REFLEXÃO CRISTÃ

Versão Prática

Reconhecendo, embora, a alusão de Jesus aos po­vos de seu tempo, quando traçou a parábola do festim das bodas, recordemos o caráter funcional do Evangelho e busquemos a versão prática da lição para os nossos dias.
Compreendendo-se que todos os recursos da vida são pertences de Deus, anotaremos o divino convite à lavoura do bem, em cada lance de nossa marcha.
Os apelos do Céu, em forma de concessões, para que os homens se ergam à Lei do Amor, voam na Terra em todas as latitudes. Todavia, raros registram-lhes a presença.
Há quem recebe o dote da cultura, bandeando-se para as fileiras da vaidade; quem recolhe a mordomia do ouro, descendo para os antros da usura; quem se­nhoreia o tesouro da fé preferindo ajustar-se ao como­dismo da dúvida malfazeja; quem exibe o talento da autoridade, isolando-se na fortificação da injustiça; quem dispõe da riqueza das horas, mantendo-se no desvão da ociosidade, e quem frui o dom de ajudar, imobilizando-se no palanque da crítica.
Quase todos os detentores dos privilégios sublimes lhes conspurcam a pureza.
Contudo, quando mais se acreditam indenes de res­ponsabilidade e trabalho, eis que surge o sofrimento por mensageiro mais justo, convocando bons e menos bons, felizes e infelizes, credores e devedores, vítimas e ver­dugos ao serviço da perfeição, e, sacudidos nos refolhos do próprio ser, os pobres retardatários anseiam liber­tar-se do egoísmo e da sombra, consagrando-se, enfim, à obra do bem de todos, em cuja exaltação é possível reter a celeste alegria.
Entretanto, ainda aí, repontam, desditosos, Espíritos rebeldes, agressivos e ingratos.
Para eles, porém, a vida, nessa fase, reserva tão-somente a cessação do ensejo de avanço e reajuste, porquanto, jugulados pela própria loucura, são forçados na treva a esperar que o futuro lhes oferte ao caminho o tempo expiatório em cárceres de dor.
Desse modo, se a luta vos concita a servir para o Reino de Deus, com a aflição presidindo os vossos novos passos, tende na paciência a companheira firme, a fim de que a humildade, por excelsa coroa, vos guarde o coração na beleza e na alvura da caridade em Cristo, que vos fará vestir a túnica da paz no banquete da luz.

Do cap. 29 do livro Religião dos Espíritos, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Do O Consolador - Elucidações de Emmanuel - de 20-3-2011.

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