DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
O PT entrou em estado de alerta com saída de Sérgio Gabrielli da Secretaria de Planejamento da Bahia. O ex-presidente da Petrobras terá de enfrentar os processos relativos ao Petrolão na Justiça Federal do Paraná, onde atua o rigoroso juiz Sérgio Moro. O PT teme que, uma vez sem foro privilegiado, Gabrielli acabe preso em nova fase da Operação Lava Jato. Também estão na mira o tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque.
Correligionários acreditam que aparecerão mais nexos entre Gabrielli e o esquema, já que a lambança ocorreu na gestão dele na Petrobras.
Na Bahia, é consenso entre políticos que a delatora Venina Velosa apontou o elo que faltava: Rosemberg Pinto, ex-assessor de Gabrielli.
Ligadíssimo a Lula e Jaques Wagner, Gabrielli contratou 2 advogados da OAB da Bahia para defendê-lo no caso da refinaria de Pasadena.
Na tentativa de controlar decisões sobre a organização das Olimpíadas do Rio, membros do Ministério da Defesa, da Casa Civil e da Secretaria de Grandes Eventos (Sesge) vêm trocando insultos durante reuniões. O tom cada vez mais agressivo culminou em uma reunião na Casa Civil, quando o General Jamil Megid Jr teria chamado um delegado da Policia Federal de “moleque”, além de xingamentos impublicáveis.
É alta a expectativa de alguns países para os novos investimentos do BNDES no governo Dilma II. Afinal, em 2011, logo no primeiro ano de mandato, estabeleceu novo recorde de aportes com US$ 2,7 bilhões.
Homem de confiança de Aécio Neves (PSDB-MG), o deputado Bruno Araújo (PE) foi escalado para acompanhar os desdobramentos das investigações nos EUA sobre a compra da velha refinaria de Pasadena.
A nomeação de Jaques Wagner (PT-BA) na Defesa praticamente reduz a zero a chance de o Exército confiscar a Medalha do Pacificador entregue ao mensaleiro condenado José Genoino (PT-SP).

NA VEJA ON LINE
Cuba
Dissidência cubana denuncia novas detenções de ativistas
Entre os presos está Antonio Rodiles, fundador de um grupo de ativistas civis
Um pequeno mercado de rua é visto em Havana, capital de Cuba (AFP)
Pelo menos 18 opositores e ativistas cubanos foram detidos nesta quinta-feira (1º) em Havana, a maior parte deles em uma manifestação em frente a um centro policial para exigir a libertação de outros presos nos últimos dias. Entre os detidos estão Antonio Gonzáles Rodiles, organizador de um grupo civil chamado Estado de Sats (sat significa verdade em sânscrito), e sua esposa, Ailer González, confirmou a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), liderada por Elizardo Sanchéz. O Estado de Sats milita por mais liberdades civis e abertura democrática na ilha caribenha.
Sanchéz afirmou nesta sexta-feira (02) que os presos tinham ido ao centro de detenção conhecido como Vivac para pedir a libertação dos ativistas mantidos pela polícia no local desde terça-feira. A artista Tania Bruguera também pode estar entre os presos. As detenções começaram na última terça-feira, quando ela tentou organizar uma performance artística, irritando o governo da ilha.
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A CCDHRN, no entanto, não diz não ter a confirmação de que Tania está entre os dezoito detidos. Já o 14yMedio, portal independente dirigido pela blogueira Yoani Sanchéz, afirma que ela está presa. De acordo com Yoani, entre 60 e 70 dissidentes, jornalistas independentes e ativistas foram presos nos últimos dias na capital cubana.
Tania teria sido detida acusada de “resistência e incitação à desordem pública” por causa da performance que ela convocou na emblemática Praça da Revolução de Havana. O ato, que foi qualificado pelas autoridades culturais da ilha como “oportunista e com intenção de provocação política”, não ocorreu porque Tania foi presa antes mesmo da realização da ação artística.
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Críticas – As prisões de ativistas em Havana, as primeiras após o anúncio da reaproximação diplomática entre Estados Unidos e Cuba, provocou uma dura reação do Departamento de Estado americano. Em nota, a diplomacia dos EUA afirma que “lamenta e condena fortemente a perseguição contínua do governo cubano e a utilização reiterada da detenção arbitrária, às vezes com violência, para silenciar os críticos, perturbar as reuniões pacíficas e a liberdade expressão, e intimidar cidadãos".
(Com agência EFE)

NO BLOG DO CORONEL
QUINTA-FEIRA, 1 DE JANEIRO DE 2015
Em 2013, Dilma Rousseff encerrou o seu discurso comemorativo ao dia do Trabalho com a seguinte "mensagem":
"Para encerrar, faço um chamamento decisivo a você, trabalhador, e a você, trabalhadora: a educação não é apenas um dever do Estado e um direito do cidadão. É também tarefa da família e responsabilidade de todos, sem exceção. A educação começa com você. Todos têm que procurar a educação por seu próprio desejo, e lutar pela educação com sua própria força. Somente sua força de vontade vai fazer você descobrir tempo e meios para educar-se. Somente sua atenção como pai, como mãe vai estimular seu filho na escola. Somente sua dedicação de mestre fará você, professor, superar as dificuldades que enfrenta. Somente a pressão de todos vai fazer os governos, as empresas, as igrejas, os sindicatos, em suma, toda a sociedade trabalharem ainda mais pela educação.
Somente assim poderemos gritar, em uma só voz, uma nova marca de fé e amor para nosso país. 
Poderemos gritar, do fundo do nosso coração: Brasil, pátria educadora!
Viva o Brasil! Viva a trabalhadora! Viva o trabalhador brasileiro!
Obrigada e boa noite."
O slogan estilo chavista bolivariano não combina com as ações de Dilma Rousseff, que aposta apenas em programas cosméticos como o Pronatec com os seus cursinhos de 160 horas e no Ciência sem Fronteiras, um verdadeiro programa de intercâmbio turístico sem controle e sem avaliação.
Aécio Neves tinha um programa consistente e pode, agora, cobrar que seja implementado. E deve cobrar imediatamente, apresentando propostas efetivas para que o slogan não vire apenas uma cortina de fumaça diante da falência da educação brasileira.
É preciso melhorar o salário inicial dos professores, dobrando a complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb); criar incentivos para que alunos concluintes do ensino médio com os melhores desempenhos ingressem no mercado, mecanismo que poderá ser por pontuação no vestibular ou Enem; e, por fim, manter os benefícios aos professores por meritocracia, mas vinculados ao desempenho geral da rede e não ao individual do professor.
É preciso cobrar de Dilma a implantação da escola de tempo integral, criando infraestrutura para isso, iniciando nas periferias das grandes cidades, com uma meta de atingir um milhão de alunos em locais onde se tem os maiores problemas com violência e abandono escolar. 
O governo deve assumir um amplo programa de modernização das escolas, com instalação de bibliotecas e adequação térmica para o verão, além de instalar conexão wi-fi para todos os estudantes. O Brasil tem 100.000 escolas sem as mínimas condições de funcionamento e sem apoio algum da gestão petista. 
É preciso incentivar a expansão da educação superior privada, porque é ela que garante o FIES e o Prouni. O ensino superior brasileiro, 75% é privado, e 50% desse percentual é subsidiado pelo governo federal por meio desses programas. Passamos de 2 milhões de alunos no ensino privado e hoje temos 6 milhões. 
É preciso reformular o currículo do ensino médio, fazendo com que os alunos estudem linguagem e raciocínio matemático e depois escolham as áreas que querem aprofundar. É precso quebrar a espinha da esquerda, pois os sindicatos de professores temem perder aulas na mudança das disciplinas.É preciso eliminar o ensino noturno para 3 milhões de menores de 16 anos que não trabalham, migrando estes alunos, com bolsa, para o ensino diurno.
Por fim, no ensino técnico é preciso acabar com a patifaria do Pronatec, fazendo com que o ensino técnico forme profissionais que o mercado de trabalho está demandando. Basta fazer uma pesquisa para descobrir a ineficiência do Pronatec. Aliás, por que o PSDB ainda não fez isso? 
Dilma lançou um slogan que é um tiro no pé. A Oposição precisa cobrar 24 horas por dia os 10% aplicados em educação, a melhoria do salário dos professores e a recuperação da infraestrutura em todo o país. A educação do Brasil está falida. Não somos uma pátria educadora. Somos uma pátria de analfabetos funcionais.

NO BLOG DO NOBLAT
POLÍTICA
Dilma esqueceu de descer do palanque!
Faltaram verdades no discurso. Sobraram falácias
02/01/2015 - 02h24
Ricardo Noblat
Eis o nó da questão: Dilma 2 tentará compatibilizar o ambicioso ajuste fiscal concebido por sua nova equipe econômica com a preservação das conquistas sociais alcançadas por Lula 1 e 2 e Dilma 1.
A certa altura do seu discurso de posse, ontem, no Congresso, disse a presidente reeleita:
- Mais que ninguém eu sei que o Brasil precisa voltar a crescer. Os primeiros passos desta caminhada passam por um ajuste nas contas públicas, um aumento na poupança interna, a ampliação do investimento e a elevação da produtividade da economia. [...] Faremos isso com o menor sacrifício possível para a população, em especial para os mais necessitados. Reafirmo meu profundo compromisso com a manutenção de todos os direitos trabalhistas e previdenciários.
Palavras ao vento...
Dilma é economista por formação. E sabe que o arranjo das contas públicas atingirá de alguma forma as contas particulares de muita gente. Dos mais pobres, inclusive. Daí... Daí que ela sofisma.
Não sei de onde os mais puros de coração tiram a certeza de que políticos que mentem durante campanhas dizem a verdade depois que se elegem. Negativo.
Faltaram verdades mesmo que incômodas no discurso de Dilma e sobraram falácias.
Dilma afirmou, por exemplo, que o Brasil é a sétima maior economia do mundo. Omitiu que era a sexta maior economia quando seu primeiro governo começou.
“Governo novo, ideias novas” cedeu a vez a “Brasil, pátria educadora”, nova palavra de ordem a orientar o governo de caras velhas e de ideias repetitivas.
Nem o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) do governo Getúlio Vargas no século passado teria sido capaz de imaginar um slogan tão antigo.
Não faltou lugar no discurso para o mantra da reforma política. Nem para a quimera da corrupção que pede para ser extirpada. Mantra e quimera que frequentaram em 2011 o discurso de posse de Dilma 1.
Faltou lugar no discurso para que Dilma fizesse algum aceno à oposição. Com mais razão ainda por ter sido reeleita por uma margem estreita de votos.
Cadê o “diálogo” que pontuou uma dezena de vezes o discurso da vitória de Dilma em outubro do ano passado?
O gato comeu. Ou a arrogância de Dilma.
A presidente reeleita comportou-se no Congresso como a candidata à caça de votos. Esqueceu-se de descer do palanque.
Foi incapaz de pronunciar uma frase inspiradora. De propor um desafio instigante. De arrancar aplausos entusiasmados da assistência.
O que é “um grande pacto nacional” para combater a corrupção? Não explicou.
O que significa defender a Petrobras dos seus inimigos internos e externos? De que modo fará isso?
Blábláblá!
De fato, Dilma perdeu uma preciosa oportunidade de inspirar confiança a seus governados.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 02/01/2015 03:53
Em movimento estudado, Dilma Rousseff esquivou-se de mencionar a oposição no seu discurso de posse, neste 1º de janeiro de 2015. Abandonou a intenção de construir “pontes”. Em outubro, depois de sacramentado o resultado da disputa que travara com o tucano Aécio Neves no segundo turno da campanha presidencial, Dilma afirmara, em timbre enfático: “Essa presidente está disposta ao diálogo, e esse é meu primeiro compromisso no segundo mandato: o diálogo.”
Decorridos pouco mais de dois meses, Dilma enumerou no discurso de posse (íntegra) as pessoas e grupos políticos que, segundo acredita, irão ajudá-la a “encarar os desafios” do novo ciclo. Citou quase todo mundo, até a militância do PT. Mas não retomou a ideia do diálogo.
“ …Sei que conto com o apoio do meu querido vice-presidente Michel Temer, parceiro de todas as horas. Sei que conto com o esforço dos homens e mulheres do Judiciário. Sei que conto com o forte apoio da minha base aliada, de cada liderança partidária de nossa base e com os ministros e as ministras que estarão, a partir de hoje, trabalhando ao meu lado pelo Brasil. Sei que conto com o apoio de cada militante do meu partido, o PT, e da militância de cada partido da base aliada, representados aqui pelo mais destacado militante e maior líder popular da nossa história, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.”
Não disse nada que aquela evocasse a Dilma de outubro, que derrotou Aécio por uma diferença de pouco mais de 3 milhões de votos. “Em lugar de ampliar divergências, de criar um fosso, tenho forte esperança que a energia mobilizadora tenha preparado um bom terreno para a construção e pontes”, discursara a presidente. “O calor liberado no fragor da disputa pode e deve agora ser transformado em energia construtiva de um novo momento no Brasil”
Ouvido pelo repórter, um auxiliar de Dilma atribuiu ao PSDB de Aécio Neves o sepultamento do diálogo. Ecoou um raciocínio da própria presidente, segundo o qual “a oposição ainda não desceu do palanque”. Recordou que o tucanato pediu a recontagem dos votos. Lembrou, de resto, que a coligação derrotada tentou impedir, sem “base legal”, a diplomação de Dilma na Justiça Eleitoral.
Repete-se agora um fenômeno que convulsiona todos os governos liderados pelo PSDB (oito anos de FHC) e pelo PT (a caminho dos 16 anos com Dilma). Os dois partidos brigam entre si e trocam apoio congressual por pedaços do Orçamento da Uniãio. Nesse modelo, movimentos como o que Dilma acabou de realizar não podem ser chamados de reforma ministerial. Em alguns casos, o governo apenas trocou de cúmplices. É o que Marina Silva -ou o que restou da terceira via- chama de “ganhar perdendo''.


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