DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 25-9-2014

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Em depoimento à Justiça Federal no dia 15-9-2014, a ex-contadora do megadoleiro Alberto Youssef, Meire Poza, confirmou o envolvimento de pelo menos cinco grandes empreiteiras no Petrolão, todas contratadas pela Petrobras. Poza explicou ao juiz Sérgio Moro que a GFD, empresa de Youssef, emitia notas fiscais contra as empreiteiras por serviços que jamais foram prestados. A suspeita é que esse dinheiro abastecia o caixa usado para pagar propinas a políticos e autoridades do governo.
A Camargo Corrêa, que tem contrato na obra superfaturada da refinaria de Abreu e Lima (PE), devia R$ 12 milhões a Youssef, jura Meire Poza.
Meire Poza contou que até negociou para receber parte da dívida da Camargo Corrêa junto a Youssef. Mas não fechou acordo.
Segundo Poza, UTC, OAS e Constran eram representadas por só um advogado, que ajudou a pagar as contas de Youssef após sua prisão.
Poza também citou a empreiteira Mendes Júnior, que tinha contrato com o doleiro Youssef “ligado a plataformas de petróleo”.
Ex-secretário nacional de Justiça no governo Lula e policial experiente, Romeu Tuma Jr. diz que o megadoleiro Alberto Youssef – que faz delação premiada, como revelou esta coluna – é o grande elo que ligará o propinoduto da Petrobras ao escândalo do Mensalão. “O esquema da Petrobras é o aperfeiçoamento do Mensalão, que teve como operador Youssef, que passou a atuar para o PT após o caso Banestado”.
Para Romeu Tuma Jr., a delação de Youssef também servirá para dar respaldo às denúncias do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
A delação de Youssef poderá preencher ainda lacunas do depoimento do ex-diretor, que apresentou provas contra 37 dos 60 políticos citados.
Líder do PPS, o deputado Rubens Bueno (PR) lastima a tardia delação premiada de Youssef: “O estrago vai ficar para depois das eleições…”
O Estado Islâmico decapitou mais um refém. Deve ter sido em atenção à atitude vexatória de Dilma, que na ONU criticou o combate ao grupo terrorista e defendeu o “diálogo”. Entre a faca e o pescoço, certamente.
O discurso de Dilma envergonhando o Brasil, ao defender os terroristas do Estado Islâmico, afasta o País do Conselho de Segurança da ONU – que aprovou por unanimidade resolução para combater os facínoras.
…com a vergonhosa declaração na ONU insinuando apoio à barbárie do Califado Islâmico, Dilma decapitou o anão diplomático brasileiro.
Uma das principais acionistas do Itaú Unibanco, Milu Villela, da família Villela, anda irritada com a postura de militância político-partidária dos sócios Roberto Setúbal e Neca Setúbal em favor de Marina Silva. A História mostra que essa relação sempre acaba em desastre político.
Lúcio Vieira Lima (PMDB) compara Jaques Wagner, babalaô do PT-BA, ao 'coronel' Cid Gomes: usou a Justiça para impedir que a denúncia da Veja sobre mensalão baiano fosse exposta no guia eleitoral.
As revelações de Dalva Sele Paiva, da ONG Instituto Brasil, sobre como o “caixa 2” do PT baiano, com verbas de programas sociais, está sendo chamado nas redes sociais de “mensalão do acarajé”.


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Um dia depois dos afagos de Dilma Rousseff, que se solidarizou com o Estado Islâmico e propôs a troca dos ataques aéreos por diálogos entre os algozes democratas e os indefesos liberticidas, os companheiros terroristas retribuíram a manifestação de apreço e amizade da presidente com mais uma degola, Nesta quarta-feira (24), depois dos jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff e do agente humanitário britânico David Haines, chegou a vez do turista francês Hervé Gourdel.
Como as anteriores, a quarta decapitação foi registrada num vídeo que circula pela internet. Aos 55 anos, pai de dois filhos, o refém sequestrado na Argélia foi morto pelo crime de ter nascido no país errado. Os carrascos haviam fixado um prazo de 24 horas para que a França rompesse a parceria militar com os Estados Unidos e caísse fora dos céus da Síria. Quando se ajoelhou com as mãos amarradas atrás das costas, rodeado por quatro carrascos, é provável que Gourdel nem soubesse do ultimato.
A reedição do espetáculo da barbárie não mereceu sequer uma palavra da presidente, que tampouco enviou meia dúzia de frases de consolo à família do assassinado. A política externa da canalhice determina que a chefe de governo deve chorar seletivamente. Dilma não tem lágrimas a perder com um turista francês.

NO BLOG DO NOBLAT
Diante do mundo, Dilma se revela provinciana, arcaica e míope. Envergonha quem esperava dela o mínimo de grandeza
25.09.2014 00:27
Ricardo Noblat 
Por que Dilma não se fantasia de estadista e se oferece para intermediar negociações entre o mundo civilizado e os bárbaros assassinos do Estado Islâmico – aqueles que chocam o planeta ao degolarem seus prisioneiros?
Ontem, foi a vez do francês Hervé Gourdel, capturado no último domingo na Argélia por extremistas do grupo Jund al-Khilafah (soldados do Califado), vinculado ao Estado Islâmico.
A execução de Gourdel – como as anteriores - foi filmada para horror universal.
Quando Dilma decidiu comparecer à abertura de mais uma Assembléia Geral da ONU, em Nova Iorque, imaginou-se que ela tentaria se apresentar por lá como a presidente de um país importante.
A ocasião seria perfeita para que ela se debruçasse sobre os principais problemas que afligem a Humanidade, reforçando, talvez, a pretensão do Brasil de um dia vir a ser admitido como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.
Não foi o que aconteceu.
Dilma discursou como candidata a presidente do Brasil na eleição marcada para o próximo dia cinco. A tribuna da ONU serviu apenas como símbolo de poder para destacar Dilma dos seus adversários mais próximos – Marina Silva e Aécio Neves.
Ali, Dilma aproveitou para gravar mais um dos seus programas de propaganda eleitoral. Limitou-se a repetir o que tem dito à exaustão em pequenos comícios pelo Brasil afora. Na véspera havia derrapado feio ao abordar a realidade internacional em outro discurso.
A ONU aprova o emprego da violência pelos Estados Unidos e uma coligação de países que bombardeiam áreas da Síria sob o domínio do Estado Islâmico. Não é possível contemporizar com um tipo de terror que de fato ameaça o mundo.Dilma, porém, contemporizou. Tratou os Estados Unidos e o Estado Islâmico como partes que deveriam sentar à mesa para discutir suas divergências. Como se tudo não passasse de divergências. Como se os Estados Unidos e o Estado Islâmico se equivalessem. Como se fosse possível dialogar com cortadores de cabeças.
Fiquei envergonhado com a performance de Dilma. Acho que muita gente também ficou.
Perto do desfecho do seu atual mandato, Dilma revelou-se provinciana, arcaica e míope. Muito menor do que a cadeira que ocupa no Palácio do Planalto.


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Ai, ai…
Quando eu começo assim, é porque estou como Machado de Assis, com a pena da galhofa e a tinta da melancolia. O PT, acreditem vocês, decidiu recorrer à Justiça Eleitoral contra PSDB e o PSB — ou seja, contra as campanhas de Aécio Neves e Marina Silva. Sim, leitores amigos! Rui Falcão, presidente do PT, diz que os adversários, calculem vocês, estão recorrendo a baixarias. Sim, é uma piada, só que involuntária.
E do que o PT não gostou na campanha de Marina? A propaganda eleitoral do PSB sustentou em seu programa que a Petrobras virou caso de polícia. Não me diga que o PT está escandalizado com isso!!! Eu estou enganado, ou dois inquéritos da Polícia Federal investigam lambanças na Petrobras? Eu estou enganado, ou o TCU mandou suspender repasses de recursos a refinarias em razão de suspeita de irregularidades? Eu estou enganado, ou Paulo Roberto Costa acusa pagamento de propina na compra da refinaria de Pasadena? Ele próprio, aliás, diz ter recebido R$ 1,5 milhão. Rui Falcão não quer que esse tema apareça na campanha eleitoral?
E do que os petistas não gostaram na campanha do PSDB? Os tucanos, imaginem vocês, acusam os petistas de não ter cumprido as suas promessas. Ora, mas só o principal partido de oposição diz isso? Não! Segundo o levantamento da ONG Contas Abertas, o PAC que está no papel tem três vezes mais realizações do que o de verdade.
Os petistas agem como recomendava Lênin, o facinoroso: acuse os outros de praticar aquilo que você pratica. É uma das táticas mais sujas do jogo político. O PT já acusou Aécio Neves de querer cortar direitos trabalhistas — sem que o tucano jamais tivesse tocado no assunto. Em campanhas passadas, acusou José Serra e Geraldo Alckmin de querer privatizar a Petrobras, o que, infelizmente, é mentira. Se privatizada, convenham, não estaríamos sendo assaltados agora, não é mesmo? No momento, acusam Marina de querer arrancar comida do prato dos brasileiros e de pretender tirar R$ 1,3 trilhão da educação porque ela não teria a intenção de explorar o pré-sal.
Notem: há diferenças entre verdade e mentira. Que a Petrobras seja, hoje, um caso de polícia, é um fato. Que Dilma não tenha cumprido boa parte de suas promessas, idem. Já a afirmação de que o tucano queira cortar direitos trabalhistas ou a de que a peessebista vá tirar R$ 1,3 trilhão da educação são apenas pregações terroristas. Nem é o caso de afirmar que os petistas pretendem ter o monopólio da mentira. Ele querem também o monopólio da crítica. É patético!


NO BLOG DO JOSIAS
Lula pronunciou um discurso inusitado na noite desta quarta-feira. Em pleno comício de Alexandre Padilha, segundo as pesquisas uma derrota esperando para acontecer, o oráculo do PT discorreu sobre um fiasco eleitoral que o fez pensar em abandonar a política há 32 anos. “Eu perdi a eleição de 82 para governador de São Paulo”, disse Lula, como se desejasse consolar preventivamente Padilha. “Fiquei em quarto lugar.”
Responsável direto pela entrada de Padilha na refrega paulista, Lula recordou que foi derrotado até mesmo na região do ABC, berço do sindicalismo que o projetou nacionalmente. “Era impossível imaginar que o povo de Santo André, São Bernardo, Diadema, Mauá e Riberião Pires fosse votar num peão metalúrgico para governador do Estado. Mesmo assim, tive 1,250 milhão de votos.”
Virando-se para Padilha, Lula como que justificou a menção de um infortúnio em evento que deveria servir para içar o candidato do PT das profundezas dos seus 8% de intenções de votos. “Vou contar essa história pra você saber que a gente nunca pode desistir”, lecionou Lula, antes de dizer que, em 1982, ficou atrás de Franco Montoro, de Reinaldo de Barros e até de Jânio Quadros.
“Eu pensei em desistir da política”, prosseguiu o patrono de Padilha. “Em 1985, eu fui a Cuba. Tive a minha primeira conversa com Fidel Castro. E o Fidel perguntou como estava a política no Brasil. Eu falei: olha, Fidel, eu fundei um partido, fui candidato a governador, pensei que trabalhador votava em trabalhador, pensei que eu ia ganhar as eleições, porque a maioria do povo é trabalhador. Mas eu não ganhei. Só tive 1,250 milhão de votos. Portanto, estou com a disposição de desistir da política.”
Lula prosseguiu: “Aí, foi a primeira grande lição que eu tive na vida. O Fidel falou assim pra mim: ‘ô, Lula, não existe na história da humanidade nenhum operário metalúrgico que tenha obtido 1,250 milhão de votos. Então, você deve agradecer aos trabalhadores de São Paulo. Eu voltei pra casa animado.” Um ano depois da conversa com Fidel, Lula se elegeria, em 1986, deputado constituinte.
No mesmo discurso em que deu lições sobre como metabolizar uma derrota, Lula pediu votos para Padilha, terceiro colocado numa disputa liderada pelo tucano Geraldo Alckmin, e para Eduardo Suplicy, que se engalfinha com o também tucano José Serra por uma poltrona no Senado. Mas Lula dedicou a maior parte de sua fala à disputa presidencial. A entrada da ex-petista Marina Silva no tabuleiro tornou o jogo mais duro para Dilma Rousseff.
A alturas tantas, Lula afirmou que conheceu Marina muito antes de Dilma. “Sou amigo da Marina há 35 anos. A Dilma eu conheci bem depois.” Ambas foram suas ministras. “Ora, por que eu não escolhi a Marina?”, indagou Lula no comício, referindo-se à opção que fizera na sucessão de 2010.
Nesse ponto, o morubixaba do PT enfiou em sua prosa um comentário que disse ter ouvido, horas antes, num ato político na cidade de Mauá. “Ô, Lula, a Marina te ama.” Em tom de ironia, Lula emendou: “Eu falei pra pessoa: eu também amo ela, mas escolher quem vai ser presidente não é uma questão de amor, senão eu escolhia a Marisa”. Referia-se a Marisa Letícia, sua mulher.
“Quando eu decidi escolher a Dilma e não companheiros que estavam comigo há 30 anos no PT, era porque eu tinha aprendido a conhecer uma coisa da Dilma.” Acabou citando duas coisas, não uma: “Competência e lealdade”. Quanto à lealdade, não se discute. No que se refere à competência, parte do eleitorado que votou em Dilma em 2010 parece informar por meio das pesquisas que já não tem o mesmo grau de convencimento.
Por sorte, Fidel Castro, o imortal ditador cubano, permanece a postos. Na eventualidade de arrostarem derrotas, os apadrinhados de Lula poderão buscar em Havana uma motivação extra para perseverar na política.

NO BLOG ALERTA TOTAL
País de Tiriricas e Malufs
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Humberto de Luna Freire Filho (*)
O Brasil é um país dirigido por quadrilheiros. Dá vergonha de ser brasileiro, principalmente se você for ao Exterior. Tudo o que você comentar a respeito do que acontece no País, em termos de administração pública e política, soa como piada.
Eles, os estrangeiros de países civilizados, não acreditam que possa haver tanta podridão e impunidade concentradas nos três poderes da República.
O Executivo compra usando dinheiro público; o Legislativo se vende recebendo dinheiro público e o Judiciário sacramenta toda essa podridão por conta das nomeações escusas promovidas pelo Executivo. É desanimador, não deixa perspectivas.
O estado mais rico da federação, e tido com o de melhor nível cultural do país, elege para membro do Congresso Nacional, com uma das maiores votações da história dada para o cargo, um palhaço analfabeto.
O segundo mais votado não passa de um ladrão do erário, procurado pela polícia internacional e que se pisar fora do território nacional será imediatamente preso, mas circula livremente nos corredores da Câmara.
O Senado foi dirigido por muito tempo por uma corrupto, que há 50 anos suja a política e transformou o seu estado, o Maranhão, em uma capitania hereditária. Foi substituído na função por um não menos corrupto, que no primeiro momento se vendeu ao poder Executivo.
É triste e desanimador para o cidadão que trabalha, paga impostos e vive de acordo com sua consciência esclarecida, ver toda essa podridão e sentir-se totalmente impotente e mais, consciente de que seu voto independente será vencido pelo voto de um analfabeto, que teve seu título de eleitor anotado e rastreado e, consequentemente, submetido seu voto para mais um corrupto em troca de uma garrafa de cachaça.
Que país é esse? Aconselho aos jovens brasileiros, que não forem negros, que não forem índios, e que não forem gays, que saiam do País, pelo menos temporariamente.
Vocês não terão futuro nesse País dominado há doze anos por corruptos e por minorias que querem impor suas verdades às maiorias.

(*) Humberto de Luna Freire Filho é Médico.

Manifestação pública de ignorância
Investidores indagam: O que será que Dilma Rousseff fala de Eike Batista que está denunciado pelo Ministério Público Federal por diversos crimes: formação de quadrilha, indução de investidores a erro, falsidade ideológica e insider trading (informação privilegiada para manipular o mercado), além da investigação sobre lavagem de dinheiro tocada pela Polícia Federal?
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Aurélio Valporto (*)
Acabei de assistir no "Jornal da Globo" a seguinte pérola: "Investidores estrangeiros não estão preocupados com questões de curto prazo, eles olham para o longo prazo e investem nas empresas brasileiras, comprando ações na bolsa". Como se estivessem investindo nas empresas brasileiras. NÃO, NÃO ESTÃO INVESTINDO NAS EMPRESAS E MUITO MENOS ACREDITAM NA ECONOMIA BRASILEIRA A LONGO PRAZO.
Tratam-se de recursos de curtíssimo prazo que não correm qualquer risco, e nenhum benefício trazem para as empresas brasileiras. Estão apenas arbitrando taxas de juros. Entram apenas para fazer boxes de 3 ou 4 pontas explorando a taxa de juros embutidas nas operações, o risco é ZERO e não importa se o mercado cai ou sobe.
Estas operações ocorrem apenas em ativos que possuem alta liquidez e e forte mercado de derivativos (sem os quais as operações não podem ser montadas) notadamente Vale e Petro, papéis que não precisam de liquidez extra. Estes recursos não são utilizados para fomento da atividade econômica - tanto é que a Bolsa fechará o ano sem nenhuma abertura de capital.
São recursos da pior espécie, o chamado "capital de motel", que nenhum benefício trazem ao agregado macroeconômico nacional, muito pelo contrário, geram uma taxa de câmbio "artificial" e desaparecem instantaneamente quando mais se precisa.
O único motivo de se admitir este tipo de influxo é causar a ilusão de que o balanço de pagamentos não vai tão mal, com o influxo de capitais autônomos compensando o pavoroso déficit em conta corrente.
Em resumo: a Bolsa brasileira não tem nenhuma credibilidade, este tipo de influxo não fomenta a atividade econômica, não corre risco algum, apenas explora a elevada taxa de juros interna, "evapora-se" imediatamente levando embora os juros pagos quando dele se precisar, "maquiam" o balanço de pagamentos e "camuflam" a taxa de câmbio real.
A quem interessa "maquiar" e "camuflar", em detrimento da economia nacional? Este é um momento em que Edemir Pinto o o PT estão de mãos dadas a enganar, juntos, os agentes. Edemir, para usar esta distorção provocada pelas taxas de juros para dizer que a bolsa "dele" não está abalada; o PT, para usar a mesma distorção a fim de exibir números menos ruins no balanço de pagamentos e taxas de câmbio mais "palatáveis", além de usar estes números para exibir, falsamente, "confiança do investidor estrangeiro na economia nacional".
Tudo isso com a conivência da ignorância da Rede Globo
É TRISTE!

(*) Aurélio Valporto, Economista, é Conselheiro da Associação Nacional de Proteção aos Acionistas Minoritários.


NO BLOG DO CORONEL
O governo reduziu em R$ 8,8 bilhões -- de R$ 18,9 bilhões para R$ 10,1 bilhões -- a previsão de gastos para 2015 com o pagamento do abono salarial do PIS/Pasep. O abono equivale a um salário mínimo e é pago a trabalhadores com carteira assinada que receberam, em média, até dois salários mínimos mensais no ano anterior. Alcança hoje mais de 20 milhões de trabalhadores. 
Especialistas ouvidos pela Folha avaliam que a nova previsão feita pelo Ministério do Planejamento é irreal. Isso significa que, para cobrir a real despesa com o abono, o presidente eleito terá que fazer créditos adicionais em 2015, com aumento da dívida pública ou uso de recursos como os do Fundo Soberano. 
Não fazer a correta previsão de uma despesa obrigatória, como é o abono salarial, também pode ser classificado como manobra contábil -- mecanismo apelidado de "contabilidade criativa" pelos economistas críticos ao governo da presidente Dilma. Ou seja, ao desinflar as despesas previstas, o governo escamoteia a dificuldade que haverá para obter a economia necessária para o pagamento de juros da dívida pública (o chamado superavit primário). 
DESPESA SUBESTIMADA
No PLDO de 2015 (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, estimativa inicial de receitas e despesas para o exercício do ano seguinte), apresentado em abril, o governo destinou R$ 18,9 bilhões para o abono. Já em agosto, no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual, previsão final submetida ao Congresso), reduziu a estimativa para R$ 10,1 bilhões.
O aumento da formalização do mercado de trabalho fez o número de beneficiários do abono passar de 7,9 milhões de trabalhadores, em 2003, para 20,7 milhões em 2013, quando foram gastos R$ 14,7 bilhões com o benefício. Para 2014, o governo estima até R$ 17 bilhões, para 23 milhões de trabalhadores. 
Com o aumento do salário mínimo em 2015 acima da inflação, para R$ 788, a despesa real com o abono deve ser maior do que neste ano, ou seja, próxima dos R$ 18,9 bilhões previstos no PLDO.
"Não conseguimos vislumbrar justificativa para tão grande redução de gastos, quando o salário mínimo terá aumento real e o mercado de trabalho formal continua crescendo, embora em ritmo bem menos acelerado", afirmaram técnicos da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, num documento ao qual a Folha teve acesso. "Portanto, deve-se esperar um aumento nos gastos." 
Esta semana, o governo já havia informado que utilizará R$ 3,5 bilhões do Fundo Soberano para tentar cumprir a meta do superavit primário.(Folha de São Paulo)











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