DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
15 DE JANEIRO DE 2015
A Petrobras impôs desde dezembro dois reajustes no preço do asfalto, totalizando 40%, na venda direta, e provocou uma das mais graves crises nas empresas de pequeno e médio portes que trabalham na construção e recuperação de rodovias. As empresas alegam que não podem cumprir contratos em vigor com aumento tão expressivo do produto. Agora pedem ao DNIT “readequação” dos seus contratos.
O desequilíbrio provocado pelo novo preço do asfalto vão provocar um corte de até 90% dos trabalhadores, nos canteiros de obra, Brasil afora.
DNIT e TCU já discutem a crise gerada pelo aumento do preço do asfalto, mas ainda não há solução para evitar a paralisação das obras.
O governo do DF espera até o dia 1º que a ex-primeira-dama Karina Rosso assuma a boquinha na qual foi nomeada. Ela já viajou em férias.
Dilma anda tão irritada com seus arapongas que – segundo adverte um ministro com gabinete no Planalto – se alguém apresentar a ideia de extinguir a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ela topa na hora. Dilma reclama que até hoje a Abin não conseguiu antecipar, antes da imprensa, qualquer detalhe da operação Lava Jato. “É o órgão de informação mais desinformado que existe”, disse ela a assessores.
Dilma se irrita ao lembrar que teve de definir o ministério ainda sem saber se alguns escolhidos correm o risco de sair do cargo algemado.
Difícil é saber o que os arapongas fazem com um orçamento, na Abin, que é superior ao de ministérios como os do Turismo, Esporte e Pesca.
Quando alguém insiste para Dilma “regular” ou controlar a mídia, ela deveria repetir a célebre frase de dom Dom Pedro II, diante de idêntica pressão: “De que forma eu saberia como os ministros se comportam?”
Há tensão no PT e no PMDB com a prisão de Nestor Cerveró. Delcídio Amaral (PT-MS) tentou disfarçar, dizendo que o padrinho do ex-diretor da Petrobras era Renan Calheiros, mas é ele o pai da formosura.
O Facebook lançou ferramenta que ajuda a encontrar crianças. Deveria ter outra para desvendar o paradeiro de Rose Noronha, amiga muito íntima de Lula processada por tráfico de influência em seu governo.

NA COLUNA DIÁRIO DO PODER
ARGUMENTO PARA PRENDER CERVERÓ TAMBÉM VALE PARA FOSTER, DIZ CAIADO
ALEGAÇÃO PARA PRENDER CERVERÓ SERVE PARA GRAÇA FOSTER, DIZ A OPOSIÇÃO
Publicado em 14 de janeiro de 2015 às 18:47 - Atualizado às 19:09
O deputado e senador eleito pelo Democratas de Goiás, Ronaldo Caiado, declarou hoje (14/1) que os argumentos para a prisão de Nestor Cerveró justificariam também a detenção da presidente da Petrobras, Graça Foster. A opinião do líder da Minoria no Congresso corrobora a posição do advogado do ex-diretor da estatal, Edson Ribeiro. Cerveró foi detido nesta quarta-feira sob a alegação de que teria tentado transferir bens para parentes. Na visão de Caiado, o argumento do advogado procede. “Não pode haver dois pesos e duas medidas”, disse.
“O juiz Sérgio Moro é um exemplo de eficiência e combate à corrupção. Agora, a única interrogação é se essa alegação é fundamento para que haja por parte da justiça essa iniciativa de decretar a prisão de Cerveró, da mesma forma a presidente Graça Foster também tem operações semelhantes as que ele praticou. Se isso é visto pela justiça como uma maneira de amanhã fraudar o resultado final dos seus bens e a capacidade de ressarcir o Estado pelos prejuízos que ele cometeu, então isto também vale para a presidente da Petrobras”, argumentou Caiado.
Nova CPI
Para Caiado, a instalação de nova CPMI para aprofundar as investigações do esquema de corrupção na empresa é fato consumado. “Nem discuto a nova CPI. Isso é fato consumado. Até porque acredito que cada bancada vai assumir a responsabilidade buscar as assinaturas e, com isso, deixaria bem claro para população que partidos que assumirão o apoio à instalação da CPI e aqueles contrários a apuração desse caso”, afirmou.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
14/01/2015 às 17:36 \ Opinião
VLADY OLIVER
Tenho lá minhas desconfianças de empregados que fingem ser durões com a faxina, mas batem continência para a vigarice com requintes de agachamento moral e profissional. Em geral, não dá boa coisa. É o caso das recentes declarações de um certo ministro duplipensante cheio de currículo, que valem bem mais pelo efeito desastroso no bolso que podem causar que dois ou três desses Hiltons sem estrela nenhuma, recém hospedados na esplanada dos menestréis do espanto.
Nosso vizinho de teclas, Reinaldo Azevedo, pegou no fígado a vigarice acobertada pelo jornalismo a soldo que nos ataca diariamente pelas tevês aparelhadas pela causa bufa. O ministro das economias alheias quer declarar guerra aos profissionais liberais, que hoje pagam 6% de imposto e, passariam a desembolsar 27% , como os demais rapinados por este país de ladrões do erário impunes e solertes. É uma elite profissional e, como tal, tem de ser enquadrada na fábrica de Trabants desses bandidos com mandato que nos assolam impunemente.


NO BLOG DO CORONEL
QUINTA-FEIRA, 15 DE JANEIRO DE 2015
O Tribunal de Contas da União (TCU) é o órgão que fiscaliza a União e os órgãos a ela ligados em auxílio ao Congresso Nacional. Seus membros são sabatinados pelo Senado antes de serem nomeados para este cargo vitalício. Ora, este Congresso é dominado pelo PMDB e pelo PT, diretamente envolvidos no escândalo do Petrolão. Por isso, é muito suspeito que o seu presidente esteja sentado em cima do pedido da Justiça para que os bens dos diretores da Petrobras sejam bloqueados. Há seis meses! Quem precisa de seis meses para vistas em uma votação que já está 5 x 2? É muito suspeito! Ontem um diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, foi preso por movimentação atípica de bens. Se os mesmos estivessem bloqueados, o crime não teria acontecido. A matéria abaixo é de O Globo.
"A tentativa de Nestor Cerveró de sacar quase R$ 500 mil de um fundo de previdência teria sido evitada se estivesse valendo a medida de bloqueio de bens de diretores e ex-diretores da Petrobras determinada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para ressarcir o prejuízo na compra da refinaria de Pasadena, no Texas. Um ato do atual presidente do TCU, ministro Aroldo Cedraz, vem livrando dez gestores e ex-gestores da medida, entre eles Cerveró.
O Tribunal deliberou pelo bloqueio dos bens em julho de 2014. No mês seguinte, o plenário analisava se a Presidente da estatal, Graça Foster, também deveria ter os bens bloqueados. A votação já estava em cinco a dois a favor de Graça, quando Cedraz pediu vista do processo, isto é, mais tempo para analisar o caso. Isso suspendeu a análise de recurso dos outros responsáveis, o que, na prática, também interrompeu o bloqueio do patrimônio até agora. O prejuízo com a compra de Pasadena chegou a US$ 792,3 milhões, conforme auditoria aprovada pelo TCU.
Cerveró procurou uma agência bancária em 16 de dezembro de 2014 para transferir os quase R$ 500 mil à filha. Se a medida do bloqueio de bens estivesse valendo, a proibição da transação seria automática. A intenção do ex-diretor foi decisiva para a decretação de sua prisão, assim como a transferência de três apartamentos em Ipanema a seus filhos.
De R$ 7 milhões por R$ 560 mil
A transação dos imóveis ocorreu em 10 de junho, quando ainda não havia sido determinado o bloqueio de bens — a Operação Lava-Jato havia sido deflagrada dois meses e meio antes. A partir da revelação feita pelo GLOBO, a PF fez uma perícia na movimentação de bens e descobriu que imóveis avaliados em R$ 7 milhões foram transferidos com uma avaliação de R$ 560 mil. 
Graça também transferiu apartamentos aos filhos, em março do mesmo ano, como revelado na reportagem. Graça obteve maioria de votos e isso a livrou da medida do bloqueio, mas a votação permanece inconclusiva por conta do pedido de vista de Cedraz. 
Em nota, o TCU disse que “o andamento do processo não interfere em outras eventuais decisões judiciais”. “O processo no TCU retornará à pauta em breve, quando estiver em condições jurídicas de ser apreciado. Após o pedido de vista, inúmeros responsáveis ingressaram com petições, apresentando novos elementos que, por imposição legal, estão sendo analisados com o devido rigor técnico”.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 08:02:00

(Da coluna "Professor Aloprado", de Dora Kramer, no Estadão) É a velha, batida, mas imprescindível lição que político bom no ramo não dispensa: a esperteza quando é muita vira bicho e come o dono. Há outras duas a completar uma trinca de ouro: só bobo briga e segredo é a alma do negócio. No afã de pôr em prática um plano para enfraquecer o PMDB a fim de retirar oxigênio do partido, reformular o perfil da aliança, reforçar partidos até então periféricos e alimentar a criação de novas legendas, o governo violou as três regras. 
Os articuladores do Planalto só faltaram anunciar no Diário Oficial suas pretensões, tão atabalhoados e explícitos foram os gestos para alijar o principal aliado. A presidente Dilma Rousseff cuidou da arrumação na área econômica e deixou a política a cargo do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.
Jogou o PMDB para a periferia ministerial, concentrou no Palácio o poder decisório político e de interlocução com o Congresso com pessoas da estrita confiança presidencial, mas sem a necessária experiência nem o indispensável trânsito no Parlamento. 
A prova na incompetência está na queimada na largada. O PMDB captou de início o plano. E, ao perceber, se uniu. O movimento para enfraquecer, fortaleceu como se viu na manifestação da executiva do partido em prol das candidaturas às presidências da Câmara e do Senado. O recado foi direto: quaisquer hostilidades dirigidas aos candidatos, notadamente ao deputado Eduardo Cunha, serão interpretadas como agressões ao conjunto dos pemedebistas.
Em miúdos, disse o seguinte: "Mexeu com ele, mexeu conosco". A declaração de guerra de quem pode estar prestes a renovar a posse do comando de um dos Poderes da República não seria necessária se entre os arquitetos palacianos não vigorasse a enganosa tese de que os líderes do PMDB são provincianos a serem passivamente passados para trás em troca de migalhas de fisiologismo.
Pois se a ideia era enfraquecer, os fatos mostram que o Planalto até agora só conseguiu fortalecer o partido. Por exemplo, a manobra trouxe de volta à cena o ex-deputado Geddel Vieira Lima, oposicionista até então atuando só nos bastidores e desde ontem autorizado a dar em nome do partido declarações tais como "o PMDB vai olhar com lupa" as atitudes do governo a partir do momento em que assumir o comando do Congresso. 
A manifestação da executiva quer dizer também que os ministros do PMDB, mesmo os nomeados à revelia da direção, não fiquem à vontade para atuar em prol dos interesses do governo quando esses contrariarem os do partido, pelo simples fato de que não se respeitou a regra do segredo como a alma do negócio.
Gilberto Kassab e Valdemar Costa Neto, patrocinadores de novas legendas a serem criadas com o objetivo de aliciar parlamentares da oposição e do PMDB, podem até ser braços armados pelo Planalto. Mas, diante de urdidura tão explícita, é de se perguntar se raposas desse jaez estariam dispostas a brigar com os presidentes da Câmara e do Senado para prestar serviço ao Planalto.
Talvez prometam, mas provavelmente não entreguem a mercadoria.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 07:32:00

(Estadão) Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) entregue aos investigadores da Operação Lava Jato, que desmontou esquema de corrupção na Petrobrás, registrou uma movimentação considerada suspeita em 2009 de R$ 18 milhões envolvendo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, ligado à CUT, a Bancoop, cooperativa criada pela entidade cujo presidente era o atual tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto (foto), e a Planner Corretora de Valores. 
Em 23 de novembro de 2009, a Bancoop recebeu R$ 18.158.628,65 do Sindicato dos Empregados de Estabelecimentos Bancários de São Paulo, informou o Coaf, órgão de inteligência do Ministério da Fazenda. “Na mesma data, foram transferidos R$ 18.151.892,51 para a empresa Planner Corretora de Valores”, registra o documento enviado à Polícia Federal e anexado ao processo em que foi decretada a prisão preventiva de Nestor Cerveró, ex-diretor de Internacional da Petrobrás.
No relatório do Coaf, a movimentação financeira de 2009 da Bancoop foi classificada como suspeita. “Contas que não demonstram ser resultado de atividades ou negócios normais, visto que utilizadas para recebimento ou pagamento de quantias significativas sem indicação clara de finalidade ou relação com o titular da conta ou seu negócio.”
O documento do Coaf foi feito a pedido dos investigadores da Lava Jato e tem como alvo do monitoramento bancário Vaccari, Cerveró e Renato Duque, ex-diretor de Serviços da estatal. O tesoureiro do PT foi apontado na Justiça Federal por dois delatores do processo como operador do esquema de propina na Petrobrás, entre 2004 e 2012. Pelo menos 22 empresas, agindo em cartel, pagavam propinas de 1% a 3% para agentes públicos e políticos em troca de contratos bilionários, segundo a Procuradoria da República.
Vaccari teria movimentado propina via Diretoria de Serviços. Ele e a cunhada, Marice Correa de Lima, são também investigados como supostos recebedores de valores pagos por uma das construtoras do cartel de 22 empreiteiras alvo da Lava Jato, a mando do doleiro Alberto Youssef. O nome do tesoureiro do PT aparece também na Lava Jato em um negócio suspeito envolvendo membros do partido e investimentos feitos pelo fundo de pensão da Petrobrás, Petros, em uma empresa de fachada ligada ao doleiro.
Caso Bancoop
Vaccari, que era dirigente da Bancoop em 2009, é réu em processo criminal aberto em 2010, pela Justiça em São Paulo. Nele, os dirigentes da cooperativa são acusados de desvio de recursos e prejuízo de mais de R$ 100 milhões. Parte desse dinheiro teria irrigado campanhas do PT, segundo a Promotoria.
O processo acusa o atual tesoureiro do PT e outros diretores da cooperativa – criada pelo sindicato dos bancários, que teve Vaccari como dirigente, em 1996 – por estelionato, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Pelo menos 8 mil pessoas foram prejudicadas. A Planner, que em novembro de 2009 recebeu os R$ 18 milhões comunicados pelo Coaf, foi a corretora que atuou na capitalização da Bancoop, a partir de 2004, por meio de um fundo de investimentos, que recebeu aportes milionários de fundos de pensão de órgãos federais.
Parte dos recursos, segundo o processo, foram desviados por meio de empresas de fachada criadas. A Bancoop quebrou, deixando uma dívida milionário para cooperados e investidores. Investigadores da Lava Jato buscam saber se há relação entre o caso Bancoop, a movimentação dos R$ 18 milhões, em 2009, e o esquema de propina que teria operado na Petrobrás, entre 2004 e 2012. Vaccari nega qualquer relação com os esquemas de corrupção na Petrobrás. Ele também nega desvios de recursos da Bancoop. Procurado na noite desta quarta feira, 14, ele não foi encontrado.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 07:19:00


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
15/01/2015 às 4:24
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) admitiu, como se noticiou, a existência de racionamento de água em São Paulo? Não que eu tenha visto. Mas afirmou o óbvio: existe, sim, uma crise, determinada pela falta de chuva. Alckmin falou em “restrição hídrica”. No mesmo dia, o novo ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, recomendou que a população reduza o consumo de energia elétrica em razão do “sistema hidrológico alterado”.
Disse Braga: “Eu acho que isso é importante sim [a redução do consumo de energia]. Eu acho que, do mesmo jeito que nós estamos tendo a realidade, por exemplo, em São Paulo, em que o consumidor está tendo que reduzir o gasto de água porque há um problema hídrico, o setor elétrico está sendo vítima do ritmo hidrológico. Então, é natural, sim (reduzir o consumo). Se pudermos economizar, se pudermos controlar, isso ajuda para que nós possamos ter eficiência energética, redução de consumo, redução de gastos nessa área e, obviamente, isso impacta positivamente a tarifa”.
Que havia uma crise no abastecimento de água em São Paulo, isso, convenham, todos reconheciam. E, é evidente, se não chover nas represas o necessário, acabará havendo cortes no fornecimento. O que é novo nessa equação — e não deixa de ser de um saudável realismo, ainda que tardio — é o governo federal reconhecer que o país enfrenta problemas também no setor elétrico.
Nem é preciso recuar muito no tempo. Há três meses, durante a campanha eleitoral, o PT e Dilma Rousseff tentaram jogar nas costas do governo de São Paulo a responsabilidade pelos problemas de abastecimento de água, como se o setor elétrico não fosse parte da mesma equação.
A energia elétrica já está se tornando progressivamente mais cara, e novos aumentos vêm por aí. Também o governo de São Paulo espera diminuir o consumo de água mexendo no preço. O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador José Renato Nalini, liberou na noite desta quarta (14) a cobrança de multa para os gastões, instituída pelo governo e pela Sabesp. Nalini suspendeu a liminar que impedia a cobrança da sobretaxa de 40% a 100% para consumidores que excederem a média mensal de gasto de água.
Governo do Estado e Sabesp fazem uma ampla campanha em favor da economia de água. O Planalto, até agora, tem evitado recomendar que a população economize energia. Seria como admitir o insucesso da política energética da era Dilma. Que se lembre: há dois anos, por meio da MP 579, o governo permitiu que as empresas geradoras e transmissoras antecipassem as concessões desde que seus preços fossem regulados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), com uma redução de 20% nas tarifas. O setor quebrou.
Para arrematar: o país está bem perto de uma crise no fornecimento de energia elétrica crescendo 0,3% em 2014 e com expansão prevista de 1% neste ano. Crescesse a 4%, já estaríamos às escuras. Deve ser esse o planejamento de que Dilma tanto se orgulhava.

14/01/2015 às 20:04
Vamos pôr os pingos nos is. O advogado de Nestor Cerveró, preso no começo da madrugada de quarta (14), afirmou que os mesmos critérios que levaram seu cliente à cadeia seriam suficientes para resultar na prisão de Graça Foster, presidente da Petrobras. Afinal, ela também transferiu bens para familiares. Não é assim — e olhem que há muito tempo acho que esta senhora tem de ser demitida. Mais do que isso: penso que a presidente Dilma comete um ato de irresponsabilidade ao mantê-la no cargo. Mas não vamos confundir alhos com bugalhos.
Cerveró não foi preso agora em razão de transferências de bens feitas há algum tempo. Segundo informam a Polícia Federal e o Ministério Público, mesmo depois de se tornar réu — isto é, de a Justiça aceitar a denúncia feita pelo MP —, ele tentou movimentar seu patrimônio. E parece que não o fez de um modo exatamente convencional. Nota: Graça Foster, por enquanto ao menos, não é ré de nada.
Segundo o delegado Igor Romário de Paula, da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado, Cerveró fez operações para obter dinheiro em espécie, sem nem mesmo atentar, digamos, para a economicidade das escolhas. Ou por outra: tudo indicava que ele não buscava obter lucro com a movimentação, mas dinheiro rápido, o que poderia sugerir ou tentativa de esconder patrimônio ou planejamento de uma fuga.
O juiz Sérgio Moro está de férias, e quem tomou a decisão foi Marcos Josegrei da Silva, que estava de plantão na Justiça Federal do Paraná. Às 7h34 do dia 1º de janeiro, ele considerou: “mesmo após figurar como investigado em inquéritos policiais e denunciado em ação penal, [Cerveró] prossegue sua sanha delitiva e, como sugere o MPF em sua promoção, parece mesmo não enxergar limites éticos e jurídicos para garantir que não sofra as consequências penais de seu agir, o que pode, no limite, transbordar para fuga pessoal caso perceba a prisão como uma possibilidade real e iminente”.
O juiz avança: “As conclusões que decorrem desses fatos são evidentes e não exigem muito esforço hermenêutico: Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobrás, apontado pelo MPF em denúncia já recebida pela Justiça Federal como um dos principais articuladores e beneficiário de quantias estratosféricas a título de ‘propinas’ pagas por fornecedores da Petrobras em troca de contratos com a estatal, ciente de que corre sério risco de ser responsabilizado criminalmente, inclusive com o ressarcimento dos danos a que deu causa, vem tentando blindar seu patrimônio capaz de ser, a curto prazo, rastreado no país, transferindo-o a pessoas de sua confiança”.
O juiz só peca, a meu ver, num particular. Num dado momento, afirma: “Isso, evidentemente, sem falar nos valores que provavelmente mantém em depósito em contas offshore fora do país que ainda não foram possíveis de serem identificadas e rastreadas”. Ainda bem que Cerveró não foi preso em razão dessas últimas linhas. Afinal, não se pode prender alguém por algo que “provavelmente” exista e que ainda não foi “rastreado”. Isso não seria prisão preventiva, mas julgamento preventivo.
Já os outros elementos elencados pelo magistrado, creio, justificam a prisão.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Sob a hegemonia do PT de Lula, Dilma e seus sequazes, falta muito pouco para que o Congresso Nacional do Brasil se transforme numa assembléia bolivariana como existe na Venezuela, destinada apenas a homologar os atos do executivo. É o que denominam 'socialismo do século XXI'. 
Em todo o mundo democrático, uma das tarefas primordiais do poder Legislativo é a fiscalização dos gastos do Executivo. No Brasil, a Constituição prevê que cabe ao governo “prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior”. O texto estabelece que os parlamentares devem julgar se aprovam ou rejeitam a prestação de contas. Para essa tarefa, deputados e senadores deveriam se basear no parecer emitido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), um órgão auxiliar do Legislativo. Mas a última vez em que isso ocorreu foi em 2002, quando o Congresso aprovou as contas do ano anterior.
A exemplo dos vetos presidenciais, que por anos a fio ficaram sem votação no Congresso Nacional, a análise da prestação de contas dos governos federais é um tema pouco afeito ao interesse dos parlamentares. Desde 2002, último ano do governo Fernando Henrique Cardoso, deputados e senadores não concluem a votação de nenhum relatório sobre críticas do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre deficiências na execução do Orçamento, em demonstrações contábeis e ou inconformidade da receita pública. Em parte, a análise das contas não ocorre por falta de interesse dos presidentes da Câmara e do Senado de colocarem os temas em efetiva votação; em parte porque os congressistas consideram que a aprovação ou reprovação de contas de um governo que já terminou seria apenas “simbólico” – mesmo que os últimos três presidentes da República tenham sido reeleitos.
Em entrevista a TVEJA, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, criticou a omissão do Congresso e apontou como um dos seus efeitos o fato de que rombos, como os 2,3 trilhões de reais do passivo atuarial, permanecerem ocultos do público.
O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), que assumirá uma vaga no Senado em 1º de fevereiro, diz que o desprezo pelo assunto é mais um sinal de que o Congresso tem perdido sua autonomia nos últimos anos. “Isso é extremamente importante. Não é simbólico. O Congresso tem transformado em simbólico o que é prerrogativa do Parlamento, como as sabatinas, a apreciação de vetos e as convocações de ministros”, diz o parlamentar.
Apesar de terem entre suas funções a fiscalização do Poder Executivo, o Congresso minimiza a importância de apreciar as contas do governo. E o desprezo persiste ainda que o TCU tenha detectado situações de possível maquiagem de dados, um recurso amplamente utilizado pelo Tesouro Nacional na chamada “contabilidade criativa”. Leia MAIS


NO BLOG UCHO.INFO
14/01/2015 | Escrito por admin
Ministro reconhece o fracasso da educação pública brasileira e atropela falsa profecia de Lula
Tiro ao alvo – O resultado da edição 2014 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não foi uma surpresa para os leitores do UCHO.INFO, pois o site alerta, há anos, para o fato de jovens e adolescentes terem conhecimento raso e desconhecerem até mesmo os assuntos corriqueiros do cotidiano. Sem contar a dificuldade para ler e escrever, o que não é privilégio das camadas sociais menos favorecidas. Tudo isso é fruto da pasteurização da informação, cada vez mais oportunista e vazia em termos de conteúdo. Fora isso, causa espécie o movimento crescente que incensa o “ter” e sepulta o “ser”.
No momento em que 529 mil alunos que participaram do Enem tiraram nota zero em Redação, fica claro que há na Educação, como um todo, algo muito mais grave do que se imaginava. Muitos justificaram o resultado assustador alegando que o tema da Redação foi inusitado, mas é preciso estar preparado para os imprevistos que a vida oferece. O caos que surgiu na prova de Redação reforça a tese antiga de que aos políticos brasileiros interessa a ignorância do eleitorado, pois só assim os chamados representantes do povo se perpetuam no poder.
O contribuinte brasileiro enfrenta a maior carga tributária do Planeta, mas não recebe a devida contrapartida por parte do Estado. A situação torna-se mais grave quando em cena entra a Educação privada. As escolas particulares cobram verdadeiras fortunas, sem que os alunos aprendam em proporção correspondente ao valor das mensalidades. Ou seja, paga-se muito e tem-se pouco. Quadro que antecipa a mediocridade intelectual dos próximos anos.
O maior problema nesse cenário de perplexidade e indignação é de responsabilidade do Estado, que na rede pública de ensino oferece algo pífio àqueles que não têm motivação para aprender. Vale salientar que o então presidente Luiz Inácio da Silva, agora um bem sucedido lobista de empreiteira, disse certa vez que o “companheiro” Fernando Haddad foi o maior ministro da Educação da História Nacional. É verdade que Lula queria emplacar na prefeitura de São Paulo o seu ex-colaborador, mas colocar Haddad no Olimpo da Educação foi uma temeridade. O resultado da passagem de Fernando Haddad pelo Ministério da Educação começa a aparecer.
Escolhido pela reeleita Dilma Rousseff para comandar a pasta em seu novo governo, Cid Gomes mal foi empossado e já encontrou um enorme problema para destrinchar. Ex-governador do Ceará e sem experiência para cuidar de tão importante ministério, até porque o futuro depende da Educação púbica ou privada, Cid Gomes empurrou o problema para os antecessores. Aos jornalistas, o ministro disse que a Educação pública brasileira está devendo. “O diagnóstico que se faz do ensino público brasileiro é de que deixa muito a desejar”, disse Cid Gomes.
A declaração do ministro atropela a afirmação do apedeuta Lula, que para fincar um dos seus postes políticos na maior cidade brasileira se valeu de mais uma mentira. A de que Haddad fora o maior ministro da Educação de todos os tempos. O prefeito paulista foi tão bom quanto ministro quanto a excelência da Saúde Pública do País, que um dia o ex-metalúrgico disse estar a um passo da perfeição.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
Empresa que Cerveró opera com três sócios na Irlanda é o alvo da Lava Jato contra políticos e empreiteiros

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Uma offshore sediada na Irlanda, cujos três acionistas ainda não foram totalmente identificados, é o alvo de investigações da força tarefa da Operação Lava Jato, após a decretação da prisão preventiva do ex-diretor Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. A empresa seria uma das centrais de operação, na Europa, do grupo que Cerveró representa. Os caminhos irlandeses da grana que foi desviada do Brasil pode levar aos nomes de importantes políticos envolvidos no Petrolão - um aprimoramento bilionário daquele Mensalão que hoje só pune, de verdade, Marcos Valério, Roberto Jefferson e (por enquanto) João Paulo Cunha (que logo será terá direito à prisão domiciliar).
O mais tenso com a prisão de Nestor Cerveró é o presidente do Senado. Renan Calheiros é tido como o "maior padrinho" de Cerveró. Revelações comprometedoras que ele venha a fazer têm tudo para inviabilizar a fácil reeleição de Renan para a presidência do Congresso Nacional. Cerveró sentirá a "pressão da cadeia". O juiz Sérgio Fernando Moro, da 13a Vara Federal em Curitiba, decretou a prisão dele com a certeza de que dificilmente o Supremo Tribunal Federal venha a conceder um habeas corpus até o depoimento dele, previsto para fevereiro, sem data ainda agendada oficialmente. Entre 2012 e 2014, Cerveró movimentou, lá fora, US$ 27 milhões de dólares.
O Ministério Público Federal também acredita que são grandes as chances de Cerveró continuar preso e aderir à colaboração premiada. A crença é baseada no fato objetivo de que Cerveró está "cercado". Outras 15 delações forneceram provas concretas do envolvimento dele no esquema ligado ao lobista Fernando Baiano. Ele e Cerveró são suspeitos de receber US$ 40 milhões de propina nos anos de 2006 e 2007 para intermediar a contratação de navios-sonda para a perfuração de águas profundas na África e no México. Fernando seria ligado ao PMDB. Mas o partido nega qualquer envolvimento com ele. Claro...
Como o Alerta Total antecipou ontem, a turma do Palhaço do Planalto também está apertadinha com a prisão de Cerveró, que tem fortes relações em Londres (de onde veio de viagem - e não de Paris -, onde políticos brasileiros costumam usar como base para lavar dinheiro). Na avaliação dos nervosos assessores próximos a Dilma, Cerveró causaria mais danos ao PMDB que ao PT. Ele tem ligação direta com um Senador (ninguém confirma que seria Renan Calheiros) e três deputados peemedebistas. 
Se Cerveró realmente falar, o núcleo de empreiteiros da Lava Jato vai se complicar, definitivamente.
Operação Suíça
Uma equipe formada pelo chefe de gabinete da Procuradoria Geral da República e por procuradores que atuam na força-tarefa no Paraná embarcará no próximo domingo (18) para a Suíça.
O objetivo é analisar provas produzidas por autoridades de lá que foi o principal destino das propinas pagas pelos esquemas da Lava Jato.
Se derem uma passada na Irlanda, a coisa ficará mais complicada ainda...
Cris K. denunciada...
O promotor federal argentino Alberto Nisman denunciou nesta quarta-feira (14) a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, pela suposta negociação de um "acordo de impunidade" com o Irã para encobrir os acusados do atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), que causou 85 mortes em 1994.
Em um processo com cerca de 300 páginas, Cristina foi acusada pelos crimes de "encobrimento agravado, descumprimento do dever de funcionário público e impedimento de um ato funcional".
Como é duro viver em um País onde o Ministério Público Federal tem a coragem de denunciar a Presidente da República...
(...)

NO O ANTAGONISTA
A pior caricatura de Maomé
Mundo 15.01.2015
Nigéria. Ninguém quer saber da Nigéria. Mas nós, aqui, queremos. Na mesma semana em que o mundo se exasperava com os atentados em Paris - e tinha todos os motivos para se exasperar -, os terroristas islâmicos do Boko Haram faziam explodir três meninas-kamikaze no nordeste da Nigéria. Hoje o Guardian publica imagens de satélite de dois vilarejos na região, antes e depois da devastação provocada pelo Boko Haram. Mais de três mil casas foram queimadas e mais de duas mil pessoas foram assassinadas. Essas fotografias são a caricatura mais monstruosa e ultrajante de Maomé.
Antes e depois da passagem de Maomé

A Petrobras roubou a Petrobras
Brasil 15.01.2015
Quem montou o esquema de desvio de dinheiro da Petrobras foi a própria Petrobras. Esse é o ponto central da defesa de uma das principais empreiteiras envolvidas no escândalo do Petrolão, a UTC Engenharia. Segundo o advogado da empresa, citado pela Folha de S. Paulo, a Petrobras "tenta fugir de suas responsabilidades dizendo-se vítima de diretores, mas as decisões lá são colegiadas e as grandes obras envolvem o conselho de administração". A UTC afirma igualmente que a Petrobras, sozinha, "organizava as licitações, convidava as concorrentes e dava o preço final".
É justo e correto denunciar e criminalizar as empreiteiras, mas também é justo e correto repetir que o esquema da Petrobras só foi criado para bancar o caixa dos políticos e dos partidos, os maiores responsáveis pelo crime. O dono da UTC escreveu em sua caderneta que o tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva, estava "preocupadíissimo". Depois de ler a defesa da empreiteira, deve ficar ainda mais.

Delfim Netto, o pensador da direita boçal e da esquerda imbecilizada
Brasil 14.01.2015
Delfim Netto é o que os biólogos chamam de organismo extremamente adaptável. Colaborador entusiasmado da ditadura militar, apoiador de Maluf e Jânio Quadros na redemocratização, defensor do PT depois que Lula chegou ao poder, ele há décadas vem contornando o merecido ostracismo, graças à sua coluna vertebral extremamente flexível e também à simpatia que continua a angariar entre jornalistas de diversas gerações.
Colunista da Folha de S. Paulo, Delfim Netto escreve hoje que "O fenômeno mais grave que estamos vivendo é a generalização da recusa à política que está se apropriando de boa parte da juventude brasileira". E segue falando de como as universidades replicam um pensamento que está na origem de matrizes autoritárias, tanto da "direita boçalizada", como da "esquerda imbecilizada". Não sem antes aliviar para Dilma Rousseff, a ex-guerrilheira de esquerda.
No geral, Delfim Netto estaria certo se ele não fosse Delfim Netto. Mesmo o pior dos canalhas (o que não é o caso de Delfim Netto) tem de respeitar a sua própria biografia. Delfim Netto participou, entusiasticamente, repita-se, da matriz autoritária que permitiu à direita boçal instaurar um regime ditatorial que durou vinte anos. Delfim Netto emprestou (será esse o termo correto?) suporte a ladrões do dinheiro público que, não bastasse a gatunagem, flertaram e mesmo casaram com o autoritarismo. Delfim Netto tenta dar legitimidade intelectual e política à esquerda imbecilizada -- e ladra -- que reina desde 2002 no Brasil.
Quando o jornalismo aposentará Delfim Netto?

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