou. 
Costa foi preso na Operação Lava Jato, mas deixou a cadeia após firmar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal no ano passado. Atualmente ele cumpre prisão domiciliar em sua casa --agora desprovida de piscina-- na Barra da Tijuca. O imóvel foi comprado por ele em julho de 2002. 
A Folha procurou o advogado de Costa, João Mestieri, para comentar a declaração de Careca. Na quarta (14), ele disse que só falaria com seu cliente no dia seguinte e faria o possível para dar algum esclarecimento à reportagem. Nesta quinta (15), ele não respondeu aos recados deixados em seu escritório, no celular e em seu e-mail. A assessoria de imprensa do advogado também não respondeu. A Folha não localizou o genro de Costa.

A Caixa Econômica Federal aumentou os juros para o financiamento de imóveis. A mudança vale a partir de segunda-feira (19) e atinge os contratos com recursos da poupança. Os financiamentos com recursos da poupança formam o segundo maior grupo de contratos, na Caixa Econômica. No ano passado, até setembro, foram quase 230 mil. Menor apenas que as contratações do Programa Minha Casa Minha Vida, que não vai sofrer nenhuma alteração. 
As novas taxas vão valer apenas para financiamentos novos, para quem tiver renda bruta familiar de mais de R$ 5,4 mil e queira comprar um imóvel acima de R$ 190 mil em regiões metropolitanas. O banco faz uma divisão partindo do valor do imóvel. Para imóveis até R$ 750 mil, as novas taxas variam de 8,5% a 9,15% ao ano. Para imóveis de valor maior que R$ 750 mil, os novos juros variam de 10,2% a 11%. As taxas variam de acordo com dados do comprador. Por exemplo, se ele tem conta salário ou é servidor público.
A Caixa tem cerca de 70% dos financiamentos imobiliários no país. A justificativa do banco é o aumento da taxa básica de juros da economia, a Selic. Alega também que as taxas dos empréstimos estavam defasadas em comparação com as dos bancos privados.
Analistas de mercado avaliam que a mudança é mais um sinal da gestão da nova equipe econômica. A leitura que fazem é que, agora, o governo quer alinhar a política de preços dos bancos públicos com o mercado. “Não estava no radar de ninguém, mas faz todo o sentido no conjunto da obra de você praticar preços. É mais coerente com o mercado evitar subsídios. Então, em um contexto de que as taxas de juros estão subindo, faz todo o sentido que as taxas de financiamento subam também”, aponta Celso Toledo, economista da consultoria LCA. 
QUEM É ATINGIDO PELO REAJUSTE?
As novas taxas atingem uma das faixas de preço mais procuradas para financiamento. O economista Samy Dana fez a conta para a gente. Nós simulamos o financiamento de um imóvel de R$ 800 mil, em 35 anos e, supondo que o comprador deu 30% do valor de entrada, que é uma porcentagem comum nessa faixa de imóvel. Nós usamos ainda como referência a taxa de balcão, que é aquela pra quem não tem conta no banco. A gente quer saber, com as novas taxas, quanto esse imóvel vai custar a mais lá no fim das parcelas.
Com a taxa antiga, de 9,2%, a primeira parcela era de R$ 5.455 e a última de R$ 1.343. No final do financiamento, o comprador teria pago um total de R$ 1,667 milhão. Com a taxa nova de 11%, a primeira parcela sobe para R$ 6.224. O total pago fica em quase R$ 1,83 milhão, R$ 162 mil mais caro do que com a taxa antiga. Estes R$ 162 mil representam quase 10% de R$ 1,667 milhão, preço final antes da canetada da Dilma.
Como estamos falando de contratos longos, o economista recomenda calma ao comprador. "Procure um imóvel que está dentro do orçamento. Também, as pessoas querem comprar tudo agora e a qualquer preço. Desconfie. Se você acha que está caro, não compre. Espere um negócio que você considere bom", recomenda o economista Samy Dana. 
Para o sindicato da construção, não há espaço para queda generalizada no preço dos imóveis. Mas admite que dá para negociar o valor daqueles na faixa dos R$ 750 mil. "A única situação que pode haver uma mudança é quando o preço está muito próximo dos R$ 750 e você abaixar o limite dos R$ 750 pode significar um salto muito grande na taxa de juros. Isso sim podem acontecer ajustes desse tipo". diz Cláudio Bernardes, presidente do Secovi-SP.

QUINTA-FEIRA, 15 DE JANEIRO DE 2015
Renan Calheiros e Eduardo Braga recebem Graça Foster para a CPI Chapa Branca do Senado, em 15 de abril de 2014. Vejam com que alegria eles confraternizam. Parecia que ainda ia dar para transformar tudo em pizza. Braga, agora ministro das Minas e Energia, ainda não desistiu.
Eduardo Braga, o candidato a Governo do Estado do PMDB derrotado no Amazonas, que recebeu como prêmio de consolação nada mais, nada menos do que o ministério das Minas e Energia, onde estava seu correligionário Edison Lobão (PMDB-MA), citado diretamente na Operação Lava Jato, saiu em defesa das empreiteiras corruptas do Petrolão.
Braga refutou queda nos investimentos da estatal neste ano. "Os investimentos deste ano estão em curso. O que tem problema nos investimentos é que as empresas que estavam contratadas estão enroladas na Lava Jato. E isso precisa ter uma saída jurídica. Isso traria um prejuízo para o País incalculável", disse.
O ministro ponderou que a contratação de companhias substitutas depende de licitação e que há outros caminhos, como as prestadoras de serviços envolvidas nos escândalos de corrupção firmarem acordos de leniência ou termos de ajustamento de conduta com o Ministério Público. "Talvez o melhor caminho não seja anular os contratos e trazer empresas estrangeiras. Elas virão por que preço? Como vai ser a licitação? Isso que atrasaria os investimentos. O problema da Petrobras é a captação de recursos para a contratação de futuros investimentos", completou o ministro. 
É uma clara tentativa, como já foi feita pela AGU, CGU e Ministério da Justiça, de interferir nas investigações da Operação Lava Jato. Ao país pouco importa prejuízos momentâneos da Petrobras se este esquema escandaloso que está roubando todos os brasileiros for estancado. Quem deve dar resposta ao país é o ministro das Minas e Energia. Suas perguntas são um atestado de incompetência. Ou muito pior: de cumplicidade partidária com o esquema.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
16/01/2015 às 6:05
Está em curso um troço realmente do balacobaco, que a Folha traz em sua manchete de hoje. Eu poderia dizer que é a cara do PT. E é. Mas também é a cara das piores práticas da ditadura militar. E o PT, como é sabido, mimetiza muitos procedimentos daquele período. O emblema talvez seja Delfim Netto, guru econômico da linha dura fardada e de Lula. Mas vamos ao ponto, que sintetizo em tópicos.
1: O governo petista decidiu estimular a indústria naval brasileira. Que bom! A companheirada é assim mesmo: executa uma política econômica que liquida os setores competitivos para estimular aqueles em que o país não conseguirá ser eficiente.
2: Sob os auspícios de Lula e Dilma, criou-se a Sete, empresa para construir e alugar 28 sondas de perfuração, um projeto orçado em US$ 25 bilhões. São sócios do empreendimento a Petrobras, o Bradesco, o BTG Pactual, o Santander e os fundos de pensão das estatais.
3: Se a Petrobras recorresse a empresas estrangeiras para esse serviço, corrupção à parte, o país sairia ganhando porque gastaria menos. Mas sabem como é: é preciso lustrar o nacionalismo brucutu.
4: A Sete está em apuros, informa a Folha. A dívida, em setembro, era de R$ 800 milhões, e a empresa parou de pagar os estaleiros.
5: Aí Dilma teve uma ideia. É, isso é sempre um perigo. Não é fácil, leitores, sustentar esse nacionalismo chulé. Custa caro. A presidente chamou os presidentes do BNDES e do Banco do Brasil — Luciano Coutinho e Aldemir Bendine, respectivamente — para viabilizar um empréstimo de, atenção, R$ 10 bilhões à Sete.
6: Informa a Folha: “A reunião de Dilma com Coutinho e Bendine ocorreu no fim da tarde de quarta (14), no Planalto, para analisar principalmente como ‘resolver pendências’ referentes a empréstimo de US$ 3,5 bilhões (cerca de R$ 9,2 bilhões) para contratação de oito sondas.” Vale dizer: sem uma solução, não há sonda.
7: Mas não só: a presidente quer que o BB lidere um consórcio de bancos para emprestar outros R$ 800 milhões à empresa para resolver seus problemas imediatos de caixa.
8: Viram como essa política de desenvolvimento da indústria naval é boa para os brasileiros que são escolhidos para… desenvolver a indústria naval? Esse é o Capitalismo à moda da casa: socialização do prejuízo.
9: Ocorre que há algumas dificuldades:
a: o primeiro diretor de operações da Sete foi Pedro Barusco, aquele ex-gerente de serviços da Petrobras, que fez acordo de delação premiada e aceitou devolver a fantástica soma de US$ 97 milhões;
b: a maioria dos estaleiros contratados pela Sete pertence a empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato;
c: tanto o BNDES como o Banco do Brasil querem que a Petrobras e os estaleiros enviem uma carta afirmando que não houve atos ilícitos nos processos de licitação. Considerando as personagens envolvidas…
10: Vejam, então, que coisa fabulosa: o governo decide incentivar a indústria naval, e a empresa criada, tendo a Petrobras como sócia, vai quebrar se não receber a injeção de alguns bilhões de bancos públicos, a juros módicos.
11: A operação de socorro tem esbarrado em algumas dificuldades porque parte das personagens envolvidas na história está sendo investigada pela Polícia Federal.
Assim se fazem as coisas na República petista: incentiva-se a indústria naval nativa batendo a carteira dos brasileiros, e os escolhidos para a empreitada têm a garantia, claro!, de que não vão quebrar. A única atrapalhação é haver nesse meio alguns réus do maior escândalo de que se teve notícia no país até agora.
Não obstante, Joaquim Levy está de olho naqueles que, tudo indica, são os verdadeiros inimigos do Brasil: os trabalhadores que hoje são pessoas jurídicas. O ministro quer a carteira deles.
É o Capitalismo à moda petista — ou Socialismo, tanto faz — na sua fase de pornografia explícita.

16/01/2015 às 5:55
Seguem trechos:
Li dia desses o que, parece-me, ambicionava ser um norte moral: deve-se rir do opressor, não do oprimido. Isso é política, não humor. Essa suposta bondade em favor dos fracos é parente da lógica do terror. Ou não é verdade que o terrorista reivindica o lugar do humilhado e diz reagir à agressão do mais forte? Foi a justificativa dada por Amedy Coulibaly, que invadiu um supermercado kosher em Paris e matou quatro pessoas.
O poder das vítimas, um perigoso oximoro, é uma ameaça constante às conquistas da Civilização. Os vários fascismos do século passado manipularam com muita habilidade sentimentos coletivos de frustração e de humilhação. As democracias ocidentais se defrontam hoje com o fascismo islâmico – que conta quase sempre com a simpatia das esquerdas.
A melhor cena de humor que conheço está no filme “A Vida de Brian”, de Monty Python (aqui). Ironiza a resistência da Frente Popular da Judeia (oprimidos) aos romanos (opressores). Deveria ser condenada pelo Tribunal das Causas Politicamente Corretas? O humor de boa qualidade desconstrói a “doxa” e não tem programa de governo. Se tem, o humorista deve disputar eleições. É outro seu picadeiro.
(…)
Para encerrar: Francisco tem cabeça e postura de cura de aldeia, não de papa. Suas entrevistas ambíguas são detestáveis. O jesuíta leu mal São Paulo e não sabe que cítara e flauta têm de soar de modo distinto. Suas opiniões sobre o atentado e a liberdade de expressão são covardes, imprecisas e politiqueiras. Deveria se esconder debaixo da cama com Barack Obama para conversar sobre o nada. Ainda bem que nenhum católico vai tentar me dar mil chicotadas por isso. 
Leia a íntegra aqui


NO O ANTAGONISTA
O petrolão de A a Z
Brasil 16.01.2015
Uma empreiteira investigada na Lava Jato assoprou para Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, que "preparou uma lista de nomes de políticos que receberam propinas no esquema de corrupção da Petrobras, com valores e datas de pagamento, organizados por ordem alfabética". A mesma empreiteira assoprou para a mesma Mônica Bergamo que se trata de "informações para serem usadas numa eventualidade". 
Assoprar a existência de uma lista de A a Z, que pode incluir o nome de qualquer político, de qualquer partido, é a melhor maneira para amedrontar todos eles. O propósito não é denunciar os políticos corruptos, e sim chantageá-los a fim de que empreguem todos os meios para melar as investigações. Nós somos mais simples do que isso. Queremos que os empreiteiros continuem na cadeia até o dia em que decidirem passar a lista completa dos políticos corruptos ao juiz Sergio Moro, não a Mônica Bergamo.

O Papa Francisco na Avenida Atlântica
Mundo 16.01.2015
Em homenagem ao papa, que recomendou o espancamento dos cartunistas do Charlie Hebdo no exato momento em que eles estavam sendo enterrados, uma velha charge de Charb, executado pelos fanáticos islâmicos:
Papa no Rio: "Topo tudo para ganhar uns clientes!"

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