DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Apesar de ser o presidente do Conselho de Administração da Petrobras desde abril de 2010, quando substituiu a então ministra Dilma Rousseff, o ministro pré-demitido da Fazenda, Guido Mantega, foi esquecido na Operação Lava Jato. Todos contratos da Petrobras nos últimos quatro anos passaram pela mesa de Mantega, que é membro do Conselho desde 2006 e também é membro do Conselho da BR Distribuidora.
Presidente do Conselho da BR e membro na BR Distribuidora, Guido recebe R$ 19,7 mil/mês para “compor” seu salário de R$ 26,7 mil.
Outro esquecido no Petrolão é Luciano Coutinho, presidente do BNDES desde 2007 e membro do Conselho da Petrobras desde 2008.
A bancada do PT está inconformada com a perda de espaços no segundo governo de Dilma. Deputados preveem fase difícil do governo com a militância, que está bombardeando as redes sociais de críticas.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza28/12/2014 03:40
A inédita passagem de executivos das maiores empreiteiras do país pela carceragem da Polícia Federal está prestes a produzir uma revolução nos costumes político-empresariais do país. Gigante do setor da construção pesada, a Camargo Corrêa negocia com o Ministério Público Federal os termos de um acordo de leniência, como são chamadas as delações premiadas de empresas. Significa dizer que o bloco das grandes empreiteiras, antes monolítico, pode trincar.
Operação Lava Jato da PF81 fotos80 / 81
12.dez.2014 - Ex-gerente executiva da Diretoria de Refino e Abastecimento da Petrobras Venina Velosa da Fonseca relatou por e-mail, em 2008 e 2009, irregularidades na empresa à atual presidente da estatal, Graça Foster, e ao diretor que substituiu Costa, José Carlos Cosenza. A informação foi publicada no dia 12 de dezembro em uma reportagem do "Valor Econômico" Leia mais Divulgação/ Inlac Brasil
Deve-se a informação aos repórteres Bela Megale e Alexandre Hisayasu. O que se discute é a troca de benefícios judiciais por confissões. A Camargo teria de admitir as suas culpas e dedurar as culpas alheias, expondo um pouco mais as entranhas do cartel que fraudou licitações bilionárias e abastecia o propinoduto instalado na Petrobras e em outros ghichês do Estado brasileiro.
Até aqui, apenas a Toyo Setal, uma empresa secundária do setor, topara colaborar com os investigadores. O novo acordo, se confirmado, colocará o curto-circuito noutra voltagem, bem mais próxima de uma explosão do tipo salve-se quem puder. Dois advogados da Camargo confirmaram aos repórteres a abertura da negoviação com os procuradores que tocam no Paraná a Operação Lava Jato. As conversas serão retomadas após os festejos do Ano-Novo.
A Lava Jato engolfou 16 empreiteiras. Duas dezenas de executivos foram presos em novembro. Onze continuam na cadeia. Entre eles três da Camargo Corrêa: Dalton Avancini, diretor-­presidente; João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração; e Eduardo Leite, vice-presidente. A empreiteira já teria topado admitir sua culpa nas fraudes. Básico nesse tipo de acordo, um compromisso da Camargo com a verdade não seria pouca coisa.
Basta recordar que Marcelo Odebrecht, mandachuva da co-irmã Norberto Odebrecht, havia se referido às revelações do delator Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, como uma “denúncia vazia de um criminoso confesso''. De uma investigação que já conta com uma dúzia de delatores, incluindo um petrogerente com US$ 97 milhões entesourados na Suíça, pode-se dizer muita coisa, menos que é vazia. A colaboração da Toyo Setal tornou o caso mais denso. Um acordo com a Camargo ajudaria expor o oco das palavras do doutor Odebrecht.
Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos procuradores que atuam na Lava Jato, disse que o Ministério Público não cogita abrir uma fila para empreiteiras arrependidas. “Apenas as que forem mais rápidas serão beneficiadas” com acordos de leniência, disse. Ele explica a seletividade de forma singela: as construtoras que decidirem colaborar por último talvez já não tenham muito a acrescentar.
Quando explodiu a Lava Jato, as empreiteiras imaginavam que seria possível ligar o forno, como sempre sucedeu.
Quando a cana do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor Paulo Roberto tornou-se longeva, a receita da pizza passou incluir uma administração da grelha.
Quando o ‘efeito Papuda’ levou o amigo Paulinho a dar com a língua nos dentes, as empreiteiras declararam-se inocentes.
Quando Youssef aderiu à delação, colocando o dedo para suar em sintonia com o indicador de Paulo Roberto, o cartel levou à mesa a teoria da extorsão.
Quando o juiz Sérgio Moro mandou prender os magnatas do cimento, entrou em cena o mais bem remunerado time de advogados do país. O relaxamento das prisões parecia, então, uma questão de dias.
Quando o trabalho da PF, da Procuradoria e do doutor Moro revelou-se, por assim dizer, impermeável à enxurrada de recursos judiciais, os advogados da grande empreiteira foram à presença do procurador-geral Rodrigo Janot. Que batizou a caravana de “cartel da leniência”. A Toyo Setal foi ao trombone.
Quando ficou claro que a cana dos corruptores atravessaria o Natal e o Ano-Novo, podendo ser esticada até o anúncio da sentença, a Camargo Corrêa esboça um risco na areia. Se o acordo sair, quem estiver do lado errado talvez tenha de deixar o ramo das obras públicas para criar um movimento pela melhoria das condições carcerárias no país.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

O escritório americano Labaton Sucharow, que representa Providence, capital do Estado de Rhode Island, em uma ação contra a Petrobrás e duas de suas subsidiárias, adotou uma estratégia jurídica agressiva: incluiu na ação a presidente Dilma Rousseff e outras 11 autoridades públicas e empresários na condição de "pessoas de interesse da ação". 
Constam da lista o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o empresário Jorge Gerdau, do grupo Gerdau, e o executivo Fábio Barbosa, presidente do Grupo Abril, todos ex-integrantes do conselho de administração da Petrobrás.
O processo nos EUA ajudou a derrubar em mais de 6% as ações da estatal ontem. Ele tem entre os réus a presidente da estatal Graça Foster e um ex-membro do conselho de administração, o empresário Josué Gomes da Silva, presidente da Coteminas (filho do falecido vice-presidente de Lula, José Alencar Gomes da Silva).
O grupo de 12 pessoas está em outro situação: é citado por ter assinado prospectos que serviram de base para as emissões de títulos de dívida e ADS (American Depositary Share) que são discutidos no processo.
Os demais são: Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobrás; Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Miriam Belchior, ministra do Planejamento; Silas Rondeau e Márcio Zimmermann, ambos ex-ministros de Minas e Energia; Sérgio Quintella, ex-presidente do Tribunal de Contas da União; Marcos Antônio Menezes, do Instituto Brasileiro de Petróleo; e o general Francisco Roberto de Albuquerque. A reportagem tentou contato com todos os citados. Os que responderam até o fechamento da edição não quiseram comentar a ação.
Estratégia 
Segundo advogados ouvidos pelo Estado no Brasil e no exterior, neste condição, os citados não são réus. "Mas, pela lei americana, dependendo do desenrolar da ação, do surgimento de novos fatos, das provas que forem anexados aos autos, o escritório pode pedir ao juiz que elas sejam chamadas a depor ou mesmo transformadas em réus", explicou o advogado americano James Munisteri, sócio especializado em litígios do escritório texano Gardere.
Segundo Munisteri, em litígios do gênero "pessoas de interesse da ação" podem virar réus se ficar provado duas circunstâncias: que elas sabiam que as declarações nos prospectos eram falsas ou se agiram com grave negligência, como assinar os papéis sem ler direito.
Na sua avaliação, incluir no processos autoridades tão importantes do Brasil pode ser uma "estratégia de pressão para forçar um acordo".
Em entrevista ao Estado, o sócio do Labaton Sucharow, Michael Stocker, responsável pelo caso, disse que "por enquanto" não há planos em transformar as "pessoas de interesse" citadas no processo em réus. Ele ainda afirmou que é "muito cedo, em nossa estratégia de litígio, dizer se essas pessoas serão chamadas a depor". Em um ponto ele disse ter certeza: os valores mínimos das multas a serem aplicadas no caso Petrobrás ficarão na casa de "centenas de milhões de dólares".
O valor arrecado pela Petrobrás com os certificados de dívida e as ADS que estão no processo passam de US$ 100 bilhões. Por isso, Munisteri acha que o processo pode colocar o caso entre o maiores já movidos nos EUA, gerando indenizações tão altas quanto as dos casos Enron e Worldcom. Do site do Estadão


NO BLOG ALERTA TOTAL
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira (*)
O grande Fila teve honras superiores às de Incitatus, mas ambos caõservaram sua cãodição animalesca.
A chefa da matilha tomou com força o osso de condão e ninguém ousa se aproximar da boca dela.
Na vez passada veio um bulldog velho socorrer o grande Fila que estava a ponto de ser cãopturado pela carrocinha.
Tinham um pacto de não agressão. O grande Fila não entendeu bem a diferença entre pacto e gampso mas não questionou o tipo de ajuda.
Fazia discursos incãogruentes; entregou o seu principal assessor às feras; ficou por uns tempos incãomunicável.
Depois, refeito do susto, tornou-se ainda mais arrogante e partiu para a onstentacão.
Desde então, leva “la vie en rose” e diz : “Meus amores por ti são, meu coração por ti gela.”
Alertado sobre o perigo de uma retalhacão intestina, se lamentou: “Se já não posso amar ela, já nela não penso não.”

(*) Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

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