DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 24-10-2014

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
O boletim n° 4 do DataNunes constata: com 53% dos votos válidos, Aécio Neves está 6 pontos percentuais à frente de Dilma Rousseff, que não passou de 47%. A redução da distância entre os dois candidatos foi provocada pela ampliação do contingente de eleitores indecisos. Tal retração decorreu de acusações infamantes e outras torpezas disseminadas pelos devotos da seita que tem em Lula seu único deus e enxerga em Dilma a nada santa padroeira dos bandidos de estimação.
Os eleitores reticentes voltarão a engrossar o eleitorado de Aécio depois do debate transmitido pela Globo nesta sexta-feira (24), a partir das dez da noite. À farta munição de que dispõe o candidato da oposição acaba de juntar-se uma bala de prata calibre 45: a edição de VEJA que está chegando às bancas. Amparada num depoimento do doleiro Alberto Yousseff, preso no Paraná, a reportagem de capa informa que Lula e Dilma sabiam das tenebrosas transações nas catacumbas da Petrobras.
No primeiro turno, o desempenho de Aécio no debate promovido pela Globo garantiu-lhe a chegada à etapa decisiva. A reprise da performance vai tornar ainda mais retumbante a vitória sobre o bando para o qual o único crime hediondo é perder a eleição. Dilma não afundará sozinha: como os videntes de acampamento cigano não criam juízo, vem aí o segundo naufrágio dos institutos de pesquisa.

Publicado no Estadão desta quinta-feira (23)
A frequência com que as palavras “nazismo” e “nazista” são usadas para insultar tende a ser tanto maior quanto menor o conhecimento dos que as empregam do que foi efetivamente o mais hediondo regime que o Ocidente experimentou ao longo de sua história e do que fizeram os seus seguidores. Se mesmo na Europa as novas gerações parecem saber cada vez menos da barbárie que a devastou há 70 anos, não surpreende que em outras paragens os termos que a revestem tenham se tornado ao mesmo tempo corriqueiros e caricaturais – e, nessa medida, uma ofensa permanente à memória de suas vítimas. Um exemplo de livro de texto dessa banalização do mal acaba de ser dado pelo ex-presidente Lula, no lugar onde mais ele fica à vontade para usufruir da sua inesgotável propensão à baixeza: um palanque eleitoral.


NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Até setembro deste ano, a conta dos cartões corporativos do governo Dilma ultrapassou os R$ 46,2 milhões. Entre julho e setembro, quando a campanha pela reeleição começou, a conta subiu mais de R$ 12 milhões. Só Presidência da República gastou mais de R$ 15,5 milhões. Outros R$ 14 milhões são escondidos sob a alegação de “sigilo”. O Ministério da Justiça, via Polícia Federal, já usou quase R$ 11 milhões.
Desde janeiro de 2003, quando foi criado no primeiro ano do governo Lula, até setembro de 2014, foram gastos R$ 581 milhões com cartões.
Durante as eleições, o governo torrou R$ 4 milhões/mês com cartões, sem contar outubro. E só divulgou dados com dois meses de atraso.
Só a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) gastou R$ 7,73 milhões com cartões corporativos. Mais que 38 dos 39 ministérios.
Em meio à gastança, o gabinete do vice Michel Temer pagou despesas “sigilosas” de R$ 87 mil com cartões corporativos, de julho a setembro.
Até mesmo adversários de Dilma Rousseff (PT) deixaram de lembrar na campanha alguns dos escândalos mais cabeludos do atual governo, envolvendo a própria Presidência da República. É o caso da ex-chefe de gabinete presidencial Rosemary Noronha, a “Rose”, amiga íntima de Lula, que sumiu do noticiário e da campanha. Ela é ré por formação de quadrilha, enriquecimento ilícito, tudo sob “segredo de Justiça”.
Alertados por policiais federais, os principais membros do staff de Aécio Neves trocam de celular quase diariamente, tentando driblar o grampo.
A estratégia de destruir reputações, na disputa com Marina e Aécio, corrói na imprensa europeia a imagem de Lula, seu principal ideólogo.
Se a revista independente The Economist recomenda voto em Aécio, o também inglês Financial Times denuncia a “tática da difamação” do PT.
Enfrentando grave pindaíba, a Polícia Federal foi buscar em seu possante jato o traficante que prendeu em Boa Vista (RR). Já que o destino final do bandido é Bogotá, o contribuinte agradeceria se a PF telefonasse à polícia de lá para vir buscar sua encomenda indesejada.


NO BLOG DO CORONEL
TRACKING DO NINHO
O tracking tucano fechou DIA 23 (ONTEM) ESTABILIZADO em 53% Aécio x 47% Dilma. NÃO CONFIE EM INSTITUTOS DE PESQUISA. ELES SÓ ERRAM CONTRA AÉCIO.

Abaixo, segue a reportagem da Veja que abalou esta eleição. Se Dilma for reeleita, não governará, pois as provas contra ela são irrefutáveis. Sim, no caso dela basta saber. Como presidente do Conselho de Administração da Petrobras, primeira e última palavra, depois assumindo a Presidência da República, como chefe suprema da estatal, ela poderia ter impedido tudo, se não achasse, como ao que tudo indica, melhor participar e se locupletar do esquema escandaloso. É preciso alertar o país sobre isto: elegendo Dilma Rousseff, o país estará escolhendo Michel Temer, seu vice, pois ela possivelmente será alvo de processo de impeachment, como Fernando Collor de Mello. E quem assumirá será o presidente do PMDB, cujo partido é um dos que, junto com o PT, estão roubando a Petrobras. Para ler a reportagem, cliquem na imagem para ampliar, usem o ctrl+, enfim, se virem, que o conteúdo é explosivo.
     
Resta saber se Dilma Rousseff ganhou dinheiro com isso ou apenas teve a sua campanha de 2010 financiada pelo roubo da Petrobras. Lula, este não conta. Não está concorrendo a nada e não tem imunidade alguma. Se for condenado, vai pro fundo da cadeia como José Dirceu. Aliás, como chefão do mensalão, já deveria estar lá. Vamos divulgar esta reportagem urgentemente. Ainda há tempo para salvar o país das mãos desta quadrilha.

Quem tem 53% é Aécio e os institutos não podem negar.















Nas duas pesquisas apresentadas ontem, pelo menos uma enorme distorção. O Datafolha encontrou, na Região Sul, 57% para Aécio e 43% para Dilma. Já o Ibope, conforme denunciado por este blogueiro no twitter, encontrou um empate, cada um dos candidatos com 50%. Uma nítida tentativa de desestabilizar o eleitor sulista que dará, sem dúvida 60% para Aécio e 40% para Dilma. Uma excrescência. Da mesma forma, Datafolha acha 5% de indecisos e Ibope encontra somente 3%. É preciso levar em conta que as pesquisas erraram a votação de Aécio Neves, às vésperas do primeiro turno, por mais de 20%. As duas pesquisas, desta forma, podem estar mostrando exatamente o contrário: Aécio com 53% e Dilma com 47%.

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, disse nesta quinta-feira que os resultados das últimas pesquisas servirão para mobilizar seus apoiadores e "alertar" aqueles que querem "a mudança". O tucano relativizou os últimos resultados, a exemplo do que fez quando, mesmo em empate técnico, o Datafolha apontou liderança numérica da presidente Dilma Rousseff (PT) na disputa. Novo levantamento divulgado nesta quinta mostra que a petista agora tem uma vantagem de seis pontos sobre o tucano, fora da margem de erro. 
"Eu não paro para avaliar pesquisas, se não sequer estaria no segundo turno. Mas aqueles que querem a mudança, fiquem alertas", disse. Ele reconheceu que será uma "eleição disputada", mas fez discurso em tom confiante: "No domingo falarei com vocês [imprensa] como presidente da República". Ele voltou a dizer que as pessoas estão sendo ameaçadas com o fim de programas sociais caso vença a presidente Dilma. 
Aécio comparou as mobilizações promovidas por aliados em diversas cidades do país nas últimas 48 horas às passeatas pelas eleições diretas, na década de 1980. "Esses eventos espontâneos, que não víamos desde as Diretas [Já], Recife, em Brasília e em São Paulo, por exemplo, isso é forte e será avassalador no domingo", avaliou. Ele encerrou a fala dizendo que a presidente Dilma já é "derrotada" pela "campanha que se propõe a fazer". "A verdade vai vencer a mentira", disse. (Folha Poder)

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
O governo segurou dados negativos sobre o Ideb, a miséria e a arrecadação, entre outros, porque teme que eles possam prejudicar a votação da candidata do PT à reeleição. Já é um escândalo porque o estado brasileiro não pertence ao partido. Ao jornalismo não cabe nem retardar nem apressar a publicação de uma reportagem em razão do calendário eleitoral. A boa imprensa se interessa por fatos e disputa, quando muito, leitores, ouvintes, internautas, telespectadores. Na terça-feira passada — há três dias, portanto —, o doleiro Alberto Youssef, preso pela Operação Lava Jato, deu um depoimento estarrecedor à Polícia Federal e ao Ministério Público. A revista VEJA sabe o que ele disse e cumpre a sua missão: dividir a informação com os leitores. Se, em razão disso, pessoas mudarão de voto ou se tornarão ainda mais convictas do que antes de sua opção, eis uma questão que não diz respeito à revista — afinal, ela não disputa o poder. E o que disse Youssef, como revela VEJA, numa reportagem de oito páginas? Que Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff sabiam da roubalheira que havia na Petrobras.
Mais: Youssef se prontificou a ajudar a Polícia a chegar a contas secretas do PT no exterior. Segundo as pesquisas, Dilma poderá ser reeleita presidente no domingo. Se isso acontecer e se Youssef fornecer elementos que provem que a presidente tinha conhecimento das falcatruas, é certo como a luz do dia que ela será deposta por um processo de impeachment. Não é assim porque eu quero. É o que estabelece a Lei 1.079, com base na qual a Câmara acatou o processo de impeachment contra Collor e que acabou resultando na sua renúncia. O petrolão já é o maior escândalo da história brasileira e supera o mensalão.
O diálogo que expõe a bomba capaz de mandar boa parte do petismo pelos ares é este:
— O Planalto sabia de tudo!
— Mas quem no Planalto?, perguntou o delegado.
— Lula e Dilma, respondeu o doleiro.
Youssef diz ter elementos para provar o que diz — e, em seu próprio benefício, é bom que tenha, ou não contará com as vantagens da delação premiada e ainda poderá ter a sua pena agravada. A sua lista de políticos implicados no esquema já saltou, atenção, de 30 para 50. Agora, aparece de forma clara, explícita, em seu depoimento, a atuação de José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras durante o califado de Lula e em parte do governo Dilma. Entre outros mimos, ele revela que Gabrielli o chamou para pagar um cala-boca de R$ 1 milhão a uma agência de publicidade que participava do pagamento ilegal a políticos. Nota: Youssef já contou à PF que pagava pensão mensal a membros da base aliada, a pedido do PT, que variavam de R$ 100 mil a R$ 150 mil.
Pessoas que conhecem as denúncias de Youssef asseguram que João Vaccari Neto — conselheiro de Itaipu, tesoureiro do PT e um dos coordenadores da campanha de Dilma — será fulminado pelas denúncias. O doleiro afirma dispor de provas das transações com Vaccari. Elas compõem o seu formidável arquivo de mais de 10 mil notas fiscais, que servem para rastrear as transações criminosas.
Contas no exterior
É nesse arquivo de Youssef que se encontram, segundo ele, os elementos para que a Polícia Federal possa localizar contas secretas do PT em bancos estrangeiros, que o partido sempre negou ter, é claro. Até porque é proibido. A propósito: o papel de um doleiro é justamente fazer chegar, em dólar, ao exterior os recursos roubados, no Brasil, repatriando-os depois quando necessário.
Por que VEJA não revelou isso antes? Porque Youssef só depôs na terça-feira (21). A revista antecipou a edição só para criar um fato eleitoral? É uma acusação feita por pistoleiros: VEJA publicou uma edição na sexta-feira anterior ao primeiro turno e já tinha planejada e anunciada uma edição na sexta-feira anterior ao segundo turno. Mas que se note: ainda que o tivesse feito, a decisão seria justificada. Ou existe alguém com disposição para defender a tese de que vota melhor quem vota no escuro?
Quanto ao risco de impeachment caso Dilma seja reeleita, vamos ser claros: trata-se apenas da legislação vigente no Brasil desde 10 de abril de 1950, que é a data da Lei 1.079, que define os crimes de responsabilidade e estabelece a forma do processo. Valia para Collor. Vale para Dilma. Se Youssef estiver falando a verdade — num processo de delação premiada — e se Dilma for reeleita, ela será deposta. Se a denúncia alcançar também seu vice, Michel Temer, realizam-se novas eleições diretas 90 dias depois do último impedimento se não tiver transcorrido ainda metade do mandato. Se os impedimentos ocorrerem nos dois anos finais, aí o Congresso tem 90 dias para eleger o titular do Executivo que concluirá o período.
Informado, o eleitor certamente decide melhor. A VEJA já está nas bancas.

É… Nem parece, não em São Paulo ao menos, que os institutos de pesquisa apontam Dilma em primeiro lugar na disputa. A petezada tentou fazer um evento em apoio à petista no Largo da Batata, onde os tucanos reuniram ontem 10 mil pessoas. Sabem quantos apareceram? 300! Um micaço.
Havia uma figura de peso lá: Alexandre Padilha…

NO BLOG DO JOSIAS
Na noite desta sexta-feira (23), a TV Globo exibirá o último debate presidencial da sucessão de 2014 —Dilma ‘53%’ Rousseff X Aécio ‘47’ Neves. O telespectador que não quiser fazer papel de bobo precisa assistir antes ao debate levado ao ar pela mesma emissora em outubro de 2010. Nessa época, o tucano favorito para fazer de Dilma a próxima presidente da República era José Serra. As cenas estão disponíveis na internet. Nelas, soam cinco compromissos e declarações de Dilma:
Economia: “Sabe por que aumentou arrecação [tributária]? A gente, que crescia 2,5%, às vezes zero, esse ano estamos crescendo. A discussão é se é 7%, 7,5% ou 8%. Quando isso acontece, você arrecada mais sem aumentar impostos.”
Corrupção: “Malfeito, você pode ter certeza que em qualquer lugar onde houver impunidade ou não houver investigação ele vai ocorrer. É importante investigar e punir doa a quem doer e atinja a quem atingir.”
Educação: “Não há como fazer qualidade da educação sem pagar bem o professor. [...] Por isso, farei da campanha para pagamento de salário dos professores uma das questões fundamentais ao meu governo. Pagar bem o professor é o grande desafio que nós temos nos próximos anos, para além de qualquer outra coisa. A educação não irá pra frente se não remunerar o professor.”
Segurança: “O governo federal sempre disse: ‘Não é comigo, segurança pública é com os Estados. Não acho isso. Eu tenho um compromisso: é tão grave o problema da segurança pública que a União é obrigada a fazer uma política em cooperação com os Estados e municípios. E isso significa, primeiro, melhorar as polícias civis e militares dos Estados. [...] Considero que também tem de dar condições para os Estados montarem centros de referência, tanto na área da investigação quanto na área da perícia criminal. [...] Proponho também a criação de polícias comunitárias, principalmente nos bairros populares.”
Saúde: “De fato, temos um problema sério de qualidade da saúde no Brasil. Temos, sim, e se a gente não reconhecer que tem, a gente não melhora. Assumo o compromisso de melhorar a saúde. Primeiro, jogando o peso do governo federal na fiscalização da qualidade da prestação do serviço. Depois que a gente aumentar os valores dos repasses para Estados e municípios, nós vamos ter que completar a estrutura do SUS. O SUS é incompleto.”
Costuma-se dizer que o brasileiro não tem memória. Bobagem. O que o patrício não tem mesmo é curiosidade. Quem se preocupa em rever a maravilha que Dilma pretendia vir a ser em 2010 percebe que ela se tornou em 2014 uma personagem pior do que já foi. Quem vê no tucano Aécio Neves uma opção ainda mais precária pode manter o voto na oponente dele. Mas fará isso sem passar por bobo, consciente de que optou por uma ex-Dilma.
Na economia, aquele crescimento chinês superior a 7% com que Lula eletrificou sua “poste” virou estagnação. As manchetes sobre corrupção não conseguem mudar de assunto. Mudam, no máximo, de corrupto. Não há vestígio de campanha presidencial em defesa dos contracheques dos professores. A segurança continua sendo feita integralmente de insegurança. E o SUS ainda é o mais extraordinário ponto de partida para construir algo inteiramente novo em matéria de saúde pública. Caos não falta.

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