DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Convidado para comandar o Ministério da Pesca e Aquicultura no governo Dilma II, Hélder Barbalho (PMDB-PA), 35, responde a dois processos na Justiça Federal por improbidade administrativa quando foi prefeito de Ananindeua, perto de Belém. Em uma das ações, o Ministério Público pediu o bloqueio dos seus bens por comprar remédios e contratar serviços para Saúde de empresas fantasmas.
A gestão de Hélder Barbalho sumiu com R$ 1,8 milhão destinados a programas de Saúde, diz o MPF. Despesas nunca foram comprovadas.
Auditoria do Ministério da Saúde achou fraudes na compra de ambulância. A vencedora, a Planan, é pivô da Operação Sanguessuga.
O ex-prefeito é investigado ainda pelo MPF por suposto desvio de R$1 milhão em convênio com a Funasa para construir estação de esgoto.
Filho de Jader Barbalho, um dos poucos políticos brasileiros algemados pela Polícia Federal, Hélder também é acusado de não recolher INSS.
O governo Dilma já gastou, através do cartão corporativo da Defesa Civil, mais de R$ 605 milhões desde que o cartão foi criado em 2012 para auxiliar áreas atingidas por tragédias naturais. Na Paraíba, por exemplo, estado que mais recebeu verbas com este carimbo (mais de 10%) um só funcionário gastou mais de R$ 17 milhões com uma só empresa: a Santana Agroindustrial, que vende grãos e sementes.
Conhecido pela aversão a tragédias, Lula não tinha o Cartão da Defesa Civil, mas foi ele quem criou o cartão corporativo do governo.
O cartão corporativo do governo, que serve para pagar qualquer conta do seu detentor, custou ao contribuinte R$ 581 milhões em 12 anos.
A Presidência gastou, em 2014, pouco mais de R$ 7 milhões com cartões corporativos e 93% desses gastos são escondidos sob “sigilo”.
O governo federal pagou mais de R$ 2 bilhões, só em 2014, à Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), órgão responsável por contratar médicos cubanos do Programa Mais Médicos.
Contrariando o conselho de assessores preocupados com a queda vertiginosa de confiança do mercado, Dilma decidiu manter Graça Foster. No Planalto, assessores chamam madame de “cabeça dura”.
Considerando a ficha suja de alguns dos futuros ministros, a pergunta não quer calar: já tem data a primeira faxina?

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza26/12/2014 04:47
Nesta quinta-feira (25), Dilma viajou com familiares para base militar na Bahia, onde descansa até segunda
Duas das seis vagas que Dilma Rousseff reservou para o PMDB no ‘novo’ ministério foram para a bancada do partido na Câmara: Aviação Civil e Portos, entregues respectivamente aos deputados Eliseu Padilha (RS) e Edinho Araújo (SP). O principal objetivo da presidente era o de reacender a fidelidade dos supostos aliados. Não funcionou. Liderado pelo deputado Eduardo Cunha (RJ), o PMDB da Câmara continua de nariz virado para a presidente.
Os dois escolhidos são camaradas do vice-presidente Michel Temer. A bancada já havia se preparado para assimilar Padilha. Mas a maioria achou que Edinho foi um exagero. Uma ala preferia Henrique Eduardo Alves (RN), que ficará sem mandato em 2015 . Outro grupo pedia um peemedebista com mandato. Edinho não frequentava nenhuma lista.
O modo como Dilma lidou com Henrique Alves foi muito criticado. Em conversa com repórteres, a presidente disse que consultaria o procurador-geral da República Rodrigo Janot. Queria saber se os candidatos à Esplanada estavam enrolados no propinoduto da Petrobras. Ela não foi atendida pelo chefe do Ministério Público. Mas Henrique, que estava cotado para o Turismo, se autoexcluiu do rol de ‘ministeriáveis’.
Um dos partidários do atual presidente da Câmara lamentou que Dilma não seja tão rigorosa com a presidente da Petrobras, Graça Foster. Manteve-a no cargo mesmo depois de Janot ter defendido publicamente a troca de toda a diretoria da estatal. Já há peemedebistas procurando a oposição para assinar o requerimento de abertura de nova CPI da Petrobras na legislatura que começa em fevereiro.
Além de ser um insucesso de público, o modelo fisiológico de compor ministérios já não exibe a mesma eficácia. Mimetizando os antecessores, Dilma anuncia um gabinete de reféns — os ministros ficam no cargos enquanto seus partidos disserem ‘amém’ para o governo. No caso do PMDB, a reza desanda antes do início da missa.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
sexta-feira, dezembro 26, 2014
O município de Providence, capital do Estado americano de Rhode Island, entrou na véspera de Natal com um processo contra a Petrobras, sua administração, duas subsidiárias internacionais e 15 bancos envolvidos na emissão e venda de papéis da companhia. A presidente da empresa, Graça Foster, e o diretor financeiro, Almir Barbassa, aparecem como réus, além de outros 11 executivos, de acordo com cópia do processo obtida pelo ‘Estado’, que tem 70 páginas e foi elaborado pelo escritório Labaton Sucharow, com sede em Nova York. 
A notícia chega depois de a empresa ter sido alvo de outras três ações coletivas nos Estados Unidos em dezembro deste ano, movidas por fundos e grupos de investidores individuais. 
A alegação da cidade de Providence é que o município teve prejuízo ao investir em títulos da Petrobrás, que perderam valor por causa das denúncias de corrupção e do consequente atraso da publicação do balanço do terceiro trimestre. Como ocorreu com as demais ações, a avaliação é que a empresa não informou o mercado sobre o pagamento de propinas e o esquema de lavagem de dinheiro que ocorriam em sua administração, colocando o dinheiro dos investidores deliberadamente em risco. Procurada, a Petrobrás informou que “não foi intimada da mencionada ação”.
O processo foi aberto na Corte de New York, onde correm as demais ações coletivas contra a petroleira. A diferença é que os investidores questionam perdas com as American Depositary Receipts (ADRs), que são recibos de ações da empresa brasileira listados na Bolsa de Valores de Nova York, enquanto a cidade de Providence alega perda com papéis de renda fixa, emitidos pela Petrobrás no mercado internacional para financiar seu plano de investimentos.
Executivos como réus
Outra diferença é que as ações dos investidores processam a Petrobrás, enquanto a de Providence inclui a administração, subsidiárias da empresa que emitiram bônus no exterior e 15 bancos que participaram da emissão desses papéis. O processo cita, em sua capa, como réus, além de Graça Foster e Barbassa, outros nomes da administração, que incluem José Raimundo Brandão Pereira, Mariângela Monteiro Tiziatto e Daniel Lima de Oliveira. Também estão incluídas duas subsidiárias da empresa brasileira no exterior, a Petrobrás International Finance Company, de Luxemburgo, e a Petrobrás Global Finance BV, com sede na Holanda, que foram as companhias emissoras dos bônus vendidos no exterior.
A ação da Providence se refere aos bônus comprados entre janeiro de 2010 a novembro de 2014 e outros investidores que aplicaram em papéis da Petrobrás neste período também podem aderir ao processo. Neste período, a Petrobrás emitiu cerca de US$ 98 bilhões em papéis, entre renda fixa e ações, de acordo com estimativas da cidade. 
Uma das acusações da ação é que, dentro do esquema de corrupção, a Petrobrás inflou os valores de ativos em seu balanço para esconder o recebimento de propinas e, além disso, o material distribuído aos investidores durante as ofertas dos bônus possui um conjunto de informações enganosas e pouco precisas, que omitem, por exemplo, as práticas de corrupção na petroleira.
A cidade de Providence tem um fundo dos funcionários públicos atuais e aposentados, com cerca de US$ 300 milhões aplicados em ações, renda fixa e outros investimentos. O processo não menciona quanto a cidade investiu especificamente na Petrobrás. (Do site do Estadão)


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